Professor Nildo Ouriques toma posse como diretor da Editora da UFSC

28/03/2024 11:02

Professores Waldir Rampinelli (E), Nildo Ouriques e Irineu Manoel de Souza (Fotos: Felipe Maciel/Edufsc)

O professor Nildo Domingos Ouriques, presidente do Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), tomou posse nesta quarta-feira, 27 de março, como novo diretor da Editora da UFSC (Edufsc). Ele sucede no cargo o professor Waldir Rampinelli, que se aposentou recentemente após 44 anos de dedicação à Universidade.

A solenidade de transmissão de cargo, realizada na sede da Editora, em meio a prateleiras repletas de livros novos, teve a presença do reitor Irineu Manoel de Souza, de pró-reitores, secretários e integrantes da gestão, de diretores e representantes de Centros de Ensino, servidores técnico-administrativos, professores, estudantes e convidados.

O professor Rampinelli iniciou sua fala citando nominalmente cada um dos funcionários da Editora e também os bolsistas. “A editora é a alma da Universidade”, disse o professor, acrescentando que é ali que UFSC deposita seus conhecimentos, sua cultura, arte e ciência.

Rampinelli permaneceu à frente da Editora por um ano e oito meses, período em que desenvolveu diversas iniciativas de promoção do livro e da leitura. Citou os projetos Livro em Movimento, que forneceu gratuitamente exemplares para bibliotecas escolares; Livro na Praça, que propiciou a comercialização de aproximadamente 3 mil livros; Feira de Livros e Edufsc Convida. Ele afirmou que procurou transformar os autores em “militantes do livro”, comprometendo-os com a comercialização das obras publicadas pela Editora.

O novo diretor da Edufsc, Nildo Ouriques, analisou que a Universidade é um campo de batalha das ideias, acrescentando que os debates políticos e ideológicos vêm perdendo prestígio. Ele leu um trecho do livro Os livros nossos amigos, de Eduardo Frieiro. “A universidade que temos não é a que queremos”, afirmou o professor, acrescentando que até agora tivemos algum êxito em defendê-la dos ataques que sofre. Para ele, a universidade precisa lutar contra o subdesenvolvimento, a dependência científica e técnica e a dependência econômica.

Solenidade de transmissão de cargo foi realizada na sede da Editora

“Na batalha das ideias, há um domínio das metrópoles”, afirmou, observando que os autores lidos pela maioria dos brasileiros são estrangeiros. Na atuação da Editora, afirmou ele, a orientação será no sentido de garantir espaço ao pensamento crítico.

O reitor Irineu Manoel de Souza cumprimentou todos os presentes e afirmou que o professor Nildo Ouriques assume a grande responsabilidade de dar continuidade ao trabalho do professor Rampinelli. Como em várias oportunidades, o reitor explanou sobre a difícil situação financeira da Universidade, que inibe a criatividade e a atuação da academia. Além da escassez de recursos, o reitor citou o excesso de burocracia na maioria dos processos de gestão das universidades. “Nós reivindicamos a autonomia, e depois criamos muitas normas e regulamentos para inibir essa autonomia”.

O reitor fez um relato de todas as iniciativas da gestão para sensibilizar o governo federal da necessidade de recompor os orçamentos e realizar a reposição do quadro de servidores. Citou algumas realizações da gestão, como a inauguração do Alojamento Estudantil Indígena e a reforma do restaurante do Centro de Ciências Agrárias. E anunciou que a UFSC vai investir para equiparar as bolsas de extensão com as bolsas de pesquisa.

Em seguida, em ato simbólico, o reitor assinou o termo de posso do professor Nildo Ouriques na direção da Editora da UFSC.

 

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UFSC realiza solenidade de inauguração do Alojamento Estudantil Indígena

18/03/2024 16:56

Lideranças e estudantes indígenas, integrantes da gestão e convidados participaram da inauguração do Alojamento Estudantil Indígena (Fotos: Luís Carlos Ferrari/Secom)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugurou nesta segunda-feira, 18 de março, o novo Alojamento Estudantil Indígena, local de moradia e convivência para estudantes indígenas. A Universidade investiu pouco mais de R$ 1,58 milhão para a reforma e adaptação da edificação e compra de mobiliários para o alojamento, que é dotado de quartos coletivos, quartos familiares, salas de estudo, local para convivência, cozinha e banheiros.

A solenidade de inauguração teve a presença de lideranças e estudantes indígenas; de integrantes da gestão da Universidade; de representantes de parlamentares federais; do ex-reitor Ubaldo Balthazar e membros da sua gestão; do reitor do Instituto Federal Catarinense (IFC), Rudinei Kock Exterckoter; da vereadora de Florianópolis Cíntia Moura Mendonça; da procuradora federal Analúcia de Andrade Hartmann; do coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/Sul), Bruno Moreira Pinto; diretores de Centros de Ensino, professores e servidores técnico-administrativos da UFSC.

A cerimônia iniciou com uma apresentação cultural (canto) do povo Xokleng. Em seguida, lideranças de diferentes povos indígenas se manifestaram, entre eles Laura Parintintim, Vanessa Fe Há (Kaingang), Adriano de Oliveira (Guarani), Thaira Priprá (Xokleng), Davi Timóteo Martins (Guarani), cacica Nice (Guarani) e Irineu Ortega Mariano (Guarani).

Em suas falas, os representantes indígenas destacaram que a permanência dos estudantes, na qual a moradia é uma questão central, faz parte de uma luta que na UFSC iniciou ainda na gestão do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, avançou na gestão do professor Ubaldo Balthazar e foi acolhida na gestão do professor Irineu Manoel de Souza e da professora Joana Célia dos Passos.

Também houve citações a pessoas que são referências na educação pública dos indígenas e na permanência estudantil, como o professor Marcondes Namblá, assassinado em janeiro de 2018, e à estudante Jaqueline Tedesco, da etnia Kaingang, que morreu recentemente após um incidente ao comemorar sua formatura. O alojamento estudantil indígena foi considerado uma conquista, resultado de uma luta permanente pelo direito de estar na universidade.

Compromisso

A pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sobral Sampaio, disse que a construção do alojamento era a demonstração de um compromisso com os povos indígenas da região Sul e seus parentes. O diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Alex Degan, informou que o Centro vai inaugurar duas salas, uma dedicada aos estudantes indígenas e um espaço para as famílias. Ele aproveitou a ocasião para reivindicar a alocação de professores dedicados ao curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica.

Fachada lateral do Alojamento Estudantil Indígena

A vice-reitora, professora Joana Célia dos Passos, agradeceu ao professor Ubaldo e à sua equipe, citando nominalmente a professora Francis Tourinho, ex-secretária de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad). Também saudou o reitor Irineu, que acolheu a causa e transformou a Saad na atual pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe). A professora Joana fez um reconhecimento à ancestralidade dos povos indígenas de todo o Brasil. “A UFSC também é território indígena”, afirmou.

Após uma rápida fala da procuradora federal Analúcia de Andrade Hartmann, o reitor Irineu Manoel de Souza se dirigiu aos presentes. O professor Irineu lembrou que acompanha essa luta dos estudantes indígenas desde que era diretor do Centro Socioeconômico (CSE) e teceu agradecimentos à Prae, à Prefeitura Universitária, ao professor Ubaldo e toda a sua equipe. “Quando assumimos a Reitoria, o projeto da obra estava pronto”, destacou o reitor.

Ele lembrou que a Universidade tem sofrido desvalorização nos últimos anos – manifestada no corte de verbas e redução do número de servidores – porém continua crescendo e abrindo as portas para a sociedade. O reitor reafirmou que a permanência estudantil é um dos eixos de toda a atual administração da UFSC e aproveitou a ocasião para anunciar que a Reitoria solicitou a inclusão no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Moradia Estudantil Indígena (que já tem projeto elaborado pelo Laboratório de Projetos do Departamento de Arquitetura e Urbanismo) e a ampliação do Restaurante Universitário.

O professor Irineu destacou que o valor investido pela Universidade é “muito pouco” e agradeceu aos parlamentares federais que destinaram recursos para a obra – o senador Esperidião Amin e o deputado federal Pedro Uczai apresentaram emendas parlamentares para esta finalidade.

Após o discurso do reitor, houve o descerramento da placa comemorativa da inauguração do Alojamento Estudantil Indígena.

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UFSC inaugura novo Alojamento Estudantil Indígena

17/03/2024 21:34

Cozinha – Imagens Ilustrativas/DPAE/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugura nesta segunda-feira, 18 de março, o novo Alojamento Estudantil Indígena. A solenidade de inauguração será realizada às 10 horas, em frente ao espaço do novo alojamento (ao lado do Restaurante Universitário) e deverá contar com a presença do reitor, professor Irineu Manoel de Souza, da vice-reitora, Joana Célia dos Passos, de integrantes da gestão da UFSC e convidados.

Com obras iniciadas em maio de 2023, o alojamento tem capacidade para abrigar 60 estudantes, divididos em 12 dormitórios compartilhados, sendo 8 dormitórios para grupos e 4 dormitórios para estudantes com filhos. A edificação contará com sala de descanso, brinquedoteca e cozinha. Na construção foram observadas características como iluminação natural e ventilação cruzada, além de sistema de ventilação mecânica nos espaços de longa permanência.

Durante a construção do alojamento, a pró-reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae) coordenou a elaboração do Regimento do Alojamento, conjuntamente com estudantes indígenas, com participação efetiva dos moradores da Ocupação Maloca.

De acordo com a pró-reitora Simone Sobral Sampaio, o novo alojamento representa o “processo de resistência e reivindicação de estudantes indígenas, e resposta institucional proveniente do compromisso político empenhado em reconhecer os direitos de estudantes indígenas à permanência, aliado ao direito à educação superior, em especial, na UFSC”.

 

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IBGE promove encontro de integração e interlocução com a sociedade na quarta-feira, 20 de março, na UFSC

15/03/2024 17:12

Uma comitiva nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) composta pelo presidente, Marcio Pochmann, juntamente com os diretores de pesquisa, de geociências, de tecnologia da informação e a superintendência em Santa Catarina realizará na UFSC, na quarta-feira, 20 de março, o segundo encontro Diálogos Externos IBGE 90 anos. Voltado à participação da sociedade, os representantes do Instituto estarão abertos para ouvir demandas e dúvidas da comunidade acadêmica, do poder público, de entidades profissionais e de representação coletiva, pesquisadores, estudantes, entre outros. A interlocução ocorrerá das 19h às 21h no Auditório da Sala dos Conselhos Prof. Ayrton Roberto de Oliveira, no andar térreo da reitoria.

Com três anos para completar nove décadas de atuação, além de registrar a memória do Instituto, o projeto Diálogos tem o objetivo de pensar diretrizes de um novo IBGE, incluindo uma série de atividades internas e externas. O Diálogos Externos acontecerá nas 27 capitais do país em parceria com o poder público e entidades locais da sociedade.

O evento é aberto à sociedade. Todas as autoridades e representações estão convidadas para compartilhar suas vivências e experiências com o Instituto e suas pesquisas, bem como ajudar a pensar o papel do novo IBGE para o futuro. “O envolvimento e participação da comunidade acadêmica, em especial em um ambiente como a UFSC, é essencial para validar o trabalho e suas metodologias, para a concretização da missão do IBGE.”, relata Roberto Kern Gomes, superintendente do IBGE em SC.

O encontro Diálogos Externos em Florianópolis acontece junto a outros dois eventos do Instituto também voltados a toda a comunidade, com objetivos diferentes.

Na quarta-feira, 20, das 14h às 18h, o IBGE promoverá uma Oficina Técnica sobre o Censo 2022, suas aplicações e potencialidades dos dados para gestores locais e sobre ferramentas e formas de acesso aos dados, incluindo o Panorama do Censo 2022, a Plataforma Geográfica Interativa (PGI), o Banco de Informações Ambientais (BDiA) e o Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), gerador de tabelas customizadas. A Oficina acontecerá no auditório da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris) no prédio da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), no bairro Canto.

Na quinta-feira, 21 de março, às 10h, no auditório da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granfpolis) acontecerá a oitava divulgação do Censo Demográfico 2022: Agregados por setores preliminares – população e domicílios e Malha de setores censitários preliminares. A publicação trará os totais de população e domicílios por setor, a menor unidade de divisão territorial de trabalho do IBGE, e a malha censitária dos mesmos em formato digital. Os resultados serão disponibilizados para os recortes político-administrativos dos Distritos e Subdistritos.

O evento Diálogos Externos, na UFSC, e a Divulgação do Censo serão transmitidos no canal do IBGE no youtube e nas redes sociais oficiais da instituição.

Seção de Divulgação de Informações/ Superintendência Estadual do IBGE em Santa Catarina

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Vice-reitora participa de evento em alusão ao Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho

26/02/2024 10:13

Diversas autoridades ligadas à fiscalização do trabalho estiveram presentes na na exibição especial do documentário “Servidão” (Foto: Divulgação/Sinait)

A vice-reitora Joana Célia dos Passos representou institucionalmente a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na exibição especial do documentário “Servidão”, promovida pela Delegacia Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) em Santa Catarina. A sessão ocorreu na quinta-feira, 22 de fevereiro, no Paradigma Cine Arte, em Florianópolis. Com a presença de lideranças de diversas instituições, a atividade fez parte dos atos nacionais em alusão ao Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e em memória aos 20 anos da Chacina de Unaí, crime que ficou conhecido nacional e internacionalmente por vitimar os auditores fiscais do trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.

“Servidão” tem direção de Renato Barbieri, autor do filme “Pureza”, com Dira Paes, vencedor de 28 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o do Júri Popular no festival Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), em 2020. O documentário resgata a história do país para mostrar que a escravidão não foi superada, mesmo com a legislação criada a partir da Lei Áurea.

“O filme retrata a escravidão moderna, mas não só. É o resultado de um Brasil ainda escravocrata, escravagista, um pensamento, uma elite – latifundiária principalmente – que se orienta e se organiza para manter o capital com a exploração dos trabalhadores”, avaliou a vice-reitora após a exibição do documentário. Ela lembrou casos recentes e de grande repercussão de situações de exploração de trabalhadores ocorridos na região Sul.

“Um evento como esse é fundamental para manter a discussão sobre um Brasil que ainda se orienta pela base escravagista”, afirmou a professora Joana, que estava acompanhada da Secretária de Aperfeiçoamento Institucional da UFSC, professora Luana Renostro Heinen. Para a vice-reitora, é importante responsabilizar e envolver as instituições públicas neste debate. De acordo com ela, a partir de abril a UFSC estará envolvida no programa Trabalho Doméstico Cidadão, que será coordenado nacionalmente pela professora Gláucia Cristina Candian Fraccaro.

Desafios no combate à exploração

A Chacina de Unaí – referência à cidade mineira onde ocorreu o crime – aconteceu em 28 de janeiro de 2004, que passou a marcar o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho e o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Em uma operação para investigar denúncias de exploração de trabalhadores na região, a equipe de auditores fiscais do trabalho foi vítima de uma emboscada. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal fizeram as investigações e, em julho de 2004, anunciaram o desvendamento do caso, indiciando nove pessoas envolvidas como mandantes, intermediários e executores. Mas duas décadas depois, o último condenado, Norberto Mânica, ainda se encontra foragido.

“A luta por justiça só terá fim quando todos os condenados deste crime estiverem presos”, afirmou o Delegado Sindical do Sinait em Santa Catarina, José Carlos Pannato Cardoso, antes da exibição do filme. “A chacina de Unaí evidenciou a insegurança a que os agentes públicos estão expostos durante as fiscalizações diretas. As ameaças, intimidações e agressões continuam e são frequentes. Até hoje, o Sinait atua por melhores condições de trabalho para a categoria, que reivindica a implementação imediata de um protocolo de segurança, criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2021”, completou.

Na abertura, em apoio ao movimento, houve ainda os pronunciamentos da Chefe da Sessão de Fiscalização do Trabalho da SRTE SC, Aline Fernandes Reis; o Superintendente em SC do Ministério do Trabalho e Emprego, Paulo Eccel; a Procuradora Chefe do Ministério Público do Trabalho em SC, Elizabeth Pereira Pacheco; o Desembargador Reinaldo Branco de Moraes, Gestor Regional do Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante; e o coordenador em 1º grau do Ministério Público de Trabalho, Roberto Portela Mildner.

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