Inovação social na UFSC: reuniões abertas discutirão o tema em maio e junho

12/05/2025 15:57

As pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Pesquisa e Inovação (Propesq), em parceria com o Departamento de Inovação (Sinova), realizarão, nos meses de maio e junho, uma série de reuniões abertas em todas as unidades acadêmicas da UFSC para discutir o conceito de inovação social. O primeiro encontro ocorrerá no próximo dia 15 de maio, às 9h, na sala de reuniões da direção do Centro de Ciências Agrárias (CCA).

Essa iniciativa marca um importante passo na sensibilização da comunidade universitária sobre o tema, com o objetivo de conceber um Programa de Inovação Social para a Universidade. De acordo com a política de inovação e empreendedorismo da UFSC, aprovada pelo Conselho Universitário em 2022, inovação social é definida como “uma resposta criativa a problemas de tipo econômico e social, não satisfeitos nem pelo mercado nem pelo Estado, contribuindo para o bem-estar das pessoas e das comunidades”.

O debate conceitual é essencial para o avanço da agenda de inovação social, e as reuniões contarão com a colaboração do Laboratório de Inovação e Cocriação Social (LINC Social), coordenado pela professora Helena Salles. Além da discussão sobre o conceito, os encontros vão identificar projetos de inovação social já existentes nas unidades acadêmicas e ajudar na definição de linhas estratégicas de ação para a UFSC.

As datas dos encontros serão organizadas pelas coordenações de pesquisa de cada unidade. O calendário completo está disponível neste link.

 

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Nota da Administração Central sobre aceleração de carreira dos TAEs

09/05/2025 19:02

A Administração Central da UFSC informa que a Universidade adotará os procedimentos necessários para garantir a aplicação da aceleração da progressão por capacitação dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), conforme previsto na Medida Provisória nº 1.286/2024, publicada em 31 de dezembro de 2024. A medida altera o Art. 10-B, §§ 3º e 4º, da Lei nº 11.091/2005, e resulta de acordo firmado em mesa nacional de negociação com a categoria.

A decisão institucional é baseada na convicção de que o texto da Medida Provisória estabelece, com clareza, os critérios legais para a transição, dispensando regulamentações adicionais. A Universidade considera que há segurança jurídica para implementar os novos dispositivos, alinhada ao princípio da valorização dos servidores públicos e da observância dos direitos legalmente constituídos.

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) está trabalhando para viabilizar a operacionalização da medida com a maior agilidade possível, e manterá a comunidade universitária informada sobre os encaminhamentos relacionados a esse tema.

Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a valorização permanente do corpo técnico-administrativo da Universidade Federal de Santa Catarina.

Gabinete da Reitoria
Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp)
Universidade Federal de Santa Catarina 

Tags: Prodegespprogressão por capacitaçãoUFSC

UFSC participa de evento voltado à internacionalização do ensino superior

09/05/2025 13:22

A Faubai Conference 2025, um dos maiores eventos da América Latina voltados à internacionalização do ensino superior, foi realizado em Brasília entre 26 e 30 de abril, e a UFSC teve uma participação destacada. Na programação constaram palestras e painéis com especialistas internacionais, workshops temáticos, sessões práticas, espaço de networking e colaboração, além da apresentação de estudos de caso e boas práticas. Duas atividades particularmente importantes para a cooperação internacional promovida pelo Governo e pelas universidades brasileiras foram PEC-G: 60 years of international cooperation and internationalization at home e CAPES-Global: Presentation of the new program.

Representantes da UFSC realizaram reuniões bilaterais com agentes de universidades e instituições visando ao estabelecimento e ao fortalecimento da cooperação internacional. Entre os diálogos conduzidos pelo secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, e pela diretora de Relações Internacionais, Fernanda Leal, destacam-se as interações com Université Laval (Canadá), Universitat Pompeu Fabra (Espanha), Politecnico di Torino (Itália), HSE University (Rússia), Universidad del Valle (Colômbia) e Universitat Münster (Alemanha), além de representantes do Regional English Language Office (RELO), da Embaixada dos Estados Unidos, com vistas à participação da UFSC no Programa English Language Fellow.

A Universidade também marcou presença em sessões paralelas. No dia 28 de abril, o secretário Luiz Carlos Pinheiro moderou a sessão South-South Cooperation, na qual a diretora Fernanda Leal apresentou trabalhos sobre as relações Sul-Sul no contexto da internacionalização do ensino superior e a cooperação acadêmica entre Brasil e Timor-Leste. A agente de internacionalização e servidora da Secretaria de Comunicação (Secom) da UFSC, Stefani de Souza, apresentou trabalhos sobre projetos de extensão internacional e seu impacto no empoderamento de comunidades, com destaque para a parceria entre Brasil e Moçambique, além do papel da extensão universitária no processo de internacionalização.

Outra contribuição relevante foi da servidora Luciana Miashiro Lima, que participou da mesa redonda Technologies and Digital Systems in the Internationalization of Research: Building Global Academic Bridges. Ela apresentou o projeto de tradução dos nomes das disciplinas de graduação da UFSC para o inglês, concluído em 2024, que possibilita aos estudantes e egressos a emissão do Histórico Síntese e do Atestado de Matrícula em inglês, gratuitamente. A mesa foi coordenada pelo professor Lincoln Fernandes, que também apresentou um trabalho sobre chatbots com inteligência artificial e sua aplicação na colaboração acadêmica internacional.

Além disso, a servidora Ana Luísa da Silveira, da Secretaria de Educação a Distância (Sead), participou da mesa-redonda “Escolhas Verdes: O Impacto emocional da sustentabilidade e as escolhas dos estudantes internacionais”, apresentando, como coautora, um artigo em parceria com o representante da FixTerra, Sebastian Fernandes.

Organizado pela Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), o encontro reuniu especialistas, gestores, pesquisadores e representantes de universidades de todo o mundo para debater tendências, desafios e oportunidades para a educação global. A conferência também se destacou como plataforma para promover a educação brasileira no cenário internacional, ressaltando a riqueza cultural e acadêmica do país.

A expectativa é que a Faubai 2026 seja realizada em Florianópolis, com a participação da UFSC na organização do evento.

Sobre

A Faubai foi criada em 1988 e reúne gestores e responsáveis de assuntos internacionais de mais de 200 instituições de ensino superior brasileiras. A Conferência promove integração, capacitação de gestores, seminários, workshops, reuniões regionais, nacionais e internacionais e uma conferência anual. Também atua na divulgação das potencialidades e da diversidade das IES brasileiras, no país e no exterior, junto a IES, agências, representações diplomáticas, organismos e programas internacionais.

Mais informações no site do evento: www.faubai.org.br.

Com informações da Sinter.

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UFSC na mídia: a polêmica que envolve o nome do campus central da Universidade

08/05/2025 14:44

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está no centro de um debate importante. A atual denominação do campus central, Reitor João David Ferreira Lima, poderá ser alterada após decisão do Conselho Universitário em aprovar as recomendações da Comissão Memória e Verdade (CMV) da instituição. Criada em 2014, a CMV tem o objetivo de investigar violações de direitos humanos ocorridas na UFSC durante a ditadura civil-militar (1964-1985).

Os professores da UFSC, Daniel Castelan e Luana Heinen, falaram sobre o assunto em entrevista ao Portal Desacato, no dia 7 de maio. Ambos destacaram a relevância histórica e política da recomendação de retirar o nome do campus, que homenageia o primeiro reitor da Universidade, João David Ferreira Lima, apontado por documentos revelados pela CMV como colaborador do regime militar.

Segundo Castelan, que também é presidente da Comissão para a Implementação das Recomendações do Relatório Memória e Verdade da UFSC, a proposta de renomear o campus é resultado de anos de trabalho intenso de pesquisa e investigação. Ele explicou que a CMV analisou cerca de 1.500 documentos obtidos a partir da Lei de Acesso à Informação (2011) e do Arquivo Nacional, os quais demonstraram a colaboração de João David Ferreira Lima com setores de repressão da ditadura. “Esses trabalhos indicaram que havia comunicações diretas e constantes entre o ex-reitor e sua equipe” com esses órgãos militares que causaram danos à comunidade universitária, afirmou Daniel.

Entre as 12 recomendações apresentadas pela CMV e aprovadas em 2018 pelo Conselho Universitário, uma em particular previa a revisão de homenagens a pessoas que colaboraram com o regime militar. Daniel destacou que a retirada do nome do campus é uma medida que visa reparar historicamente as violências praticadas e reafirmar o compromisso da universidade com os direitos humanos.

Já a professora Luana Heinen, doutora em Direito e coordenadora do Observatório dos Direitos Humanos, reforçou a importância do direito à memória e ao debate público sobre o passado autoritário do Brasil. A docente destacou que o “direito à memória é um direito humano fundamental” e que a falta de enfrentamento adequado dos crimes cometidos durante a ditadura impede avanços mais sólidos na defesa da democracia.

Luana também comentou sobre a responsabilidade da administração pública em revisar atos que, à luz de novas evidências, se mostram incompatíveis com os valores democráticos. “Quando o Conselho Universitário aprovou a homenagem em 2003, não havia acesso aos documentos que temos hoje. Agora, com as provas reveladas pela CMV, é possível e necessário rever essa decisão”, destacou.

A entrevista também abordou as dificuldades enfrentadas pela sociedade brasileira em lidar com o passado ditatorial. Segundo os professores, o silêncio e a negação de atos cometidos durante a ditadura contribuem para a manutenção de estruturas autoritárias. “Esse debate não é apenas sobre o passado, mas também sobre o que queremos para o futuro” e um alerta para os futuros dirigentes e agentes públicos sobre a importância de respeitar os direitos humanos e agir com responsabilidade, enfatizou Luana.

A decisão final sobre a alteração do nome do campus será tomada pelo Conselho Universitário, que representa a comunidade acadêmica de forma democrática. Para os professores, essa é uma oportunidade única de a UFSC afirmar seu compromisso com a verdade histórica, a memória e a justiça. Por ser um patrimônio público, “a sociedade deve se orgulhar que a universidade tenha tido a coragem de dar esse passo, de enfrentar esse passado, de trazê-lo a público, de mostrar para a sociedade catarinense e dar esse passo que as famílias merecem, que é um pedido formal de desculpa”, concluiu Daniel.

A entrevista completa está disponível link.

 

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Laboratório traz novas possibilidades de pesquisa naval e aérea na UFSC Joinville

08/05/2025 11:06

Que tipo de arrasto provoca o vento em um carro em movimento? Como um barco rebocador enfrenta a resistência a seu avanço na água? Ou ainda: como dutos de plataformas de petróleo podem resistir melhor ao vaivém do mar? Perguntas que a ciência produzida no Campus de Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pode melhor responder desde a entrada em operação dos novos equipamentos do Laboratório de Interação Fluido-Estrutura (LIFE-Multiusuário). O evento que marcou o início oficial das atividades ocorreu na tarde desta quarta-feira, 7 de maio.

O LIFE está equipado com túnel de vento, que simula o escoamento de ar a até 120 km/h, e canal de água circulante, que pode testar diferentes interações entre objetos e o líquido. “A gente pode fazer o que quiser aqui. É só imaginar”, resume o mestrando Rafael D’Amaro Chiara, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências Mecânicas, da UFSC Joinville. Rafael e outros colegas estão imaginando o seguinte: uma estação meteorológica de baixíssimo custo que pode flutuar no mar (ou rio ou lagoa) sem a necessidade de recarregar baterias, abastecida de energia proveniente da deformação que o material sofre com o movimento da água.
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