Secretário de Segurança da UFSC conclui Curso de Altos Estudos em Defesa do governo federal

Secretário de Segurança Institucional da UFSC, Leandro Oliveira, apresentou seu trabalho de conclusão do Curso de Altos Estudos em Defesa, em Brasília. Foto: acervo pessoal
O secretário de Segurança Institucional da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Leandro Oliveira, concluiu, no dia 29 de novembro, o 7° Curso de Altos Estudos em Defesa (Caed), do governo federal. A cerimônia de conclusão foi realizada na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília.
Segundo o Ministério da Defesa, o Caed tem como objetivo desenvolver competências em matéria de segurança, desenvolvimento e defesa, a partir de estudos sobre a realidade brasileira e seu entorno, priorizando os interesses da função estatal da defesa nacional. O intuito é propiciar a profissionais de direção e assessoria superior um instrumental teórico-prático útil à formulação de políticas e estratégias no campo da defesa.
O Caed é um programa equivalente a uma pós-graduação, exclusivo para a formação de civis indicados por instituições convidadas, públicas ou privadas, nacionais ou de nações amigas e oficiais superiores das Forças Armadas, das Forças Auxiliares e das nações amigas do último posto e possuidores do curso de estado-maior.
O curso foi realizado presencialmente, entre 26 de fevereiro e 28 de novembro, com aulas regulares semanais, além de outras atividades eventuais fora desses períodos, como palestras com autoridades e visitas em Brasília e nos arredores, além de três Estudos Interdisciplinares de Campo (EIC) com duração de uma semana, sendo dois realizados no Brasil e um internacionalmente.
A turma deste ano, denominada Jubileu de Prata do Ministério da Defesa, foi composta por 102 participantes, sendo 54 militares das Forças Armadas, três militares das Forças Estaduais de Segurança Pública, 42 civis de diversos órgãos governamentais e três alunos de nações amigas (oficiais dos exércitos da Argentina e da Índia, além de uma aluna da Embaixada dos Estados Unidos). Nesta edição, a UFSC foi uma das três instituições de ensino superior do Brasil representadas no curso, junto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Católica de Brasília (UCB).

Neste ano, o Caed formou 102 alunos. Entre eles, três são representantes de instituições de ensino superior. Foto: Acervo pessoal
UFSC e Ministério da Defesa
Bacharel em Direito pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), pós-graduado em Desenvolvimento Gerencial e Mestre em Administração Universitária pela UFSC, Leandro é servidor da universidade há 30 anos, desde 1994, e assumiu a chefia da Secretaria de Segurança Institucional (SSI) em 2016, após sua reformulação.
Para o secretário, projetos como o Caed proporcionam uma troca de conhecimentos diversos entre as instituições acadêmicas e os órgãos federais, além de fortalecer as relações institucionais da Universidade com o governo. “A UFSC tem hoje, com o Ministério da Defesa, 11 ou 12 projetos estratégicos. Temos laboratórios da universidade que estudam inteligência artificial, defesa e cognição. Nesse movimento, o ambiente acadêmico leva conhecimento para as ações do próprio governo federal, com esses convênios, grupos de estudos e laboratórios”, afirma.
Além das parcerias com o Ministério, Leandro também destaca que o curso promove diálogos entre as diversas instituições participantes, o que oportuniza apresentar e expandir a realidade da Universidade frente ao cenário nacional. “Apresentei os dados da UFSC, qual o perfil dos nossos alunos. Muita gente não tem essa informação. Às vezes criticam as universidades públicas, mas não sabem o que desenvolvemos aqui. Nessa troca de ideias e experiências, vemos o que cada instituição pode cooperar entre si para esses temas”, diz.
Ainda de acordo com o secretário, a discussão do tema da defesa nacional perpassa as Forças Armadas e deve ser discutido amplamente pela população. “O tema defesa ainda é entendido pela maioria das pessoas como um tema dos militares, mas não é. A população tem que se apropriar desse assunto, que é defesa nacional, a questão da nossa soberania, a defesa das nossas fronteiras, que não estão ligados só às Forças Armadas.”