UFSC e IMA inauguram primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar

04/06/2025 14:37

Representantes da UFSC e do IMA no local de instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado. Fotos: Roberto Zacarias/SecomGOVSC

Na tarde desta quarta-feira, 4 de junho, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou um evento no Gabinete da Reitoria para celebrar o convênio que oficializa a parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O objetivo do acordo é a instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado, um projeto que consolida Santa Catarina como referência nacional no setor. Localizada próxima à Biblioteca Universitária (BU), a unidade já está em operação e disponibiliza dados precisos e acessíveis ao público, representando um avanço expressivo na gestão ambiental.

O evento contou com a presença de lideranças acadêmicas e ambientais, incluindo o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; a vice-reitora, Joana Célia dos Passos; o superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), William Gerson Matias; o professor e responsável pelo projeto, Leonardo Hoinaski; o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva; o gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, Fábio Castagna da Silva; e a assessora de gabinete Amanda Ramos Silveira, representando a presidente do IMA, Sheila Maria Martins Orben Meirelles. Estagiários envolvidos no projeto também participaram do encontro.

O reitor Irineu Manoel de Souza falou da relevância do projeto para a Universidade e para a sociedade. “É um momento muito significativo para todos nós. Este equipamento de monitoramento do ar, que o IMA está instalando em parceria com o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, reforça nossa missão de prestar suporte científico e tecnológico à sociedade. A Universidade está muito satisfeita em participar de um projeto que também envolve estudantes, docentes e técnicos, fortalecendo o papel acadêmico e a colaboração com o poder público”, destacou.

A vice-reitora, Joana Célia dos Passos, enfatizou o impacto social da iniciativa. “Mais do que uma parceria entre a UFSC e o IMA, este equipamento é um instrumento essencial para a formulação de políticas públicas que impactam diretamente a qualidade de vida da população. É isso que deve mover a universidade e o poder público: garantir que a ciência e as políticas públicas transformem a vida das pessoas”, afirmou.

O superintendente de Projetos da Propesq, William Gerson Matias, ressaltou o valor do projeto para a produção de conhecimento e a tomada de decisões estratégicas. “Essa unidade vai muito além da Universidade. Ela contribui para a rede nacional e nos ajuda a entender como a atmosfera se comporta em diferentes regiões. Esses dados são essenciais para a gestão e a tomada de decisões, especialmente em temas como descarbonização e regulamentação ambiental, áreas nas quais a UFSC e o IMA podem avançar juntos”, comentou.

Já o professor Leonardo Hoinaski, responsável pelo projeto, relembrou os desafios e conquistas que marcaram a trajetória da iniciativa. “Desde que entrei na UFSC, meu sonho era fazer algo que realmente trouxesse mudanças. Trazer o IMA para dentro da Universidade foi uma conquista enorme, que vai além da instalação da estação. Esse ponto de monitoramento público simboliza um avanço significativo na gestão da qualidade do ar em Santa Catarina”, disse. Hoinaski também anunciou planos de expansão, com a criação de uma rede colaborativa de monitoramento envolvendo outras instituições públicas, como o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC). “Estamos desenhando um projeto maior, com múltiplos convênios, para instalar mais pontos de monitoramento em todo o estado”, completou.

A estação, administrada pelo IMA, é pioneira por ser 100% pública, com dados disponíveis na plataforma do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e acessíveis à população pelo site do IMA. Essa transparência foi evidenciada por Fábio Castagna da Silva, gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, que enfatizou o pioneirismo do projeto. “Desde os anos 1980, quando a primeira estação foi instalada no complexo termoelétrico Jorge Lacerda, os dados nunca foram públicos. Agora, temos a primeira estação administrada pelo poder público. Esse equipamento, homologado internacionalmente, fornece dados de alta precisão sobre poluentes que impactam diretamente a saúde pública. É um marco histórico para o estado”, argumentou.

Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, celebrou a parceria e reiterou a importância do acesso democrático aos dados ambientais. “O ar que respiramos é democrático. Seja rico ou pobre, todos respiramos o mesmo ar. Essa estação traz transparência e é um avanço fundamental para a criação de políticas públicas eficientes. Estamos muito felizes com essa parceria e com o equipamento, que é de ponta e vai beneficiar toda a Grande Florianópolis e o estado de Santa Catarina”, pontuou.

Amanda Ramos Silveira, chefe de gabinete e representante da presidência do IMA, destacou a visão estratégica da gestão atual em promover parcerias e inovação. “Quando vimos a possibilidade de colaboração com a UFSC, nossos olhos brilharam. Essa parceria com uma instituição de referência é um exemplo de como unir forças pode gerar resultados transformadores. Estamos trabalhando para expandir o projeto e entregar um futuro mais verde e sustentável para as próximas gerações”, declarou.

Após a cerimônia, os participantes visitaram o local da estação, que já está em funcionamento. O equipamento, que fornece dados inéditos sobre a qualidade do ar em Santa Catarina, simboliza o início de um esforço conjunto entre academia e poder público para promover a sustentabilidade e proteger a saúde da população.

 

Rosiani Bion de Almeida / SECOM UFSC
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Reitor da UFSC reúne-se com representantes da União Catarinense das e dos Estudantes

28/05/2025 18:56

Foto: Secom/UFSC

Na tarde desta quarta-feira, 28 de maio, o presidente da União Catarinense das e dos Estudantes (UCE), Natan Luiz Rech, acompanhado de Thalita Zata, tesoureira da entidade, foi recebido pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza. O encontro teve como pauta central temas de grande relevância para a comunidade acadêmica, com ênfase na ampliação do orçamento das universidades federais e no fortalecimento do calendário do movimento estudantil na UFSC.

A UCE, entidade histórica que completará 76 anos em 2025, reafirmou durante a reunião seu compromisso com a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Representando os estudantes catarinenses, a entidade destacou a importância de um orçamento justo e adequado para assegurar a manutenção e o desenvolvimento das atividades acadêmicas e da infraestrutura das universidades federais, especialmente diante dos desafios orçamentários enfrentados atualmente pela educação no Brasil.

O presidente da UCE também reforçou a necessidade de estabelecer um diálogo contínuo entre as entidades estudantis e a Reitoria, buscando soluções conjuntas para os problemas cotidianos enfrentados pelos estudantes. Durante o encontro, foi entregue formalmente o ofício contendo as demandas da entidade.

Natan Luiz Rech reiterou a disposição da UCE para esclarecimentos complementares e reforçou o compromisso da organização em atuar como uma ponte de diálogo entre as entidades de base e a administração universitária, visando fortalecer o movimento estudantil e a defesa dos direitos da comunidade acadêmica.

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Reitor da UFSC cumpre agendas em Brasília sobre orçamento e Hospital Universitário

26/05/2025 18:14

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve em Brasília em duas ocasiões neste mês de maio para cumprir agendas estratégicas voltadas a questões fundamentais da instituição. Na manhã do dia 21 de maio, o professor Irineu participou de uma audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e demais dirigentes de universidades federais. O principal tema do evento foi a crise orçamentária enfrentada pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

Ainda na manhã do mesmo dia, o reitor participou de uma reunião na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) com o vice-presidente, Daniel Gomes Monteiro Beltrammi, para discutir a reabertura da emergência pediátrica do Hospital Universitário (HU-UFSC). A unidade opera de forma restrita desde maio de 2023 e está fechada desde setembro de 2024. O vice-presidente destacou que, para a reabertura da unidade com “Porta Aberta 24 horas”, serão necessários seis médicos pediatras. Ele informou, ainda, que no próximo mês de junho será homologado o concurso nacional que possibilitará a contratação dos novos profissionais.
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Orçamento das universidades: Reitor participa de audiência pública em Brasília

22/05/2025 16:28

Dirigentes das IFES participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília. Foto: Luís Fortes/MEC

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, participou nesta terça-feira, 21 de maio, de uma audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O evento contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e, entre os principais pontos de discussão, a crise orçamentária enfrentada pelos institutos e universidades federais.

Sobre o evento, o reitor destacou a necessidade de pressionar tanto os parlamentares quanto o Ministério da Educação (MEC) para garantir a liberação do orçamento das universidades federais. Ele ressaltou a presença de reitores e reitoras no encontro, sublinhando que a situação financeira das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) é alarmante.

Segundo Irineu, o orçamento enviado pelo governo federal ao Congresso já era insuficiente para atender às demandas das universidades. Porém, a situação foi agravada pela redução de R$ 250 milhões realizada pelo Legislativo, além do contingenciamento de verbas pelo governo federal, que tem dificultado a liberação de recursos já aprovados. “Esses recursos, que já eram insuficientes, estão sendo bloqueados, o que nos impede de realizar pagamentos essenciais para a manutenção das universidades. Estamos falando de despesas como Restaurante Universitário, Moradia Estudantil, energia elétrica e outras funções fundamentais para o funcionamento das instituições”, afirmou.

Irineu também destacou o papel estratégico das universidades públicas para o desenvolvimento do país e reforçou a importância da mobilização para reverter os bloqueios. “A universidade pública é o maior patrimônio de uma nação”, concluiu.

Durante a audiência, parlamentares exigiram a recomposição do orçamento das IFES e pediram a suspensão do decreto que limita a execução de parte dos recursos discricionários já aprovados para o setor. Em resposta, o ministro Camilo Santana reconheceu a gravidade da situação e assegurou que o governo federal está empenhado em buscar soluções. Ele afirmou que, nos próximos dias, medidas importantes serão anunciadas para recuperar os recursos destinados à educação superior.

Em nota divulgada, recentemente, pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a entidade classificou o decreto como um “grave retrocesso” na gestão das universidades federais, alertando que o bloqueio orçamentário compromete o funcionamento básico das instituições e fere o princípio constitucional da autonomia universitária.

Rosiani Bion de Almeida / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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Aberta consulta pública sobre CSocial, Teletrabalho e Flexibilização da Jornada dos TAEs

21/05/2025 10:15

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) disponibilizou uma minuta de Resolução Normativa, que consolida as portarias nº 470, 471 e 473 (2023/GR) referentes ao Teletrabalho, à Flexibilização da Jornada de Trabalho e ao Controle Social (CSocial) para registro de frequência dos técnicos-administrativos em Educação (TAEs). O texto da minuta encontra-se em consulta pública até o dia 15 de junho, e pode ser acessado por meio deste link.

Após o período de consulta, a Prodegesp convida a comunidade universitária a participar de uma audiência pública no dia 1º de julho, a partir das 9h, no Auditório da Reitoria, no campus de Florianópolis, bairro Trindade. Na ocasião será apresentado o Relatório contendo os resultados das avaliações sobre os projetos-piloto do Teletrabalho, da Flexibilização da Jornada de Trabalho e do CSocial. Na sequência, o documento será encaminhado para apreciação do Conselho Universitário (CUn), em data a ser marcada.

A participação de toda a comunidade universitária é indispensável, uma vez que a audiência e a consulta pública representam etapas fundamentais para o aperfeiçoamento das políticas institucionais que impactam diretamente o cotidiano dos servidores TAEs da Universidade.

Cronograma

Saiba mais

Dados do Relatório

Os projetos-piloto do Teletrabalho, da Flexibilização da Jornada de Trabalho e do CSocial foram implementados em 31 de março de 2023 em todos os setores da Universidade. Esses projetos foram avaliados entre outubro e dezembro de 2024, com base em 574 respostas coletadas de servidores técnico-administrativos e docentes, estudantes e comunidade externa.

O teletrabalho possibilitou que os servidores realizassem até três dias de trabalho remoto semanalmente, enquanto a flexibilização da jornada permitiu atendimentos ininterruptos de até 12 horas diárias. O sistema CSocial substituiu métodos tradicionais de controle de frequência, promovendo maior transparência e acesso público às informações de jornada.

Os resultados destacam que 73,3% dos respondentes conheciam os projetos-piloto, sendo que 59,1% perceberam melhorias na disponibilidade e no acesso aos serviços após as mudanças. Entre as vantagens da flexibilização da jornada, os participantes apontaram maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal (66,1%), melhoria no atendimento ao público (55,4%) e aumento da produtividade (50,2%). Por outro lado, desvantagens como impacto na integração entre servidores (30,4%) e problemas de coordenação interna (25%) foram mencionadas, embora 37,8% dos respondentes afirmassem não haver aspectos negativos relevantes.

O teletrabalho foi amplamente elogiado por proporcionar maior flexibilidade (72,7%), redução de deslocamentos (72,6%) e economia de recursos públicos (59,7%). Apesar disso, desafios relacionados à supervisão, comunicação e isolamento social foram destacados como pontos negativos, embora 37,8% dos respondentes não tenham identificado desvantagens significativas. Outro aspecto importante foi a percepção de aumento na produtividade (47,9%) e de menor desgaste físico e mental (51,6%) entre os servidores que aderiram ao teletrabalho.

O sistema CSocial foi avaliado positivamente por 59,7% dos respondentes, que o consideraram adequado para controle de frequência e assiduidade. A maioria dos usuários conhecia a área pública do sistema (62,3%), mas cerca de 44,4% desconheciam se os setores disponibilizavam o link de acesso. Em termos de impacto, o sistema foi reconhecido por estimular a transparência e a colaboração, mas enfrentou críticas relacionadas à adequação normativa e dificuldades de fiscalização.

As análises específicas de cada grupo indicaram percepções distintas. Enquanto os técnico-administrativos relataram melhorias significativas na qualidade dos serviços (77,6%) e no tempo de espera das demandas (68,5%), os docentes apresentaram uma visão menos positiva, com a maioria apontando piora na qualidade dos serviços (57,9%) e no tempo de espera (61,2%). Essas divergências refletem diferentes experiências de adaptação às novas modalidades de trabalho.

Por fim, as manifestações livres destacaram pontos positivos como a melhoria na qualidade de vida dos servidores e a otimização de processos institucionais, enquanto críticas recaíram sobre dificuldades de integração interna, organização dos turnos e eficácia no controle da frequência. O relatório conclui que, embora os projetos-piloto tenham trazido avanços em diversos aspectos, ajustes e melhorias são necessários para consolidar as iniciativas e atender melhor às demandas da comunidade universitária.

Rosiani Bion de Almeida / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

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