Cátedra da UFSC promove ciclo de debates com perspectiva feminista negra e decolonial

16/09/2025 13:08

A Cátedra Antonieta de Barros: Educação para a Igualdade Racial e Combate ao Racismo promove mais um ciclo de debates, nesta quinta-feira, 18 de setembro, com a participação da professora Angela Figueiredo, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O evento será realizado a partir das 17h, no Auditório da Biblioteca Universitária (BU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Aberto à comunidade em geral.

Angela Figueiredo, docente do Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL) da UFRB, possui uma trajetória de destaque na pesquisa, ensino e extensão, com ênfase em questões que envolvem desigualdades de gênero e raça, feminismo negro, violência contra as mulheres, beleza negra e a classe média. Além de sua produção acadêmica, Angela coordena o grupo de pesquisa Coletivo Angela Davis e desenvolve projetos audiovisuais marcantes, como documentários e exposições fotográficas.

Durante o evento “Maré Negra Feminista: Escrita, Reflexão e Política”, a professora irá abordar reflexões sobre a produção do conhecimento e a epistemologia sob uma perspectiva feminista negra e decolonial. A atividade faz parte da agenda da Cátedra Antonieta de Barros, que desde 2023 integra a Cátedra UNESCO Educação para Igualdade Racial.

Criada para promover debates e estudos sobre educação e igualdade racial, a Cátedra Antonieta de Barros é uma unidade acadêmica vinculada ao Gabinete da Reitoria da UFSC e atua em formato de rede interinstitucional. Sua missão é fomentar a pesquisa e a formação de profissionais comprometidos com a formulação de políticas públicas e o avanço no combate ao racismo.

Serviço:

O quê: Ciclo de debates da Cátedra Antonieta de Barros – “Maré Negra Feminista: Escrita, Reflexão e Política”
Quando: 18 de setembro, às 17h
Onde: Auditório da Biblioteca Universitária (BU/UFSC), Campus Universitário – bairro Trindade
Entrada: Gratuita
Mais informações: catedraantonietadebarros.paginas.ufsc.br

Tags: Angela FigueiredoBUCátedra Antonieta de BarrosUFRBUFSC

UFSC divulga relatório do Plano Institucional de Gestão de Riscos 2020-2024

16/09/2025 09:50

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encerrou o ciclo do Plano Institucional de Gestão de Riscos (PIGR), com os relatório de gestão de riscos publicizados, encerrando o ciclo do seu primeiro PIGR, implementado em 2020. O relatório final de acompanhamento registra os avanços da iniciativa, que fortaleceu a governança, o controle interno e a cultura organizacional voltada à prevenção e à melhoria contínua.

O PIGR possibilitou o mapeamento e o monitoramento de riscos capazes de impactar os objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2020-2024, além de consolidar metodologias e rotinas para gestão de riscos em âmbito institucional.

Com o encerramento do ciclo, a UFSC já iniciou a elaboração de um novo plano alinhado ao PDI 2025-2029, incorporando os aprendizados da primeira experiência. O objetivo é avançar na institucionalização das práticas de governança e transparência.

Tags: PDIPlano de Desenvolvimento InstitucionalPlano Institucional de Gestão de Riscosrelatório finalUFSC

Nota de esclarecimento sobre as tratativas referentes à sede da APUFSC

16/09/2025 09:27

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em atenção à nota publicada pelo Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (APUFSC) em 12 de setembro de 2025, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos.

A UFSC reafirma seu compromisso com o diálogo transparente e a construção de soluções conjuntas. Em atenção à proposta da APUFSC, formalizada em resposta ao chamamento público para o uso da área conhecida como “Flor do Campus”, a Administração Central tem se dedicado a analisar a viabilidade do pleito.

Nesse sentido, foi realizada uma reunião, em 22 de agosto, entre Gabinete da Reitoria, Procuradoria Federal junto à UFSC e a APUFSC. Para dar seguimento à solicitação e, como encaminhamento, a Administração instituiu um Grupo de Trabalho (Portaria nº 1902/2025) para conduzir os estudos necessários. Uma nova reunião ocorreu em 11 de setembro, com a presença do Gabinete da Reitoria e da Pró-Reitoria de Administração (PROAD), para acompanhar os passos administrativos e jurídicos do processo.

A Administração Central reitera que a gestão de bens públicos exige análises técnicas e jurídicas aprofundadas. Conforme informado pela PROAD na reunião de 11 de setembro, a eventual demolição de uma edificação pública não ocorre por mera autorização, mas carece de uma tramitação processual específica para garantir a lisura do ato. Este entendimento, apresentado pela PROAD na referida reunião e, posteriormente, corroborado pela Procuradoria Federal junto à UFSC, serve de base para o trabalho que já está sendo conduzido com prioridade pelo GT mencionado.

A UFSC reafirma sua convicção de que o diálogo institucional e as instâncias formais de negociação são o caminho mais produtivo e eficaz para a construção de soluções. A gestão reitera seu total compromisso com este processo colaborativo e com o avanço das tratativas junto à APUFSC.

Reiteramos o nosso total comprometimento em encontrar a melhor solução para a sede da APUFSC, dentro dos prazos que os trâmites legais e administrativos permitem, e convidamos a diretoria do sindicato a manter o foco nas instâncias formais de negociação, onde os avanços concretos têm sido construídos.

Administração Central
Universidade Federal de Santa Catarina

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UFSC sedia debate sobre ‘Soberania Alimentar e Abastecimento Popular’

12/09/2025 18:17

Abertura do Seminário Soberania Alimentar e Abastecimento Popular, no Auditório da Reitoria da UFSC. Foto: Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou a abertura do Seminário Soberania Alimentar e Abastecimento Popular nesta sexta-feira, dia 12 de setembro de 2025, no Auditório da Reitoria. A iniciativa do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Coletivo Raízes do Brasil de Santa Catarina reuniu agricultores, pesquisadores, estudantes e representantes de movimentos sociais para debater alternativas de produção e distribuição de alimentos em tempos de crise climática e insegurança alimentar. Segundo a organização, a proposta do seminário é reforçar que “comer é um ato político” e que a agricultura camponesa é um caminho fundamental diante desses desafios.

O debate se concentrou sobre como construir alternativas em face de graves ameaças que visam desmantelar conquistas sociais e ambientais. Entre as preocupações levantadas:

  • A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca remover o direito humano à alimentação adequada da Carta Magna, substituindo-o pelo termo “segurança alimentar”. Essa manobra é vista como uma tentativa de esvaziar o sentido profundo do direito, reduzindo-o a políticas assistencialistas e à lógica de mercado;
  • Um projeto de lei que libera a entrada de alimentos ultraprocessados na alimentação escolar, considerado um ataque direto à saúde das crianças e à cultura alimentar brasileira.

Essas iniciativas, segundo os organizadores, não são isoladas, mas representam a vontade de um “projeto colapsista de morte e cobiça, liderado pelas corporações transnacionais que enxergam a comida como mercadoria e não como um direito sagrado”. Esse modelo é criticado por “destruir a terra, envenenar corpos e mentes e desconsiderar a cultura que alimenta o povo”.

Em contrapartida, reafirma-se a crença de que “outra realidade é possível”, inspirada pela “história de resistência camponesa”. O conceito central é a soberania alimentar, hídrica, energética, genética e territorial, que vai além da mera produção de alimentos. Ela envolve o poder de decidir o que se come, como se produz e para que se produz, buscando o fim do controle da terra, sementes, água e meios de produção.

O “Plano Camponês” do MPA foi apresentado como um pilar para a construção do poder popular, visando garantir:

  • Reforma agrária popular nos territórios camponeses, indígenas e quilombolas;
  • Agroecologia como base produtiva, rompendo com agrotóxicos e transgênicos;
  • Abastecimento popular por meio de feiras, mercados locais e circuitos curtos de comercialização, garantindo “comida saudável a preço justo”;
  • A consolidação de uma aliança campo-cidade, reconhecendo que a luta por alimentação digna é compartilhada por trabalhadores rurais e urbanos.

O seminário, descrito como um espaço para “tecer alianças, compartilhar saberes e reafirmar o compromisso com um projeto de sociedade justa, igualitária e sustentável”, contou com o apoio institucional da Reitoria da UFSC, representada no ato pela pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sobral Sampaio.

Entre os apoiadores, destacam-se a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), da Teia de Articulação pelo Fortalecimento da Segurança Alimentar e Nutricional (TearSAN), do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Florianópolis (COMSEAS), do Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF/UFSC), da Cáritas Santa Catarina, além do coletivo Terra Trabalho Resistência (TTR/UFSC) e de parlamentares como o deputado federal Pedro Uczai, a deputada estadual Luciane Carminatti, o deputado estadual Marquito e a vereadora Ingrid Sateré Mawé.

UFSC na mesa política

A programação do seminário foi dividida em uma mesa política inicial, seguida por uma mesa de formação. A mesa política contou com a participação de diversas autoridades e representantes, incluindo:

  • Gilberto Schneider, do MPA Raízes do Brasil Santa Catarina
  • Simone Sobral Sampaio, pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis da UFSC
  • Deputado Federal Pedro Uczai
  • Deputada Estadual Luciana Carminatti
  • Vereadora de Florianópolis Ingrid Sateré Mawé
  • André Burigo, da Fiocruz
  • José Luiz Alves, secretário do Meio Ambiente da CUT Santa Catarina
  • Vitor da Silva Couto
  • Deputado Estadual Marcos José de Abreu (online)

As vozes presentes no auditório ecoaram as palavras que sintetizam a luta: “Pela vida, pela terra e pela soberania alimentar!”. A plateia foi convidada a repetir a afirmação: “Alimentação é direito, não é mercadoria!”. E os brados de “Fora agrotóxicos!” e “Contra as mudanças climáticas, temos a agricultura camponesa!”.

A pró-reitora da UFSC, Simone Sobral, iniciou sua fala parabenizando a organização do seminário e destacou que a alimentação e a soberania popular traduzem, de forma exemplar, a máxima de que “comer é um ato político”. Para ela, a agricultura camponesa é um caminho fundamental diante dos desafios que marcam a vida em sociedade. Ao criticar as desigualdades existentes, questionou que tipo de sociedade transforma tudo em mercadoria e defendeu a necessidade de refletir profundamente sobre os modelos que estruturam nossas relações sociais.

Simone enfatizou que a alimentação adequada deve ser reconhecida como um direito essencial, articulado a muitos outros, como educação, saúde, terra, moradia e dignidade. Ressaltou, nesse sentido, a importância de políticas públicas consistentes, sustentadas por investimento público e compromisso político, para que esse direito se concretize. Defendeu ainda o papel da universidade na produção de uma ciência crítica, comprometida com a igualdade e aberta ao diálogo entre os diferentes saberes – acadêmico, popular e dos povos originários – como parte da construção de novas formas de sociabilidade.

Como ação concreta, revelou que a UFSC está finalizando o chamamento público para aquisição de alimentos da agricultura familiar, uma lei que nunca havia sido implementada na instituição. O processo, segundo ela, exigiu grandes cuidados, pois envolve toneladas de alimentos destinados a cerca de 10 mil refeições diárias, servidas no Restaurante Universitário (RU). Ao encerrar, agradeceu especialmente aos estudantes e reafirmou: “comer é, todos os dias, um ato político”.

A programação iniciou às 12h, com a Feira de Saberes e Sabores, trazendo música e a comercialização de produtos da agricultura camponesa. Após o evento no auditório, o encerramento dos trabalhos ocorreu por volta das 17h, com um Café Camponês e uma feirinha com produtos agroecológicos de várias produções do interior do estado, além de produtos do Armazém do Campo do MST e do MPA.

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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Reitoria visita estação da UFSC e conhece avanços na pesquisa em maricultura

12/09/2025 12:57

Visita do reitor Irineu Manoel de Souza à Estação de Maricultura Elpídio Beltrame (EMEB), na Barra da Lagoa. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

A Estação de Maricultura Elpídio Beltrame (EMEB), vinculada ao Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebeu na manhã desta quinta-feira, 11 de setembro, a visita do reitor Irineu Manoel de Souza, que esteve acompanhado do assessor do Gabinete, Alexandre Verzani, e da pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, Sandra Carrieri. O encontro teve como objetivo prestigiar a estrutura de ensino, pesquisa e extensão que completa 40 anos em 2025, localizada na Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC), bem como apresentar à Reitoria os projetos desenvolvidos nos laboratórios. Também participaram da visita a diretora do CCA, Marlene Grade, a chefe do Departamento de Aquicultura (AQI), Monica Yumi Tsuzuki, o administrador Carlos Alberto Sapata Carubelli, além de professores, estudantes e técnicos da unidade.

Com uma área construída de 9.800 m², a Estação abriga laboratórios dedicados a pesquisas e projetos relacionados ao cultivo de camarões, peixes marinhos nativos, moluscos e algas marinhas: o de Piscicultura Marinha (LAPMAR), o de Peixes Ornamentais (LAPOM), o de Moluscos Marinhos (LMM), o de Camarões Marinhos (LCM) e o de Cultivo de Algas (LCA).

A programação iniciou com um café da manhã oferecido à Reitoria, preparado com produtos resultantes dos próprios cultivos e pesquisas da Estação, como pão de alga, salicórnia e alecrim-do-mar. Na sequência, os visitantes conheceram o projeto pioneiro de reprodução de ouriço-do-mar em ambiente controlado, desenvolvido em parceria entre o LCM e o LMM. Pela primeira vez no país, a espécie foi produzida em laboratório, trabalho conduzido pelo pesquisador Cássio de Oliveira Ramos, que tem recebido destaque na mídia nacional.

Ainda durante a visita, foram apresentadas as atividades em andamento no LCA, sob coordenação do professor Roberto Derner e do biólogo Rafael Garcia Lopes. No LCM, o grupo acompanhou os estudos relacionados ao cultivo multitrófico integrado – sistema sustentável que combina a criação de camarões, peixes, macroalgas e plantas halófitas, como salicórnia e alecrim-do-mar. A pesquisa é conduzida pelo professor Walter Quadros Seifert, pelo pesquisador Felipe do Nascimento Vieira, pelas biólogas Cláudia Machado e Cibele Tesser, e pelo professor Frank Bellettini.

O roteiro incluiu ainda a visita ao LAPOM, conduzida pela professora Mônica Tsuzuki e pela engenheira de Aquicultura Renata Ávila Ozório, que apresentaram exemplares de cavalos-marinhos, peixe-palhaço e outras espécies de interesse ornamental. No LAPMAR, os visitantes acompanharam os projetos voltados ao cultivo de tainha e miragaia, sob responsabilidade da professora Aline Brum Figueredo Ruschel e do engenheiro de Aquicultura Caio Cesar França Magnotti.

A visita foi concluída no LMM, marco inicial da maricultura de ostras em Santa Catarina. Responsável por quase 100% da produção de sementes de ostras no Estado, o Laboratório registrou, no último ano, a marca de 70 milhões de sementes produzidas, destinadas tanto a maricultores locais quanto de outras regiões do Brasil. O setor é supervisionado pelo oceanólogo Cláudio Blacher e pelo professor Cláudio Manoel Rodrigues de Melo.

Para o reitor Irineu Manoel de Souza, a Estação “é um patrimônio acadêmico e científico da Universidade, com atuação reconhecida nacionalmente. Projetos como a reprodução inédita de ouriços-do-mar de forma controlada e a produção de sementes de ostras que abastecem maricultores em todo o Brasil demonstram o caráter estratégico desta unidade”. Reconheceu que “esse trabalho só é possível graças à dedicação diária de pesquisadores, técnicos, estudantes e profissionais que mantêm em funcionamento a infraestrutura e a excelência científica da unidade, mesmo diante das limitações orçamentárias que desafiam a universidade pública. A Reitoria reafirma seu compromisso de fortalecer essas iniciativas que, com conhecimento, esforço e responsabilidade, unem ciência, impacto social e preservação ambiental em benefício da sociedade.”

Laboratórios do EMEB

Laboratório de Camarões Marinhos (LCM/AQI): Foi o primeiro laboratório a ser instalado na área da EMEB. Com apoio financeiro do Programa Embrater-Sudepe-BIRD e da Fundação Banco do Brasil, o LCM foi concebido para apoiar o desenvolvimento do cultivo de camarões em Santa Catarina, atuando na pesquisa, ensino e extensão, especialmente na produção de pós-larvas para atender o setor produtivo. Desenvolve pesquisas sobre a nutrição de camarões.

Laboratório de Piscicultura Marinha (LAPMAR/AQI): Iniciou suas atividades em 1990. Inicialmente, estudou duas espécies de robalo, peixes valorizados no mercado. Mais recentemente, o LAPMAR retomou estudos com a tainha, uma das primeiras espécies marinhas estudadas no Brasil, que havia tido as pesquisas paralisadas desde a década de 1990. Atualmente, a tainha e o robalo são vistos como alternativas interessantes para as fazendas de carcinicultura marinha. O LAPMAR estuda espécies e apoia produtores e parceiros no desenvolvimento de tainhas, robalos e sardinhas.

Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM/AQI): Desde 1995, o LMM desenvolve pesquisas na área de reprodução e produção de formas jovens de moluscos nativos. Através do desenvolvimento tecnológico, o laboratório apoia o crescimento da maricultura no estado. Seu foco principal é a produção de sementes de ostras nativas e ostras do pacífico, atendendo cerca de 80 produtores, principalmente na Grande Florianópolis, com uma produção média anual de 45 milhões de sementes. O trabalho desenvolvido pelo LMM/AQI/UFSC é um destaque na maricultura de Santa Catarina.

Laboratório de Cultivo de Algas (LCA/AQI): Implantado a partir da estrutura física do Setor de Microalgas do LCM, o LCA inicialmente dedicava-se exclusivamente à produção de culturas de microalgas para a alimentação de larvas de camarões marinhos. A partir de 2003, suas linhas de pesquisa foram direcionadas para a aplicação biotecnológica das microalgas. Em 2010, teve início a Seção de Macroalgas dentro da EMEB, com o objetivo de desenvolver pesquisas relacionadas ao cultivo massivo e agregação de valor a macroalgas de interesse comercial. Diversos estudos sobre cultivo integrado com camarões e moluscos estão sendo realizados, além de pacotes tecnológicos de espécies e trabalhos junto a produtores de moluscos para oferecer uma nova fonte de renda. Estudos liderados pela professora Leila Hayashi no contexto da EMEB foram fundamentais para a autorização de cultivo comercial da macroalga Kappaphycus Alvarezii em Santa Catarina.

Laboratório de Peixes Ornamentais (LAPOM/AQI): Integrado à Estação em 2009, o LAPOM desenvolve tecnologia para a produção de peixes ornamentais marinhos, com foco em espécies nativas e ameaçadas de extinção.

A EMEB, e, por extensão, seus laboratórios, contaram com o apoio de diversas instituições para sua criação e instalação, incluindo o Governo de Santa Catarina, a Fundação de Amparo a Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e a Agência Canadense de Cooperação Internacional, que forneceu aporte técnico e financeiro ao Projeto Brazilian Maricultura Linkage Program (BMLP). Existe também uma parceria com o Projeto Tamar – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Rosiani Bion de Almeida | SECOM
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Fotos: Gustavo Diehl | Agecom | UFSC

 

 

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