Seminário reúne UFSC e Udesc e destaca a importância da sociabilidade com a comunidade

06/11/2025 15:49

Mesa de Abertura com o reitor Irineu Manoel de Souza, Debora de Oliveira, Geisa Bock e Roberto Willrich. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

O II Seminário de Extensão na Pós-Graduação – Saberes em Movimento do Programa de Extensão na Pós Graduação (Proext-PG) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em conjunto com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está acontecendo no auditório do Centro Socioeconômico (CSE), no campus Trindade, em Florianópolis. O evento ocorre nesta quinta e sexta-feira, 6 e 7 de novembro, das 8h às 18h. 

O primeiro dia de seminário teve a  presença, na mesa de abertura, do reitor da UFSC Irineu Manoel de Souza, da superintendente da PROPG Debora de Oliveira, do coordenador geral da PROEXT-PG Roberto Willrich e da coordenadoria da pós graduação da Udesc Geisa Bock

Durante a cerimônia, os presentes frisaram a importância dos projetos de extensão oferecidos pelas universidades. Com a palestra do professor da UFSC Paulo Horta, foi debatida a questão das crises climáticas, assim como a importância e os desafios da extensão na pós-graduação. E, como encerramento, ocorreu a apresentação musical do grupo Destravalíngua pelos integrantes Ana Paula Santana (voz, violão), Janaína Fonseca (voz, violão e percussão), Guilherme Fonseca (voz e teclado) e Alexandre Bergamo (voz e percussão).

“O Saberes em Movimento constitui-se, assim, como um espaço privilegiado para reflexão, aprendizado e socialização de experiências, promovendo a construção coletiva de saberes e o fortalecimento da inserção social da universidade”, afirmam os organizadores.

Mais informações no site do Proext-PG ou pelo e-mail proextpgufsc@gmail.com.

Texto: Agecom/UFSC

Tags: COP-30Paulo HortaProexProext-PGPROPGUFSC

Evento reúne contribuições de SC para COP30; UFSC soma-se às instituições participantes

04/11/2025 14:41

Professor da UFSC Paulo Horta no Simpósio Estadual da COP30, na Alesc. Imagens: TVAL

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participou nesta segunda-feira, 3 de novembro, do Simpósio Estadual da COP30, realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. O encontro apresentou o relatório de sistematização das conferências regionais, documento que consolida percepções, diagnósticos e propostas da sociedade catarinense para subsidiar políticas públicas climáticas. “A UFSC veio para somar na construção de soluções concretas, articulando ciência, formação de pessoas e compromisso social. Nossa participação garante que o conhecimento produzido na universidade se traduza em políticas públicas e em ações capazes de responder aos desafios climáticos de Santa Catarina e do Brasil”, afirmou o reitor Irineu Manoel de Souza.

O relatório reúne contribuições coletadas em cinco conferências regionais no estado e será encaminhado à Presidência da COP30 e ao governo catarinense, posicionando Santa Catarina no debate nacional e internacional sobre mudanças climáticas. Com o tema “Construindo Contribuições Autodeterminadas para a Ação do Clima”, o simpósio reuniu representantes do poder público, da sociedade civil e de instituições de ensino para discutir as propostas que o estado levará à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para novembro de 2025, em Belém (PA). A programação incluiu debate mediado pelo deputado Marquito (PSOL), com foco na construção de políticas climáticas mais justas, eficazes e alinhadas às diretrizes nacionais e internacionais.

O professor Paulo Horta, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), reforçou o compromisso institucional de parceria com a Alesc ao longo da COP30, “nesse processo de dialogar com mais ciência, mais participação popular”, e de integrar “parcerias indispensáveis com povos originários e comunidades tradicionais”, para a construção de soluções que evitem “grandes colapsos”. Ele defendeu que “é fundamental que esse processo seja revestido de um sentimento de urgência”, ponto que, segundo disse, esteve presente nas manifestações dos parlamentares. Para Horta, não basta reconhecer o problema: é preciso organizar “uma articulação de todas as instituições”. O que se observa “em Florianópolis, em Santa Catarina”, afirmou, “é difícil de acreditar”, citando contradições que não deveriam mais ser toleradas, como “ver uma escola do mar ser demolida” e a “discussão de construção de engordamento de praia num cenário de elevação do nível do mar”, sem “uma discussão profunda com a sociedade sobre o real diagnóstico do clima do planeta”.

Horta destacou a necessidade de “dialogar com o Tribunal de Contas”, para revisar o “uso do recurso público”. “Já foram bilhões nos últimos 30 anos” em medidas reativas, “enxugando gelo, expondo famílias” e “a vida das pessoas ao cenário que está”. Para ele, o ciclo deve ser substituído por políticas de prevenção, adaptação e transição justa, com metas, indicadores e governança interinstitucional. A expectativa, afirmou, é que a COP30 seja “um espaço de uma grande orquestração de todas as instituições”, com cooperação efetiva entre Legislativo, Executivo, academia, setor produtivo, controle externo, movimentos sociais, povos originários e comunidades tradicionais.

Ao parabenizar a Alesc e ao deputado proponente, Horta avaliou que o relatório “precisa ser uma bíblia, um documento-base para todas as instituições”. Em suas palavras, a UFSC “se orgulha demais de ter recebido parte desse processo lá dentro” e seguirá contribuindo com dados, diagnósticos, formação, extensão, monitoramento e avaliação de políticas públicas. Ele concluiu com um apelo: que “todas as instituições se sintam responsáveis pela execução desse chamamento”, porque “o tempo da hesitação acabou” e o que está em jogo é “a preservação da vida, do patrimônio socioambiental e da dignidade” da população.

O relatório registra agradecimentos a todos os participantes que contribuíram para sua elaboração. Constam como universidades parceiras UFSC, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); como apoio institucional, a Presidência da COP30 (Luciana Abade) e o deputado federal Pedro Uczai; em inspiração e engajamento, Leonardo Boff, movimentos sociais, comunidades tradicionais e a academia; e, no trabalho técnico, servidores da Comissão de Meio Ambiente, da Escola do Legislativo e do Setor de Taquigrafia.

 Assista ao evento na íntegra:

Divisão de Imprensa do GR | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: AlescCCBCOP-30Paulo HortaUFSC

2º Seminário de Extensão na Pós-Graduação traz conferência ao vivo da COP-30

29/10/2025 16:13

O Programa de Extensão na Pós-Graduação (Proext-PG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), realiza nos dias 6 e 7 de novembro o II Seminário de Extensão na Pós-Graduação – Saberes em Movimento. O evento ocorre no Centro Socioeconômico (CSE) da UFSC, no campus Trindade, em Florianópolis, das 8h às 18h.

A abertura do seminário, marcada para as 9h do dia 6 de novembro, contará com um momento especial: a conferência do professor Paulo Horta, da UFSC, transmitida diretamente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30). A participação do pesquisador no maior evento global sobre mudanças climáticas oferece uma oportunidade única para debater a extensão universitária em tempos de crise climática, além de abordar a importância e os desafios da extensão na pós-graduação. A COP-30 ocorre entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém (PA), sendo a primeira vez que o Brasil sedia a conferência.

Programação 

A conferência do professor Paulo Horta, da UFSC, será transmitida diretamente da COP-30

Além da conferência de abertura, o evento oferece uma programação completa que inclui mesas temáticas, oficinas formativas gratuitas, exposições de projetos, apresentações culturais e atividades que promovem a integração entre pós-graduação, escolas e comunidades. As atividades reunirão docentes, discentes, pesquisadores e profissionais da educação básica.

O seminário busca fortalecer o diálogo entre programas de pós-graduação, escolas e comunidades, destacando o papel da extensão universitária na formação acadêmica e na transformação social. Como afirmam os organizadores, “o Saberes em Movimento constitui-se como um espaço privilegiado para reflexão, aprendizado e socialização de experiências, promovendo a construção coletiva de saberes e o fortalecimento da inserção social da universidade”.

“Serão dois dias de evento que marcarão as ações de extensão da pós-graduação da Udesc e da UFSC no âmbito dos sistemas educacionais dos municípios da região e do governo do estado” destaca o pró-reitor de Pós-Graduação da UFSC, Werner Kraus Junior, que reforça o convite à participação da comunidade acadêmica e do público em geral.

Todas as categorias de inscrição (apresentador, ouvinte, participante) são gratuitas e podem ser realizadas até 5 de novembro pelo site do Proext-PG. Participantes inscritos terão direito a certificado de até 20 horas.

Sobre o Proext-PG

O Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (Proext-PG) tem por objetivo geral contribuir para o fortalecimento das atividades de extensão no âmbito da pós-graduação, por meio de atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão realizadas em diálogo com diversos setores da sociedade, com vistas a subsidiar os gestores públicos na elaboração das políticas públicas que sejam socialmente relevantes, interdisciplinares e que contribuam para o desenvolvimento sustentável, a cidadania, a justiça, o fortalecimento da democracia, a participação social, a qualidade de vida e a redução de assimetrias no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).

Serviço:

Evento: II Seminário de Extensão na Pós-Graduação – Saberes em Movimento
Data: 6 e 7 de novembro de 2025
Horário: 8h às 18h
Local: CSE/UFSC – Campus Trindade, Florianópolis/SC
Inscrições: Gratuitas até 5 de novembro pelo site do Proext-PG
Promoção: UFSC e Udesc
Apoio: Capes
Mais informações: proextpgufsc@gmail.com

Tags: COP-30II Seminário de Extensão na Pós-GraduaçãoPaulo HortaProexProext-PGPROPGUdescUFSC

Planeta.Doc convida docentes e turmas da UFSC para sessões e projetos na plataforma

21/10/2025 15:58

Planeta.Doc convida professores(as) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e suas turmas a integrarem a 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental, disponível gratuitamente em todo o Brasil pela plataforma planetdoc.org. Às vésperas da COP 30, evento que ocorrerá em Belém do Pará em 2025, a iniciativa busca ampliar o debate socioambiental nas universidades, utilizando o cinema como ferramenta de reflexão, sensibilização e mobilização diante dos grandes desafios contemporâneos.

A plataforma vai além de um acervo: conecta cinema, ciência e comunidade, oferecendo acesso gratuito a mais de 300 filmes e documentários socioambientais. As obras contemplam temáticas como crise climática e desastres ambientais; justiça social e territorial; povos originários e saberes ancestrais; biodiversidade e ciência; educação, saúde planetária e culturas populares.

Como participar?

Docentes podem selecionar um filme da plataforma para exibição e debate em sala de aula, promovendo atividades interdisciplinares. As sessões presenciais podem ser agendadas por meio de planilha online, disponível neste link, na qual é possível indicar a data desejada.

Além das exibições, a plataforma disponibiliza um espaço para publicação de oportunidades em projetos de extensão, pesquisa, voluntariado e engajamento social, permitindo que estudantes assistam aos filmes e se conectem diretamente a ações promovidas por suas instituições. Para publicar projetos, docentes podem acessar a área de oportunidades e se inscrever gratuitamente como parceiros.

O acesso ao catálogo está disponível em www.planetdoc.org. O cadastro na rede socioambiental Planetadoc Redes pode ser realizado em https://redes.planetdoc.org/cadastro, onde é possível criar conta como usuário ou entidade para integrar a Rede Planetdoc, conforme a área de membros da plataforma. Para a UFSC, o agendamento de sessões com turmas pode ser feito pelo link acima indicado.

A organização informa que há suporte para monitoria e mediação de debates nas datas agendadas, com o objetivo de fortalecer o diálogo entre ciência e sociedade e potencializar o cinema como agente de transformação.

Mais informações: planetadoc.com

Tags: COP-30Planeta.DocUFSC

Reitor da UFSC participa de seminário no Pará em preparação à COP 30

25/09/2025 16:34

Conselho Pleno da Andifes se reúne na UFPA. Foto: Andifes

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve em Belém, no estado do Pará, para a 207ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), e participar dos debates e discussões sobre temas estratégicos para o ensino superior e a sustentabilidade.

A programação teve início no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) com o Seminário Temático “Universidades e Biomas: Ciência e Sustentabilidade rumo à COP 30”. A abertura contou com a presença da Diretoria Executiva da Andifes e a participação especial de Fafá de Belém. O seminário abordou o papel das universidades e dos Cefets na preservação dos biomas e no desenvolvimento sustentável. Durante o painel de abertura, reitores e professores destacaram o impacto das instituições de ensino nas agendas ambientais e sociais, trazendo múltiplas perspectivas sobre conservação, pesquisa e políticas públicas.

O anfitrião do encontro, reitor Gilmar Pereira da Silva (UFPA), enfatizou a importância da cooperação interinstitucional, destacando que “redes são decisivas” para enfrentar desafios. Ele também chamou atenção para o chamado “custo amazônico” de manter a floresta em pé, que recai sobre populações vulneráveis, como ribeirinhos e extrativistas. Gilmar alertou para a necessidade de transformar o “mantra” de preservação da floresta em políticas concretas, mencionando a expansão da soja no Pará e o iminente debate sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

O reitor Dácio Roberto Matheus (UFABC), presidente da mesa, destacou a centralidade da Amazônia e a diversidade de biomas no enfrentamento da crise climática. Ele defendeu soluções territoriais para desafios globais, como a transição energética e a resiliência urbana, e alertou: “Extrapolamos limites planetários”. Matheus pediu que as universidades comuniquem os impactos sociais de seus projetos, ressaltando a importância de ciência aberta e redes colaborativas, além da proteção do conhecimento tradicional.

A rodada técnica explorou os cinco principais biomas brasileiros. Everton Ricardi Lozano (UTFPR) e Edward Frederico (Unipampa) representaram a Mata Atlântica e o Pampa, respectivamente. Lozano destacou o impacto histórico na Mata Atlântica, presente em mais de 3.400 municípios, e os esforços de sustentabilidade na região, como o selo carbono neutro do campus Dois Vizinhos. Já Frederico ressaltou a degradação do Pampa, que só foi reconhecido legalmente como bioma em 2012, e defendeu a criação de um Instituto de Pesquisa e um Museu de História Natural para o bioma.

Dan Rodrigues Levy (Unifesp), representando o Sudeste, enfatizou a complexidade da Mata Atlântica, marcada pela devastação e pela alta densidade populacional. Ele destacou o trabalho da Unifesp em integrar a Agenda 2030 às suas atividades e chamou atenção para a necessidade de maior financiamento para a ciência. No Cerrado, Laerte Guimarães Ferreira Júnior (UFG) apresentou um panorama alarmante: 1 milhão de km² do bioma foram convertidos em apenas 50 anos, resultando em fragmentação, perda de água e aumento da aridez. Ele propôs soluções como a recuperação de pastagens degradadas e a criação de um Instituto Nacional do Cerrado para coordenar políticas e pesquisas.

Renato Garcia Rodrigues (UNIVASF), representando a Caatinga, destacou a biodiversidade do bioma e o papel das universidades na promoção de soluções locais. Ele mencionou iniciativas de recuperação de solos degradados e manejo adaptado à caprinocultura, além do apoio à criação de unidades de conservação. Já na Amazônia, Leandro Juen (UFPA) ressaltou a riqueza e a escala do bioma, mas apontou lacunas significativas de conhecimento, especialmente em áreas remotas. Ele defendeu o fortalecimento de redes de pesquisa e o protagonismo amazônico na produção científica, destacando iniciativas como o Centro Integrado de Sociobiodiversidade Amazônica (SISAN).

Durante os debates, reitores e reitoras reafirmaram o compromisso das universidades com a sustentabilidade e a justiça social, defendendo um pacto público que explicite o “lado” das instituições de ensino. A Andifes anunciou a organização de uma presença institucional na COP 30, com um mapeamento das ações das universidades federais para destacar suas contribuições e propostas.

A síntese do evento consolidou um diagnóstico claro: os biomas brasileiros são interdependentes, mas enfrentam desafios variados, como a pressão concentrada no Cerrado e na Amazônia, a carência histórica de proteção no Pampa e na Caatinga, e a desigualdade na distribuição de recursos. Entre as propostas discutidas, destacam-se a criação de institutos nacionais por bioma, a recuperação de pastagens degradadas, a restauração ecossistêmica adaptada a contextos específicos, a proteção de comunidades tradicionais e a integração de educação climática nos currículos.

No dia 25 de setembro, a programação seguiu com discussões técnicas e políticas. Pela manhã, o Conselho Pleno debateu a implementação da Política Nacional de Dados da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, com a presença da ministra Luciana Santos. À tarde, temas como a certificação de hospitais de ensino e práticas de eficiência energética foram apresentados por reitores e especialistas. No último dia, 26 de setembro, a programação inclui visitas técnicas ao Parque de Ciência e Tecnologia Guamá e à Escola de Aplicação da UFPA, encerrando oficialmente o evento.

O seminário na íntegra está disponível neste link.

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: AndifesBelémCOP-30Gabinete da ReitoriaIrineu Manoel de SouzaUFSCUniversidades e Biomas: Ciência e Sustentabilidade rumo à COP 30