Reitor da UFSC palestra sobre desafios na gestão pública na Universidade Estadual do Maringá

25/08/2025 13:29

Palestra sobre desafios na gestão pública ocorrerá na segunda-feira (25), às 19h30, campus sede da UEM

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e o diretor de Ensino Superior da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Michel Jorge Samaha, irão ministrar, na próxima segunda-feira (25), a palestra de abertura das comemorações dos 50 anos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A conferência “Desafios da Gestão Pública nas Universidades” ocorrerá às 19h30, no auditório do bloco B-33, campus sede da UEM. A organização é do CSA e os interessados podem se inscrever, gratuitamente, por meio do link. As vagas são limitadas e a palestra corresponderá a quatro horas de atividade acadêmica complementar.

Os objetivos do evento são promover uma reflexão sobre os desafios da gestão pública nas universidades, apresentando modelos e estratégias para melhorar a eficiência administrativa, governança e transparência nas instituições de ensino superior.

Os palestrantes 

Irineu Manoel de Souza, reitor da UFSC. Foto: Acervo UFSC

Souza ingressou na UFSC por concurso público em 1974 na carreira administrativa para exercer o cargo de datilógrafo, tendo dirigido o Departamento de Administração Escolar e o Departamento de Recursos Humanos universidade.

Em 2010 foi aprovado em novo concurso público na UFSC para o magistério público federal. É Administrador, mestre em Administração e doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Lotado no Departamento de Administração, dá aulas na graduação, mestrado e no doutorado em Administração.

Possui experiências e conhecimentos sobre a realidade da UFSC e dos desafios complexos das universidades brasileiras, dada a sua formação como administrador e pesquisador da área de administração pública e gestão universitária. Recebeu vários prêmios e homenagens, destacando-se o Diploma de reconhecimento de mérito pelo projeto vencedor do Concurso Nacional de Experiências Inovadoras, promovido pelo ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, em 1997 (gestão na Administração Pública), e o prêmio Hélio Beltrão, pelo projeto vencedor do Concurso Inovações na Gestão, organizado pela Escola Nacional de Administração Pública e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em 2001.

Samaha é docente do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) onde ocupa o cargo de professor adjunto. Possui graduação em Direito e graduação em Engenharia Agronômica. É especialista em Direito Tributário, mestre em Economia Rural e doutor em Ciências Sociais Aplicadas, com estágio doutoral na Universitat Autónoma de Barcelona, Espanha. Desenvolve pesquisas em Economia Política, Economia Comparada e Sociologia Econômica.

O CSA  

Considerado o mais tradicional centro de ensino da UEM, o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) tem, entre seus cursos, alguns do mais antigos da história da universidade. Os cursos de Economia (criado em 1961, e de Direito, criado em 1966, antecedem a própria fundação da UEM.

Além deles, o CSA agrega também os cursos de Administração (criado em 1971) e de Ciências Contábeis (criado em 1973), e mais os de Administração Pública e Tecnologia em Gestão Pública, ambos na modalidade de Educação a Distância (EaD).

Todos as graduações apresentam desempenho expressivo no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Nas últimas avaliações, Direito obteve nota máxima cinco; Administração, quatro; e Ciências Contábeis (Maringá e Cianorte), quatro.

Na pós-graduação, o Centro congrega os programas de mestrado e doutorado em Ciências Econômicas, mestrado e doutorado em Administração, mestrado em Ciências Contábeis e o Programa de Pós-Graduação de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (Profnit).

Atualmente o CSA conta, ainda, com duas pós-graduações “lato sensu” (especializações): Ciências Penais e Direto Civil. São, também, desenvolvidos vários projetos, cursos e eventos de extensão, dos quais participam pessoas da comunidade interna e externa.

A gestão do centro de ensino é feita pelos professores João Marcelo Crubellate (diretor) e Antonio Marcos Flauzino dos Santos (diretor-adjunto).

Fonte: UEM

Tags: Centro de Ciências Sociais AplicadasIrineu Manoel de SouzaUFSCUniversidade Estadual do Maringá

Eleição de TAEs no CUn e Conselho de Curadores será no próximo dia 28 de agosto

25/08/2025 08:00

A eleição para escolha dos representantes dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (STAEs) junto ao Conselho Universitário (CUn) e ao Conselho de Curadores (CC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ocorrerá nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, utilizando o sistema e-Democracia (https://e.ufsc.br/e-democracia/).

Os STAEs irão eleger oito representantes titulares, com seus respectivos suplentes, para o Conselho Universitário, e dois representantes titulares, também com suplentes, para o Conselho de Curadores. O mandato para os eleitos será de dois anos.

Como votar no sistema e-Democracia

O processo de votação digital é simples e seguro, garantindo anonimato e transparência. O passo a passo sobre como votar no e-Democracia da UFSC está disponível neste link.

Como proceder na votação

  1. Acesse o endereço da eleição enviado por e-mail ou divulgado pela comissão eleitoral;
  2. Clique no botão “Iniciar” e responda às perguntas na cabine de votação;
  3. Após criptografar sua cédula, revise suas escolhas. Se necessário, clique em “Editar resposta(s)” para corrigir; Quando estiver pronto, clique em “Depositar Cédula na Urna”;
  4. Faça login no sistema com suas credenciais do idUFSC, gov.br ou certificado digital qualificado;
  5. Após confirmar o voto, ele será depositado na urna digital. Um rastreador será gerado e enviado para seu e-mail como comprovante.

Relação dos servidores inscritos à eleição

Conselho de Curadores

  • David Arruda Husadel (titular) e Karyn Pacheco Neves Konrad (suplente)
  • Matheus Oliveira Kühn (titular) e Jefferson Virgílio (suplente)
  • Heloise Andreia Rotta (titular) e Leandro Feil (suplente)

Conselho Universitário

  • Brígida Antônia de Carvalho Vieira (titular) e Verônica Pereira Orlandi (suplente)
  • Gabriela Furtado Carvalho (titular) e Vítor Monteiro Moraes (suplente)
  • Guilherme Rizzatti (titular) e Vicente Florêncio Rocha da Gama e Silva (suplente)
  • Jorge Cordeiro Balster (titular) e Arelly Cecília Silva Padilha (suplente)
  • Juliane Pasqualeto (titular) e Rafaela Kracik Siqueira (suplente)
  • Matrede Oliveira Vieira da Silva (titular) e Marjori De Souza Machado (suplente)
  • Renato Ramos Milis (titular) e Nadine Schmidt Borges (suplente)
  • Tienko Vitor da Rocha (titular) e Rodrigo Suitck Zaleuski (suplente)

Mais informações com a Comissão Eleitoral pelo e-mail: eleicoestaes2025@contato.ufsc.br.

 

Tags: Conselho de CuradoresConselho Universitárioe-DemocraciaEleiçãoUFSC

Summit Cidades: Reitor da UFSC é entrevistado no programa ‘Cabeça de Político’

22/08/2025 18:43

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, foi entrevistado pelo programa “Cabeça de Político”, conduzido pelo jornalista Upiara Boschi, durante o Summit Cidades 2025. Com uma trajetória de quase 51 anos, Irineu ocupou diferentes funções na instituição, passando de servidor técnico-administrativo a professor e, atualmente, Reitor.

À frente de uma das maiores universidades do Brasil e da América Latina, com 40 mil estudantes, 120 cursos de graduação e 160 de pós-graduação, Irineu carrega uma vasta experiência acadêmica. Suas pesquisas, que abordam temas como evasão universitária, gestão colegiada e administração de universidades públicas federais, foram pontos centrais na conversa.

A entrevista explorou temas cruciais, como os desafios orçamentários enfrentados pelas universidades federais e o processo de superação do “luto” institucional após a morte do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier. Além disso, discutiu-se a função social da UFSC, sua interação com diferentes setores da sociedade e decisões que envolvem a instituição, como a recente escolha do Conselho Universitário sobre a troca do nome do campus sede, na Trindade, que foi um exemplo de maturidade e democracia interna.

Confira a entrevista na íntegra:

Tags: Cabeça de PolíticoCompolSummit Cidades 2025UFSCUpiara Boschi

Reitoria da UFSC participa de agenda estratégica em Brasília para futuro das IFES

22/08/2025 15:28

Nos dias 20 e 21 de agosto de 2025, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou, em sua sede em Brasília (DF), a 182ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno. O evento contou com a participação de gestores(as) de todo o país, incluindo o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e a vice-reitora, Joana Célia dos Passos, para debater temas estratégicos relacionados ao futuro da educação superior no Brasil. Entre as pautas destacaram-se a Política Nacional de Educação Superior (PNEDS), o orçamento das universidades federais e uma proposta de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil.

O primeiro dia do evento (20) teve início, às 14h, com o Seminário Temático sobre a Política Nacional de Educação Superior. Após a abertura, uma mesa-redonda reuniu especialistas como Lúcia Pellanda, diretora de Desenvolvimento Acadêmico da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC); Jacques Marcovitch, professor da Universidade de São Paulo (USP); Lia Rita Azeredo Bittencourt, vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Luiz Cláudio Costa, reitor do Centro Universitário IESB; e a deputada federal Ana Cristina de Lima Pimentel. A discussão girou em torno da necessidade de atualização da política educacional, cujo último documento formal data de 1968, para enfrentar os desafios contemporâneos da educação pública.

Os debates abordaram questões como orçamento, autonomia universitária e a resistência à inovação, além de explorar as oportunidades trazidas pela Inteligência Artificial (IA). Houve consenso sobre a importância de as universidades federais liderarem esse processo de transformação, repensando currículos, metodologias de ensino e estratégias de comunicação com a sociedade. Além disso, destacou-se a relevância de indicadores de impacto, que vão além de métricas quantitativas, para evidenciar o valor social das instituições e, assim, garantir financiamento adequado.

A deputada federal Ana Pimentel enfatizou a necessidade de aproximação com o Congresso Nacional para fortalecer pautas relacionadas à educação superior. Pimentel alertou sobre o desafio de aprovar medidas progressistas em um cenário de aumento desproporcional das emendas parlamentares, o que compromete a lógica de funcionamento do Estado e impacta diretamente as universidades públicas. Segundo ela, é essencial reforçar o papel das universidades no debate sobre a democratização da educação.

A professora Lúcia Pellanda (SESu/MEC) reforçou a importância de uma construção coletiva para a PNEDS. Pellanda mencionou que o processo teve impulso a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), em 2021, e visa estabelecer diretrizes e indicadores alinhados aos objetivos constitucionais e legais da educação. Também apresentou áreas temáticas como financiamento, acesso, permanência, pesquisa e extensão, além de incluir temas emergentes como inovação pedagógica, IA e mudanças climáticas.

O professor Jacques Marcovitch (USP) destacou a diferença entre métricas de “resultado” e “impacto”. Enquanto o resultado refere-se ao produto de atividades acadêmicas, avaliado pelos pares, o impacto reflete os efeitos econômicos, sociais, ambientais e culturais dessas atividades, medidos pelos beneficiários. O docente criticou o foco excessivo no monitoramento de insumos e processos, em detrimento de resultados e impactos, defendendo a necessidade de as universidades prestarem contas à sociedade por meio de indicadores qualitativos.

A professora Lia Rita Bittencourt, vice-reitora da Unifesp, compartilhou sua experiência ao migrar de uma visão baseada em métricas quantitativas para uma abordagem mais orientada ao impacto. Ela sugeriu formas de medir o impacto do ensino, como o envolvimento de egressos; da pesquisa, por meio de parcerias extra-acadêmicas e mudanças em políticas públicas; e da extensão, considerando o engajamento comunitário. Lia também ressaltou a importância de considerar as especificidades regionais e o porte das instituições na avaliação de impacto, sublinhando a colaboração entre universidades públicas paulistas no uso estratégico de dados.

O professor Luiz Cláudio Costa, ex-secretário da SESu e ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), apresentou um panorama sobre a evolução da IA, desde sua concepção até avanços recentes, como o lançamento do ChatGPT (2022). Dentre as suas projeções, a IA irá transformar profundamente, em poucos anos, o setor educacional. Costa argumentou que o modelo atual de universidades pode dar lugar a instituições que priorizem a certificação de habilidades, em vez de currículos extensos e rígidos. Ele sugeriu que o Brasil invista em IA setorial, voltada ao SUS ou à rede federal de ensino, em vez de competir globalmente no desenvolvimento de IA geral. Por fim, destacou que essa tecnologia deve ser uma aliada dos professores, mas alertou para desafios como vieses discriminatórios e a plataformização da educação.

O seminário culminou em um consenso sobre a urgência de uma política de educação superior que seja protagonista, flexível e orientada ao impacto social, integrando tecnologias emergentes sem perder o foco no desenvolvimento humano e na democratização do acesso ao conhecimento. As discussões serão sistematizadas e servirão de base para os próximos passos na elaboração da PNEDS, com um seminário mais amplo programado para setembro deste ano.

Ainda no dia 20, às 18h30, ocorreu um encontro entre reitoras e vice-reitoras e a ministra de Estado das Mulheres, Márcia Lopes, na sede do ministério. O diálogo reforçou a importância de parcerias entre instituições de ensino e o governo para a promoção de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e ao fortalecimento da educação superior.

Encontro entre reitoras e vice-reitoras e a ministra de Estado das Mulheres, Márcia Lopes (segunda da dir. p/ esq.). Foto: Divulgação

A programação do dia seguinte (21) começou com a apresentação de Lisandro Granville, novo diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Em seguida, novamente a ministra Márcia Lopes participou de um diálogo, abordando ações conjuntas para ampliar a participação feminina no meio acadêmico e em posições de liderança. A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, pontuou a necessidade de revisar a legislação que tipifica a violência política contra mulheres. Durante sua passagem pela SESu/MEC, Joana Célia também levou projetos relacionados à acessibilidade, IA, ações afirmativas e diversidade, além do II Seminário Nacional de Gestão em Ações Afirmativas para a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).

No período da tarde, os debates se voltaram aos desafios e prioridades financeiras das universidades federais, com a presença de Marcus Vinicius David, secretário de Educação Superior (SESu/MEC); Aline Pereira Leal, coordenadora-geral de Planejamento e Orçamento das Instituições Federais de Educação Superior (CGPO/Difes/SESu); e Evandro Rodrigues de Faria, coordenador do Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Orçamento das IFES (Forplad).

Encerrando o evento, foi apresentada uma proposta de cooperação entre as universidades federais e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, com a participação de representantes da OPAS. A iniciativa visa fortalecer a pesquisa, a formação acadêmica e o impacto social das universidades no campo da saúde pública.

Acompanhe o debate na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: AndifesConselho PlenoMECMinistério das MulheresPolítica Nacional de Educação SuperiorSecretaria de Educação SuperiorUFSC

Prevenção ao assédio moral na UFSC é tema de audiência pública no dia 3 de setembro

21/08/2025 18:00

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará, no dia 3 de setembro, às 9h, no Auditório da Reitoria, uma Audiência Pública para debater a Política de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da TV UFSC.

A minuta da Política esteve em consulta pública até o dia 5 de agosto, período em que foram registradas 133 contribuições da comunidade em geral. O documento foi elaborado pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) e pode ser acessado na íntegra neste link.

O documento estabelece diretrizes para o recebimento e tratamento de denúncias relacionadas ao assédio moral na UFSC. Após os encaminhamentos da audiência pública, o texto será submetido ao Conselho Universitário (CUn) para novo debate e aprovação.

Serviço

O quê: Audiência Pública – Política de Prevenção ao Assédio Moral
Quando: 3 de setembro, às 9h
Onde: Auditório da Reitoria da UFSC
Transmissão ao vivo: Canal do YouTube da TV UFSC
Mais informaçõesprodegesp.ufsc.br


Saiba mais:

Aspectos da política

A política de prevenção e enfrentamento ao assédio moral da UFSC abrange toda a comunidade universitária, incluindo estudantes, servidores (docentes e técnico-administrativos), trabalhadores terceirizados, estagiários, aprendizes ou prestadores de serviços. Ela se aplica a condutas praticadas tanto presencialmente quanto por meios virtuais, em qualquer espaço onde ocorram atos oficiais da instituição ou ações protagonizadas por seus membros.

O assédio moral é definido como um processo contínuo e reiterado de práticas abusivas que atentem contra a personalidade, dignidade e integridade psíquica ou física de uma pessoa ou grupo, independentemente da intenção ou hierarquia. As condutas abusivas podem ser diretas, como acusações, insultos, humilhações públicas e alterações deliberadas na carga de trabalho, ou indiretas, como propagação de boatos, isolamento social e recusa de comunicação. Exemplos específicos dessas práticas são listados na política, como deterioração das condições de trabalho ou estudo, desqualificação recorrente, humilhações, disseminação de boatos, desrespeito às limitações de indivíduos, imposição de regras personalizadas mais severas, discriminação por raça, gênero ou orientação sexual, e a criação de ambientes hostis.

A política é orientada por princípios como o respeito à dignidade da pessoa humana, a garantia de um ambiente institucional sadio, seguro e sustentável, o sigilo e tratamento humanizado às partes envolvidas, o respeito à diversidade e o enfrentamento à discriminação, além do resguardo da ética profissional. Busca-se promover um ambiente saudável, respeitoso e inclusivo por meio de uma abordagem integrativa que considere os contextos organizacional, sociocultural, institucional e individual. Essa abordagem incentiva a cultura do respeito mútuo e da resolução dialogada de conflitos. Os objetivos da política incluem o desenvolvimento de ações pedagógicas, campanhas e capacitações, a identificação de situações de risco, o acolhimento e acompanhamento de pessoas em sofrimento psíquico e o tratamento adequado das denúncias.

Para prevenir e enfrentar o assédio moral, a política prevê quatro frentes principais: divulgação, capacitação e acesso à informação; acolhimento e acompanhamento à saúde biopsicossocial; ações administrativas e práticas restaurativas para resolução de conflitos; e tratamento das denúncias. No campo da prevenção, destaca-se a realização de atividades contínuas de letramento e sensibilização sobre assédio, capacitações para mediação de conflitos e para gestores, e a criação de mecanismos que identifiquem riscos psicossociais e possíveis casos de assédio. No enfrentamento, incluem-se medidas como promoção da saúde da comunidade universitária, acolhimento dos manifestantes com orientação sobre ações administrativas e de saúde, acompanhamento das demandas relacionadas à saúde e o tratamento das denúncias. Em casos graves, pode ser proposta a movimentação interna de servidores envolvidos como medida emergencial para restabelecer um ambiente saudável, sem prejuízo de outras ações administrativas e legais.

As denúncias devem ser formalizadas por meio da Ouvidoria da UFSC, utilizando a plataforma Fala.br. Qualquer pessoa que se sinta alvo ou tenha conhecimento de situações de assédio pode registrar a denúncia, sendo dever das chefias comunicar tais situações à autoridade competente. A Ouvidoria encaminhará as denúncias que contenham elementos mínimos de autoria e materialidade ao setor responsável pela apuração e orientará sobre os serviços institucionais de acolhimento e acompanhamento à saúde. A apuração seguirá normativas específicas conforme o vínculo do denunciado: a Corregedoria-Geral da UFSC será responsável por casos envolvendo servidores, podendo encaminhá-los à Comissão de Ética; situações relacionadas a discentes seguirão regulamentações próprias; casos de trabalhadores terceirizados serão tratados com base na gestão do contrato; e a Comissão Intersetorial atuará em situações de outros vínculos. Se forem constatados ilícitos penais, cópias das denúncias poderão ser enviadas às autoridades competentes. O processo disciplinar garantirá o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Durante o trâmite, o acesso à documentação será restrito a terceiros, sendo liberado após a conclusão, com exceção de dados sigilosos. Manifestantes que apresentarem denúncias não anônimas serão informados sobre o resultado final.

 

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