Aprovada criação de comissão eleitoral para consulta informal à Reitoria da UFSC

25/11/2025 18:20

O parecer da conselheira Heloisa Teles foi aprovado pelo CUn por ampla maioria. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Na tarde desta terça-feira, 25 de novembro, o Conselho Universitário abriu os trabalhos discutindo a criação de uma comissão encarregada de organizar e coordenar a consulta prévia, de caráter informal, à comunidade universitária sobre a escolha da Reitoria para o quadriênio 2026–2030. A proposta partiu do Gabinete da Reitoria (GR) e teve relatoria da conselheira Heloisa Teles. A sessão foi transmitida ao vivo pelo canal do CUn no YouTube.

Em parecer conclusivo, a conselheira Heloisa reforçou a legitimidade da consulta informal à comunidade como instrumento de democratização na escolha da Reitoria e confirmou a manutenção de práticas históricas adotadas pela instituição. Sem propor mudanças de rumo, o parecer sublinha que a consulta está consolidada na Universidade e que o modelo paritário garante representatividade equilibrada entre docentes, técnico-administrativos e estudantes.

Entre as recomendações, destacam-se:

  • Voto paritário, com ponderação proporcional ao universo efetivo de votantes de cada segmento.
  • Participação de docentes e técnico-administrativos em efetivo exercício e de estudantes regularmente matriculados na Educação Básica da UFSC (a partir de 16 anos), na graduação e na pós-graduação stricto sensu.
  • Comissão Eleitoral formada por seis representantes: dois da Apufsc-Sindical, dois do Sintufsc, um do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e um da Associação de Pós-Graduandos(as) (APG). Caberá a esse colegiado organizar o pleito, inscrever chapas, definir regras de campanha, nomear mesários, cadastrar fiscais e zelar pela lisura do processo.
  • Inscrição de chapas com candidatos para Reitor(a) e Vice-Reitor(a).
  • Realização em dois turnos, caso nenhuma chapa alcance maioria absoluta (50% + 1 dos votos válidos) no primeiro turno.
  • Instalação da Comissão Eleitoral até 10 de dezembro de 2025.
  • Cálculo do resultado por segmento com a fórmula: votos válidos da chapa no segmento divididos pelo total de votantes daquele segmento na consulta, multiplicado por um terço.
  • Voto secreto, pessoal e não cumulativo, vedada a votação por procuração.
  • Emissão, pela Comissão Eleitoral, de resoluções específicas para tratar de casos omissos, tomando como referência as normas aplicadas na consulta de 2021.
  • Apoio institucional da Secretaria dos Conselhos, do Gabinete da Reitoria, da Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) e da Prefeitura Universitária para assegurar infraestrutura e suporte técnico.
  • Regulamentação das campanhas e da prestação de contas das chapas pela Comissão Eleitoral.
  • Publicação, com ao menos 30 dias de antecedência, das listas de eleitores aptos por segmento.

No voto, a relatora posicionou-se favoravelmente à constituição da Comissão Eleitoral com representação dos três segmentos e à realização da consulta informal para o ciclo 2026–2030. A conselheira ressaltou que a observância dos parâmetros detalhados no parecer é essencial para garantir lisura, transparência, segurança procedimental e ampla participação. Por último, também fixou como marco temporal a criação da Comissão Eleitoral até 10 de dezembro de 2025.

Após a discussão e a inclusão de suplência para a representação discente, foi aprovado o parecer com ampla maioria.

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Reunião esclarece próximos passos para processo eleitoral da Reitoria da UFSC

10/11/2025 17:30

Reitor da UFSC e demais representantes do Gabinete reúnem-se com entidades representativas da comunidade universitária sobre o próximo processo eleitoral na instituição. Fotos: SECOM/UFSC

Na manhã desta segunda-feira, 10 de novembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, reuniu-se com representantes de entidades vinculadas à comunidade universitária para discutir e esclarecer questões relativas ao próximo processo eleitoral da Reitoria. Estiveram presentes, ao lado do reitor, o chefe de Gabinete, Bernardo Meyer, a diretora-geral do Gabinete, Camila Pagani, o assessor institucional, Alexandre Verzani, a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro, e o secretário de Comunicação, Marcus Paulo Pessôa.

Entre as entidades representativas que participaram do encontro estavam o Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (Sintufsc), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Associação de Pós-Graduandos (APG). Essas organizações tradicionalmente compõem a Comissão Eleitoral Representativa das Entidades da UFSC (Comeleufsc), responsável pela condução da consulta informal à comunidade universitária para escolha da nova gestão.

O mandato da atual gestão será encerrado no dia 4 de julho de 2026. Durante a reunião, Irineu esclareceu que o processo que estabelece as normas para as eleições foi encaminhado para apreciação do Conselho Universitário (CUn). A pauta será discutida na próxima sessão do colegiado, marcada para o dia 25 de novembro, com parecer da professora Heloisa Teles, do Departamento de Serviço Social. O prazo estipulado para a definição da comissão organizadora das eleições é 2 de dezembro. “O Conselho Universitário define os parâmetros gerais, enquanto a comissão é responsável por organizar e conduzir a consulta pública à comunidade universitária”, complementou.

Fases do processo

  • Previsão de datas: O primeiro turno da consulta pública informal está previsto para ocorrer no final de março de 2026. Caso necessário, um segundo turno será realizado no início de abril.
  • Modelo mantido: O processo enviado ao CUn segue o mesmo formato utilizado nas eleições anteriores, sendo a última concretizada em 2022.
  • Constituição da Comeleufsc: O procedimento prevê a criação da Comeleufsc, que ficará responsável por conduzir a consulta pública informal junto à comunidade universitária.
  • Encaminhamento do resultado ao CUn: Após a realização da consulta, o resultado será enviado ao CUn, que terá a responsabilidade de eleger a lista tríplice.
  • Envio ao MEC: A lista tríplice será encaminhada ao Ministério da Educação (MEC), que nomeará oficialmente o(a) novo(a) reitor(a).

 

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Audiência pública na UFSC apresenta proposta de Segurança Institucional e ações emergenciais

20/10/2025 14:20

Audiência pública sobre a proposta de Política de Segurança Institucional da UFSC. Fotos: DI-GR/SECOM

Em resposta às preocupações da comunidade estudantil quanto à segurança no Campus Trindade, em Florianópolis, expressa pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) em 10 de outubro, a Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou, nesta sexta-feira, 17 de outubro, às 16h, no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE), audiência pública para apresentar e debater a proposta de Política de Segurança Institucional. Em discussão desde 2023, a minuta foi submetida à consulta pública entre 16 de junho e 15 de agosto de 2025, por meio da Plataforma Participa + Brasil.

A audiência foi conduzida pelo secretário de Segurança Institucional (SSI), Leandro Oliveira, com a participação do reitor Irineu Manoel de Souza, da vice-reitora Joana Célia dos Passos, de representantes do DCE e da Sala Lilás, dos diretores dos centros de ensino, servidores docentes e técnicos, e comunidade em geral. O evento foi transmitido pelo canal do YouTube da TV UFSC.

O reitor abriu o encontro ressaltando a relevância do tema e o longo processo de elaboração do documento. “A questão da segurança, essa política que estamos encaminhando ao Conselho Universitário, é um documento que foi discutido há dois anos”, afirmou, destacando que o texto foi construído coletivamente, por professores e técnicos-administrativos, com participação do DCE e de representantes dos campi.

Secretário de Segurança Institucional Leandro Oliveira

A vice-reitora Joana garantiu que a “audiência é resultado daquele momento em que recebemos os estudantes após uma manifestação junto à Reitoria, quando nos comprometemos a fazer este espaço de discussão e apresentação da política pública”. Agradeceu o trabalho da comissão, pois, para ela, não resta dúvida de que haverá avanços “quando se tem uma política instituída que nos orienta sobre como atuar”.

A diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), professora Carolina Medeiros Bahia, leu a “Carta de recomendações de diretores de unidades de ensino para melhoria na segurança do campus universitário da Trindade”, fruto de duas reuniões realizadas naquela semana. Segundo ela, a comunidade universitária está muito preocupada com esta questão e confirma a complexidade do tema, que “exige a atuação de diversas instâncias para o seu enfrentamento adequado”.

A carta sustenta que a segurança é condição para o cumprimento da missão de ensino, pesquisa e extensão. Entre as medidas listadas sugere: incremento da “vigilância natural” (podas e iluminação), implantação urgente de rotas seguras, controle de acesso de pessoas e veículos nas três entradas principais, especialmente à noite e nos fins de semana, investimento em tecnologia (reconhecimento facial nos acessos aos prédios e leitura eletrônica de placas), projeto-piloto de cercamento do campus a partir do setor F (Córrego Grande), priorização do contrato de segurança e manutenção institucional, provimento permanente de pessoal para a área, com garantia de ao menos dez cargos para a SSI nas vagas previstas para 2026, articulações com MEC, MGI e bancada parlamentar catarinense por mais investimentos e protocolos de atuação conjunta com a Polícia Militar, além de reforço no policiamento nas áreas externas. 

O reitor classificou a manifestação das unidades como “importante para fortalecer a nossa luta por uma segurança melhor” e afirmou que “os pontos elencados quase todos estão na política já discutida e também nas ações renovadas nas últimas semanas” pela SSI e Prefeitura Universitária. Irineu relatou uma força-tarefa entre quinta e segunda-feira, com visitas noturnas a todos os setores da Universidade, das quais participaram equipes de segurança, representantes do DCE e da Prefeitura Universitária. “Em um tempo bem limitado, foram instaladas várias lâmpadas em áreas que foram queimadas, feitas alterações, e hoje o campus está bem mais iluminado”, disse, observando que ainda restam locais a receber holofotes e novos posts. Anunciou também a solicitação de motociclistas de segurança para atuarem nas entradas do campus no período noturno, a fim de “dar uma dimensão de segurança para a Universidade”. Segundo ele, com a política aprovada pelo Conselho Universitário, será possível consolidar ações permanentes.

Representando o DCE, Thiago ressaltou que a mobilização estudantil foi uma resposta imediata a episódios recentes de violência. Ele lembrou que o DCE tradicionalmente atua em temas de permanência, e que a segurança integra esse esforço: “A permanência não é apenas econômica — como ter um restaurante de qualidade e acessível —, mas também a de segurança, para que o campus não seja um lugar que traga medo, e sim um ambiente em que as pessoas se sintam confortáveis ​​para se formar.” Para Thiago, a audiência decorre diretamente do ofício apresentado após a manifestação dos estudantes na Reitoria e deve resultar em respostas concretas.

Apresentação da proposta

O secretário Leandro defendeu que a política de segurança no campus é parte essencial da permanência estudantil até apresentar, em detalhes, a minuta de resolução que será levada ao Conselho Universitário. “Ninguém permanece em uma universidade, em um local inseguro. Então, sim, segurança no campus é ação de permanência estudantil”, afirmou. Servidor da UFSC desde 1994 e responsável pela coordenação da área, relatou que a comissão que redigiu a política foi instituída em outubro de 2023, coletou opiniões, escolheu especialistas, analisou a legislação e submeteu o texto à consulta antes da audiência pública.

Leandro situou a UFSC no cenário nacional ao lembrar que a instituição é citada entre as mais seguras do país. Ele retornou recentemente do 31º Seminário Nacional de Segurança das Universidades e Institutos Federais, na UnB, que incluiu audiência pública na Câmara dos Deputados. Nesse contexto, resgatou o histórico de extinção de cargos da área desde a Lei 9.632/1998, que, segundo ele, dificulta a recomposição de pessoal: “Aposenta ou falece um servidor do quadro de segurança, o cargo some do mapa”. Por isso, a minuta propõe diretrizes e governança para a segurança institucional, sem confundir a atuação com a segurança pública convencional. “Fazer segurança na universidade é diferente de fazer segurança lá fora. É uma atividade de segurança pública específica para o ambiente universitário”, frisou, defendendo a perspectiva de segurança cidadã, com foco preventivo, respeito aos direitos humanos e proteção integral das pessoas e do patrimônio.

Ao detalhar a proposta, o secretário explicou que a política funcionará como “guarda-chuva” normativo para regimentos, manuais e protocolos, respeitando as especificidades de cada campus. O objetivo é integrar planejamento, execução e avaliação, com princípios de proteção à vida, prevenção, gestão de riscos, cooperação interinstitucional e educação para a segurança. A minuta define conceitos como ameaça, comunidade acadêmica, patrimônio e segurança cidadã; crias de governança participativa, como um Comitê de Segurança (com representação da gestão, centros de ensino, campi, DCE, APG, Sintufsc e Apufsc) e um Fórum de Segurança (presidido pelo reitor), e estrutura um Sistema Integrado de Segurança para setores articulados e colaboradores externos — sociedade civil organizada, comunidades do entorno e órgãos de segurança pública. “Em algum momento vamos precisar da Polícia Federal, da Civil, da Militar, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros, com protocolos de atendimento”, comentou.

Com ênfase na prevenção, Leandro apresentou o Sistema de Gestão da Segurança: monitoramento 24 horas, análise de risco, gestão de crises, integração tecnológica e padronização de procedimentos. “A UFSC é hoje uma das universidades no Brasil com o maior parque de câmeras instaladas. Temos 1.506 câmeras com imagens em tempo real em uma central aberta à visitação, e 4.500 salas protegidas com alarme”, apontou, assinalando que ainda há espaço para avanço devido à dimensão do campus. A política prevê aprimoramento do controle de acesso às edificações e às três entradas principais, monitoramento de trânsito e estacionamentos, proteção de infraestruturas críticas (energia, TI, água, gases e produtos químicos), prevenção e combate a incêndio e resposta. Leandro reforçou que “controle não é concessão de acesso”, mas proteção de pessoas, laboratórios e projetos sensíveis. Ele reiterou a concessão de porte de armas nas dependências da UFSC, exceto nos casos previstos em lei para profissionais em serviço.

A minuta institui gestão permanente de riscos, com planejamento estratégico, planos de contingência e protocolos de controle de danos, além de treinamentos específicos. Os programas de capacitação devem incorporar políticas de acessibilidade, enfrentamento à transfobia, equidade de gênero, combate ao assédio moral e sexual, enfrentamento ao racismo institucional e bem-estar animal. “As normas e protocolos têm de ser exequíveis e precedidos de capacitação”, afirmou. A proposta também consolida a cooperação pela SSI, responsável pela coleta de dados, indicadores, avaliação anual de ocorrências e planejamento de orientações. Segundo o secretário, a UFSC é uma “cidade universitária” que, em população, equivaleria ao 31º município catarinense — o que exige soluções próprias e cooperação com órgãos externos.

Em paralelo ao marco normativo, Leandro listou medidas práticas recentes e previsões. “Na próxima segunda-feira vamos aditivar o posto da guarita da Carvoeira”, anunciou, confirmando que a estrutura ainda é provisória, mas serve como ponto de apoio. Explicou que, sem redimensionamento contratual, a UFSC não retirou vigilantes de centros de ensino e implantou o serviço de motociclistas de segurança. “Temos três motoqueiros no campus, que neste mês rodaram 7.960 milhas. Dividimos o campus em três quadrantes e eles precisam cumprir as rotas. Compramos sinalizadores para as motos, e a comunidade já percebe a movimentação nos acessos aos centros e nos pontos de ônibus nos horários de pico”, disse. A medida foi replicada na Fazenda Ressacada, com rondas noturnas.

O secretário informou ainda a aquisição, por emenda parlamentar e aporte da UFSC, de duas novas viaturas — com propostas concluídas —, essenciais também para ocorrências de saúde. “Hoje atendemos um aluno e um servidor. Precisamos de viaturas em condições para pronta resposta”, justificou. Sobre iluminação, comunicado força-tarefa com a Prefeitura Universitária, com mais de 95 pontos recuperados, e a instalação de holofotes via fundações em áreas críticas, como o CSE. Ele defendeu a criação de um aplicativo para relatos da comunidade sobre segurança e manutenção — “nossos alunos podem desenvolver” —, enquanto segue o canal por e-mail.

No campo tecnológico, a UFSC prepara licitação para ampliar o sistema de câmeras de 1.506 para 2.000 unidades, com integração a alarmes, detecção de incêndio, leitura de placas nas entradas e reconhecimento facial, além do uso de drones. Leandro realiza estudos em andamento sobre “arquitetura do ambiente” e vigilância natural, com cercamento racional do campus e postos de observação e informação. “O campus é cercado, mas de forma conveniente, com diversas entradas e trechos danificados. Não se trata de proibir a entrada, e sim de estabelecer controle de acesso que iniba a ação de crimes. É agir na prevenção”, resumiu.

Leandro também abordou a agenda nacional de carreira e financiamento. Ele contou que o seminário em Brasília desencadeou o pedido ao relator da PEC 18 para considerar a segurança nas universidades e institutos federais como atividade de segurança pública, abrindo acesso a recursos e capacitações da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “Não somos um órgão de segurança pública — nem queremos ser —, mas, na prática, fazemos segurança pública em uma comunidade de 40 mil pessoas. Precisamos ser tratados como tal para fins de financiamento e formação”, defendeu. O secretário lembrou que a recomposição de pessoal depende de decisões do MEC e do MGI e sugeriu a criação de um macrocargo de proteção e segurança institucional para permitir novas licitações.

Ao encerrar, reiterou o compromisso de transparência, cooperação e aprimoramento contínuo. “Segurança não é fácil de fazer. Estamos aqui porque gostamos da atividade, estudamos o tema e queremos somar esforços para melhorar a segurança de vocês”, colocando-se à disposição para perguntas e sugestões. Segundo Leandro, outras universidades já solicitaram o material de política, e a expectativa é que o texto da UFSC sirva de referência. “Estamos propondo uma política que pode inspirar outras instituições”, concluiu.

Após a exposição da minuta, foi aberto o debate.

 

Rosiani Bion de Almeida | Divisão de Imprensa do GR
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Audiência pública nesta sexta sobre Política de Segurança da UFSC

14/10/2025 18:26

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) convida toda a comunidade universitária — estudantes, TAEs e docentes — para audiência pública de apresentação e debate da proposta de Resolução Normativa que dispõe sobre a Política de Segurança Institucional da UFSC. O encontro será nesta sexta-feira, 17 de outubro, às 16h, no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE).

A participação é essencial para qualificar o texto normativo, esclarecer dúvidas e recolher contribuições que orientem a implementação de uma política de segurança alinhada aos princípios acadêmicos, à proteção de pessoas e patrimônios e ao respeito aos direitos da comunidade. Participe, traga sua opinião e ajude a construir coletivamente esta política institucional.

Aspectos da política

A Política de Segurança Institucional (PSI) da UFSC tem por finalidade “integrar as ações de planejamento estratégico e de execução, de modo a assegurar o pleno exercício das atividades da UFSC” (Art. 1º), adotando a concepção de segurança cidadã como eixo orientador (Art. 2º). Define segurança institucional como o “conjunto de medidas voltadas a impedir ameaças […] que possam atentar contra a segurança da comunidade acadêmica ou causar danos ao patrimônio” (Art. 3º), abrangendo docentes, TAEs, discentes, terceirizados e usuários externos, e considerando patrimônio material e imaterial. A atividade pauta-se em princípios como proteção à vida e aos direitos humanos, atuação ética e preventiva, integração com órgãos essenciais e incentivo à participação colaborativa da comunidade (Art. 4º), com ênfase em educação, dignidade, diversidade, equidade e inclusão.

No campo estratégico, o sistema de gestão prevê “garantia da continuidade”, “gestão de crises”, “gestão e análise de riscos”, “implantação de tecnologias” e “monitoramento permanente” (Art. 5º), sob coordenação da Secretaria de Segurança Institucional (SSI) (Art. 5º, §1º). Compete à SSI coletar dados, apoiar a gestão, executar projetos e acompanhar indicadores e metas (Art. 5º, §2º). A minuta detalha frentes de atuação: segurança humana para proteger a integridade da comunidade, realizada por servidoras/servidores e/ou terceirizados e, quando necessário, com apoio de órgãos de segurança pública (Art. 6º); segurança material para proteção do patrimônio (Art. 7º); e segurança de áreas e instalações, com controle de acesso, ordenamento de trânsito e estacionamento, proteção de sistemas críticos, prevenção e combate a incêndio, videomonitoramento e pronta resposta (Art. 8º). Prevê-se proteção especial a áreas com dados sensíveis e vitais (Art. 8º, §1º) e estabelece-se que “fica proibido o porte de armas de fogo nas dependências da UFSC, exceto” por profissionais em serviço ou nos casos previstos em lei (Art. 8º, §2º).

A gestão de riscos deverá identificar, avaliar, tratar e monitorar riscos “de modo permanente, proativo e, preferencialmente, de forma preventiva” (Art. 9º), com avaliações conduzidas pela SSI e ajustes conforme ameaças e contextos (Art. 9º, §§2º–3º). A SSI também implementará planejamento de contingência e controle de danos, com protocolos exequíveis e treinamentos em conjunto com a PRODEGESP (Art. 10). O Sistema Integrado de Segurança Institucional “tem como objetivo auxiliar a SSI no planejamento das intervenções”, com visão panorâmica e integração de saberes internos e externos (Art. 11), e é composto pela SSI, pelo Comitê de Segurança Institucional (CoSI) e pelo Fórum de Segurança Institucional (Art. 12). Entre os objetivos da SSI estão a “otimização de recursos”, a “padronização de protocolos”, a “redução de vulnerabilidade”, a “otimização do videomonitoramento”, o “aprimoramento dos controles de acessos” e a produção de relatórios e indicadores (Art. 13).

O CoSI é uma instância de “governança participativa, com competências consultiva e deliberativa” que auxilia decisões no âmbito da SSI (Art. 14), com composição plural que envolve Reitoria, direções de centros e campi, pró-reitorias, Prefeitura Universitária, SeTIC, Seplan, DCE, APG, Sintufsc e Apufsc (Art. 14, §1º), e presidência com atribuições definidas em regimento (Art. 14, §2º). O Fórum de Segurança da UFSC, de caráter consultivo, promove a interlocução entre a Universidade, órgãos de segurança, sociedade civil, movimentos sociais, comunidades do entorno e a comunidade acadêmica, visando à “redução da violência e da criminalidade” e à “resolução pacífica de conflitos” (Art. 15). Presidido pela Reitoria e articulado pelo Gabinete e pela SSI (Art. 15, §1º), o Fórum difunde a gestão integrada, elabora planejamento estratégico de ações, auxilia a implementação da PSI (Art. 15, §2º) e terá calendário anual (Art. 15, §3º).

A implementação das normas e protocolos de segurança será precedida de capacitação adequada às especificidades de cada campus (Art. 16), e os programas de formação incluirão políticas de acessibilidade, equidade de gênero, enfrentamento à transfobia, ao assédio moral e sexual, ao racismo institucional e de bem-estar animal (Art. 17). A minuta prevê que a SSI poderá estabelecer interações com órgãos de segurança pública quando necessário (Art. 18) e que a Reitoria poderá instituir o Comitê de Gestão de Crise em Segurança Institucional para decisões em períodos de crise (Art. 19). A Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Boletim Oficial da UFSC (Art. 20). Essas diretrizes fundamentam o convite à audiência pública para apresentação e debate da proposta, reforçando a construção participativa de uma política de segurança cidadã, preventiva e inclusiva na UFSC.

 

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Nota à comunidade universitária sobre a Moradia Estudantil da UFSC

18/04/2025 20:40

A Administração Central da UFSC tomou conhecimento, na última semana, da divulgação de um vídeo nas redes sociais, no qual uma estudante residente da Moradia Estudantil expõe problemas de infraestrutura no local. O conteúdo expressa, de forma legítima, a insatisfação de quem busca na universidade não apenas formação acadêmica, mas também condições dignas de permanência. A Administração Central reconhece a gravidade da situação e informa que está mobilizada para oferecer respostas efetivas à comunidade universitária.

Desde o momento da denúncia, a Universidade instituiu um Grupo de Trabalho, composto por representantes da Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (PRAE), Pró-Reitoria de Administração (PROAD), Prefeitura Universitária (PU), Secretaria de Comunicação (SECOM) e Diretório Central dos Estudantes (DCE). A primeira reunião do grupo ocorreu no dia 17 de abril, com encaminhamentos imediatos para os problemas relatados.

Apresentamos, a seguir, os principais pontos identificados e as ações realizadas:

1.⁠ ⁠Iluminação nos corredores: Realizamos a inspeção de todos os corredores da Moradia Estudantil. Identificamos, além de cinco lâmpadas queimadas, a necessidade de reposicionar os sensores de presença, garantindo maior segurança e conforto aos residentes. O serviço será realizado no início da próxima semana.

2.⁠ ⁠Água amarelada nas torneiras: Recebemos relatos de alteração na coloração da água em alguns apartamentos. Embora a falha pareça ter sido pontual, realizamos a substituição dos filtros e a situação foi normalizada.

3.⁠ ⁠Problemas na internet: A equipe da SeTIC estava atuando, desde a segunda-feira, dia 14, na resolução da questão, e ainda na manhã do dia 17 de abril, a equipe técnica solucionou as falhas relatadas.

4.⁠ ⁠Falhas recorrentes no elevador: A manutenção do elevador é realizada por empresa terceirizada contratada exclusivamente para esta finalidade. Lamentavelmente, a empresa não tem executado o serviço de forma satisfatória, e por isso instauraremos um processo administrativo disciplinar contra a prestadora, conforme previsto em contrato.

5.⁠ ⁠Falta de água quente nos chuveiros: A Moradia conta com dois boilers, ambos com vida útil esgotada. As equipes da Prefeitura Universitária já vinham trabalhando na recuperação de um dos equipamentos, o que foi concluído na manhã do feriado de hoje, restabelecendo o fornecimento de água quente para metade das unidades habitacionais. Para a outra metade, estamos estudando duas possibilidades: a aquisição emergencial de um novo equipamento ou, caso essa alternativa se mostre inviável, a instalação de estruturas móveis de banho quente. A solução definitiva está prevista em uma obra de maior porte que já se encontra em etapa para a licitação. Enquanto isso, a Moradia conta com três chuveiros elétricos que podem ser utilizados por seus moradores.

Reafirmamos que estamos atentos, com todas as nossas equipes e setores técnicos, para oferecer respostas rápidas e eficazes. Nosso compromisso com a permanência estudantil é inegociável. Destacamos que situações como essa refletem o subfinanciamento persistente das universidades federais, que compromete a capacidade de investimento em infraestrutura e manutenção.

A Moradia Estudantil da UFSC constitui-se parte da política de permanência, e a Universidade segue empenhada em garantir que esse espaço ofereça condições adequadas de acolhimento e dignidade aos seus moradores, mesmo diante das graves restrições orçamentárias vigentes.

Administração Central
Universidade Federal de Santa Catarina

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