UFSC promove audiência pública para debater regulamentação de festas no campus

16/06/2023 13:44

Praça da Cidadania, em frente à Reitoria, poderá receber festas para até 8 mil pessoas

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoverá uma audiência pública para debater a proposta de Resolução Normativa elaborada para regulamentar a realização de festas no campus. A audiência ocorrerá na próxima terça-feira, 20 de junho, às 17h30, nas salas Goiabeira e Laranjeira do Centro de Cultura e Eventos. Haverá transmissão ao vivo do evento, no canal do YouTube da TV UFSC.

A minuta da Resolução Normativa a ser apreciada pelo Conselho Universitário foi elaborada pelo Grupo de Trabalho instituído pela Reitoria em 13 de setembro de 2022. O GT foi liderado pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos, e integrado por servidores da UFSC, estudantes e três membros da comunidade externa. Para elaborar a minuta, o grupo realizou várias reuniões e manteve diálogo com diversos atores, estudantes, Direções de Unidades, setores administrativos internos e entidades externas.

Pela proposta apresentada, considera-se festa “a atividade comemorativa, de confraternização e de integração realizada no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que estimule e/ou promova o acesso à arte, à cultura e ao lazer, com comercialização de alimentos ou bebidas”.

Em Florianópolis, poderão ser realizados dois tipos de festas: Universitárias, com público máximo de até 8 mil pessoas; e Festas em Unidades (Centros de Ensino), com público máximo de 300 pessoas. As festas universitárias poderão ocorrer apenas na Praça da Cidadania, área do campus da Trindade localizada em frente ao prédio da Reitoria.

As festas em unidades serão permitidas em locais prestabelecidos no Centro de Desportos (CDS), Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Centro de Ciências Agrárias (Itacorubi), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Centro Socioeconômico (CSE) e Centro Tecnológico (CTC). A responsabilidade por autorizar a festa em Unidade será da respectiva Direção do Centro, competente para a gestão do espaço, e da Festa Universitária, que poderá ocorrer na Praça da Cidadania, da Prefeitura Universitária.

Restrições
Além de ocorrerem em locais específicos, as festas também deverão seguir regras sobre dias e horários e em relação à emissão de som. Os eventos poderão ocorrer de quarta a sexta-feira, entre 22h e 23h59, e aos sábados e feriados, no período das 9 às 23h59.

A emissão de som deverá ficar restrita ao local da festa, em volume adequado, obedecendo à legislação municipal que considera a área do campus Trindade como Área Comunitária Institucional. Assim, o som deverá ficar limitado a 60 decibéis no período diurno e a 50 decibéis no período noturno. Também haverá medidas para que o som não prejudique o sossego nas imediações do Hospital Universitário e na Ocupação Maloca (alojamento de estudantes indígenas).

Poderá haver comercialização de alimentos e bebidas nos eventos, sob a responsabilidade da comissão organizadora. Todos os utensílios, vasilhames e copos deverão ser de materiais não cortantes e será proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos e também de bebidas destiladas ou em garrafas de vidro.

Protocolos de combate à violência

Um dos pontos relevantes da minuta sobre as festas é o compromisso dos organizadores de cumprimento do protocolo municipal “Não se cale” de combate à violência sexual e de gênero. Também deverão ser cumpridas as regras da Resolução UFSC nº 175/CUn/2022, que institui a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional no âmbito da UFSC. Todos os organizadores e trabalhadores envolvidos na festa devem estar cientes desses regramentos e o espaço da festa deve ter cartazes com informações sobre o atendimento em caso de violência.

Apenas entidades representativas dos estudantes, professores e servidores administrativos poderão encaminhar solicitação para a realização de festas. As entidades deverão indicar no mínimo três membros para formar uma comissão organizadora, que terá diversas responsabilidades sobre a organização e execução da festa, inclusive sobre eventuais multas recebidas pela Universidade e danos ao patrimônio.

As comissões organizadoras ficarão encarregadas de elaborar um plano de execução da festa contendo informações, se for o caso, sobre o número e distribuição de agentes de segurança; estruturas para comercialização de alimentos e bebidas; projeto de sonorização; contratação e instalação de sanitários químicos; limpeza do local após a festa; infraestrutura para a recepção do público e controle de entrada, bem como indicação de rotas de fuga para emergências. Nas festas universitárias, que reúnem grande público, o plano de execução deverá indicar também se haverá contratação de ambulâncias.

Os planos serão encaminhados à Secretaria de Segurança Institucional (SSI) da Universidade, que se manifestará sobre a aprovação ou não do pedido de autorização da festa. A SSI também ficará encarregada de elaborar relatório após a realização dos eventos, reportando todas as ocorrências e o cumprimento ou não do plano de execução. No caso de festas não autorizadas, a SSI solicitará aos presentes o encerramento e caso não seja atendida adotará medidas para a interrupção, podendo inclusive acionar órgãos de segurança pública. Nos campi fora da sede, a responsabilidade por receber e analisar as solicitações de festas será da direção de cada campus.

Conheça a minuta de resolução normativa das festas.

Conheça a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional no âmbito da UFSC.

Conheça o protocolo “Não se cale

Reitoria realiza primeira rodada de reuniões sobre festas no Campus com a sociedade civil

 

Tags: Festas no campusUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Prefeitura Universitária restabelece energia para maioria dos prédios da UFSC na Trindade

15/06/2023 14:29

A Prefeitura Universitária (PU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conseguiu restabelecer a energia elétrica para a maioria das edificações do campus universitário da Trindade na manhã desta quinta-feira, 15 de junho. No entanto, parte dos ambientes do Centro Tecnológico (CTC) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS) permanecem sem energia. A Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) ativou um gerador para manter em funcionamento os serviços essenciais.

Um problema elétrico atingiu a principal subestação de energia do campus da Trindade (CMD01) na madrugada. Uma fuga de corrente, causada provavelmente por falha no isolamento de um dos cabos de média tensão, provocou o desarmamento de todos os circuitos da subestação, que fornece energia para o Centro Tecnológico (CTC), Centro de Ciências da Saúde (CCS), parte do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Centro de Ciências da Educação (CED), Restaurante Universitário, Museu, Centro de Eventos, Reitoria I e outras edificações.

Acionada, a Celesc informou que a energia estava chegando à subestação. A Prefeitura fez contato com a empresa contratada para manutenção dos sistemas elétricos de média tensão e reativou a entrada de energia na subestação. A partir daí, começou a religar os vários circuitos, restabelecendo a energia para a maioria dos ambientes da UFSC.

O único circuito que não pode ser religado é o que distribui energia para o CTC e o CCS, além da SeTIC. No momento, a PU está avaliando junto com a empresa como resolver o problema, mas não há condições de segurança para mexer nos cabos neste momento, pois as caixas de passagem da rede subterrânea estão inundadas pela chuva. Com isso, não é possível fazer previsão sobre o retorno da energia aos setores ainda sem luz. A Prefeitura monitora também o fornecimento de combustível ao gerador da SeTIC.

Confira ofício enviado pela Prefeitura Universitária.

Tags: ChuvasFalta de energiaPrefeitura UniversitáriaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Reitor representa a UFSC em reunião da Asociación de Universidades Grupo Montevideo

14/06/2023 18:14

Reitoras e reitores da AUGM reunidos na Universidade Federal de Minas Gerais (Foto: Foca Lisboa / UFMG)

O reitor Irineu Manoel de Souza representou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na LXXXIII Reunião do Conselho de Reitores e Reitoras da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), realizada de 4 a 6 de junho na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Durante a reunião, foi realizado o Seminário Universidade, Sociedade e Estado, com o título “Rumo à CRES +5: Desenvolvimento Social, Integração Regional e o Papel das Universidades”. Temas como “Universidade e Políticas de Estado”; “Universidade e Sociedade” e “Universidade e Desenvolvimento Social” foram debatidos em mesas-redondas. A AUGM, junto com a Andifes e diversos ministérios, é uma das entidades organizadoras da Conferência Regional de Educação Superior (CRES + 5), que terá sede em Brasília, no mês de março de 2024.

Criada em 1991, a Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM) é uma rede de universidades públicas e autônomas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai que, por suas semelhanças em termos de vocações, públicos, estruturas acadêmicas e níveis de serviços, desenvolvem atividades de cooperação.

A UFSC é representada na AUGM pela Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), que recentemente teve atuação destacada na revisão do regulamento do programa de mobilidade internacional Escala Grado da Associação, resultando na exclusão do limite de idade para participação no programa.

Tags: AUGMConselho de reitores e reitorasSociedade e EstadoUFSCUniversidadeUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC e Avaí planejam parceria em campanhas educativas antirracistas no futebol

14/06/2023 09:23

Representantes do Avaí estiveram na UFSC debatendo parcerias para um ambiente saudável no futebol (Fotos: André Palma Ribeiro/Avaí FC)

O Avaí Futebol Clube e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deram os primeiros passos para a realização de parcerias e iniciativas conjuntas em campanhas educativas antirracistas no futebol. O entendimento foi firmado em reunião realizada nesta terça-feira, 13 de junho, entre representantes da universidade e integrantes do Departamento Administrativo e da área de comunicação do clube.

Participaram do encontro o diretor de marketing do Avaí, Thiago Pravatto; a coordenadora de relacionamento com torcedores e sócios, Kaká de Paula; o coordenador social Felipe Schaitel e o assessor de imprensa André Palma Ribeiro. Eles foram recebidos na UFSC pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos; pela professora Carmen Rial, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) – Estudos do Futebol Brasileiro e pelo professor Luiz Carlos Rigo, da Universidade Federal de Pelotas e integrante do INCT do Futebol.

A professora Joana afirmou que a UFSC está procurando os atores sociais do futebol (clubes, associações, federações e árbitros) para discutir ações voltadas à construção de espaços menos violentos no universo do esporte. A professora Carmen Rial explicou aos presentes que, embora seja um grupo de pesquisa acadêmica, o INCT – Estudos do Futebol Brasileiro também pode promover ações de extensão. Ela mencionou que uma das linhas de pesquisa do Instituto é a de “Mídia, Torcida e Racismo”, afirmando que integrantes do grupo poderiam dar palestras sobre estes temas aos atletas do Avaí.

Felipe Schaitel (E), Kaká de Paula e Thiago Pravatto

A coordenadora de relacionamento Kaká de Paula afirmou que o Avaí tem interesse em se engajar nessas campanhas e pode divulgar conteúdos nos veículos e redes sociais do clube. O diretor de marketing, Thiago Pravatto, disse que o clube tem uma preocupação social muito grande e já desenvolve campanhas de combate ao racismo e à homofobia, por meio de mensagens no telão e no sistema de som do estádio durante as partidas.

A professora Joana destacou que é muito importante que os árbitros e clubes procurem seguir os protocolos já existentes para coibir os casos de racismo durante os jogos. Ela afirmou que a Universidade vai tentar envolver no diálogo a Associação Catarinense de Clubes, a Federação Catarinense de Futebol, associações de árbitros e demais clubes da primeira e segunda divisões do futebol catarinense.

Combate ao racismo e possíveis parcerias são tema de reunião entre Reitoria e Avaí

Reitoria e presidência do Avaí estudam parcerias entre a UFSC e o clube

Tags: antirracismoAvaíEstudos do Futebol BrasileiroUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Comitiva da UFSC vai a Brasília em busca de apoio aos estudantes indígenas

07/06/2023 16:22

Estudantes da UFSC e lideranças indígenas se reuniram com representantes do MPI (Fotos: Divulgação)

Uma comitiva formada por gestores, docentes e estudantes indígenas da UFSC esteve em Brasília nos últimos dias em busca de suporte do governo federal para estruturação e consolidação do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (LII) e apoio à permanência dos estudantes indígenas na Universidade. O grupo teve encontros no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para apresentar suas demandas. Após as reuniões, estudantes participaram de manifestações pela rejeição do chamado Marco Temporal, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A comitiva da UFSC foi liderada pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos, e integrada pela pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sampaio; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a coordenadora de Relações Étnico-raciais da Proafe, Iclícia Viana; a coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, Juliana Salles Machado; os representantes discentes do curso Edison Rodrigo Pinheiro da Silva e Suzane Benites e as lideranças indígenas Adilson Policeno, Leonardo da Silva Gonçalves e Tukun Gakran.

Na segunda-feira, 5 de junho, o grupo participou de uma reunião no gabinete da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). Pelo Ministério da Educação estavam presentes o assessor de gabinete, Cleber Santos Vieira; Rosilene Araújo Tuxá, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena e Ludmila Brandão, assessora da Divisão de Formação Especializada (Difes) da Secretaria de Educação Superior (Sesu). O Ministério dos Povos Indígenas foi representado por Jozileia Daniza Kaingang, chefe de gabinete, e Altaci Rubim Kokama, da Articulação de Políticas Educacionais para população originária.

Grupo que participou de reunião no MEC

Na pauta da reunião estavam temas como o apoio do MEC para sanar demandas urgentes para o processo de institucionalização efetiva do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica na UFSC e para a melhoria da permanência dos estudantes indígenas na universidade, respeitando suas especificidades culturais.

As demandas emergenciais debatidas foram: ampliação da verba do Prolind (programa do MEC de apoio a cursos de Licenciaturas Interculturais); cota emergencial de vagas para a contratação de professores e técnicos indígenas para atuar no curso; suplementação de recursos para a reforma e melhoria da estrutura física do alojamento e áreas de uso dos estudantes da Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC e universalização da Bolsa Permanência MEC para todos os estudantes indígenas da LII.

Na terça-feira, 6 de junho, a reunião foi no Ministério dos Povos Indígenas. Ali a comitiva foi recebida por duas egressas da Universidade: a chefe de gabinete Jozileia Daniza Kaingang, que foi professora e coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, e a chefe da assessoria especial de assuntos parlamentares e federativos Ana Patté, egressa do curso. Também estavam presentes o professor Eliel Benites, Diretor do Departamento de Línguas e Memória e a professora Altaci Rubim Kokama, da Articulação de Políticas Educacionais para população originária.

Comitiva do encontro no Ministério dos Povos Indígenas

Os integrantes do grupo da UFSC relataram aos representantes do MPI as dificuldades que o curso vem passando e o empenho da UFSC em construir políticas institucionais para os estudantes indígenas que garantam sua permanência com especificidade dentro da Universidade. Além destes temas foram abordadas importantes pautas de combate ao racismo contra os povos indígenas, saúde indígena dentro da UFSC e planejamentos de ampliação da presença indígena com qualidade e especificidade.

 

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