UFSC Joinville realiza evento de conexão entre pesquisa e mercado no Ágora Tech Park

03/09/2025 18:04

No dia 22 de agosto de 2025, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Joinville, deu um importante passo no fortalecimento do ecossistema de inovação regional ao promover, em parceria com o Ágora Tech Park, a primeira edição da Ação de Tracionamento Ágora Connect/UFSC. O evento, realizado neste ambiente, teve como principal objetivo estreitar os laços entre os projetos de pesquisa desenvolvidos pela UFSC e as empresas do Perini Business Park, acelerando a transformação de conhecimento acadêmico em soluções comerciais.

A iniciativa focou na identificação e apresentação de produtos universitários com alto nível de maturidade tecnológica (próximo ao TRL 6, ou seja, em fase de protótipo funcional) e com grande potencial de se tornarem inovações aplicadas no mercado.

O encontro contou com a participação de representantes de grandes empresas, como Petrobrás, Weg Tintas, Avell, Brascola, Pollux, Walbert e Amoveri Hub, que tiveram a oportunidade de conhecer de perto as pesquisas e inovações desenvolvidas na universidade, reforçando a conexão entre o setor produtivo e a academia.

A ação foi liderada pelos professores Thiago Fiorentin e Andra Piga, da UFSC Joinville, em parceria com Fabiano Dell’Agnolo, diretor do Ágora Tech Park. O evento também contou com o apoio do pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, Jacques Mick, e do gerente da Petrobrás, Vinícius Machado.

Diante do sucesso da iniciativa, novas edições da Ação de Tracionamento Ágora Connect/UFSC já estão sendo planejadas ainda para 2025, reforçando o compromisso de aproximar a universidade das demandas do mercado e fomentar a inovação na região.

Fonte: UFSC Joinville

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Cannabis Medicinal: UFSC reforça necessidade da cadeia produtiva e de conhecimento em SC

26/08/2025 10:59

Audiência pública realizada no dia 25 de agosto, na Alesc, sobre a regulamentação e o uso da Cannabis Medicinal no estado. Imagem: TVAL

A audiência pública realizada na noite desta segunda-feira, 25 de agosto, no Auditório Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), fortaleceu o debate sobre a regulamentação e o uso da Cannabis Medicinal no estado, ampliando o diálogo com a sociedade sobre os benefícios e desafios relacionados ao seu uso terapêutico no tratamento de doenças crônicas e neurológicas.

O evento reuniu parlamentares, médicos, pesquisadores, advogados, pacientes, cuidadores e familiares para discutir políticas públicas que garantam maior acesso da população catarinense aos tratamentos à base de cannabis, enfrentando barreiras legais e econômicas que impõem dificuldades a diversas famílias. Atualmente, muitos pacientes dependem de processos judiciais ou da importação de medicamentos de alto custo, o que limita o direito constitucional à saúde.

Entre os pontos centrais do debate foi a ampliação do acesso à cannabis medicinal como recurso terapêutico para diferentes condições de saúde, a redução da judicialização e o fortalecimento da pesquisa científica sobre o tema. Além disso, foi discutida a criação de uma cadeia produtiva própria em Santa Catarina, com potencial para gerar emprego, renda e inovação. A audiência também abordou experiências já existentes no estado e no Brasil, incluindo aspectos relacionados à regulamentação, distribuição, prescrição médica e acompanhamento dos tratamentos.

A discussão da temática foi promovida pela Comissão de Saúde da Alesc e pelo Gabinete da deputada estadual Ana Paula da Silva (Paulinha), após a implementação da Lei Estadual 19.136 de 2024, que regulamenta o fornecimento de medicamentos à base de cannabis por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), abordando aspectos legais, médicos, sociais e sanitários. A audiência destacou a experiência e os desafios enfrentados por pacientes, famílias e associações, como a Santa Cannabis, na busca por acesso e qualidade do tratamento. Além disso, foram apresentadas evidências científicas e propostas de colaboração entre entidades governamentais, universidades e associações para otimizar a produção local, capacitar profissionais de saúde e expandir o alcance da terapia. O evento, ainda, reforçou a necessidade de superar barreiras burocráticas e ideológicas para garantir que mais catarinenses se beneficiem da cannabis medicinal.

Na mesa de abertura a participação de dois professores da UFSC: Rubens Nodari, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), e Rui Prediger, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Ambos os pesquisadores reiteraram a importância da ciência e da pesquisa para o avanço do uso da cannabis medicinal, bem como a necessidade de quebrar preconceitos e criar uma cadeia produtiva e de conhecimento em Santa Catarina. Também acompanharam a audiência o pró-reitor de pesquisa e Inovação da Universidade, Jacques Mick, e a professora do CCA e diretora de Pós-Graduação da UFSC, Rosete Pescador.

O professor de Agronomia, Rubens Nodari, contextualizou que “a cannabis é uma das cinco plantas sagradas da China” e “foi utilizada como alimento pelas antigas civilizações, devido à similaridade de seus grãos com outros cereais”. Nodari ressaltou que a proibição da planta se estabeleceu por interesses econômicos devido aos seus inúmeros benefícios.

O professor Rubens trouxe a mensagem de colegas da UFSC e de outras faculdades de Agronomia do estado que pesquisam formas de produção em conjunto com as associações. Ele sugeriu que é possível avançar no desenvolvimento da cultura da cannabis através de “estudos de aclimatação, diminuição do custo de produção, propagação adequada e desenvolvimento de variedades que, eventualmente, tenham a combinação de compostos mais adequados para diferentes patologias”.

Nodari defendeu a ampliação da produção “junto à agricultura familiar, de forma agroecológica e sem o uso de químicos”, para preservar os compostos da planta. Ele argumentou que isso fortaleceria a cadeia produtiva e traria independência ao país no tratamento da saúde, promovendo um acesso mais justo e democrático.

O docente mencionou que, nos Estados Unidos, a área cultivada de cannabis dobra anualmente, com produtores de soja migrando para esse mercado. No entanto, esses produtos são exportados para o Brasil a “preço de ouro”. A participação da agricultura catarinense, segundo ele, visa criar uma cadeia produtiva local e evitar essa dependência.

O professor de Farmacologia, Rui Prediger, abordou que a UFSC “é protagonista nas pesquisas que envolvem substâncias canabinoides”, com estudos iniciados já na década de 1980 pelo professor Reinaldo Takahashi. Atualmente, o CCB “conta com mais de 800 pesquisadores e dezenas de laboratórios” dedicados a essas investigações.

Em colaboração com o professor Francisney Nascimento, a UFSC tem conduzido “os dois maiores estudos a nível mundial com doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, realizados em solo brasileiro e catarinense”.

Um ponto crucial, segundo Prediger, é “a capacitação dos profissionais de saúde”, não apenas médicos, mas também enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas. Ele mencionou o curso de Endocanabinologia da UFSC, em parceria com o Instituto Dalla, que “já capacitou mais de 2 mil profissionais no Brasil e países vizinhos”.

O professor Rui explicou que a Endocanabinologia estuda as substâncias canabinoides produzidas pelo próprio organismo humano e de outros animais. “Com o envelhecimento ou em condições patológicas, pode haver um desequilíbrio na produção dessas substâncias”. O tratamento com cannabis, nesse contexto, é visto como uma reposição de substâncias naturais, similar à reposição hormonal ou de vitaminas.

Prediger concluiu reafirmando que a UFSC, juntamente com a comunidade catarinense e os parlamentares, “está à disposição para ampliar essa formação tanto para estudantes da área da saúde quanto para profissionais de todo o estado”.

“Hoje temos uma discussão mais ampla sobre o medicamento, mas precisamos, de fato, das plantas para produzir esses medicamentos ou os compostos”, afirmou a professora Rosete Pescador, em sua participação na audiência. Ela sugeriu que a Secretaria da Agricultura deveria participar mais ativamente desse debate, com o objetivo de promover uma colaboração mais próxima com a agricultura familiar. “O plantio da cannabis na agricultura familiar, além de garantir a produção dos compostos, também fortalece a própria agricultura familiar no sentido de ganho financeiro”, destacou.

Rosete também apontou os desafios enfrentados pelas universidades no desenvolvimento de pesquisas relacionadas à planta, principalmente pela falta de segurança jurídica. A pesquisadora ressaltou ainda as potencialidades do CCA para contribuir com o desenvolvimento da cadeia produtiva da cannabis. “Temos muitas expertises no CCA que poderiam contribuir para o melhoramento das plantas, o controle de doenças e a propagação, especialmente em sistemas indoor, que é onde atuo como pesquisadora”, explicou.

Por último, a docente destacou a importância de a Universidade estar inserida em todas as etapas do processo. “Acho que esse momento é muito importante para fortalecermos essa linha e avançarmos nos passos necessários para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva”, concluiu.

Assista à audiência pública na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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UFSC promove evento multidisciplinar sobre Cannabis e a conexão com ciência e saúde

21/07/2025 19:06

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza, nesta segunda e terça-feira, 21 e 22 de julho, o FloriCannabis ConexõeS – Ciência e Saúde: Diálogos Multidisciplinares sobre a Cannabis Sativa e suas Interfaces Sociais, Científicas e Institucionais. Promovido em parceria com a Associação Cannabis Sem Fronteiras (ACSF) e o Centro de Ciências Agrárias (CCA), o evento reúne especialistas, pacientes, representantes do poder público, ativistas e a comunidade em geral, configurando-se como um marco no diálogo sobre os potenciais da planta e suas implicações sociais e científicas.

A abertura oficial do evento ocorreu no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, e trouxe momentos marcantes com uma apresentação cultural e o depoimento comovente de uma mãe que relatou os desafios enfrentados na busca pelo tratamento à base de Cannabis para seu filho. Para suavizar o impacto emocional do depoimento, a mediação foi conduzida por Moriel da Costa, guitarrista da banda Dazaranha, que trouxe um tom descontraído à cerimônia.

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, presente na ocasião, destacou a relevância do evento, afirmando que é mais que uma iniciativa acadêmica, “um movimento em direção a um futuro mais consciente, inclusivo e informado”. “Como universidade pública temos o compromisso de transformar a sociedade, promover debates relevantes como este e contribuir para um mundo mais justo e solidário”, complementou. Durante a abertura, outros representantes institucionais e ativistas reforçaram a importância de ocupar espaços acadêmicos para debater o tema. Jean Medeiros e Paulinho Coelho, presidente e vice da ACSF, respectivamente, destacaram os impactos do proibicionismo na relação da sociedade com a Cannabis e celebraram o evento como uma oportunidade única de transformação, lembrando que “o maior combustível dos ativistas é ver famílias retomando qualidade de vida e a felicidade de crianças e idosos”.

Os pró-reitores Jacques Mick (Pesquisa e Inovação) e Werner Krauss (Pós-Graduação) reforçaram o papel da UFSC na produção e disseminação do conhecimento científico sobre a Cannabis. Mick mencionou que a Universidade tem uma longa trajetória de pesquisa com a planta, iniciada nos anos 1980, e que “atualmente lidera estudos sobre os efeitos da Cannabis em doenças como Alzheimer e Parkinson”, além de explorar usos industriais, como fibras para os setores têxtil e de papel. Krauss, por sua vez, destacou que o conhecimento científico é fundamental para combater estigmas e avançar em direção a uma regulamentação mais justa e inclusiva. Ele ainda mencionou a necessidade de criação de uma rede colaborativa de programas de pós-graduação voltada a estudos da temática.

Outro ponto destacado foi a participação da UFSC, ao lado de 28 instituições federais e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em um grupo de trabalho voltado para a regulamentação do plantio de Cannabis para fins de pesquisa. As professoras Marlene Grade, diretora do CCA, e Rosete Pescador, diretora de Pós-Graduação, conectaram o evento à trajetória do centro de ensino, que celebra 50 anos em 2025, ressaltando que “a Cannabis, ao ser resgatada do estigma, representa regeneração: de solos, de saúde, de desigualdades e de saberes”. Marlene também reforçou o compromisso do CCA com a justiça ambiental e a valorização de conhecimentos tradicionais.

A programação do primeiro dia incluiu painéis sobre a cadeia produtiva da Cannabis, oficinas práticas sobre o uso de fibras de cânhamo, rodas de conversa sobre integração de estudantes e pesquisadores canábicos, além de diálogos sobre ancestralidade, saúde e os 100 anos de proibição da planta. No segundo dia, estão programadas discussões sobre o futuro da regulamentação, saúde integral e os impactos sociais e ambientais da planta. O evento se encerrou com exposições e reflexões finais, consolidando-se como um marco na construção de pontes entre ciência, sociedade e justiça social.

Mais informações no Instagram oficial do evento: @floricannabisconexoes.

Rosiani Bion de Almeida / SECOM UFSC
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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UFSC promove ciclo de reuniões para construção de uma agenda de inovação social

23/06/2025 15:16

As pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Pesquisa e Inovação (Propesq), em parceria com o Departamento de Inovação (Sinova), estão concluindo nas próximas duas semanas o ciclo de reuniões voltadas à sensibilização da comunidade acadêmica para a construção coletiva de uma agenda de inovação social na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os encontros são realizados nos campi de Blumenau e Florianópolis.

Desde maio deste ano, as reuniões têm sido abertas à participação de docentes e técnico-administrativos, proporcionando um espaço para discussão e aprendizado. A professora Helena Salles, coordenadora do LINC Social – projeto de extensão focado em inovação social e co-criação –, apresenta um panorama da bibliografia sobre o tema e propõe um conceito de inovação social adaptado à UFSC. Após a exposição, há um momento dedicado à escuta ativa e ao diálogo com os participantes.

Até o momento, mais de 130 pessoas já participaram desses encontros. O objetivo principal é reunir insumos para a criação de um programa de inovação social que contemple as especificidades da universidade. Além de discutir o conceito de inovação social, os encontros buscam identificar projetos já existentes nas unidades acadêmicas, fomentar o trabalho colaborativo em rede e fortalecer práticas de co-criação entre os membros da comunidade acadêmica.

A política de inovação e empreendedorismo da UFSC, aprovada pelo Conselho Universitário em 2022, define inovação social como “uma resposta criativa a problemas de tipo econômico e social, não satisfeitos nem pelo mercado nem pelo Estado, contribuindo para o bem-estar das pessoas e das comunidades”.

Com o ciclo de reuniões chegando à reta final, o calendário completo dos encontros restantes está disponível neste link.

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UFSC e IMA inauguram primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar

04/06/2025 14:37

Representantes da UFSC e do IMA no local de instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado. Fotos: Roberto Zacarias/SecomGOVSC

Na tarde desta quarta-feira, 4 de junho, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou um evento no Gabinete da Reitoria para celebrar o convênio que oficializa a parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O objetivo do acordo é a instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado, um projeto que consolida Santa Catarina como referência nacional no setor. Localizada próxima à Biblioteca Universitária (BU), a unidade já está em operação e disponibiliza dados precisos e acessíveis ao público, representando um avanço expressivo na gestão ambiental.

O evento contou com a presença de lideranças acadêmicas e ambientais, incluindo o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; a vice-reitora, Joana Célia dos Passos; o superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), William Gerson Matias; o professor e responsável pelo projeto, Leonardo Hoinaski; o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva; o gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, Fábio Castagna da Silva; e a assessora de gabinete Amanda Ramos Silveira, representando a presidente do IMA, Sheila Maria Martins Orben Meirelles. Estagiários envolvidos no projeto também participaram do encontro.

O reitor Irineu Manoel de Souza falou da relevância do projeto para a Universidade e para a sociedade. “É um momento muito significativo para todos nós. Este equipamento de monitoramento do ar, que o IMA está instalando em parceria com o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, reforça nossa missão de prestar suporte científico e tecnológico à sociedade. A Universidade está muito satisfeita em participar de um projeto que também envolve estudantes, docentes e técnicos, fortalecendo o papel acadêmico e a colaboração com o poder público”, destacou.

A vice-reitora, Joana Célia dos Passos, enfatizou o impacto social da iniciativa. “Mais do que uma parceria entre a UFSC e o IMA, este equipamento é um instrumento essencial para a formulação de políticas públicas que impactam diretamente a qualidade de vida da população. É isso que deve mover a universidade e o poder público: garantir que a ciência e as políticas públicas transformem a vida das pessoas”, afirmou.

O superintendente de Projetos da Propesq, William Gerson Matias, ressaltou o valor do projeto para a produção de conhecimento e a tomada de decisões estratégicas. “Essa unidade vai muito além da Universidade. Ela contribui para a rede nacional e nos ajuda a entender como a atmosfera se comporta em diferentes regiões. Esses dados são essenciais para a gestão e a tomada de decisões, especialmente em temas como descarbonização e regulamentação ambiental, áreas nas quais a UFSC e o IMA podem avançar juntos”, comentou.

Já o professor Leonardo Hoinaski, responsável pelo projeto, relembrou os desafios e conquistas que marcaram a trajetória da iniciativa. “Desde que entrei na UFSC, meu sonho era fazer algo que realmente trouxesse mudanças. Trazer o IMA para dentro da Universidade foi uma conquista enorme, que vai além da instalação da estação. Esse ponto de monitoramento público simboliza um avanço significativo na gestão da qualidade do ar em Santa Catarina”, disse. Hoinaski também anunciou planos de expansão, com a criação de uma rede colaborativa de monitoramento envolvendo outras instituições públicas, como o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC). “Estamos desenhando um projeto maior, com múltiplos convênios, para instalar mais pontos de monitoramento em todo o estado”, completou.

A estação, administrada pelo IMA, é pioneira por ser 100% pública, com dados disponíveis na plataforma do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e acessíveis à população pelo site do IMA. Essa transparência foi evidenciada por Fábio Castagna da Silva, gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, que enfatizou o pioneirismo do projeto. “Desde os anos 1980, quando a primeira estação foi instalada no complexo termoelétrico Jorge Lacerda, os dados nunca foram públicos. Agora, temos a primeira estação administrada pelo poder público. Esse equipamento, homologado internacionalmente, fornece dados de alta precisão sobre poluentes que impactam diretamente a saúde pública. É um marco histórico para o estado”, argumentou.

Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, celebrou a parceria e reiterou a importância do acesso democrático aos dados ambientais. “O ar que respiramos é democrático. Seja rico ou pobre, todos respiramos o mesmo ar. Essa estação traz transparência e é um avanço fundamental para a criação de políticas públicas eficientes. Estamos muito felizes com essa parceria e com o equipamento, que é de ponta e vai beneficiar toda a Grande Florianópolis e o estado de Santa Catarina”, pontuou.

Amanda Ramos Silveira, chefe de gabinete e representante da presidência do IMA, destacou a visão estratégica da gestão atual em promover parcerias e inovação. “Quando vimos a possibilidade de colaboração com a UFSC, nossos olhos brilharam. Essa parceria com uma instituição de referência é um exemplo de como unir forças pode gerar resultados transformadores. Estamos trabalhando para expandir o projeto e entregar um futuro mais verde e sustentável para as próximas gerações”, declarou.

Após a cerimônia, os participantes visitaram o local da estação, que já está em funcionamento. O equipamento, que fornece dados inéditos sobre a qualidade do ar em Santa Catarina, simboliza o início de um esforço conjunto entre academia e poder público para promover a sustentabilidade e proteger a saúde da população.

 

Rosiani Bion de Almeida / SECOM UFSC
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