Professor Irineu teve oportunidade de falar em reunião do Fórum Parlamentar Catarinense (Fotos: Bernardo Meyer)
O reitor Irineu Manoel de Souza, acompanhado do chefe de gabinete, professor Bernardo Meyer, viajou novamente a Brasília no dia 8 de novembro em busca de recursos para reforçar o orçamento da Universidade em 2024. O reitor teve a oportunidade de falar durante a reunião do Fórum Parlamentar Catarinense e voltou a ressaltar a importância de uma emenda coletiva em prol de todas as instituições federais de educação superior do Estado.
A ideia da emenda coletiva (de bancada) foi elaborada no âmbito do Fórum de Reitores de Instituições Públicas de Educação Superior de Santa Catarina, que foi reativado no início deste ano e atualmente é presidido pelo professor Irineu. O dirigente da UFSC foi o único reitor a falar na reunião do Fórum Parlamentar.
Após o encontro com a bancada, o reitor e o chefe de gabinete da UFSC promoveram reuniões em todos os gabinetes de parlamentares de Santa Catarina. O propósito das reuniões foi o de sensibilizar os parlamentares para apoio às demandas da UFSC para realização de obras em todos os campi da Universidade.
Estão no rol de obras a reforma do Centro de Convivência, construção de moradia estudantil, reforma do Bloco A do Centro de Ciências da Educação (CED), conclusão do prédio administrativo e construção de bloco de salas de aula do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), no campus de Florianópolis; construção do Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias (CPAAV), em Curitibanos; construção de prédio para o curso de Medicina em Araranguá; construção do campus de Joinville e instalação de campus próprio em Blumenau.
O professor Bernardo Meyer informou que os pleitos foram regionalizados, isto é, tratados com os parlamentares da respectiva região dos campi, e que a receptividade em geral foi muito positiva.
Outro objetivo da viagem do reitor foi buscar apoio para a destinação de recursos para as universidades federais. “Precisamos contar com os parlamentares para recomposição dos orçamentos das universidades”, disse o professor Irineu. Em diversas ocasiões, o reitor tem informado à comunidade sobre a necessidade de suplementação orçamentária para UFSC, pois o Orçamento de 2024 ainda seria deficitário em cerca de R$ 20 milhões.
Professor Bernardo, senadora Ivete Silveira e professor Irineu
O reitor com os deputados Darci de Matos (E) e Pedro Uczai
Reitor destacou importância de garantir recursos às universidades
Convênio assinado permitirá a proposição e execução de projetos de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão por parte de profissionais do HU (Foto: Divulgação)
O Hospital Universitário (HU) Polydoro Ernani de São Thiago – UFSC/Ebserh e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) assinaram nesta segunda-feira, 30 de outubro, um termo de convênio para a realização de projetos de pesquisa, ensino e extensão. A assinatura ocorreu no auditório do Bloco Didático da Medicina, no 1º andar do HU.
O chefe de Gabinete da Reitoria da UFSC, Bernardo Meyer, que representou o reitor Irineu Manoel de Souza; o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick; e o superintendente do HU, Spyros Cardoso Dimatos, participaram da cerimônia, além do superintendente da Fapeu, Fábio Silva de Souza, e do gerente de projetos da Fundação, Geraldo Morgado Fagundes Filho. (mais…)
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai sediar um evento para debater um assunto importante para todas as instituições públicas: as licitações. O 1º Encontro de Contratações Públicas das IFES do Sul ocorrerá nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, no auditório da pós-graduação do Centro de Ciências da Saúde (CCS). O evento é promovido pela Pró-Reitoria de Administração (Proad) e as palestras serão transmitidas pelo canal da TV UFSC no YouTube.
Estão inscritos para o evento representantes de 11 das 17 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) da região Sul do Brasil e convidados da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade de Brasília (UnB). Servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) também participarão.
O encontro terá uma dinâmica na qual, após cada palestra, haverá um momento de troca de experiências entre as Ifes sobre o assunto abordado. Os temas em debate serão as Etapas de planejamento das licitações; Dispensa eletrônica e inexigibilidade de licitação no contexto da Nova Lei de Licitações; Elaboração de editais e a segurança jurídica na condução do pregão e contratação; Sistema de Registro de Preços pela Nova Lei de Licitações; Pontos importantes nas pesquisas de preços e planilha de custos; Fiscalização de contratos e A Nova Lei de Licitações Públicas em perspectiva prática: continuidade ou novidades?
Os palestrantes são servidores do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC); Procuradoria-Geral Federal; Controladoria-Geral da União e especialistas em licitações e contratos vinculados à academia e advocacia.
O pró-reitor de Administração da UFSC, Vilmar Michereff Junior, ressalta que o evento ocorre num momento de “virada de chave da legislação”, a dois meses do fim da vigência da Lei 8.666, que há trinta anos regula as licitações públicas no Brasil. “Vamos promover a discussão sobre a Nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) no âmbito das Instituições Federais de Ensino Superior, que têm desafios muito parecidos, além de oportunizar a aproximação entre as equipes técnicas de compras, contratos e licitações destas instituições para parcerias futuras”, afirma o pró-reitor.
O reitor Irineu Manoel de Souza estará em Brasília, entre os dias 17 e 19 de outubro, para participar da 163ª reunião extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e de importantes eventos no Ministério da Educação (MEC) e no Palácio do Planalto. O reitor vai aproveitar a viagem à capital federal para um encontro com a bancada parlamentar catarinense.
A programação começa nesta terça-feira, 17 de outubro, com o Seminário Nacional para Fortalecimento das IFES e de Boas Práticas de Incentivo à Permanência e Integração Acadêmica 2023, no auditório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do MEC. Além do reitor, o seminário terá a participação da pró-reitora de Graduação e Educação Básica da UFSC, Dilceane Carraro.
Os gestores da UFSC também participarão de reuniões no MEC para tratar de vagas para docentes, Programa de Educação Tutorial (PET) e outros temas.
No primeiro dia, o seminário terá a apresentação de tecnologias e ferramentas de auxílio à gestão universitária, inovação e extensão. À tarde, o evento será realizado no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, onde ocorrerá a cerimônia de Expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana; ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; ministro das Comunicações, Juscelino Filho; secretária de Educação Superior, Denise Pires de Carvalho; diretora da Difes Tânia Mara Francisco; presidente da Andifes, Márcia Abrahão Moura e o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), Hélio Doyle.
A UFSC já integra a Rede Nacional de Comunicação Pública com a TV UFSC e recentemente assinou um acordo de cooperação com a EBC para a implantação da Rádio UFSC.
No dia 18, várias universidades apresentarão projetos voltados à permanência e integração acadêmica nas instituições federais de ensino superior.
A reunião do Conselho Pleno da Andifes será no dia 19 e terá informes da Comissão de Financiamento e dos diversos fóruns e colégios de pró-reitores. O Colégio de Pró-reitores de Graduação das IFES (Cograd) fará uma apresentação sobre o Censo da Educação Superior 2022. Também haverá a apresentação e atualização do Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap/Andifes).
O diretor de inovação da Fiesc, José Eduardo Fiates, abriu o evento (Fotos: Luís Carlos Ferrari/Secom)
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) discutiram o fortalecimento das indústrias catarinenses no encontro “A Neoindustrialização em Santa Catarina”, realizado no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), Campus de Florianópolis, na tarde desta segunda-feira, 9 de outubro. O encontro discutiu o Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Integrado de Santa Catarina (NeoSC), uma proposta da Fiesc, complementado com comentários de especialistas da UFSC sob as perspectivas econômicas, de inovação, trabalho, ambiental e de internacionalização.
O diretor de inovação da Fiesc, José Eduardo Fiates, abriu o evento com uma apresentação do NeoSC. Egresso da UFSC, ele estudou ecossistemas inovadores sob a perspectiva do venture capital. Fiates comentou que o plano começou a ser desenhado na FIESC durante a pandemia, quando a instituição foi pressionada a discutir o desenvolvimento econômico lidando em paralelo com o enfrentamento da doença. “Um evento extremo como este provoca três grandes ações: antecipa mudanças, acentua prioridades e traz o futuro para mais perto. Estes temas passaram a ser discutidos na federação”, afirmou o representante da FIESC.
Assista à transmissão do evento pela TV UFSC:
O planejamento da FIESC é baseado na mobilização de agentes do governo e sociedade para, além de acelerar o crescimento da indústria, ajudar no reposicionamento e implantação de novos segmentos, onde são analisadas tendências, estratégias, visão e metas e as possibilidades de engajamento. Ele envolve o “mapeamento e diagnóstico de variáveis, como o ecossistema vai evoluir ao longo do tempo. A lógica e envolver o ‘quem’ antes de tudo, os protagonistas responsáveis pelo engajamento”, disse Fiates, sobre o plano, que prevê uma série de fatores para cada região e setor da economia desenvolver suas vocações históricas e atuais.
“SC é o estado em melhores condições de inovação e tecnologia”, diz professor da UFSC
Professores e pesquisadores da UFSC fizeram comentários sob as perspectivas econômicas, de inovação, trabalho, ambiental e de internacionalização
O primeiro representante da UFSC a discutir o plano foi o ex-reitor, ex-secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e professor do departamento de Engenharia Mecânica, Álvaro Toubes Prata. Ele elogiou o plano da FIESC pela “capacidade de enxergar o Estado de uma maneira ampliada. Acredito no desenvolvimento regional que contempla todos os segmentos da vida em sociedade. Santa Catarina é o estado em melhores condições de inovação e tecnologia”. Prata fez uma ressalva ao plano: “Nossas dimensões são terra, água e ar. Santa Catarina tem uma dimensão hídrica, não custa pensar no mar, e o mar abriga uma série de coisas, inclusive a geração de energia”. Entre os conselhos do ex-reitor estão a manutenção de uma noção de prioridades. “A visão do setorial, regional e temático é muito inteligente, chegar com visão estratégica próxima das políticas estaduais e federais, ou seja não brigar com estado e governo, buscar aproximação”, realçou.
A professora Regina Rodrigues, da coordenadoria especial de Oceanografia e editora revisora do IPCC – Special Report on Climate Change and Land, apresentou a perspectiva ambiental. Para ela, o paradigma de que defender o meio ambiente vai contra o desenvolvimento econômico de um país deve ser quebrado, no que converge no plano apresentado pela FIESC. “Não existe uma dicotomia entre uma perspectiva ambiental-sustentável e desenvolvimento econômico e social. Estamos na economia do século XX e precisamos passar para a do século XXI. Não podemos ficar para trás, temos uma grande oportunidade como sociedade para dar o pulo do gato, do contrário vai ser necessário importar tecnologia para resolver os problemas”, expôs a professora.
Do ponto de vista econômico, frisa Rodrigues, é importante entender enfrentar os desafios apresentados pelas crises climática e de biodiversidade: “Quanto mais retardar, mais abrupto vai ter de fazer isso. É preciso um plano de transição para energia mais limpa, retreinar e realocar pessoas”. Ela comenta que Santa Catarina sempre teve chuvas bem distribuídas e agora existem períodos grandes de estiagem, com menos água. “O que vemos agora é uma estação de estiagem mais longa. Fica muito ruim para o agronegócio e para regiões urbanas, vem destruição com enchentes e deslizamentos. O custo disso é muito grande. Tem que levar a parte ambiental em consideração”, alertou a pesquisadora.
Pesquisador ressalta importância também do setor de serviços
A perspectiva econômica foi comentada pelo professor do departamento de Economia e Relações Internacionais e coordenador do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat), Lauro Francisco Mattei. Ele expôs um histórico do planejamento econômico em Santa Catarina desde os anos 1950. “O diagnóstico para os anos 1960 e 70 era completar a infraestrutura de transportes, energia e comunicações, conceber uma estrutura produtiva forte para industrializar Santa Catarina”, ressaltou o professor.
Ele indicou que nos anos 1980 e 1990 isto foi abandonado e retomado nos anos 2000, sem sucesso prático. O professor destacou como preocupação a participação da indústria na composição do Produto Interno Bruto (PIB) ter diminuído desde a pandemia – mesmo encabeçado pela FIESC, o plano deveria levar em consideração o desenvolvimento do setor de serviços. Outros problemas a serem enfrentados são a litoralização da população e a consequente falta de sucessão nas pequenas propriedades rurais (um ponto de interrogação a ser levado em consideração para o futuro de um estado com diversos municípios dependentes da agricultura familiar); a precarização da vida e a informalidade no mundo do trabalho; e não ter o tratamento sanitário como prioridade.
Mattei também pontuou que o turismo por si não induz um processo de sustentabilidade. “Em Florianópolis, o plano diretor foi destruído por causa do lobby forte das construtoras, se não botar um freio, é na ilha toda, mas não é só na ilha, em todo o litoral”.
“Não existe indústria sem trabalhadores”, lembra professora
A professora do departamento de Sociologia e Ciência Política e presidenta eleita da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, Thaís Lapa, descreveu a perspectiva do trabalho em relação ao planejamento. “Olhar o desenvolvimento deve levar em consideração trabalhadores e trabalhadoras. Quais os atores que vão se beneficiar com o desenvolvimento?”, questionou. “Não existem indústrias sem trabalhadores. É preciso visibilizar como este projeto pensa estas pessoas e as localiza no processo de crescimento e desenvolvimento. Não se trata apenas de pensar nos setores que precisam se desenvolver, mas na qualidade dos empregos”, sustentou.
Para Lapa, a geração de empregos com qualidade tem a ver com remunerar melhor os empregos que não exigem melhor de qualificação. Ela lembra que Santa Catarina é um dos estados com maior número de acidentes de trabalho per capita e da descoberta de trabalhadores em estado análogos à escravização. “A gente poderia ser campeão de promoção de condições dignas e não neste tipo de indicador”, alerta.
Internacionalização também fez parte do debate
O professor do departamento de Economia e Relações Internacionais Fábio Pádua dos Santos analisou o plano pelo viés da internacionalização. Ele se baseou num questionamento: quais as bases reais para a internacionalização da economia catarinense? Santos analisou a balança comercial de Santa Catarina de 1997 a 2022, especialmente o aumento do déficit iniciado em meados dos anos 2000 e ampliado ainda mais a partir do período pandêmico. Santa Catarina tem uma abertura comercial maior do que o Brasil, com forte dependência nas importações, “que supera o esforço exportador”. No diagnóstico de Santos, “a economia catarinense depende muito da importação dos outros estados. A maior parte do PIB importa para produzir para exportar”. A partir do que leu do plano, Santos acredita que “falta interação entre estrutura e agência, senti falta do peso do passado sobre o presente para que ocorra esta mudança cultural muito grande”.
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