UFSC e Avaí planejam parceria em campanhas educativas antirracistas no futebol

14/06/2023 09:23

Representantes do Avaí estiveram na UFSC debatendo parcerias para um ambiente saudável no futebol (Fotos: André Palma Ribeiro/Avaí FC)

O Avaí Futebol Clube e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deram os primeiros passos para a realização de parcerias e iniciativas conjuntas em campanhas educativas antirracistas no futebol. O entendimento foi firmado em reunião realizada nesta terça-feira, 13 de junho, entre representantes da universidade e integrantes do Departamento Administrativo e da área de comunicação do clube.

Participaram do encontro o diretor de marketing do Avaí, Thiago Pravatto; a coordenadora de relacionamento com torcedores e sócios, Kaká de Paula; o coordenador social Felipe Schaitel e o assessor de imprensa André Palma Ribeiro. Eles foram recebidos na UFSC pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos; pela professora Carmen Rial, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) – Estudos do Futebol Brasileiro e pelo professor Luiz Carlos Rigo, da Universidade Federal de Pelotas e integrante do INCT do Futebol.

A professora Joana afirmou que a UFSC está procurando os atores sociais do futebol (clubes, associações, federações e árbitros) para discutir ações voltadas à construção de espaços menos violentos no universo do esporte. A professora Carmen Rial explicou aos presentes que, embora seja um grupo de pesquisa acadêmica, o INCT – Estudos do Futebol Brasileiro também pode promover ações de extensão. Ela mencionou que uma das linhas de pesquisa do Instituto é a de “Mídia, Torcida e Racismo”, afirmando que integrantes do grupo poderiam dar palestras sobre estes temas aos atletas do Avaí.

Felipe Schaitel (E), Kaká de Paula e Thiago Pravatto

A coordenadora de relacionamento Kaká de Paula afirmou que o Avaí tem interesse em se engajar nessas campanhas e pode divulgar conteúdos nos veículos e redes sociais do clube. O diretor de marketing, Thiago Pravatto, disse que o clube tem uma preocupação social muito grande e já desenvolve campanhas de combate ao racismo e à homofobia, por meio de mensagens no telão e no sistema de som do estádio durante as partidas.

A professora Joana destacou que é muito importante que os árbitros e clubes procurem seguir os protocolos já existentes para coibir os casos de racismo durante os jogos. Ela afirmou que a Universidade vai tentar envolver no diálogo a Associação Catarinense de Clubes, a Federação Catarinense de Futebol, associações de árbitros e demais clubes da primeira e segunda divisões do futebol catarinense.

Combate ao racismo e possíveis parcerias são tema de reunião entre Reitoria e Avaí

Reitoria e presidência do Avaí estudam parcerias entre a UFSC e o clube

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Comitiva da UFSC vai a Brasília em busca de apoio aos estudantes indígenas

07/06/2023 16:22

Estudantes da UFSC e lideranças indígenas se reuniram com representantes do MPI (Fotos: Divulgação)

Uma comitiva formada por gestores, docentes e estudantes indígenas da UFSC esteve em Brasília nos últimos dias em busca de suporte do governo federal para estruturação e consolidação do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (LII) e apoio à permanência dos estudantes indígenas na Universidade. O grupo teve encontros no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para apresentar suas demandas. Após as reuniões, estudantes participaram de manifestações pela rejeição do chamado Marco Temporal, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A comitiva da UFSC foi liderada pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos, e integrada pela pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sampaio; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a coordenadora de Relações Étnico-raciais da Proafe, Iclícia Viana; a coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, Juliana Salles Machado; os representantes discentes do curso Edison Rodrigo Pinheiro da Silva e Suzane Benites e as lideranças indígenas Adilson Policeno, Leonardo da Silva Gonçalves e Tukun Gakran.

Na segunda-feira, 5 de junho, o grupo participou de uma reunião no gabinete da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). Pelo Ministério da Educação estavam presentes o assessor de gabinete, Cleber Santos Vieira; Rosilene Araújo Tuxá, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena e Ludmila Brandão, assessora da Divisão de Formação Especializada (Difes) da Secretaria de Educação Superior (Sesu). O Ministério dos Povos Indígenas foi representado por Jozileia Daniza Kaingang, chefe de gabinete, e Altaci Rubim Kokama, da Articulação de Políticas Educacionais para população originária.

Grupo que participou de reunião no MEC

Na pauta da reunião estavam temas como o apoio do MEC para sanar demandas urgentes para o processo de institucionalização efetiva do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica na UFSC e para a melhoria da permanência dos estudantes indígenas na universidade, respeitando suas especificidades culturais.

As demandas emergenciais debatidas foram: ampliação da verba do Prolind (programa do MEC de apoio a cursos de Licenciaturas Interculturais); cota emergencial de vagas para a contratação de professores e técnicos indígenas para atuar no curso; suplementação de recursos para a reforma e melhoria da estrutura física do alojamento e áreas de uso dos estudantes da Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC e universalização da Bolsa Permanência MEC para todos os estudantes indígenas da LII.

Na terça-feira, 6 de junho, a reunião foi no Ministério dos Povos Indígenas. Ali a comitiva foi recebida por duas egressas da Universidade: a chefe de gabinete Jozileia Daniza Kaingang, que foi professora e coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, e a chefe da assessoria especial de assuntos parlamentares e federativos Ana Patté, egressa do curso. Também estavam presentes o professor Eliel Benites, Diretor do Departamento de Línguas e Memória e a professora Altaci Rubim Kokama, da Articulação de Políticas Educacionais para população originária.

Comitiva do encontro no Ministério dos Povos Indígenas

Os integrantes do grupo da UFSC relataram aos representantes do MPI as dificuldades que o curso vem passando e o empenho da UFSC em construir políticas institucionais para os estudantes indígenas que garantam sua permanência com especificidade dentro da Universidade. Além destes temas foram abordadas importantes pautas de combate ao racismo contra os povos indígenas, saúde indígena dentro da UFSC e planejamentos de ampliação da presença indígena com qualidade e especificidade.

 

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Assinado o acordo de cooperação para criação da Rádio UFSC

22/05/2023 10:43

Luciana Couto e Israel Franke Silva, da EBC, estiveram na UFSC para tratar do processo de criação da Rádio UFSC (Foto: Luís Carlos Ferrari/Secom)

O processo para criação de uma rádio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está avançando. O Acordo de Cooperação foi assinado entre a direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o reitor Irineu Manoel de Souza. O documento foi trazido em mãos pela gerente da Rede Nacional de Comunicação Pública de Rádios (RNCP-Rádios), Luciana Couto, que esteve em Florianópolis na quarta-feira, 17 de maio. É um passo fundamental para a implantação da Rádio UFSC, processo que foi iniciado na gestão do professor Ubaldo Balthazar e envolveu a recém-criada Secretaria de Comunicação (Secom/UFSC).

O Acordo tem prazo inicial de 10 anos e prevê a adoção de ações conjuntas entre a EBC e a Universidade para implantação, operação e transmissão de rádio pelo canal 196, consignado à EBC, na Frequência Modulada (FM) de 87,1 MHz. A Rádio UFSC será afiliada da RNCP-Rádios, uma rede criada em 2019 e que conta com 36 emissoras, das quais sete são próprias da EBC. A EBC fornecerá os equipamentos do sistema irradiante e apoio técnico; a contrapartida da UFSC é montar o estúdio e contratar a equipe para operar a emissora, que terá finalidades educativas.

Luciana estava acompanhada do engenheiro de rádio e TV da EBC Israel Franke Silva. Ele visitou locais na TV UFSC e no Morro da Cruz, em Florianópolis, para verificar aspectos técnicos relacionados ao projeto. De acordo com o engenheiro, há viabilidade para instalação dos equipamentos, com adequações na rede elétrica e no sistema de climatização da sala onde ficará o transmissor.

Os próximos passos do processo deverão ocorrer paralelamente: a aquisição dos equipamentos do sistema irradiante e o licenciamento do canal junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A expectativa é de que em até 12 meses a Rádio UFSC esteja operando, desde que o governo federal revogue as portarias que impedem a contratação de jornalistas, por exemplo. Pelo acordo, Rádio UFSC poderá ter até 20 horas de programação local.

Luciana e Israel foram recebidos na UFSC pelo professor Bernardo Meyer, chefe de Gabinete da Reitoria; a jornalista da TV UFSC Laura Tuyama; o jornalista da Secretaria de Comunicação Luís Carlos Ferrari e por Áureo Mafra de Moraes, professor do curso de Jornalismo e chefe de Gabinete quando as tratativas começaram, no final de 2021.

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Representantes do Fórum de Reitores reúnem-se com secretário estadual de Educação

16/05/2023 16:15

Secretário de Educação recebeu em seu gabinete os integrantes do Fórum de Reitores (Foto: Divulgação)

Representantes do Fórum de Reitores de Instituições Públicas de Educação Superior de Santa Catarina reuniram-se na sexta-feira, 12 de maio, com o secretário estadual de Educação, Aristides Cimadon. O encontro ocorreu na sede da Secretaria, em Florianópolis.

O Fórum foi representado pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; Josefa Surek, pró-reitora de Ensino do Instituto Federal Catarinense (IFC); Lucas Barchinski, diretor executivo do IFC e Vinicius De Luca Filho, assessor do reitor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O professor Irineu estava acompanhado do Chefe de Gabinete da Reitoria, Bernardo Meyer.

Pela secretaria de Educação participaram o secretário Aristides Cimadon; a diretora de Ensino, Sônia Regina Victorino Fachini e o diretor de Planejamento e Políticas Educacionais, Marcos Roberto Rosa.

A reunião teve como motivação apresentar o Fórum de Reitores ao governo estadual e falar sobre seus objetivos e estratégias. Também foram abordadas as possibilidades de colaboração entre as instituições de ensino e o governo estadual, que mostrou interesse em iniciativas voltadas para o ensino médio.

O Fórum de Reitores de Instituições Públicas de Educação Superior de SC é formado pelos dirigentes máximos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), do Instituto Federal Catarinense (IFC) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Criado em 2013, o Fórum retomou suas atividades em fevereiro deste ano, com o propósito de atuar de forma integrada em defesa da universidade pública. As instituições integrantes do Fórum estão presentes em 39 cidades catarinenses e têm quase 120 mil alunos matriculados em cursos técnicos e profissionalizantes, de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Juntas, desenvolvem mais de 4 mil projetos de pesquisa e suas ações de extensão alcançaram um público de mais de 1,6 milhão de pessoas em 2022.

 

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Estudantes e lideranças indígenas reúnem-se com o reitor para tratar de moradia

04/05/2023 13:18

Reitor recebeu lideranças indígenas e estudantes em seu gabinete (Fotos: Luís Carlos Ferrari / Secom)

Lideranças indígenas e estudantes do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica participaram de reunião com o reitor Irineu Manoel de Souza na tarde de quarta-feira, 3 de maio. Eles estavam acompanhados da coordenadora do curso, professora Juliana Salles Machado, e da professora Maria Dorothea Darella, da equipe de coordenação do curso. A pauta da reunião foi a permanência indígena na UFSC no processo de institucionalização do curso na universidade, sendo o principal tema da conversa a melhoria das condições do alojamento dos estudantes durante o chamado Tempo Universidade, etapa pedagógica que alterna um período na UFSC e outro período na comunidade de origem dos estudantes. Atualmente são 45 alunos no curso, das etnias Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng.

Os líderes indígenas Adilson Policena Kaingang (Cacique Terra Indígena Inhacorá) e Divercindo Garcia Kaingang (ancião Terra Indígena Kondá); Elizete Antunes Guarani (Cacique TI Morro dos Cavalos) e Ronaldo Costa Guarani (Cacique Aldeia Piraí) e Tucun Gakran Laklãnõ (Cacique-presidente Terra Indígena Laklãnõ-Ibirama) e Dona Rosa Silva Laklãnõ (anciã Laklãnõ-Xokleng) se deslocaram de suas aldeias para realizar um ato simbólico no alojamento dos estudantes e espaço do CFH, marcando a presença indígena nestes espaços universitários, além de uma roda de conversa com os estudantes e docentes do curso e ao final uma conversa com o reitor.

Os estudantes relataram diversos problemas relativos ao alojamento provisório, com destaque para as más condições do telhado, chuveiros e sanitários, além de falta de ventiladores e presença de mosquitos. Muitos estudantes, de diferentes povos e costumes diversos, precisam conviver em um espaço físico limitado durante o período que ficam na Universidade.

Participaram do encontro o diretor do Gabinete do Reitor, professor João Luiz Martins; a pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sampaio; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves e a coordenadora de Relações Étnico-raciais da Proafe, Iclícia Viana.

Estudantes da Licenciatura Intercultural Indígena reivindicam melhorias em alojamento

Durante o encontro foram cogitadas algumas soluções emergenciais para melhoria do alojamento, enquanto prossegue a busca de recursos para a construção de uma moradia estudantil indígena. A professora Simone Sampaio afirmou que será encaminhada a compra de eletrodomésticos para o alojamento, tais como geladeira, fogão e ventilador. A UFSC também busca um imóvel pertencente à União fora da Universidade que poderia servir como moradia, mas até o momento não encontrou um local adequado.

Outra sugestão apontada foi a de realizar o tempo de estudos nas próprias comunidades indígenas, mas isso esbarra na falta de um corpo docente efetivo exclusivo para a Licenciatura Intercultural Indígena. Atualmente, o curso é sediado no Departamento de História, mas conta com a participação de docentes de 13 departamentos da UFSC, entre eles departamentos e cursos como Antropologia, Direito, Psicologia e Letras.

Ao final do encontro, o professor João Luiz Martins se propôs a encaminhar junto à Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) os pedidos de soluções emergenciais para o alojamento e criar, junto com a coordenação do curso e lideranças indicadas, uma comissão para pleitear vagas de professores junto ao Ministério da Educação (MEC) e Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Um dos caminhos, indicado pela professora Juliana, é buscar a ampliação dos recursos repassados pelo Prolind, programa do MEC de apoio a cursos na área de Licenciaturas Interculturais em instituições de ensino superior. De acordo com a coordenadora, os recursos repassados pelo Prolind são equivalentes a 20 vagas, mas hoje o curso da UFSC tem 45 alunos.

 

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