Reitor da UFSC participa de aula inaugural de mestrado exclusivo para o MEC

23/05/2025 14:03

Reitor da UFSC participa de evento no Cetremec, em Brasília. Fotos: Cetremec

A cerimônia de abertura da turma exclusiva do Mestrado Profissional em Planejamento e Controle de Gestão (PPGCG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dedicada aos servidores do Ministério da Educação (MEC) foi realizada no dia 21 de maio, em Brasília, e contou com a presença de diversas autoridades acadêmicas e institucionais.

Entre os presentes estavam o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; o coordenador do PPGCG, Valmir Emil Hoffmann; o subcoordenador, Luiz Alberton; e a chefe de Expediente, Elaine Fagundes dos Reis Roth. A cerimônia contou ainda com a participação remota da pró-reitora de Pós-Graduação em exercício, Débora de Oliveira, além de docentes do programa.

A aula inaugural foi realizada no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação (Cetremec), com a presença do diretor da unidade, Luciano Toledo. Durante o evento, o reitor destacou a relevância da parceria entre a UFSC e o MEC, formalizada por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) 14795/2024, que possibilitou a criação do programa. “Este mestrado é mais um exemplo do compromisso da UFSC com a formação de excelência e com o fortalecimento do serviço público brasileiro”, afirmou Irineu.

Sobre o Programa

O mestrado, oferecido na modalidade presencial, tem duração de 38 meses e um investimento total de R$ 2.257.692,31. Ele integra o PPGCG da UFSC, criado em 2019 e reconhecido nacionalmente como referência na formação de gestores públicos e privados. O programa aborda áreas estratégicas, como governança, planejamento e compliance.

Essa turma exclusiva, composta por 20 servidores do MEC, representa um marco importante na consolidação da parceria entre a UFSC e o Ministério. Além de reforçar o compromisso com a qualificação técnica dos servidores, o programa contribui para o fortalecimento da administração pública no Brasil.

Mais informações no site do PPGCG.

Tags: CetremecIrineu Manoel de SouzaMestrado Profissional em Planejamento e Controle de GestãoMinistério da EducaçãoUFSC

Solenidade na Alesc homenageia o curso de Administração da UFSC

23/05/2025 12:53

Sessão solene em comemoração aos 60 anos de criação e 50 anos de reconhecimento do curso de Administração da UFSC. Foto: Jeferson Baldo/Agência AL

Na noite desta quinta-feira, 22 de maio, o Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) foi palco de homenagens pelos 60 anos de criação e 50 anos de reconhecimento do curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento evidenciou o legado do curso e a contribuição dos colaboradores, que desde 1965 forma profissionais, promove pesquisas e realiza atividades de extensão. A solenidade foi transmitida ao vivo pelo canal oficial da Alesc no YouTube.

Durante a cerimônia, destacou-se a importância histórica e acadêmica do curso, que desde a sua fundação tem formado mais de cinco mil administradores e conquistado reconhecimento nacional. O curso, que começou com apenas nove formandos na sua primeira turma, atualmente é referência em qualidade, mantendo o conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e figurando entre os melhores cursos do Brasil, sendo o líder em Santa Catarina.

A deputada Luciane Carminatti, presidente da Comissão de Educação e Cultura, reforçou em seu discurso o papel da UFSC como uma universidade pública de excelência e a relevância do curso de Administração na formação de gestores e líderes comprometidos com o desenvolvimento social, econômico e ambiental. A parlamentar também enfatizou a luta pela valorização das universidades públicas e a sua admiração pessoal pela instituição.

A sessão especial também homenageou pessoas e entidades que contribuem ou contribuíram nesta trajetória:

  • Departamento de Ciências da Administração, representado pelo seu atual chefe, professor Leandro Dorneles dos Santos
  • Conselho Regional de Administração de Santa Catarina, representado pelo conselheiro João Luiz Merini Moser
  • Reitor da UFSC, Irineu Manuel de Souza, representado pelo chefe de Gabinete, Bernardo Meyer
  • Coordenadora do curso de Administração, professora Larissa Kvitko
  • Senador Esperidião Amin Helou Filho, professor do curso entre 1975 e 2012, representado por sua esposa, Angela Amin
  • José Francisco Salm, primeiro aluno da primeira turma a obter o título de PhD e primeiro professor contratado para o curso
  • Luís Moretto Neto, professor e coordenador do curso em 1984 e 2012
  • Fernando Ferreira de Mello Júnior, professor do curso entre 1975 e 2002.
  • Raphael Schlickmann, professor e diretor do Departamento de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd)
  • Mário de Souza Almeida, professor e coordenador do curso de Gestão Pública EAD
  • Centro Acadêmico de Administração, representado pela presidente Isadora Corrêa Bruch
  • Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), representada pelo diretor financeiro Raimundo Nonato de Oliveira Lima
  • Lindamir Bosse Brinhosa, chefe de Expediente do curso entre 2005 e 2015, representada por sua filha, Victória Bosse Brinhosa.

Além disso, foram homenageados docentes que atuaram como coordenadores do curso, reconhecidos por sua contribuição ao desenvolvimento acadêmico: Jane Iara Pereira da Costa; João Nilo Linhares; Antônio Carlos Alves; Rogério da Silva Nunes; Gilberto de Oliveira Moritz; Mauricio Fernandes Pereira; Marcos Batista Lopes Dalmau; André Luís da Silva Leite; Alexandre Marino Costa; e Ricardo Niehues Buss.

A cerimônia foi marcada por discursos que enalteceram o compromisso com a excelência acadêmica e a relevância social do curso. “Não apenas 60 anos de calendário, mas 60 anos de ideias, escolhas e sonhos plantados”, disse o professor Leandro Dorneles dos Santos.

Confira mais fotos neste link.

 

Rosiani Bion de Almeida / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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UFSC participa de seminário com dirigentes das IFES sobre financiamento das universidades

23/05/2025 10:04

Seminário na Andifes discute “Financiamento das Universidades Federais”. Foto: Andifes

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) promoveu no dia 21 de maio, na se de da entidade, o seminário “Financiamento das Universidades Federais”, como parte da 205ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno. O evento reuniu reitores, pró-reitores, técnicos do Ministério da Educação (MEC) e especialistas em orçamento público, consolidando-se como um espaço estratégico para discutir soluções para a crise no financiamento das 69 universidades federais do país. O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve presente no seminário como parte de sua agenda em Brasília naquela semana.

O debate evidenciou, entre outros aspectos, que a insuficiência dos recursos destinados ao ensino superior público é o principal entrave à manutenção e ao aprimoramento das atividades acadêmicas, científicas e de extensão. Apesar da transparência nos modelos de distribuição orçamentária, como a Matriz Andifes OCC (Orçamento de Custeio e Capital) e a Matriz PNAES (Programa Nacional de Assistência Estudantil), o orçamento total disponível tem se mostrado insuficiente para atender às necessidades crescentes do sistema.

Atualmente, a previsão orçamentária para 2025 é de R$ 6,34 bilhões, valor que, segundo análises apresentadas no seminário, deveria ser de R$ 9,2 bilhões para corrigir a defasagem acumulada desde 2010. Esse déficit de R$ 2,84 bilhões compromete a capacidade das instituições de manter suas operações básicas e prejudica o planejamento a longo prazo. Durante o seminário, o reitor Demetrius David da Silva, presidente da Comissão de Financiamento da Andifes, destacou a gravidade da situação. “A recomposição orçamentária não é apenas uma pauta da gestão universitária, mas um imperativo para a manutenção da qualidade e da equidade no acesso ao ensino superior público”, afirmou. Ele defendeu a criação de um modelo de financiamento permanente que garanta previsibilidade e estabilidade para as universidades, sugerindo a vinculação do orçamento das universidades a um percentual fixo do Produto Interno Bruto (PIB) ou da receita líquida, inspirado no modelo adotado pelo estado de São Paulo.

As discussões também abordaram os desafios técnicos relacionados às matrizes de distribuição orçamentária. A OCC utiliza como critérios principais o número de alunos equivalentes (90%) e indicadores de eficiência e qualidade (10%), enquanto a PNAES considera variáveis como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHm). Apesar de promoverem justiça distributiva e mitigarem desigualdades, os resultados dessas matrizes nem sempre são atendidos integralmente devido à insuficiência de recursos, gerando distorções na distribuição orçamentária. Gráficos apresentados no evento ilustraram que algumas instituições deveriam receber mais do que recebem, enquanto outras acabam sendo superfinanciadas. O professor Nelson Cardoso Amaral, da Universidade Federal de Goiás (UFG), contribuiu com uma análise detalhada sobre os modelos de financiamento. Ele destacou: “Precisamos de um modelo que respeite as especificidades regionais e estruturais das universidades, mas que também promova maior previsibilidade e equidade”.

Representando o Ministério da Educação, Juscelino Pereira Silva, diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior (DIFES/SESU/MEC), apresentou o Modelo de Equalização, que busca integrar os dados das matrizes OCC e PNAES com outros indicadores, como número de matriculados, concluintes e qualidade dos cursos. “Estamos abertos ao diálogo e à construção coletiva de um modelo de financiamento sustentável para as universidades federais”, afirmou Juscelino. Ele explicou que o objetivo é garantir uma distribuição proporcional e adequada às necessidades de cada instituição, considerando suas especificidades.

Além disso, foi discutida a criação de um fundo específico para o financiamento das universidades federais, inspirado no Fundeb, que poderia contar com recursos provenientes de royalties de mineração, represas e outras fontes complementares. A proposta busca oferecer uma base sólida e permanente de financiamento, permitindo maior segurança no planejamento das atividades acadêmicas.

Outro ponto abordado foi a necessidade de maior articulação entre a Andifes, o MEC e o Congresso Nacional para a construção de uma proposta legislativa que garanta financiamento estável e suficiente para o ensino superior público. Dulce Maria Tristão, representante do Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (Forplad), apresentou um panorama histórico da alocação de recursos e destacou que critérios claros e objetivos precisam ser adotados para garantir justiça na distribuição. Já o coordenador do Forplad, Evandro Rodrigues de Faria, enfatizou os desafios na aplicação das matrizes de financiamento e sugeriu ajustes nos parâmetros de distribuição.

A criação de uma Lei Orgânica das Universidades e a inclusão do financiamento no próximo Plano Nacional de Educação (PNE) foram apontadas como medidas essenciais para assegurar respaldo legal às mudanças necessárias. Segundo os participantes, a colaboração entre gestores, formuladores de políticas públicas e a sociedade civil é fundamental para superar os desafios financeiros enfrentados pelas universidades. Ao final do evento, o consenso foi de que o fortalecimento do ensino superior público depende de soluções estruturais e de um compromisso conjunto pela garantia de uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Confira o seminário na íntegra:

Com informações: Andifes

Tags: AndifesFinanciamento das Universidades FederaisUFSC

UFSC em ação conjunta no ‘Summit Cidades’; técnicos e professores podem se inscrever

20/05/2025 14:19

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Departamento de Inovação (Sinova) e da Secretaria de Comunicação (Secom), convida os servidores docentes e técnico-administrativos a participarem de uma ação conjunta da instituição no Summit Cidades 2025, que será realizado de 24 a 26 de junho no Centrosul, em Florianópolis (SC). O objetivo é reunir iniciativas que demonstrem a aplicação prática do conhecimento gerado na Universidade em colaboração com prefeituras ou órgãos municipais e estaduais, considerando todos os poderes, para fortalecer o impacto da UFSC na construção de cidades inteligentes, resilientes e sustentáveis.

O edital nº 09/2025, disponível neste link, busca mapear e cadastrar projetos ou casos de sucesso que evidenciem essas colaborações. As propostas selecionadas serão organizadas e coordenadas pela Sinova e Secom para compor a programação oficial da UFSC no evento. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição até 26 de maio. É importante destacar que a UFSC não assumirá nenhuma nova despesa além das já previstas pelas iniciativas submetidas.

Essa ação integra o eixo “Conexão Externa” do Programa de Inovação e Empreendedorismo (Inova UFSC), que tem como objetivo potencializar ações voltadas para inovação e empreendedorismo desenvolvidas na Universidade, além de reforçar o relacionamento institucional com o ecossistema de inovação, promovendo parcerias estratégicas e novas oportunidades.

Summit Cidades

O Summit Cidades 2025 é um evento de grande relevância nacional que reúne temas ligados à inovação, empreendedorismo, tecnologia, comunicação política e institucional, com foco principal em cidades inteligentes. Além disso, proporciona experiências simultâneas, como feira de negócios, workshops, salas de reunião, coworking, treinamentos e apresentação de cases. O evento ainda conta com o eixo científico “Summit Cidades Academy”, que discute temas voltados para a construção de cidades resilientes, inteligentes e sustentáveis.

Mais informações e inscrições no site: https://sinova.sites.ufsc.br/oportunidades/abertas/abertas-beneficio/

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Palestra na abertura da Escola de Gestores debate o futuro e os desafios da educação superior

16/05/2025 14:48

O Programa Escola de Gestores 2025 foi aberto nesta sexta-feira, 16 de maio, pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau). Voltada a servidores técnico-administrativos e professores que ocupam funções gratificadas, cargos de direção ou que buscam desenvolver competências específicas em Gestão Universitária, a iniciativa teve início às 9h30, no Auditório da Reitoria, com transmissão ao vivo para os campi da UFSC.

Na mesa de abertura, o reitor Irineu Manoel de Souza, a pró-reitora Sandra Carrieri, o diretor do DDP Guilherme Fortkamp (dir.), e o presidente do Inpeau Pedro Antônio de Melo (esq.). Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

O evento contou com ampla participação da comunidade universitária, envolvendo diferentes setores da UFSC. Na mesa de abertura, estiveram presentes o reitor Irineu Manoel de Souza, a pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Sandra Regina Carrieri, o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), Guilherme Fortkamp, e o presidente do Inpeau, Pedro Antônio de Melo.

A pró-reitora Sandra Carrieri destacou o caráter inclusivo do programa, afirmando que ele é “voltado para toda a comunidade e tem como diferencial o fato de ser elaborado e pensado pela própria comunidade”, com base em uma pesquisa que identifica os temas mais relevantes para o desenvolvimento profissional. Ela também ressaltou que “o objetivo central é o aprimoramento da gestão universitária, buscando não apenas o desenvolvimento de práticas técnicas, mas também valorizando o fator humano”, promovendo uma universidade mais justa e harmônica.

Na sequência, o diretor Guilherme Fortkamp ressaltou a importância da participação ativa de todos nas ações de capacitação, mesmo diante das dificuldades de conciliar os compromissos diários. Ele reconheceu os desafios enfrentados pelas universidades, especialmente os financeiros e de pessoal, mas enfatizou que “é necessário aprender a lidar com esses obstáculos para manter a universidade como referência em Ensino, Pesquisa e Extensão, que são os pilares fundamentais da Gestão Universitária”. Fortkamp também agradeceu ao pessoal do DDP, afirmando que “uma equipe comprometida e unida não tem limites para o que pode alcançar”.

O professor Pedro Melo, presidente do Inpeau, fez uma retrospectiva histórica da UFSC na formação de profissionais de Gestão Universitária. O docente disse que “uma universidade se faz por cérebros” e atribuiu o sucesso da instituição ao longo dos últimos 65 anos à dedicação de seus profissionais. Pedro relembrou marcos importantes, como o primeiro seminário internacional de administração universitária realizado no Brasil, em 1971, e a criação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Administração Universitária, precursor do atual Inpeau, em 1988. Ele também mencionou a relevância do Mestrado Profissional em Administração Universitária, que já formou mais de 330 mestres, e apontou que “a Escola de Gestores fecha um ciclo virtuoso”, ao abrir novas oportunidades para capacitação e aperfeiçoamento.

O reitor Irineu Manoel de Souza reforçou a importância da UFSC como uma instituição “viva e presente em todos os momentos da sociedade”. O gestor afirmou que “esse programa será um marco para a nossa Universidade” e consolidará o legado de iniciativas anteriores que capacitou os técnicos-administrativos, e os programas de pós-graduação em Gestão Universitária. Irineu destacou que a excelência da UFSC, hoje a terceira melhor universidade federal do Brasil, é fruto do trabalho de seus docentes, técnicos e estudantes. O reitor também enfatizou a necessidade de aproveitar o conhecimento acumulado pelos profissionais da instituição para enfrentar desafios como as restrições financeiras impostas pelo governo. “É essencial que toda a comunidade universitária se mantenha unida para garantir o funcionamento e o fortalecimento contínuo da UFSC”, afirmou.

Como destaque da programação de abertura, houve a palestra com o professor Luciano Marcelino, intitulada “O Futuro da Educação Superior na América Latina: Tendências, Riscos e Oportunidades”, onde abordou questões cruciais como desigualdade de acesso, transformação digital, governança instável e saúde mental. O pesquisador relembrou sua experiência em 2007, quando facilitou um acordo entre a Universidade Técnica Particular de Loja (UTPL), no Equador, e a UFSC. O acordo permitiu que professores e pesquisadores equatorianos realizassem programas de mestrado e doutorado na UFSC. “Fico muito agradecido de, alguma maneira, ter ajudado a conectar instituições latino-americanas”, disse.

Entre os principais desafios regionais, o palestrante destacou a desigualdade de financiamento, a vulnerabilidade institucional e os impactos demográficos, que têm reduzido o número de ingressos no ensino superior. “A nossa região tem sido duramente impactada, com menos estudantes chegando à educação básica e, consequentemente, ao ensino superior”, afirmou. Ele também ressaltou a governança instável, com lideranças acadêmicas frequentemente substituídas em períodos de quatro a seis anos, dependendo da legislação de cada país.

O professor e palestrante do evento, Luciano Marcelino

Outro tema de grande relevância foi a saúde mental, considerada uma prioridade. Ele relembrou discussões em redes acadêmicas, como a realizada em Málaga, Espanha, onde um reitor peruano destacou: “A saúde mental dos alunos, técnicos-administrativos, professores e gestores é o meu problema número um. Por isso, estamos criando uma área dedicada exclusivamente a isso.” O palestrante observou que essa preocupação tem crescido na região, com universidades implementando iniciativas específicas para lidar com a questão.

A transformação digital e a sustentabilidade também foram apresentadas como pilares centrais para o futuro da educação superior. Ele destacou os avanços tecnológicos impulsionados pela pandemia e a necessidade de as instituições se alinharem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “A pergunta é: o que estamos fazendo para contribuir com essas metas em nossos cursos, departamentos e missões?”, provocou o palestrante.

Além disso, enfatizou-se a importância do diálogo interdisciplinar e da superação de barreiras institucionais. “A educação sempre superou muros, mas ainda precisamos cruzar o jardim, com coragem e uma mentalidade integradora”, explicou. Ele defendeu que a integração entre áreas do conhecimento e modalidades de ensino é essencial para enfrentar os desafios contemporâneos.

Os rankings universitários também foram um ponto de discussão. Embora não devam ser o principal objetivo das instituições, o palestrante reconheceu sua importância estratégica. A UFSC foi citada como exemplo, ocupando a décima posição entre as universidades da América Latina. Ele constatou que o bom desempenho em rankings como o Times Higher Education e o QS World University não só atrai estudantes e pesquisadores, mas também fortalece a reputação institucional. “Quando estamos bem posicionados, conseguimos gerar avaliações comparativas e atrair alunos e pesquisadores de diferentes partes do mundo.”

A palestra também trouxe outras reflexões sobre o futuro da educação superior, reforçando a importância de inovar na formação acadêmica. Entre essas, a de que “precisamos formar advogados criativos, médicos criativos, gestores criativos. Essa é a habilidade-chave para os próximos anos”, constatou o professor.

Dando continuidade à programação, apresentou-se o cronograma da Escola de Gestores para o segundo semestre de 2025.

Confira mais fotos:

Mais informações no site da Escola de Gestores.

Rosiani Bion de Almeida / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

 

 

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