UFSC assina contrato para início das obras do Alojamento Estudantil Indígena

27/04/2023 17:41

A edificação contará com cozinha, sala de descanso, dormitórios e brinquedoteca. Imagem Ilustrativa/DPAE/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) firmou contrato com a empresa FC Construções para obras de reforma do Alojamento Estudantil Indígena, no Campus da Trindade, em Florianópolis. A assinatura aconteceu no dia 10 de abril. Nos próximos dias, a ordem de serviço deve ser emitida pelo Departamento de Fiscalização de Obras (DFO/UFSC) e a expectativa é que os trabalhos comecem no início de maio. A empresa responsável pelo projeto terá 180 dias para finalizar a reforma e adequações no futuro alojamento, que vai contar com cozinha, brinquedoteca e sala de descanso, e capacidade de abrigar 60 estudantes, em 12 dormitórios compartilhados.

No início deste ano, a Universidade anunciou um empenho no valor de R$ 700 mil, arrecadado inicialmente em 2019, através de emendas parlamentares apresentadas pelo senador Esperidião Amin (PP) e pelo deputado federal Pedro Uczai (PT), para a reforma do alojamento. O Departamento de Projeto de Arquitetura e Engenharia (DPAE/UFSC) finalizou o processo de atualização do orçamento da reforma no mês de janeiro e o projeto seguiu para a etapa de licitação.

O contrato no valor de R$ 1.482.399,25 com a empresa FC Construções foi assinado pela Prefeitura Universitária (PU) no dia 10 de abril. Após a entrega da documentação exigida no contrato e no edital RDC, o Departamento de Fiscalização de Obras deve emitir a ordem de serviço à companhia. De acordo com a Coordenadora de Fiscalização de Obras do departamento, Nêmora Nattrodt Monteiro, o departamento programa junto à  empresa para que iniciem os serviços no dia 8 maio.

Sobre o projeto

O alojamento terá capacidade de abrigar 60 estudantes, divididos em 12 dormitórios compartilhados, sendo 8 dormitórios para grupos e 4 dormitórios para estudantes com filhos. A edificação contará com sala de descanso, brinquedoteca e cozinha. Serão garantidos em todos os ambientes iluminação natural, ventilação cruzada, além de sistema de ventilação mecânica nos espaços de longa permanência. De acordo com o DPAE, “a premissa foi de criar um espaço flexível, personalizado e com leiaute agradável, conciliando as necessidades individuais e coletivas, uma vez que diversas etnias ocuparão o mesmo espaço.”

Os ambientes externos ao prédio que receberá intervenções também passarão por adequações nos acessos e calçadas para garantir a acessibilidade. O edifício receberá nova pintura, limpeza e desinfecção da cisterna e do reservatório, que atende atualmente o Restaurante Universitário (RU), prédios do entorno e que atenderá também a Moradia Indígena. 

Permanência 

O objetivo do alojamento é mitigar o déficit de moradia estudantil e intensificar políticas de inclusão social no campus. A estudante de Psicologia Thaira Priprá, representante dos estudantes indígenas, destaca que o projeto não absorverá toda a demanda dos estudantes da UFSC, que hoje são cerca de 200, mas vai atender parte deles, sendo essencial para a permanência estudantil. A pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae), Simone Sobral Sampaio, ressalta que além do alojamento, é importante o trabalho para captação de recursos financeiros para a construção da Moradia Estudantil Indígena. 

“Apesar de ser uma alternativa a curto prazo, este alojamento é fruto da nossa luta dentro da Universidade, nas articulações com as nossas bases, lideranças e em Brasília, já que parte da verba vem de emenda parlamentar de deputados federais. Então, se hoje vai acontecer o mérito é todo do movimento estudantil indígena dentro da UFSC”, afirma Thaira. 

Para ela, a chegada da notícia da assinatura do contrato para a realização da obra neste momento é bastante simbólica, já que durante o mês de abril acontece o movimento de luta ‘abril indígena’, que reivindica os direitos garantidos aos povos originários pela Constituição Federal de 1988 e que na UFSC conta com diversas atividades voltadas ao fortalecendo de ações institucionais para a permanência estudantil e a interculturalidade, e também marca, no dia 19 de abril, o Dia Nacional dos Povos Indígenas.

“Sobre o alojamento de estudantes indígenas, ele é fundamental e importante vitória da organização estudantil indígena para a realização dos seus direitos. Essa vitória ocorrer no mês em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas também é representativa dessa organização e do necessário reconhecimento institucional da universidade”, afirma Simone Sobral Sampaio.

No dia 10 de abril, iniciaram os trabalhos da comissão que vai construir uma Política Institucional para permanência de indígenas e quilombolas na UFSC. A iniciativa foi tomada em 2022 por meio de diálogo entre estudantes indígenas, a Prae e a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe). O Grupo de Trabalho pretende encaminhar a minuta de resolução para apreciação no Conselho Universitário (CUn) ainda neste ano. 

A portaria prevê a gestão compartilhada do tema, incluindo Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd), além da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), de forma multicampi. A comissão fará reuniões semanais com lideranças e órgãos externos que atuam com povos indígenas e quilombolas. Trata-se de trabalho articulado com objetivo de assegurar o ingresso e a permanência estudantil com o objetivo de oferecer condições à formação profissional.

 

Robson Ribeiro/Estagiário da Secretaria de Comunicação/UFSC

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UFSC se manifesta sobre incidente em sala de aula

27/04/2023 11:10

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) manifesta solidariedade à estudante envolvida no incidente em uma das salas do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e lamenta profundamente que ela tenha se machucado. A coordenação do curso de Ciências Biológicas informa que em caso de necessidade a estudante poderá solicitar tratamento especial em regime domiciliar para a continuidade de suas atividades acadêmicas. A Pró-reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae) orienta atendimento à Psicologia Educacional, caso a estudante tenha sido afetada na organização de suas atividades na graduação.

De acordo com informações apuradas, a queda de um suporte de luminárias fluorescentes ocorreu por volta das 20h30 de terça-feira, 25 de abril, em uma das salas do segundo andar do Bloco A do CCE. O fato foi comunicado pelo vigilante do local à Secretaria de Segurança Institucional (SSI) da UFSC, que prontamente enviou uma viatura para conduzir a estudante ao Hospital Universitário (HU-UFSC), onde recebeu atendimento. A direção da Unidade de Ensino foi comunicada, acompanhou a situação e prestou o primeiro acolhimento.

Assim que foi informado do ocorrido, o reitor Irineu Manoel de Souza, que voltava de uma viagem ao campus de Curitibanos, determinou que a Prefeitura Universitária (PU) verificasse a situação. Na manhã de quarta-feira, 26 de abril, a equipe da PU realizou uma vistoria in loco na sala da ocorrência, com a Coordenadora Administrativa da Unidade de Ensino. Após a interdição da sala foram adotadas as seguintes medidas: 1 – atendimento em caráter corretivo da luminária da sala; 2 – vistoria de caráter preventivo a todas as salas e corredor do 2º pavimento do edifício, para certificação da condição das demais luminárias. As causas do incidente estão sendo apuradas pelo Departamento de Manutenção Predial e de Infraestrutura (DMPI).

A manutenção de todos os ambientes da UFSC é uma tarefa desafiadora e deve ser analisada sob o prisma da redução sistemática de recursos para as universidades ao longo dos últimos anos, especialmente no período de governo federal findado em 2022. Apenas no campus da UFSC em Florianópolis são cerca de 400 edifícios, cujo tamanho varia de uma pequena subestação de energia até um Centro de Cultura e Eventos. São mais de 430.000 metros quadrados de área construída no campus e a demanda de manutenção predial chega à ordem de 13.500 pedidos em um ano.

O orçamento das universidades públicas em geral tem sofrido grandes reduções nos últimos anos e as instituições passaram a enfrentar cortes e contingenciamentos de recursos. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o valor das verbas discricionárias nos orçamentos das universidades caiu 55% entre os anos de 2015 e 2022. No caso da UFSC, a dotação orçamentária para custeio com recursos do Tesouro, que já foi de R$ 150,10 milhões em 2016, ficou em R$ 115,8 milhões no orçamento atual. A recomposição orçamentária das universidades, demanda prioritária da Andifes, só foi confirmada há menos de duas semanas.

 

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Conselho Universitário realiza sessão presencial no campus de Curitibanos

26/04/2023 17:52

Reitor Irineu Manoel de Souza conduziu sessão do Conselho Universitário em Curitibanos (Fotos: Luís Carlos Ferrari / Secom)

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nesta terça-feira, 25 de abril, uma reunião presencial na sede do campus universitário da cidade de Curitibanos. A sessão foi considerada um “momento histórico” pelo reitor Irineu Manoel de Souza: foi a primeira vez que o CUn realizou uma reunião no campus de Curitibanos desde a inauguração oficial, em 2010. Estiveram presentes membros do Conselho, gestores da Universidade e servidores do campus sede, em Florianópolis, e representantes dos campi de Joinville e Blumenau. Servidores, estudantes e professores do campus de Curitibanos acompanharam a primeira parte da sessão.

Ao abrir a sessão, o reitor lembrou os momentos difíceis vividos no ano passado, quando a UFSC viveu às voltas com cortes e contingenciamentos de recursos. Atualmente, porém, o momento é favorável para a reconstituição da universidade pública, afirmou o professor Irineu. “Temos que ter a responsabilidade e a ousadia para termos uma instituição forte”, disse.

Além da sessão do Conselho, o reitor afirmou que a equipe da gestão trazia “notícias importantes” para o campus de Curitibanos. Entre elas estão a Ordem de Serviço para início da construção do Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias (CPAAV) e o compromisso de conclusão do prédio CBS02 até o final do ano. O prédio está com cerca de 90% da construção concluída, mas a construtora responsável abandonou as obras há mais de um ano. “Vamos licitar e destinar recursos do orçamento da Universidade”, disse o reitor.

Outros demandas do campus, como a Clínica de Grandes Animais (Hospital Veterinário) também receberão atenção – a clínica está atualmente na fase de projeto. O reitor informou ainda que a direção do campus está em negociações com o governo estadual para a utilização das instalações do Cedup. A respeito da reivindicação dos alunos de um ônibus para transportá-los para as atividades dos cursos, Irineu explicou que existe um decreto presidencial que proíbe às universidades comprar veículos, mas que pode ser analisada a possibilidade de locação.

O curso de Medicina, embora não tenha ainda autorização de implantação, já tem nove professores contratados, informou. Existe autorização para a contratação de 20 professores, mas a UFSC não consegue preencher as vagas. Essa questão precisa ser analisada no contexto da discussão sobre a necessidade de recomposição dos salários dos servidores públicos, analisou o reitor. Ele disse que embora a construção do prédio CBS02 esteja em fase final, as iniciativas para início do curso precisam andar em sincronia com as necessidades de professores e técnicos administrativos.

Orçamento

Após dar posse a novos conselheiros e encaminhar a aprovação de atas de reuniões anteriores, o reitor abordou a questão da recomposição orçamentária da UFSC. A Universidade terá um adicional de R$ 26 milhões em relação à Lei Orçamentária Anual de 2023. São cerca de R$ 16,5 milhões adicionais para custeio, R$ 2,6 milhões em recursos para programas de assistência estudantil e R$ 6,9 milhões a mais para investimentos.

O reitor mencionou que as verbas adicionais para custeio são bem-vindas, mas que o valor para capital é “simbólico”, uma vez que apenas para o CPAAV serão necessários mais R$ 7 milhões. Além disso, a Universidade também buscará recursos para equalizar o valor das bolsas pagas pela Universidade às do Ministério da Educação (MEC), reajustadas recentemente.

Estudante Nicole Jocys apresentou demandas e reivindicações de estudantes do campus de Curitibanos

Na sequência, a professora Andréa Trierweiller, secretária de Planejamento e Orçamento, fez uma explanação sobre o orçamento realizado da UFSC em 2022 e previsões de despesas para o ano de 2023. Ela explicou que no ano passado a maior despesa bancada com as verbas discricionárias foi com bolsas, mas que neste ano o maior gasto da UFSC será em obras e equipamentos. Já foi garantido o aumento do valor das bolsas de iniciação científica (Pibic) e de iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), informou a secretária da Seplan.

Com o uso da palavra, a aluna Nicole Jocys, presidente do Centro Acadêmico de Medicina Veterinária, apresentou as principais demandas dos estudantes do campus. Ela pediu a contratação de mais professores efetivos (hoje muitas disciplinas são ministradas por professores substitutos); apontou a falta de equipamentos para aulas práticas e para atendimento à comunidade; reivindicou uma Fazenda-Escola no campus e também a disponibilização de um ônibus para transportar os alunos às atividades acadêmicas. Também pediu melhorias no serviço do Restaurante Universitário. Nicole foi muito aplaudida pelos estudantes, alguns dos quais portavam cartazes com as reivindicações.

Na sequência, os conselheiros passaram a apreciar a ordem do dia da sessão ordinária e aprovaram algumas decisões do reitor ad referendum do Conselho Universitário.

A íntegra da sessão está disponível no Canal do YouTube do Conselho Universitário.

Visita

A comitiva da Reitoria e integrantes do Conselho Universitário (CUn) foram recepcionados no campus de Curitibanos pelo diretor da Unidade, professor Juliano Gil Nunes Went. Ele recebeu o grupo no auditório do campus e fez uma apresentação contendo um histórico da presença da UFSC na cidade e as principais estruturas físicas e terrenos do Centro de Ciências Rurais (CCR).

As edificações estão concentradas em uma área de 24,2 hectares recebidas por doação de um empresário local. Ali estão instalados o prédio principal (CBS01), com uma área construída de 4.925 m2; o prédio CBS02 (9.258 m2) em fase final de construção – com previsão de entrega em dezembro de 2023 -, além de estufas e outras estruturas. A UFSC também faz uso compartilhado de uma área de 5.529 m2 no Centro de Educação Profissionalizante de Curitibanos (Cedup), que pertence ao governo estadual.

Diretor Juliano Gil Nunes Wendt recepcionou comitiva de outros campi da UFSC

Além dessas instalações, a UFSC de Curitibanos também possui uma Área Experimental Agropecuária, uma fazenda de 24,2 hectares doada por empresário da cidade, com uma edificação de 1.273 m2; e uma Área Experimental Florestal, de 42 hectares, doada pela prefeitura da cidade. Trata-se do único campus fora da sede da UFSC que conta com imóveis próprios e não tem despesas com aluguéis, à exceção da área hoje compartilhada no Cedup.

As atividades acadêmicas no campus iniciaram com um bacharelado interdisciplinar, o curso de Ciências Rurais, que oferecia 360 vagas. Esse perfil mudou ao longo dos anos e atualmente o campus oferece três cursos de graduação – Agronomia, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária – e dois programas de pós-graduação em nível de mestrado: Programa de Pós-graduação em Ecossistemas Agrícolas e Naturais (PPGEAN) e Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária Convencional e Integrativa. São 84 docentes e 56 técnicos administrativos em educação (TAE), sendo seis vinculados à Biblioteca Universitária.

O diretor Juliano Went afirmou no encontro que o grande desafio do campus atualmente é espaço físico. Existem equipamentos em corredores, desligados ou guardados, por isso ressaltou a importância de conclusão do prédio CBS02. A edificação deverá abrigar também atividades acadêmicas do curso de Medicina, que está à espera de autorização de instalação por parte do Ministério da Educação (MEC).

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick, disse que o Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias (CPAAV), cujas obras começam no dia 2 de maio, pretende tornar-se um modelo para estruturas de pesquisas que, além das atividades acadêmicas, serão também indutores do desenvolvimento regional. O professor João Martins, diretor-geral do Gabinete da Reitoria, afirmou que o curso de Medicina do campus de Curitibanos atuará junto com o Sistema Único de Saúde (SUS) e também poderá tornar-se uma fator agregador do desenvolvimento regional.

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Municípios da Amurc e UFSC firmam parceria para elaborar plano de desenvolvimento regional

26/04/2023 14:50

Prefeitos e integrantes da Amurc prestigiaram entrega da Ordem de Serviço para início das obras do CPAAV (Fotos: Luís Carlos Ferrari)

Prefeitos de cidades que integram a Associação dos Municípios da Região do Contestado (Amurc) assinaram nesta terça-feira, 25 de abril, uma carta aberta em que manifestam disposição de colaborar com pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na elaboração de um plano de desenvolvimento regional “que promova crescimento sustentável, com geração de emprego, ampliação da renda e promoção da igualdade”. A carta foi assinada durante reunião com autoridades políticas locais realizada na sede do campus Curitibanos da UFSC.

As prefeituras também se comprometeram a participar de iniciativas visando obter recursos para viabilizar a conclusão do Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias (CPAAV), cuja ordem de serviço para construção foi assinada pelo reitor Irineu Manoel de Souza. O CPAAV deverá ser um dos pilares da infraestrutura científica da UFSC para apoio ao plano de desenvolvimento, que buscará identificar “as vocações de tecnologia e inovação associadas aos arranjos produtivos locais”.

Participaram da reunião o prefeito de Curitibanos e presidente da Amurc, Kleberson Luciano Lima, acompanhado dos secretários municipais de Educação, Ismael Antonello, de Indústria e Comércio, Luiz Fernando Popinhak, e do chefe de Gabinete, Luiz Carlos Righes Jr; o prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Alves Wolinger, acompanhado do secretário de Administração, Antônio Carlos Brocardo e da assessora de imprensa, Isabelle Aguiar; a procuradora do município de São Cristóvão do Sul, Rafaela Bassoli, representando a prefeita Ilse Amelia Leobet e acompanhada da secretária de Educação, Joelma de Fátima Silva, e o secretário-executivo da Amurc, Roberto Molin de Almeida.

Ordem de serviço

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, Jacques Mick, disse que o encontro com as autoridades da região era uma ação representativa do compromisso da atual gestão da UFSC de se reaproximar da sociedade. Ele fez uma apresentação detalhando os objetivos e as estruturas do Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias, destacando que a infraestrutura do centro poderá contribuir para a expansão da pesquisa acadêmica e apoiar as atividades econômicas da região.

O reitor Irineu Manoel de Souza citou que a presença de integrantes da Reitoria e de conselheiros universitários em Curitibanos era um gesto que demonstrava a preocupação com uma efetiva gestão multicampi da Universidade. Na oportunidade, o reitor fez o repasse simbólico ao diretor do campus, professor Juliano Wendt, da ordem de serviço para início das obras de construção do CPAAV.

Professora Glória Botelho vai coordenar trabalhos de grupo do projeto de desenvolvimento regional

O professor Jacques Mick anunciou a publicação de uma chamada pública conjunta da Propesq e da Pró-reitoria de Extensão (Proex) convidando servidores docentes e técnico-administrativos a manifestarem interesse em participar do grupo que irá elaborar o plano de desenvolvimento regional em colaboração com a Amurc. O projeto será liderado pela professora Glória Botelho, da Coordenadoria Especial de Ciências Biológicas e Agronômicas, com apoio do professor Paulo Pinheiro Machado, do Departamento de História.

O presidente da Amurc, Kleberson Lima, relatou a visita que fez à Reitoria no início de fevereiro e disse que os prefeitos estavam felizes por fazer parte deste momento histórico. Ele afirmou que o desenvolvimento de Curitibanos se divide em períodos de antes e depois da chegada da UFSC.

De acordo com o prefeito, é necessário e possível promover o desenvolvimento através da pesquisa e ações articuladas. Os cinco municípios que compõem a Amurc (Curitibanos, Frei Rogério, Ponte Alta do Norte, Santa Cecília e São Cristóvão do Sul) têm um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média dos municípios do estado.

Kleberson Lima também se mostrou disposto a apoiar a Universidade em outra demanda muito importante para a região: a implantação do curso de Medicina na UFSC de Curitibanos. Ele propôs organizar uma comitiva com políticos da região para ir a Brasília e sensibilizar o governo federal da importância do curso. “A comunidade abraçou a UFSC, que é um patrimônio da região”, disse o prefeito.

O reitor Irineu Manoel de Souza falou das iniciativas que estão sendo tomadas pela Universidade para o campus de Curitibanos, como a Clínica de Grandes Animais (Hospital Veterinário), que está em fase de projeto pelo Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia (DPAE). O curso de Medicina em Curitibanos “vai acontecer”, declarou o reitor, ressaltando que o prédio CBS 02, que abrigará atividades acadêmicas do curso, deve ser concluído até o fim do ano. De acordo com o professor Irineu, uma das dificuldades atuais é a contratação de professores, em razão dos baixos salários.

Por fim, o reitor da UFSC citou a necessidade de envolvimento dos atores políticos locais para apoiar a universidade nas suas demandas e estruturas. “O sentido da existência da Universidade é para apoiar a sociedade”, concluiu Irineu.

 

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Diretores de centros de ensino apresentam demandas de manutenção à Administração Central

19/04/2023 09:44

Diretores de Centros de Ensino apresentaram demandas diretamente à Administração Central (Fotos: Luís Carlos Ferrari/Secom)

O reitor Irineu Manoel de Souza e a vice-reitora Joana Célia dos Passos reuniram-se na segunda-feira, 17 de abril, com diretores de vários Centros de Ensino da Universidade. Na pauta do encontro, as demandas das Unidades relacionadas a serviços de manutenção e conservação da estrutura física da UFSC. A reunião, realizada na Sala dos Conselhos, contou com a participação do prefeito universitário, Hélio Rodak, e servidores da equipe da Prefeitura, além do diretor do Gabinete do Reitor, João Luiz Martins, e do chefe de Gabinete, Bernardo Meyer.

Vários diretores apresentaram questionamentos à gestão e relataram o que consideram dificuldade de atendimento de demandas cotidianas de manutenção, além de falta de previsão sobre obras de conservação. O prefeito Hélio Rodak prestou informações sobre o atendimento dos pedidos de manutenção e também sobre o andamento dos processos de licitação para contratação de prestadores de serviços. Ressaltou que apenas o contrato para o serviço de refrigeração (ar-condicionado e bebedouros) está orçado em cerca de R$ 12 milhões, o que corresponde a 10% de toda a verba discricionária do atual orçamento da UFSC.

Na ocasião, a gestão apresentou um relatório com todas as demandas de manutenção dos Centros encaminhadas à Reitoria, com indicação de três níveis de prioridade. No encaminhamento da reunião, o reitor Irineu Manoel de Souza afirmou que nos próximos dias a Prefeitura Universitária vai entrar em contato com os diretores para elaborar um plano de trabalho específico para cada Unidade.

O reitor afirmou também que a Administração Central continuará a visitar as Unidades do campus e a realizar reuniões mensais para tratar destas questões. Definindo o serviço de manutenção como prioridade, o reitor se comprometeu a articular com a Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) a liberação dos recursos necessários à atuação da Prefeitura Universitária. Em maior prazo, a PU também se dedicará a realizar análises e projetos relacionados às instalações elétricas e hidráulicas, às subestações próprias de eletricidade e à infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação.

 

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