Evasão e permanência estudantil são temas de seminário e de pesquisas na UFSC

14/05/2025 17:58

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou, na tarde desta quarta-feira, 14 de maio, o I Seminário de Compartilhamento de Ações de Combate à Evasão e Promoção da Permanência Estudantil. Organizado pela Assessoria de Acompanhamento de Evasão, Permanência e Egressos, da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd), o evento teve como objetivo apresentar iniciativas adotadas pelos cursos de graduação da instituição para enfrentar a evasão e fortalecer a permanência estudantil. O seminário ocorreu no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE) e também foi transmitido por meio de sala virtual da Prograd.

Reitor da UFSC Irineu Manoel de Souza (centro), pró-reitora Dilceane Carraro (esq.), e assessora de Acompanhamento de Evasão, Permanência e Egressos, Andressa Sasaki Vasques Pacheco (dir.) na abertura do seminário. Foto: Secom/UFSC

A evasão universitária representa um desafio com impactos significativos para a sociedade, tanto em termos econômicos quanto sociais. Ciente dessa realidade, a UFSC tem acompanhado esse fenômeno de perto, especialmente diante de seu crescimento nas últimas duas décadas. A gestão atual da Universidade tem se empenhado ativamente em enfrentar essa questão, desenvolvendo estratégias para mitigar os prejuízos econômicos, sociais e institucionais que ela acarreta.

Com o intuito de aprofundar a discussão e propor soluções concretas, o evento reuniu diferentes setores da UFSC. Na mesa de abertura, estiveram presentes o reitor, Irineu Manoel de Souza; a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro; e a professora e assessora de Acompanhamento de Evasão, Permanência e Egressos, Andressa Sasaki Vasques Pacheco. No auditório, participaram representantes das direções dos centros de ensino, coordenações e secretarias de cursos, estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes, bem como de outras instituições.

O reitor abriu as falas destacando que “a discussão sobre a evasão estudantil é de extrema relevância para a sociedade, pois impacta diretamente a qualidade e o alcance da educação superior. Sabemos que a evasão é um fenômeno global, presente em todos os cursos, e, embora seja impossível eliminá-la completamente, é nosso dever buscar formas concretas para minimizá-la”. Irineu também enfatizou o desafio de redefinir o conceito de evasão, afirmando que “essa clareza é essencial para que possamos desenvolver estratégias eficazes e alinhadas à nossa realidade”. Por último, reforçou a necessidade de um esforço coletivo, afirmando que “o tema exige o compromisso de todos nós. Apenas com diálogo, pesquisa e ações coordenadas poderemos avançar rumo a uma Universidade mais inclusiva, capaz de acolher e manter nossos estudantes”.

A pró-reitora Dilceane, por sua vez, ressaltou que “a tarefa de combater a evasão transcende o trabalho da Prograd”. Segundo ela, por meio de ações integradas, “seremos capazes de promover a permanência dos estudantes em articulação com a assistência estudantil e, ao mesmo tempo, combater a evasão”. Para avançar nessa missão, explicou que é essencial construir uma política institucional de combate à evasão de forma colaborativa, envolvendo todos os setores da Universidade.

Após essas falas, a professora Andressa apresentou um panorama sobre as ações voltadas à evasão e retenção estudantil na Universidade, relatando o trabalho desenvolvido pela comissão responsável na UFSC. Segundo a pesquisadora, “em nenhum momento buscou-se ainda as causas, por enquanto foi só levantar os números”. A partir desse diagnóstico quantitativo, os dados foram divulgados para a gestão e os centros de ensino, além de estarem disponíveis em uma página específica (evasão-prograd.ufsc.br), onde relatórios gerais e específicos podem ser acessados. Andressa ainda explicou que foram realizadas visitas aos centros de ensino, onde foram identificadas práticas já existentes nos cursos, muitas das quais poderiam ser compartilhadas e ampliadas para outras áreas. Essa troca de experiências inspirou a realização do seminário e a implementação de um projeto-piloto de matrícula assistida no Centro Tecnológico (CTC), focado no acompanhamento de frequência, indicadores e busca ativa de estudantes, com o objetivo de criar protocolos de atendimento e encaminhamento.

Andressa expõe a criação de três comissões para tratar do problema da evasão. A primeira está elaborando uma política de combate à evasão, baseada em experiências internas e externas, com previsão de finalização em julho deste ano, seguida de consulta pública e encaminhamento para o Conselho Universitário. A segunda comissão está desenvolvendo dashboards com indicadores de evasão, incluindo painéis para acompanhamento em tempo real, com dados específicos para coordenações de curso e diretores de centros, respeitando as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Por fim, a terceira comissão trabalha na elaboração de uma política de gestão de egressos, também com entrega prevista para julho.

Entre as ações futuras previstas para o segundo semestre, Andressa evidenciou a ampliação dos projetos-piloto para outros cursos, a institucionalização das ferramentas e dashboards, a aprovação e aplicação das políticas em desenvolvimento, e a realização de uma pesquisa qualitativa para identificar os fatores relacionados à evasão, complementando os dados quantitativos já levantados.

Na continuidade do seminário, foram apresentados os trabalhos selecionados de:

  • Roniéry Rógeris Oliveira dos Santos: Relatório do CTS sobre evasão, análise, propostas e comissão organizada;
  • Janaina Santos de Macedo: Projeto UFSC Sem Fronteiras e o Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape);
  • Camila Araújo e Simone de Souza: Boas práticas no combate à evasão e promoção da permanência estudantil no Curso de Pedagogia;
  • Andressa Pacheco, Larissa Kvitko e Raphael Schlickmann: Ações do curso de Administração;
  • Marta Corrêa Machado: Tutoria individual: será que conseguimos?;
  • Janaina Macedo, Ana Araújo e Grace da Silva: Programa de Monitoria Indígena e Quilombola;
  • André da Silva Nascimento: Uso de fluxograma para visualização e acompanhamento do currículo.

Saiba mais

Destaques principais do Relatório Geral de Evasão e Retenção

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou uma análise abrangente sobre evasão e retenção nos cursos de graduação presenciais entre 2008 e 2023. Baseado em dados extraídos do Sistema de Controle Acadêmico da Graduação (CAGR), o relatório abrange mais de 103 mil matrículas e identifica fatores que impactam a permanência e o desempenho acadêmico. Abaixo estão os principais destaques:

Taxas de evasão e formação

  • Entre 2008 e 2023:
    • 45,6% das matrículas resultaram em evasão parcial;
    • 31% em formação;
    • 23,4% permanecem com status regular.
  • A evasão é mais frequente nos primeiros semestres, com a maioria dos estudantes abandonando o curso antes do sexto semestre.
  • Cursos com notas mais altas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) apresentaram taxas menores de evasão e maior índice de formados.

Perfil dos estudantes

  • Idade: A maior parte dos ingressantes tem entre 16 e 19 anos. Estudantes acima de 27 anos apresentam taxas mais altas de evasão em relação à formação.
  • Sexo:
    • Estudantes do sexo masculino representam a maioria das matrículas, mas têm taxa de evasão maior (49%) em comparação às mulheres (42%).
    • Mulheres apresentam maior índice de formados (35%) em relação aos homens (28%).
  • Raça:
    • Estudantes autodeclarados “brancos” representam a maior parte das matrículas e evasões.
    • A categoria “não informado” possui a maior taxa de evasão (71%).

Formas de ingresso

  • O Vestibular é o principal método de ingresso, seguido pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU).
  • Estudantes ingressantes pelo SISU têm a menor taxa de formados (15%) e a maior taxa de status regular (41%).
  • O retorno de graduados apresentou a maior taxa de evasão parcial (64%).

Evasão por cursos, campi e centros

  • O campus de Florianópolis concentra o maior número de matrículas, mas apresenta a menor taxa de evasão (44%).
  • Campi como Joinville e Blumenau registram índices de evasão superiores a 59%.
  • Centros como o de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM) e o Tecnológico de Joinville (CTJ) registraram as maiores taxas de evasão.
  • Em contrapartida, os centros de Ciências Jurídicas (CCJ) e Ciências da Saúde (CCS) possuem os menores índices.

Retenção e tempo de conclusão

  • A maioria dos estudantes formados conclui seus cursos entre oito e 11 semestres.
  • A evasão se concentra majoritariamente nos dois primeiros anos.
  • O tempo médio para ingresso na UFSC após a conclusão do Ensino Médio é de um ano.

Sobre

A Assessoria de Acompanhamento de Evasão, Permanência e Egressos foi criada para subsidiar as ações da Prograd no combate à evasão nos cursos de graduação. O trabalho é realizado em diálogo com outros setores da UFSC e com as coordenações de cursos.

Mais informações no site da Assessoria ou entre em contato pelo e-mail evasao@contato.ufsc.br.

Rosiani Bion de Almeida / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: EgressosEvasãopermanência estudantilProgradUFSC

Em audiência pública, Reitoria apresenta plano para manter funcionamento do RU da Trindade

16/10/2024 18:02

Audiência pública realizada no RU da Trindade contou com a presença maciça de estudantes (Fotos: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC)

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentou à comunidade universitária, em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 16 de outubro, um plano de ações para manter em funcionamento e melhorar as condições de operação do Restaurante Universitário da Trindade. O planejamento inclui ações de curto, médio e longo prazo e objetiva garantir a segurança dos trabalhadores, manter boas condições para preparo das refeições e mitigar situações que possam levar à interrupção não planejada dos serviços deste importante equipamento de apoio à permanência.

A audiência para tratar do RU e também da questão da segurança dentro do campus da Trindade havia sido solicitada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). O encontro foi realizado nas dependências do restaurante e teve a presença de um numeroso grupo de estudantes, de servidores da Universidade e de trabalhadores terceirizados do RU. Pela gestão, estiveram presentes o reitor Irineu Manoel de Souza, a vice-reitora Joana Célia dos Passos, pró-reitores, secretários e membros do Gabinete da Reitoria.
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Reitor vai a Brasília para seminário no MEC e reunião da Andifes

17/10/2023 11:05

O reitor Irineu Manoel de Souza estará em Brasília, entre os dias 17 e 19 de outubro, para participar da 163ª reunião extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e de importantes eventos no Ministério da Educação (MEC) e no Palácio do Planalto. O reitor vai aproveitar a viagem à capital federal para um encontro com a bancada parlamentar catarinense.

A programação começa nesta terça-feira, 17 de outubro, com o Seminário Nacional para Fortalecimento das IFES e de Boas Práticas de Incentivo à Permanência e Integração Acadêmica 2023, no auditório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do MEC. Além do reitor, o seminário terá a participação da pró-reitora de Graduação e Educação Básica da UFSC, Dilceane Carraro.

Os gestores da UFSC também participarão de reuniões no MEC para tratar de vagas para docentes, Programa de Educação Tutorial (PET) e outros temas.

No primeiro dia, o seminário terá a apresentação de tecnologias e ferramentas de auxílio à gestão universitária, inovação e extensão. À tarde, o evento será realizado no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, onde ocorrerá a cerimônia de Expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana; ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; ministro das Comunicações, Juscelino Filho; secretária de Educação Superior, Denise Pires de Carvalho; diretora da Difes Tânia Mara Francisco; presidente da Andifes, Márcia Abrahão Moura e o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), Hélio Doyle.

A UFSC já integra a Rede Nacional de Comunicação Pública com a TV UFSC e recentemente assinou um acordo de cooperação com a EBC para a implantação da Rádio UFSC.

No dia 18, várias universidades apresentarão projetos voltados à permanência e integração acadêmica nas instituições federais de ensino superior.

A reunião do Conselho Pleno da Andifes será no dia 19 e terá informes da Comissão de Financiamento e dos diversos fóruns e colégios de pró-reitores. O Colégio de Pró-reitores de Graduação das IFES (Cograd) fará uma apresentação sobre o Censo da Educação Superior 2022. Também haverá a apresentação e atualização do Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap/Andifes).

 

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Professora Joana é conferencista de seminário internacional sobre ações afirmativas

28/02/2023 11:04

Professora Joana participou de mesa de abertura do seminário internacional (Foto: Divulgação)

A professora Joana Célia dos Passos, vice-reitora da UFSC, está participando do Seminário Ações Afirmativas no Brasil e na América Latina, promovido pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi uma das conferencistas da mesa de abertura do evento na segunda-feira, 27 de fevereiro, que tratou do tema “Ações afirmativas numa perspectiva comparada: América Latina”.

Nesta terça-feira, dia 28, o professor e pesquisador da UFSC Marcelo Tragtenberg participa da mesa “Acesso e Permanência e Egressos em Instituições Federais de Ensino Superior”.

De acordo com a professora Joana, o seminário tem como objetivo analisar o andamento das políticas de Ações Afirmativas no Brasil e também reunir pesquisadores da América Latina no intuito de construir estratégias coletivas voltadas para o ensino superior na região. “As ações afirmativas são a maior política de democratização da universidade na história do ensino superior brasileiro”, ressalta a vice-reitora.

O seminário tem participação de representantes de diversas universidades brasileiras e de instituições do México, Guatemala, Peru e Uruguai. “Ao mesmo tempo que cada país da América Latina tem as suas particularidades e processos sociais complexos e distintos, nós observamos diversos aspectos que nos aproximam, em virtude do processo de racialização e do racismo estrutural que impõe uma subalternidade para negros e indígenas”, diz a professora Joana. O evento dedica-se a análises, estudos e formulação de políticas acerca dessas desigualdades.

Na mesa que teve participação da professora Joana, houve uma discussão a partir de dados comparados entre os países, para analisar as desigualdades. “A UFSC tem um papel muito importante neste seminário”, acrescenta ela. A vice-reitora apresentou o que já foi construído na UFSC nestes sete meses e meio de gestão e afirma que houve grande receptividade às mudanças promovidas para ampliar a inclusão e a permanência de negros, indígenas e quilombolas na Universidade.

Até quarta-feira, 1º de março, serão abordados ainda os temas “Debates no Congresso Nacional, discursos e debate público sobre ações afirmativas”; “Ações afirmativas para quilombolas” e “Ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu”.

O evento tem transmissão ao vivo no YouTube

Tags: Ações afirmativaspermanência estudantilUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

RU Trindade: melhorias proporcionam segurança aos trabalhadores, economia e fortalecimento à permanência

24/02/2023 13:49

Limpeza é uma das últimas etapas para volta do funcionamento do RU da Trindade (Fotos: Henrique Almeida / Agecom)

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC.

“A necessária manutenção do RU é salutar ao serviço de alimentação para todos e todas estudantes da UFSC e reforça o nosso compromisso com a permanência estudantil”, declara a Pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, professora Simone Sobral Sampaio.

O RU da Trindade, o maior do sistema de restaurantes universitários da UFSC, é vital para o funcionamento do campus e também uma das principais estruturas da política de permanência estudantil. Em pleno funcionamento, o RU chega a produzir e servir 11 mil refeições num único dia. O número de estudantes isentos de pagamento nos restaurantes universitários da Universidade chega a 4.690 e a grande maioria destes usa o RU da Trindade.

As obras incluem pintura total da cozinha, substituição da instalação hidráulica para suprimento de água dos panelões, troca do piso que fica sob os panelões, além de consertos e limpeza em calhas de drenagem. Destas melhorias, a mais significativa foi a substituição do piso. O material refratário apropriado para este tipo de pavimento não foi encontrado em Santa Catarina e teve que ser trazido de São Paulo.

O novo piso sob os caldeirões, de blocos cerâmicos refratários, é adequado para suportar altas temperaturas

Os trabalhos de reforma foram coordenados pela Prefeitura Universitária (PU). Durante a interrupção do funcionamento do RU da Trindade, a comunidade universitária foi atendida no restaurante do Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado no bairro Itacorubi. Estudantes com cadastro na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) receberam auxílio-transporte para deslocamento até o local.

As melhorias realizadas são muito importantes para a segurança dos trabalhadores da cozinha, destaca Maria das Graças Martins, diretora do RU. De acordo com ela, desde a inauguração do novo prédio da UFSC nunca havia sido feita uma reforma no piso da área dos panelões. O salão de refeições do RU foi inaugurado em novembro de 2011, mas a cozinha onde está atualmente instalada começou a funcionar em fevereiro de 2012.

O atual prédio do RU da Trindade recebeu o nome de Edite Erotides do Nascimento, em homenagem a uma das primeiras cozinheiras do restaurante universitário, já falecida. Na época da inauguração, foi saudado por oferecer 1.500 lugares, mais que o dobro das instalações então existentes. O RU servia cerca de 7 mil refeições por dia, mas a demanda já era crescente. A cozinha estava equipada com oito caldeirões, sendo seis de 500 litros e dois com capacidade para 100 litros.

Uso intensivo

Panelões têm capacidade de 500 litros

A cozinha do RU dispõe atualmente de sete panelões, que fazem jus ao nome: cada equipamento tem capacidade para 500 litros. Neles são preparados vários tipos de alimentos, desde leguminosas (feijão, lentilha) arroz, macarrão e até carnes e legumes. Junto com chapas, fritadeiras e fornos combinados – que tanto assam e cozinham como fritam alimentos – os panelões possibilitam a preparação de toneladas de alimentos todos os dias. É necessário que os panelões estejam funcionando bem para que o RU possa preservar os horários das refeições.

Os primeiros panelões do RU foram comprados em 2011 e, após uma grande manutenção realizada em 2013, foram usados quase ininterruptamente – em período de aulas, o RU funciona de segunda a segunda, servindo duas refeições ao dia. Com o tempo, essas peças essenciais à cozinha do RU apresentam desgastes. Até mesmo o ambiente em que estão instalados necessita, de tempos em tempos, alguma reforma ou melhoria.

Os panelões são como minicaldeiras a vapor, explica Jean Alves Vieira, técnico em mecânica e chefe do setor de manutenção do RU. Trata-se de um sistema de gás-vapor, em que a panela propriamente dita (câmara de cozimento) não é aquecida diretamente pelo fogo do gás. O equipamento é um grande cilindro metálico de paredes duplas e espaçadas nas laterais e uma espécie de tanque no fundo. Esse tanque é abastecido com água, que sob o calor dos queimadores de gás se transforma em vapor. O vapor se distribui de maneira uniforme no fundo da panela e também nas paredes laterais, tornando o processo de cozimento mais uniforme e eficiente.

O controle da água é essencial no processo. Água em excesso significa que o alimento vai “cozinhar em banho-maria”, ou seja, mais lentamente e com maior consumo de gás. Já água de menos pode levar o equipamento ao superaquecimento, danificando-o. A rede de água que abastece os panelões, atualmente formada por canos para água quente, está sendo substituída por canos de metal de maior dimensão. Com isso, espera-se evitar problemas de pressão hidráulica e garantir o bom funcionamento dos equipamentos.

 

Uso intensivo e altas temperaturas comprometeram o piso sob os panelões (Foto: Divulgação)

Trabalhadoras capricham na limpeza dos equipamentos da cozinha

Cozinha do RU manipula diariamente toneladas de alimentos, para produzir e servir até 11 mil refeições ao dia

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