Evento de acolhimento aos novos TAEs traz reflexões sobre o papel do servidor na UFSC

14/10/2025 13:36

Apresentações artístico-culturais marcaram a abertura do Evento de Acolhimento aos novos servidores. Fotos; Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Quatro apresentações artístico-culturais da Companhia de Dança da UFSC marcaram a abertura do Evento de Acolhimento aos novos servidores técnicos-administrativos em Educação, realizado na tarde de segunda-feira, 13 de outubro, no Auditório da Reitoria. As performances, repletas de vigor estético e delicadeza, refletiram o espírito da programação, que buscou integrar e ambientar os recém-empossados da instituição. Além disso, o evento contou com uma palestra e um café de socialização, sendo transmitido online para agregar também os técnicos lotados nos campi da Universidade.

A iniciativa faz parte do Curso de Iniciação ao Ambiente Institucional, promovido pela Coordenadoria de Capacitação de Pessoas (CCP), vinculada à Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp). O curso, que será realizado de 13 de outubro a 17 de novembro de 2025, terá um formato híbrido, com carga horária de 33 horas, e visa oferecer subsídios essenciais para que os novos servidores construam suas trajetórias na UFSC.

Pró-reitora Sandra Regina Carrieri de Souza e o diretor do DDP Guilherme Fortkamp

A cerimônia contou com a presença de representantes da Prodegesp, como a pró-reitora Sandra Regina Carrieri de Souza e o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), Guilherme Fortkamp. Em sua fala, Guilherme destacou a importância do momento, tanto para os ingressantes quanto para a universidade, que se fortalece “com a chegada de vocês e das suas bagagens de conhecimentos, experiências, novas ideias e muita energia”. Ele apontou a UFSC como “um ambiente de crescimento profissional, de aprendizado contínuo e de realização pessoal” e ressaltou o papel de pertencimento como base do compromisso da instituição pública, que “há 64 anos transforma vidas”.

O diretor também enfatizou a relevância dos técnicos-administrativos no suporte ao tripé universitário — ensino, pesquisa e extensão. “Sem o nosso trabalho, não seria possível que essas atividades acontecessem”, afirmou. Ele aconselhou os ingressantes a aproveitarem as ações de capacitação e o curso, que foram descritos como “repleto de informações importantes para o dia-a-dia de trabalho, o desenvolvimento na carreira e a integração com os colegas e com a cultura universitária”.

Na sequência, a pró-reitora Sandra agradeceu às equipes envolvidas na organização do evento e destacou o caráter inclusivo e cultural da UFSC, evidenciado pelas apresentações artísticas da abertura. “Que outro espaço de trabalho pode nos oferecer isso?”, questionou. Sandra explicou que o objetivo do curso é “acolher” e apresentar o ambiente de trabalho de forma abrangente, desfazendo a ideia de que todos conhecem a UFSC completamente. 

Sandra também destacou a necessidade de dar visibilidade às qualidades únicas da universidade, combatendo os estereótipos externos. “O que a gente pode fazer para tornar esse espaço leve, tranquilo, de muito trabalho, mas também de muita harmonia?”, indagou. Ela destacou que o curso aborda a diversidade, a cultura e as diretrizes da instituição, auxiliando os servidores a aproveitar plenamente suas atribuições e as oportunidades que a UFSC oferece. Finalizou reforçando o papel acolhedor da Prodegesp: “Que vocês ficam imensamente felizes nesse espaço. Conversem conosco, deem sugestões; estamos prontos para recebê-los”.

O psicanalista Lucas Emanuel de Oliveira, do Serviço de Acolhimento a Vítimas de Violências (SEAViS), da Proafe, ministrou a palestra do evento

A palestra, conduzida pelo psicanalista Lucas Emanuel de Oliveira, do Serviço de Acolhimento a Vítimas de Violências (SEAViS), vinculado à Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), trouxe reflexões profundas sobre o papel do novo servidor na Universidade. Para ele, a chegada à UFSC representa a oportunidade de tornar uma vida mais interessante, desde que haja engajamento por parte das pessoas: “A implicação de vocês nesse processo vai ser fundamental”.

Lucas enfatizou que a UFSC vai além de prédios, burocracias e cargos, afirmando que a vivacidade da instituição é sustentada pela “circulação de afetos”. Ele diferenciou “afeto” de “afeição” e destacou que essa dinâmica emocional “mantém o colorido da universidade” e permite que o novo aconteça dentro da instituição.

O psicanalista também elogiou a diversidade regional dos presentes, que reuniu servidores de diversas partes do Brasil, e lembrou que acolher diferenças é uma política essencial para a gestão e o ambiente universitário. Reconhecendo os desafios do início da jornada, Lucas falou sobre esse período como um “tempo de travessias”, marcado por novidades, inseguranças e adaptação. Ele incentivou os servidores a serem pacientes com o processo de ambientação, reforçando que o pertencimento à UFSC não significa adesão acrítica. “O pertencimento supõe um certo distanciamento, que preserva o pensamento crítico: minha vida é muito mais ampla; acompanha os movimentos da instituição – alguns estão de acordo, outros não – e me coloco em uma posição importante nesse processo”.

Lucas também abordou a importância de estabelecer limites no ambiente de trabalho, especialmente em relação à pressão por alto desempenho e reconhecimento constante. Ele alertou sobre os riscos do Burnout, muitas vezes associado à dificuldade de dizer “não” a demandas excessivas. “É muito importante negar demandas que ultrapassem o papel institucional. Dizer não ao outro quando o outro exige aquilo que não corresponde às nossas atribuições legais e institucionais”, afirmou.

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Rosiani Bion de Almeida | Divisão de Imprensa do GR
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Fotos: Gustavo Diehl | Agecom

 

 

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Homenagem à professora Mara Lago: ‘uma vereda firme e acolhedora’

10/10/2025 16:55

Uma tarde de memória, afeto e reconhecimento marcou a homenagem póstuma à professora emérita Mara Coelho de Souza Lago, realizada na sexta-feira, 10 de outubro, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus Trindade, em Florianópolis. O tributo, integrado às comemorações dos 30 anos do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), reuniu colegas, familiares e estudantes e promoveu o compartilhamento de lembranças e reflexões sobre o legado da educadora, nas palavras da vice-reitora Joana Célia dos Passos, da filha Fernanda Lago e das professoras Miriam Pillar Grossi, Tânia Ramos e Luciana Zucco.

A professora Miriam abriu a homenagem destacando que havia muito a celebrar: “não apenas datas e marcos institucionais, mas uma memória ativa, a que se renova no gesto de transmitir”. Ela enfatizou que compartilhar os ensinamentos de Mara é reconhecer que sua presença se manifestou em múltiplos planos: o acadêmico, rigoroso e criativo; o pessoal, feito de cuidado cotidiano; o afetivo, que sustentou tantas pessoas; e o político, sempre atento ao futuro.

“‘Teoria é prática com paciência’, ela dizia em nossas reuniões, lembrando que o conhecimento ganha sentido quando devolvido às pessoas e aos territórios que o tornaram possível”, recordou Miriam, citando uma das máximas que orientavam o trabalho da homenageada. A professora ainda evocou Paulo Freire para lembrar que, com Mara, aprenderam “a caminhar juntas e juntos, a sustentar dissensos sem abrir mão da escuta, a transformar pesquisa em presença e presença em compromisso”.

Fernanda, filha de Mara, emocionou os presentes ao descrever o momento em que a família compreendeu a dimensão do impacto da professora. “Ainda no hospital, quando resolvemos compartilhar informações sobre o estado dela, entendemos a dimensão do que estava acontecendo: muita gente queria saber, participar, mandar um recado”, relatou. Como filhas, conheciam a professora, a pesquisadora, a militante. “Mas foi ali que percebemos o tamanho do alcance da professora Mara”, disse.

Fernanda destacou que, a cada mensagem recebida, ficava claro que a mãe havia tocado vidas “de modos discretos e profundos, muitas vezes sem alarde”. Citando Clarice Lispector, ela refletiu: “O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós; e a Mara parecia ter esse dom de criar o possível dentro do impossível cotidiano das pessoas”.

Ao encerrar sua participação, Fernanda agradeceu o gesto da homenagem e expressou o desejo de que a memória da professora siga “não como um retrato na parede, mas como prática viva — aquela que nos pega pela mão, mesmo quando a mão já não está”.

Rigor intelectual, generosidade e elegância

A professora Luciana Zucco, que conheceu Mara em 2015, definiu o encontro como “curto quando medido em anos, mas longo quando medido em encontros”. O que sempre a impressionou foi “a combinação pouco comum entre rigor intelectual, generosidade e elegância”. Pioneira, Mara abriu caminhos para mulheres de diferentes gerações, “muitas vezes quando ‘não havia estrada’”, conseguindo construir “uma vereda firme e acolhedora”.

Luciana ressaltou a contribuição decisiva da professora para o fortalecimento dos estudos feministas e de gênero na UFSC, no Brasil e além das fronteiras. Na Revista de Estudos Feministas (REF), como editora e coordenadora editorial, Mara praticou o que Audre Lorde chamaria de “cuidado como prática de liberdade”: estimulava novas vozes, valorizava experiências e abria espaço para olhares plurais.

Parceria inseparável e compromisso com o feminismo

A professora Tânia Ramos, parceira inseparável de Mara na edição da REF, emocionou-se ao relembrar a amizade que se confundia com trabalho e militância. “Quem nos conhecia sabia: éramos parceiras, amigas, inseparáveis — ‘Mara e Tânia’, quase um composto, cada uma inteira e, ao mesmo tempo, metade da outra”, declarou.

Tânia compartilhou um texto que recebeu de sua orientanda Mariana Volt, na noite do adeus no Crematório Vaticano: “Tudo o que aprendi sobre amizade, aprendi sentada no banco de trás do carro da Mara”. A estudante contou ter aprendido, naquelas viagens, que ciência se faz com amizade; que é preciso ler as subjetividades; que há sempre bons textos para compartilhar; e que livros seguem sendo grandes presentes.

A professora descreveu o cotidiano da parceria na REF, onde muitas decisões nasciam em cafés de fim de tarde. “Conhecemos quase todos os cafés de Florianópolis”, contou, mencionando o Café Jardins, na esquina da Rio Branco, como porto preferido. Quando retornou ao local após a morte de Mara, as atendentes perguntaram pela companheira, e uma delas chorou ao saber da notícia.

Tânia destacou que, em todos os editoriais, fazia-se visível o desejo de Mara de que as editoras se colocassem “como feministas posicionadas frente às desigualdades, deixando transparecer, além da perspectiva acadêmica, a nossa humanidade”. A professora lembrou ainda das manifestações de rua que frequentavam juntas e da convicção de Mara: “Não é o mar que me encanta, Tânia, são as árvores”.

Intelectual engajada e feminista em movimento

A vice-reitora Joana Célia dos Passos trouxe a imagem de Mara nas ruas — nas manifestações em defesa da democracia, no movimento “Ele Não”, na luta pela universidade pública, na Marcha Mundial das Mulheres. “Como ensinou Angela Davis, quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se desloca; com a Mara, quando a feminista se movia, a universidade também precisava se mover”, afirmou.

A vice-reitora ressaltou que Mara não admitia separação entre o trabalho intelectual e a política do cotidiano. “Ela nos formou feministas porque praticava o afeto como princípio pedagógico, transformando orientação em diálogo e cuidado, e cuidado em compromisso”, disse, lembrando que a homenageada perguntava sempre “para quem” e “com quem” produzimos conhecimento.

Um legado para gerações

Professora emérita desde 2011, Mara Lago construiu uma trajetória decisiva para a universidade e para os estudos de gênero no país. Ingressou na UFSC em 1969, foi uma das fundadoras do curso de Psicologia e pioneira na criação do Serviço de Atenção Psicológica (Sapsi) e do Laboratório de Psicologia Experimental. Liderou a implantação do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, do qual foi a primeira coordenadora, e colaborou na criação do PPGICH, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e da Revista de Estudos Feministas (REF).

Mesmo após a aposentadoria compulsória, em 2010, seguiu como docente e pesquisadora voluntária, mantendo presença ativa em atividades acadêmicas e em mobilizações públicas em defesa das mulheres e da diversidade. Graduada em Pedagogia, mestre em Antropologia Social e doutora em Psicologia da Educação, Mara dedicou sua produção às interfaces entre psicologia, educação, subjetividades, gênero e modos de vida, com reconhecida contribuição interdisciplinar.

Ao longo da carreira, orientou dissertações e teses, participou de mais de uma centena de bancas e publicou cerca de 70 obras entre livros e artigos. Nascida em Caçador (SC) e radicada em Florianópolis desde a infância, tornou-se referência intelectual e humana para gerações de pesquisadoras e pesquisadores, deixando um legado que se sustenta não apenas em marcos institucionais, mas também — e sobretudo — em uma ética do cuidado e em um compromisso com a transformação social.

 

Rosiani Bion de Almeida | Divisão de Imprensa do GR
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10ª edição do Festival Planeta.doc abre espaço para participação de professores e turmas de alunos

09/10/2025 17:58

Festival Planeta.doc convida professores e turmas de alunos a participarem da 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc. Por meio da plataforma planetdoc.org, a ação disponibiliza um espaço virtual que reúne uma seleção das melhores produções audiovisuais sobre temáticas ambientais do Brasil, com cerca de 300 filmes que podem ser acessados gratuitamente até 31 de dezembro de 2025.

Para participar desta edição, o(a) interessado(a) deve escolher um filme da plataforma para exibição e debate com sua turma, promovendo uma atividade interdisciplinar e engajada, além de agendar a sessão presencial preenchendo a planilha com a data desejada.

Mais do que um acervo de filmes, a plataforma planetdoc.org oferece uma conexão entre cinema, ciência e comunidade, oferecendo documentários e filmes socioambientais, que abordam temas como: crise climática e desastres ambientais, justiça social e territorial, povos originários e saberes ancestrais, biodiversidade e ciência, educação, saúde planetária e culturas populares.

A plataforma é voltada a estudantes universitários, pesquisadores, educadores, organizações não governamentais, coletivos e startups de impacto, conectando cinema, ciência e comunidades com a oferta de filmes documentais, experiências de transformação e oportunidades reais de engajamento em projetos de extensão e de voluntariado. Nela estarão também disponíveis as palestras e ted-talks gravados durante o V Planeta.doc Conferência, que foi realizado entre 22 e 25 de setembro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

>> Planeta na Escola

Junto com o festival, está sendo relançada também a plataforma Planeta na Escola (planetanaescola.com), que é voltada para professores e estudantes da Educação Básica. A plataforma oferece filmes selecionados com temas socioambientais e diversos espaços virtuais para envio de produções próprias. A nova versão traz recursos interativos e uma rede social dedicada a professores e ambientes para colaboração entre educadores. A plataforma Planeta na Escola tem integração com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em temas contemporâneos como clima, água, alimentação, cultura de paz e justiça social. Escolas e professores podem se inscrever gratuitamente em www.planetanaescola.com.

>> Publicação de projeto de extensão

A plataforma também oferece um espaço para professores e universidades divulgarem oportunidades em projetos de extensão, pesquisa, voluntariado e engajamento social. Os estudantes podem assistir a um filme e, em seguida, se conectar diretamente a ações concretas promovidas por suas instituições.

Tags: Festival Internacional de Cinema SocioambientalPlaneta.DocSecarteUFSC

Reitoria da UFSC participa de eventos da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura

08/10/2025 17:01

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArte), é parceira institucional do Fórum de Incentivo à Cultura, aberto na manhã desta quarta-feira, 8 de outubro, no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC). O encontro reuniu gestores, produtores e agentes culturais para uma imersão nos mecanismos de fomento previstos na Lei Rouanet, integrando a programação da 363ª reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), realizada em Florianópolis de 8 a 10 de outubro e organizada pelo Ministério da Cultura (MinC). O Fórum busca aproximar a política de incentivo fiscal do cotidiano de proponentes e patrocinadores, oferecendo orientações técnicas e espaços de diálogo qualificado.

No dia 8, a programação no CIC incluiu a abertura oficial do Fórum, com a participação da vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, e três palestras: “A Lei Municipal de Incentivo à Cultura”, com o secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Florianópolis, Roberto Katumi; “O Programa de Incentivo à Cultura (PIC)”, com a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Teresinha Debatin; e “A Lei Rouanet”, com o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Henilton Menezes. À tarde, das 14h30 às 17h30, ocorreram encontros setoriais com a CNIC, distribuídos em quatro salas temáticas: Artes Cênicas, Artes Visuais e Música; Audiovisual; Humanidades; e Patrimônio Cultural.

No dia 9, a programação continua no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), das 9h às 12h30, com a capacitação “A Instrução Normativa nº 23/2025 e o Sistema de Apoio à Lei de Incentivo à Cultura (Salic)”. À tarde, a UFSC sediará a Sessão Plenária da CNIC, às 16h30, na Sala dos Conselhos. Órgão colegiado do MinC, a CNIC subsidia as decisões do Ministério na análise de projetos, programas e ações culturais vinculados à Lei Rouanet. Na ocasião, estarão presentes a vice-reitora Joana Célia dos Passos e o reitor Irineu Manoel de Souza.

A vice-reitora ressaltou que o fórum fortalece a circulação do conhecimento e a democratização do acesso aos mecanismos de incentivo. “Ao reunir gestores, especialistas e produtores culturais em um mesmo espaço, o evento aproxima a Lei Rouanet do cotidiano dos territórios e valoriza a diversidade das linguagens artísticas. Nossa expectativa é que, a partir do diálogo com o MinC e parceiros, mais iniciativas locais se estruturem, captem recursos com transparência e transformem realidades por meio da cultura. Essa visão também se inspira no brasão da UFSC, que traz Arte e Ciência como fundamentos do desenvolvimento e do pensamento crítico”, afirmou.

Para o reitor a articulação entre universidade, poder público e sociedade civil qualifica o ecossistema cultural catarinense. “A presença da CNIC em Florianópolis reforça a dimensão nacional da política cultural e cria uma oportunidade concreta de formação e aperfeiçoamento para quem produz cultura no estado. A UFSC soma esforços para que artistas, coletivos e instituições acessem com segurança e eficiência os instrumentos de fomento, ampliando o impacto social dos projetos e fortalecendo a participação de Santa Catarina no cenário cultural brasileiro”, disse.

A CNIC tem percorrido as cinco regiões do país para nacionalizar e fortalecer o diálogo com gestores e produtores culturais, promovendo a troca de experiências e o esclarecimento de regras e procedimentos. Em Florianópolis, o Fórum é uma realização do MinC, por meio da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (SEFIC), com parceria institucional do Governo de Santa Catarina, Fundação Catarinense de Cultura, FIESC, Alesc, UFSC e Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Franklin Cascaes.

 

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Tempo, trajetórias e futuros possíveis: três décadas de construção coletiva nas Humanidades

08/10/2025 12:43

Docentes do PPGICH/UFSC homenageados(as). Fotos: Divulgação

A celebração dos 30 anos do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve início nesta terça-feira, 7 de setembro, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), com uma cerimônia marcada por homenagens a professores e professoras aposentados(as) que seguem contribuindo para o ensino, a pesquisa e a orientação acadêmica. Na mesa de abertura, participaram o coordenador do programa, Amurabi Pereira Oliveira, e a vice-reitora Joana Célia dos Passos, que representou o Gabinete da Reitoria e integra a equipe do PPGICH, reforçando o vínculo institucional do programa com a gestão universitária.

A programação do primeiro dia, dedicada às “Reflexões Fundantes”, foi aberta no início da tarde com as boas-vindas ao público presente, seguida por uma sessão de homenagens que reconheceu a atuação de docentes voluntários(as) que seguem ligados(as) ao programa. Após breve intervalo, a agenda retomou com a palestra de abertura proferida pelo professor Bernd Reiter, da Texas Tech University (EUA), que abordou perspectivas contemporâneas para as ciências humanas em diálogo internacional. As atividades comemorativas se estendem até o dia 9 de outubro, com painéis e debates que revisitam a trajetória do programa e projetam seus desafios futuros.

A vice-reitora, Joana Célia dos Passos, que integra a equipe do PPGICH, participou da abertura do evento

Ao completar três décadas, o PPGICH celebra uma trajetória marcada pela excelência acadêmica, pela inovação metodológica e pelo compromisso público da universidade, reconhecendo as contribuições de diferentes gerações de docentes, discentes e egressos(as). A comemoração dos 30 anos, ao reunir homenagens, debates e conferências, reafirma o lugar do programa no cenário nacional da pós-graduação e projeta sua atuação diante dos desafios contemporâneos das Ciências Humanas no Brasil e no mundo.

Sobre o Programa

Vinculado diretamente ao CFH, o PPGICH integra o sistema nacional de pós-graduação, sustentado principalmente pelos órgãos de fomento CAPES e CNPq. No âmbito da CAPES, o programa está inscrito como doutorado na Câmara II da Área Interdisciplinar, com avaliação 5 na última rodada, índice que destaca sua consolidação acadêmica. Ao longo de sua história, o PPGICH acumula distinções significativas, incluindo prêmios da CAPES e de entidades científicas nacionais para teses defendidas no âmbito do programa — como o reconhecimento da melhor tese na área interdisciplinar no Brasil em 2013.

O corpo docente do PPGICH é composto por pesquisadores e pesquisadoras doutores(as), permanentes e colaboradores(as), provenientes de uma ampla variedade de campos disciplinares, entre eles Administração, Antropologia, Biologia, Ciência Política, Direito, Educação, Filosofia, Geografia, História, Literatura, Psicologia, Saúde Pública, Serviço Social e Sociologia. Essa diversidade sustenta a vocação interdisciplinar do programa e sua capacidade de articular problemas complexos que atravessam as humanidades e dialogam com outras áreas do conhecimento.

Desde sua criação, em 1995, o PPGICH é um programa de doutorado. Originalmente concebido como Doutorado Interdisciplinar em Sociedade e Meio Ambiente, passou a Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas em 1998, com duas áreas de concentração: Sociedade e Meio Ambiente e Condição Humana na Modernidade. Em 2000, incorporou a área de Estudos de Gênero, ampliando suas frentes de investigação, e, em 2018, agregou a área África e suas Diásporas, reforçando o compromisso com perspectivas decoloniais, com a diversidade e com a produção de conhecimento crítico no Sul Global.

 

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