Reitoria UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) segue promovendo ampla visibilidade às ações de combate ao racismo e ao nazismo na instituição. Ao passo que promove o debate acadêmico, a UFSC se posiciona claramente antirracista e antinazista e estimula a participação de toda a comunidade universitária.

Uma manifestação do Conselho Universitário (CUn) sobre o enfrentamento ao nazismo será debatida na próxima terça-feira, 22 de novembro, em uma sessão extraordinária aberta ao público, às 14h, no Auditório da Reitoria. A sessão terá transmissão ao vivo pelo canal do CUn no YouTube.

“Denunciem, aprendam a denunciar. Não pode ser perigoso para o denunciante. Tem que ter perigo para quem faz as agressões”, disse a vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos. “Não é possível mais que a gente busque terceirizar as violências da Universidade. O combate a elas é responsabilidade de cada um de nós. É importante que a gente tenha protocolos de denúncia e isso está sendo consolidado. Nós queremos que todos e todas aqui, além de se posicionar contra as violências, denunciem.”

“UFSC Antirracista e Antinazista” 

Dentre as ações realizadas nas últimas semanas, a UFSC lança também uma campanha institucional que posiciona a Universidade como um espaço antirracista e antinazista. Criada pela Coordenadoria de Design e Programação Visual da Agência de Comunicação (CDPV/Agecom), a campanha se utiliza de referências amplamente conhecidas, como a imagem dos punhos cerrados, representação de lutas dos movimentos sociais e de direitos humanos. O objetivo é divulgar os canais institucionais para denúncias e dar visibilidade ao fluxo de averiguação e decisão.

A Ouvidoria da UFSC é o órgão responsável por receber as denúncias de qualquer espécie. Os processos de apuração, julgamento e punição dos responsáveis seguem fluxos definidos na legislação interna da universidade, bem como o que é definido nas leis federais.

Segundo a secretária da Secretaria de Aperfeiçoamento Institucional da UFSC, Luana Heinen, esses caminhos não são amplamente conhecidos pela comunidade universitária. “Percebemos que falta também conhecimento sobre quais itens precisam constar em uma denúncia e sobre a importância da produção de provas, bem como sobre os direitos ao contraditório e ampla defesa, que devem ser assegurados a todos os acusados. A consolidação e divulgação dessas informações tem o papel fundamental de informar, para que as vítimas saibam os ritos a serem seguidos, sentindo-se mais seguras para denunciar. A comunidade universitária, por sua vez, poderá exercer o controle social sobre as instâncias de apuração e conhecer melhor as exigências legais para a responsabilização em cada caso”, salienta Luana.

Novembro Negro

A UFSC debateu as questões envolvendo a ascensão da extrema-direita e eventos recentes de racismo e neonazismo em um painel realizado na última quinta-feira, 17 de novembro. Além disso, a Administração Central promoveu, no dia 1º de novembro, uma audiência pública para discutir a proposta de Resolução Normativa para uma Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional.

Acesse o calendário completo de eventos do Novembro Negro.

Dirigentes da Associação Islâmica Catarinense (AIC) e UFSC discutem ações contra antissemitismo na instituição Foto: Robson Ribeiro/SECOM UFSC

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, recebeu, nesta terça-feira, 8 de novembro, os diretores da Associação Israelita Catarinense (AIC), Sérgio Iokilevitc e Lívio Charach, para  discutir a formulação de ações para o combate ao antissemitismo. Os representantes das instituições discutiram propostas para combater nazismo e racismo na Universidade e entregaram uma carta à Administração Central.

No encontro, a aluna do Curso de Ciências Sociais da UFSC, Iael Kurjan, que também é liderança do movimento juvenil do Hashomer Hatzar (Jovem Guardião em Hebráico), relatou sua vivência na Universidade após a repercussão na mídia sobre os casos de nazismo na instituição e entregou ao reitor uma carta com propostas de enfrentamento às ações. Entre as medidas apresentadas no documento estão a realização de Aulas Magnas que abordem questões ligadas ao nazismo e antissemitismo, ministradas por personalidades com notoriedade pública, além da expansão dos atuais grupos de pesquisas em religião.

Representante do movimento judaico relata o reitor, Irineu Manoel dos Passos, vivência na Universidade durante entrega de carta ao dirigente da UFSC Foto: Robson Ribeiro/SECOM UFSC

“Nós vamos de encontro não só com uma política de conscientização, mas também de inscrição de que tem limites e que retifica a questão punitiva, porque incitar o nazismo se enquadra em crime”, afirmou Iael. A carta elaborada pelo movimento juvenil reivindica que a Universidade se articule junto às entidades judaicas em âmbito local e nacional com a intenção de  firmar compromisso do combate as questões que envolvem o antissemitismo.

Durante a reunião, os dirigentes discutiram diversas ações a serem analisadas futuramente. Para Lívio Charach, vice-presidente da AIC, “a UFSC é o lugar do saber, lugar do lazer e da cultura, e aqui não há espaço para racismo e antissemitismo de forma alguma”. A entidade ainda ressaltou a possibilidade do estabelecimento de parcerias com a Prefeitura de Florianópolis, a fim de criar uma campanha conjunta a nível municipal.

O diretor do Gabinete do Reitor, João Luiz Martins considerou que esse é um bom momento para agregar forças e se unir na luta contra a ascensão de movimentos extremistas. Ele ainda ressaltou que a instituição realizou os encaminhamentos às autoridades cabíveis e que a comunicação da Universidade já trabalha no desenvolvimento de uma campanha institucional para combate a tais práticas no âmbito acadêmico e finalizou lembrando que até o fim do mês de novembro haverá uma reunião aberta do Conselho Universitário (Cun) para apreciação da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional.

“É muito importante possuir bem-estar aqui dentro, por isso nós vamos fazer uma reunião do Conselho Universitário para tratar desse tema específico. Queremos que o conselho seja de fato a decisão final para colocarmos em prática todas as políticas que precisamos para todos se sentirem seguros”, ressalta João. 

Ao fim do encontro, Irineu agradeceu a visita e convidou os líderes da comunidade judaica para usarem o espaço de fala da reunião aberta do CUn para exporem suas contribuições. O gestor da Administração Central ainda informou que vai levar a pauta para a próxima reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Robson Ribeiro/Estagiário da Secretaria de Comunicação/UFSC

Irineu Manoel dos Passos discursou na reunião sobre as dificuldades orçamentárias na UFSC Foto/ Divulgação –  Assessoria do Deputado Pedro Uczai

Na tarde desta quarta-feira, 9 de novembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, participou da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense. Na oportunidade o reitor enfatizou os problemas orçamentários enfrentados pela universidade e expôs aos deputados e senadores do Estado os principais desafios que estão sendo enfrentados pela gestão atualmente. “A Universidade Federal de Santa Catarina é um patrimônio do Estado de Santa Catarina, precisamos muito do apoio dos parlamentares para dar continuidade a obras e investimentos fundamentais para o bom funcionamento da Universidade”, destacou.

O reitor está realizando uma série de encontros com os representantes de Santa Catarina no Congresso para indicar as principais necessidades, especialmente no que tange às questões de infraestrutura dos campi da UFSC. “Estamos apresentando as demandas e buscando a sensibilização dos nossos representantes para fortalecer a nossa comunidade que chega a quase 50 mil pessoas”, enfatizou. O orçamento de capital para investimento em 2022 foi de apenas 5 milhões de reais para os 5 campi da UFSC instalados em diferentes regiões do Estado.

Agecom/UFSC

Movimentos estudantis e sociais organizaram um ato nesta segunda-feira na UFSC. (Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC)

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e a vice-reitora, Joana Célia dos Passos receberam, nesta segunda-feira, 7 de novembro, uma carta contra manifestações neonazistas e racistas. A entrega do documento ocorreu durante um ato no hall da Reitoria e foi organizado pelo Centro Acadêmico Livre de Letras (CALL) em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), entidades, sindicatos, além de outros centros que compõem a comunidade universitária. A manifestação contou com a participação de estudantes, docentes, técnicos-administrativos e movimentos sociais.

O documento foi entregue para o reitor, que disse que esse é um momento muito difícil e ressaltou a importância do movimento da comunidade universitária. O gestor da Administração Central ainda lembrou dos encaminhamentos que a UFSC tem promovido, como as discussões em torno da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional e o encaminhamento dos episódios às autoridades policiais.

“Nós da Reitoria não concordamos com qualquer forma de violência, ou discriminação dentro da nossa Universidade. Então, vamos dar as respostas necessárias. Faremos uma reunião com o Conselho Universitário com a participação de toda a comunidade para dar os encaminhamentos efetivos”, afirmou Irineu. 
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A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Célia dos Passos, esteve reunida, na quinta-feira, 20 de outubro, com o diretor executivo do Avaí Futebol Clube, Cláudio Gomes, para discutir a parceria entre as instituições que visa o combate ao racismo e profissionalização dos estudantes da UFSC. Na ocasião também estavam presentes Bernardo Meyer, chefe de gabinete, João Luiz Martins, diretor de gabinete e Renata Castro, diretora do Departamento de Integração Acadêmica e Profissional (DIP/PROGRAD).

Reunião entre a Administração Central e o Avaí Esporte Clube.
Foto: Vitórya Navegantes / SECOM UFSC

No encontro, a diretoria do clube apresentou a possibilidade de uma parceria com a UFSC no sentido de empregar estudantes e ex-estudantes da universidade, com o objetivo de capacitá-los para o mercado de trabalho. “Nós temos todo interesse nessa parceria, dialogamos com as instituições, mas entendemos que a UFSC tem um papel nessa relação social. Para além de estarmos formando pessoas, nós precisamos também atuar na disponibilização dos nossos profissionais para a sociedade”, analisou Cláudio. 
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