Plano de Saúde UFSC: esclarecimentos do processo licitatório e orientações aos beneficiários

24/11/2025 18:11

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) finalizou o processo de contratação emergencial do plano de saúde para seus servidores, garantindo a continuidade do atendimento sem interrupções. A medida tornou-se necessária após duas tentativas de licitação frustradas e a proximidade do vencimento do contrato vigente, firmado com a Unimed Grande Florianópolis, que expira em 1º de dezembro de 2025.

O processo emergencial foi realizado por dispensa de licitação, assegurando a legalidade e transparência em todas as etapas. De acordo com o chefe de Gabinete, Bernardo Meyer, três empresas participaram do certame, mas apenas a Unimed apresentou uma proposta habilitada. Diante disto, e por orientação da Procuradoria Federal, “foi realizada uma nova negociação com a operadora que concordou em reduzir os valores e ampliar o escopo dos planos com a inclusão de uma opção regional, mais acessível aos servidores técnicos e docentes”, explicou Meyer.

Histórico da licitação

O planejamento da nova contratação do plano de saúde iniciou ainda em 2024. A primeira licitação, lançada em agosto de 2025, não houve propostas apresentadas, tornando o certame deserto. Na segunda, em 21 de agosto, duas empresas – Tempo Med e Vítrea Administradora – participaram, mas ambas foram desclassificadas. A primeira não atendeu aos critérios de qualificação econômico-financeira, enquanto a proposta da segunda foi considerada tecnicamente inviável.

Em virtude dessas dificuldades, a UFSC optou pela contratação emergencial, prevista no art. 75, inciso VIII, da Lei nº 14.133/2021, que permite a dispensa de licitação em situações que demandam solução urgente, com duração máxima de 12 meses. O pró-reitor de Administração, Vilmar Michereff Junior, explicou que a contratação emergencial foi a alternativa mais adequada para garantir a continuidade do serviço enquanto se organizava uma nova licitação. “Nosso objetivo sempre foi assegurar que os servidores não fossem prejudicados, e o processo emergencial foi a solução mais viável diante da complexidade do cenário”, afirmou Michereff.

O processo emergencial foi estruturado em três fases principais. A primeira, de planejamento, ocorreu entre 1º e 17 de outubro de 2025 e incluiu a formação da equipe responsável, consultas de mercado e a elaboração do Termo de Referência (TR) e da minuta de contrato. Esses documentos foram fundamentais para estabelecer as condições e exigências do serviço, garantindo a viabilidade do processo.

A segunda fase, de seleção do fornecedor, ocorreu entre 20 de outubro e 5 de novembro. Três operadoras apresentaram propostas, mas apenas a Unimed atendeu aos critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no TR.

Na terceira e última fase, dedicada à análise jurídica e à formalização do contrato, os aspectos legais foram revisados, e os ajustes indicados pela Procuradoria Federal estão sendo concluídos para garantir a conformidade com a legislação vigente. A assinatura e a publicação do extrato no Diário Oficial marcarão o início do novo contrato.

Orientações aos beneficiários

  • A migração para o novo plano de saúde ocorrerá após a assinatura do contrato (que entra em vigor imediatamente após o término do contrato atual). Haverá postos presenciais da Unimed para orientar os usuários.
  • Todos os titulares do plano vigente receberão, por e-mail, um link para manifestar aceite à migração.
  • O aceite é obrigatório aos que desejam migrar. Sem essa confirmação, a migração não será efetivada e o servidor ficará sem cobertura de plano de saúde.
  • Ao confirmar o aceite pelo link enviado pela Unimed ao e-mail cadastrado junto à empresa, o servidor e seus dependentes serão migrados, neste primeiro momento, para o mesmo tipo de plano e a mesma acomodação atualmente contratados.
  • O mês de dezembro será dedicado ao processo de migração pelas equipes da empresa com apoio da UFSC. Recomenda-se que solicitações de alterações de tipo de plano, e inclusão de dependentes ocorram a partir de janeiro para garantir o sucesso da migração.

Confira os valores dos planos que estarão vigentes a partir de 2 de dezembro de 2025.

Mais informações no site da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), e nos canais de comunicação oficiais da Universidade: ufsc.br e reitoria.ufsc.br.

 

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Congresso internacional promovido pela UFSC debate gestão universitária na América Latina

24/11/2025 17:00

Professores Luciano Rodrigues Marcelino, à esquerda, e Pedro Antônio de Melo, falam ao público. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Com objetivo de fortalecer a gestão de instituições de ensino superior, objetivando a cooperação internacional, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau), deu início ao 24° Congresso Internacional de Gestão Universitária (CIGU 2025), na manhã desta segunda-feira, 24 de novembro, em Florianópolis. O evento também marca o aniversário de 25 anos do primeiro congresso.

Representantes de diversas entidades da América Latina se reúnem para diálogos orientados, palestras, rodas de conversa interativa, apresentações de trabalhos acadêmicos, painéis, entre outras atividades. O evento tem o tema Universidade como promotora da cultura da paz e propulsora do desenvolvimento socieconômico. A programação, que se iniciou nesta segunda-feira, se estende até quarta-feira, 26 novembro, no Majestic Palace Hotel, na Avenida Beira-Mar Norte.

As atividades contemplam sete áreas temáticas: gestão do ensino, da pesquisa e da Extensão nas IES; gestão estratégica, tática e operacional em IES; governança universitária; avaliação institucional em IES; liderança e Gestão de Pessoas nas IES; inteligência artificial e inovação tecnológica na Educação Superior; e internacionalização na Educação Superior.

A mesa de abertura está agendada para esta segunda-feira, às 15h, com palestra que tem como título o tema do evento. Roberto Beltrán Zambrano, da Universidade Técnica Particular de Loja, no Equador, é o palestrante para a abertura.

Evento paralelo

“A educação é uma resposta básica, não é a única, mas é a mais importante”, disse o professor Rafael Rosell Aiquel, reitor da Universidade de Alba, no Chile. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Pela manhã de segunda-feira, pouco depois das 9h, o evento começou com a atividade paralela Rectoral Board Global Meeting 2025 – Edição Brasil. O Rectoral Board é uma associação internacional sem fins lucrativos que reúne 877 membros signatários de 35 diferentes países. A entidade é formada por dirigentes de entidades de ensino superior com a intenção de promover integração, cooperação e colaboração para criar um espaço coletivo para gestão universitária.

O primeiro a falar para o público presente, que ocupava o auditório da Sala Ritz, no térreo do Majestic Palace Hotel, foi o professor Pedro Antônio de Melo, presidente do Inpeau/UFSC. Em português e espanhol, o professor saudou os presentes e desejou que todos se sentissem bem em Florianópolis. “Vamos ter um evento excepcional”, antecipou.

O professor Luciano Rodrigues Marcelino, fundador e secretário geral executivo do Rectoral Board, seguiu a apresentação da entidade e de outras iniciativas para promover o desenvolvimentos de líderes e gestores das universidades latino americanas e caribenhas. “Parece um tema do passado discutir paz no ambiente acadêmico, mas aí está também uma pauta atual. Basta olhar nosso contexto, basta olhar nosso WhatsApp”, disse o professor, se referindo ao tema do CIGU 2025: Universidade como promotora da cultura da paz e propulsora do desenvolvimento socieconômico.

Na sequência, o professor Rafael Rosell Aiquel, reitor da Universidade de Alba, no Chile, começou sua apresentação na sessão de diálogos com uma pergunta: “Pode existir um verdadeiro diálogo de saberes e uma paz duradoura sem a presença ativa da Educação Superior e sem universidades plenamente integradas?” O professor mesmo respondeu: “Não”. Segundo ele, “a educação é uma resposta básica, não é a única, mas é a mais importante”, ressaltou.

A programação do CIGU 2025 segue até quarta-feira.

 

 

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Pensionistas da UFSC devem atualizar etnia no aplicativo SouGov

24/11/2025 09:59

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em atendimento à determinação da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), informa que todos(as) os(as) pensionistas devem realizar a atualização cadastral do campo “Raça/Cor” no aplicativo SouGov.br, conforme autodeclaração do(a) próprio(a) beneficiário(a).

Como atualizar:

  • Acesse o aplicativo SouGov.br;
  • Selecione “Meu Perfil”;
  • Clique em “Raça/Cor”;
  • Informe a sua autodeclaração e confirme.

A medida visa atender às exigências do eSocial quanto à identificação de etnia e raça do(a) beneficiário(a) de pensão civil, observando a autodeclaração prevista no Art. 39, § 8º, da Lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial). Para assegurar a integridade e a consistência dos dados cadastrais transmitidos aos sistemas estruturantes da Administração Pública Federal, o aplicativo SouGov.br foi aprimorado com um alerta direcionado aos(às) pensionistas sobre a necessidade de preenchimento ou atualização do campo “Raça/Cor”, e toda atualização realizada reflete automaticamente no cadastro funcional, garantindo integração entre sistemas, maior autonomia do usuário e redução de retrabalho para as unidades de gestão de pessoas.

Mais informações: Divisão de Cadastro UFSC – (48) 3721-9313

Tags: atualizaçãoetniaPensionistaUFSC

Reitor da UFSC participa de reunião na Andifes, entre as pautas a Reforma Administrativa

19/11/2025 18:29

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, participou da 208ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizada em Brasília, nesta quarta-feira, 19 de novembro. “A nossa participação é fundamental para que as universidades federais avancem de forma coordenada em temas estratégicos. As pautas discutidas — do financiamento e da avaliação à regulamentação e à inovação tecnológica — impactam diretamente a qualidade da formação, da pesquisa e da gestão universitária”, afirmou.

O primeiro dia do encontro (18 de novembro) foi dedicado a um Seminário Temático sobre a Política Nacional de Educação Superior (PNEDS), com discussões sobre o Censo da Educação Superior de 2024 e a realização de seis Grupos de Trabalho (GTs) simultâneos, que abordaram temas como financiamento, acesso e avaliação da qualidade.

No segundo dia (19), quando o reitor esteve presente, o foco recaiu sobre questões administrativas e regulatórias, incluindo a análise técnica da Proposta de Emenda à Constituição nº 32/2020 (PEC 32/2020), referente à Reforma Administrativa, e o diálogo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre exames e avaliações. A pauta também contemplou a apresentação de boas práticas no uso de inteligência artificial na gestão universitária e a discussão sobre a regulamentação da Política de Educação a Distância.

A reunião do dia 19 ocorreu na sede da Andifes. O ponto central da manhã foi a discussão da PEC 32/2020, com a apresentação de uma análise técnica sobre a Reforma Administrativa. Participaram da mesa Ícaro Duarte Pastana, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenador do Fórum de Gestores de Pessoas das Instituições Federais de Ensino (Forgepe); e Rafael Amorim, consultor legislativo de Administração Pública e Direito Administrativo da Câmara dos Deputados.

Após o intervalo, teve início, no período da tarde, o “Diálogo com o Inep” sobre exames e avaliações nas universidades federais, com a participação de Suzi Mesquita Vargas, diretora substituta de Avaliação da Educação Superior do instituto. Em seguida, o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Fernando Carvalho Silva, apresentou boas práticas sobre o uso de inteligência artificial e de tecnologias na gestão das universidades federais.

No penúltimo ponto da pauta, discutiu-se a regulamentação da Política de Educação a Distância. Estiveram presentes Alexandre Brasil, diretor de Programas da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação (MEC); Eduardo Cezari, ex-coordenador da Comissão de Graduação (Cograd); e Daniel de Aquino Ximenes, diretor de Regulação da Educação Superior do MEC.

 

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Editora da UFSC lança textos inéditos de Karl Marx e marca início de nova linha editorial

19/11/2025 17:56

Capitalismo e colonização: Extratos e notas – Londres, 1851, é a primeira obra de Karl Marx publicada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), marcando o início de uma linha editorial voltada ao pensamento crítico latino-americano e à teoria social. O lançamento oficial da coletânea inédita de textos e anotações de Marx – traduzida pela primeira vez para o português – será realizado no dia 6 de dezembro de 2025, às 16h, na Livraria Tapera Taperá, em São Paulo.

“Há também com Marx o caso espantoso de obras inéditas dele, às vezes simples notas de estudo, borradores, que ele jamais pensou em publicar, mas que uma vez lançadas ao público, provocam polêmicas acaloradas”, afirmou o antropólogo Darcy Ribeiro. Este livro atualiza esse recado e apresenta ao público brasileiro um Marx ainda pouco conhecido: o estudioso das civilizações pré-hispânicas e do colonialismo.

O volume reúne textos inéditos nos quais Marx explora temas fundamentais para a compreensão da formação do capitalismo mundial. A partir de uma leitura crítica das obras de William H. Prescott – “História da Conquista do México” (1843) e “História da Conquista do Peru” (1847) – Marx oferece uma análise detalhada das “formações econômicas pré-capitalistas” e desenvolve uma teoria marxiana sobre o colonialismo como parte constitutiva do sistema capitalista mundial.

Além dos estudos sobre o mundo pré-hispânico, o livro contém importantes comentários e notas sobre o tráfico africano de escravos e a política colonial do império britânico, revisando estudos de Thomas Hodgskin, Felix Wakefield e outros autores do período. Esse material revela não apenas registros históricos valiosos, mas uma teoria abrangente sobre o colonialismo e sua relação intrínseca com o desenvolvimento do capitalismo.

O organizador da obra, professor e diretor da EdUFSC, Nildo Ouriques, observa que é “corrente a ideologia segundo a qual Marx não mergulhou fundo na antropologia”. No entanto, os Cadernos de Londres e estes estudos sobre o mundo pré-hispânico demonstram o contrário. Marx, ao contrário do acadêmico moderno, recusava a divisão burguesa do conhecimento, resultado da divisão social do trabalho. Sua trajetória foi marcada por uma curiosidade intelectual desmedida que incluiu, na última fase de sua vida, até o aprendizado do idioma russo para compreender os debates dos populistas russos.

As anotações de próprio punho, registradas em longos cadernos, revelam o rigoroso método de estudo de Marx e sua capacidade extraordinária de trabalho. Este material constitui um farto acervo historiográfico e antropológico que demonstra como o pensador alemão ampliou progressivamente seu olhar para além da Europa ocidental, reconhecendo que o mundo era muito mais vasto do que aquele que ocupou a primeira fase de seus estudos.

Relevância e acessibilidade

Karl Marx

“A questão não é a vitalidade e o exemplo de Marx, mas, ao contrário, é o acirramento da luta de classes em escala mundial e em nosso país que seguirá motivando ataques contra ele e sua imensa e insuperável obra”, afirma Ouriques. A publicação deste volume se inscreve no esforço necessário para autorizar o acesso aos escritos, anotações e estudos de Marx sobre a América Latina, contribuindo para corrigir a histórica defasagem de traduções no Brasil em comparação com outros países latino-americanos.

A obra está organizada de forma que não necessita conhecimento prévio da teoria marxista, tornando-se acessível a antropólogos, historiadores, economistas, sociólogos, cientistas políticos, acadêmicos e o público em geral interessado em compreender as raízes históricas do colonialismo e do capitalismo na América Latina.

Mais informações: editora.ufsc.br

Vendas no site da livraria virtual ou pelo e-mail: vendas.editora@contato.ufsc.br

 

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