Reitor faz visita ao presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis

01/03/2023 14:39

Reitor foi convidado pelo presidente da Câmara para falar ao plenário (Fotos: Edio Helio Ramos/Assessoria de Imprensa da Câmara de Florianópolis)

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini, recebeu em seu gabinete, nesta terça-feira, 28 de fevereiro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e o chefe de Gabinete, professor Bernardo Meyer. Na visita de cortesia do reitor, foram mencionadas possíveis parcerias entre a Universidade e o Legislativo municipal. Participou do encontro no gabinete o irmão do vereador, Lucas Cobalchini, que é estudante da UFSC.

O professor Irineu mencionou questões muito importantes da Universidade e que estão recebendo atenção da gestão, como as cerca de seis mil vagas não ocupadas em diversos cursos. De acordo com o reitor, cerca de 65% dos estudantes que ingressam atualmente na UFSC são oriundos de famílias com baixa renda, que enfrentam dificuldades de permanência. Esse novo perfil dos estudantes representa um desafio para a manutenção e ampliação das políticas de assistência estudantil. O professor Irineu também informou sobre o avanço das tratativas para implantação do curso de Medicina no campus da UFSC de Curitibanos.

O presidente da Câmara colocou-se à disposição para apoio institucional à Universidade, mencionando que a pauta da educação não deve ser politizada, por tratar-se de algo que beneficia a todos. Ele informou que há um projeto tramitando na Câmara de Vereadores de rebatizar a Rua Antônio Edu Vieira, que está passando por obras de revitalização, com o nome do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier.

João Cobalchini também apresentou o projeto de criar, na Câmara, o Balcão da Cidadania, para oferecer serviços diversos ao cidadão, tais como confecção de documentos, cursos de capacitação profissional, elaboração de currículos e serviços de defensoria pública. O professor Bernardo Meyer afirmou que a Universidade poderia colaborar com o projeto, especialmente nos cursos de capacitação oferecidos pela Escola do Legislativo e em relação à defensoria pública, além de apoio técnico aos vereadores na elaboração de projetos.

Após a visita, o reitor foi convidado pelo presidente para fazer uma visita ao plenário, onde ocorria uma sessão. O reitor fez uma rápida fala onde ressaltou as iniciativas da UFSC de se aproximar da sociedade, incluindo não apenas órgãos públicos mas também entidades do setor produtivo e da sociedade civil. A presença do reitor na Câmara foi saudada por alguns vereadores, que aproveitaram para apresentar demandas que envolvem a Universidade. A visita foi encerrada com uma entrevista do reitor à TV Câmara.

João e Lucas Cobalchini entregaram presente ao reitor

Veja entrevista do reitor à TV Câmara:

 

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Professora Joana é conferencista de seminário internacional sobre ações afirmativas

28/02/2023 11:04

Professora Joana participou de mesa de abertura do seminário internacional (Foto: Divulgação)

A professora Joana Célia dos Passos, vice-reitora da UFSC, está participando do Seminário Ações Afirmativas no Brasil e na América Latina, promovido pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi uma das conferencistas da mesa de abertura do evento na segunda-feira, 27 de fevereiro, que tratou do tema “Ações afirmativas numa perspectiva comparada: América Latina”.

Nesta terça-feira, dia 28, o professor e pesquisador da UFSC Marcelo Tragtenberg participa da mesa “Acesso e Permanência e Egressos em Instituições Federais de Ensino Superior”.

De acordo com a professora Joana, o seminário tem como objetivo analisar o andamento das políticas de Ações Afirmativas no Brasil e também reunir pesquisadores da América Latina no intuito de construir estratégias coletivas voltadas para o ensino superior na região. “As ações afirmativas são a maior política de democratização da universidade na história do ensino superior brasileiro”, ressalta a vice-reitora.

O seminário tem participação de representantes de diversas universidades brasileiras e de instituições do México, Guatemala, Peru e Uruguai. “Ao mesmo tempo que cada país da América Latina tem as suas particularidades e processos sociais complexos e distintos, nós observamos diversos aspectos que nos aproximam, em virtude do processo de racialização e do racismo estrutural que impõe uma subalternidade para negros e indígenas”, diz a professora Joana. O evento dedica-se a análises, estudos e formulação de políticas acerca dessas desigualdades.

Na mesa que teve participação da professora Joana, houve uma discussão a partir de dados comparados entre os países, para analisar as desigualdades. “A UFSC tem um papel muito importante neste seminário”, acrescenta ela. A vice-reitora apresentou o que já foi construído na UFSC nestes sete meses e meio de gestão e afirma que houve grande receptividade às mudanças promovidas para ampliar a inclusão e a permanência de negros, indígenas e quilombolas na Universidade.

Até quarta-feira, 1º de março, serão abordados ainda os temas “Debates no Congresso Nacional, discursos e debate público sobre ações afirmativas”; “Ações afirmativas para quilombolas” e “Ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu”.

O evento tem transmissão ao vivo no YouTube

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RU Trindade: melhorias proporcionam segurança aos trabalhadores, economia e fortalecimento à permanência

24/02/2023 13:49

Limpeza é uma das últimas etapas para volta do funcionamento do RU da Trindade (Fotos: Henrique Almeida / Agecom)

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC.

“A necessária manutenção do RU é salutar ao serviço de alimentação para todos e todas estudantes da UFSC e reforça o nosso compromisso com a permanência estudantil”, declara a Pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, professora Simone Sobral Sampaio.

O RU da Trindade, o maior do sistema de restaurantes universitários da UFSC, é vital para o funcionamento do campus e também uma das principais estruturas da política de permanência estudantil. Em pleno funcionamento, o RU chega a produzir e servir 11 mil refeições num único dia. O número de estudantes isentos de pagamento nos restaurantes universitários da Universidade chega a 4.690 e a grande maioria destes usa o RU da Trindade.

As obras incluem pintura total da cozinha, substituição da instalação hidráulica para suprimento de água dos panelões, troca do piso que fica sob os panelões, além de consertos e limpeza em calhas de drenagem. Destas melhorias, a mais significativa foi a substituição do piso. O material refratário apropriado para este tipo de pavimento não foi encontrado em Santa Catarina e teve que ser trazido de São Paulo.

O novo piso sob os caldeirões, de blocos cerâmicos refratários, é adequado para suportar altas temperaturas

Os trabalhos de reforma foram coordenados pela Prefeitura Universitária (PU). Durante a interrupção do funcionamento do RU da Trindade, a comunidade universitária foi atendida no restaurante do Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado no bairro Itacorubi. Estudantes com cadastro na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) receberam auxílio-transporte para deslocamento até o local.

As melhorias realizadas são muito importantes para a segurança dos trabalhadores da cozinha, destaca Maria das Graças Martins, diretora do RU. De acordo com ela, desde a inauguração do novo prédio da UFSC nunca havia sido feita uma reforma no piso da área dos panelões. O salão de refeições do RU foi inaugurado em novembro de 2011, mas a cozinha onde está atualmente instalada começou a funcionar em fevereiro de 2012.

O atual prédio do RU da Trindade recebeu o nome de Edite Erotides do Nascimento, em homenagem a uma das primeiras cozinheiras do restaurante universitário, já falecida. Na época da inauguração, foi saudado por oferecer 1.500 lugares, mais que o dobro das instalações então existentes. O RU servia cerca de 7 mil refeições por dia, mas a demanda já era crescente. A cozinha estava equipada com oito caldeirões, sendo seis de 500 litros e dois com capacidade para 100 litros.

Uso intensivo

Panelões têm capacidade de 500 litros

A cozinha do RU dispõe atualmente de sete panelões, que fazem jus ao nome: cada equipamento tem capacidade para 500 litros. Neles são preparados vários tipos de alimentos, desde leguminosas (feijão, lentilha) arroz, macarrão e até carnes e legumes. Junto com chapas, fritadeiras e fornos combinados – que tanto assam e cozinham como fritam alimentos – os panelões possibilitam a preparação de toneladas de alimentos todos os dias. É necessário que os panelões estejam funcionando bem para que o RU possa preservar os horários das refeições.

Os primeiros panelões do RU foram comprados em 2011 e, após uma grande manutenção realizada em 2013, foram usados quase ininterruptamente – em período de aulas, o RU funciona de segunda a segunda, servindo duas refeições ao dia. Com o tempo, essas peças essenciais à cozinha do RU apresentam desgastes. Até mesmo o ambiente em que estão instalados necessita, de tempos em tempos, alguma reforma ou melhoria.

Os panelões são como minicaldeiras a vapor, explica Jean Alves Vieira, técnico em mecânica e chefe do setor de manutenção do RU. Trata-se de um sistema de gás-vapor, em que a panela propriamente dita (câmara de cozimento) não é aquecida diretamente pelo fogo do gás. O equipamento é um grande cilindro metálico de paredes duplas e espaçadas nas laterais e uma espécie de tanque no fundo. Esse tanque é abastecido com água, que sob o calor dos queimadores de gás se transforma em vapor. O vapor se distribui de maneira uniforme no fundo da panela e também nas paredes laterais, tornando o processo de cozimento mais uniforme e eficiente.

O controle da água é essencial no processo. Água em excesso significa que o alimento vai “cozinhar em banho-maria”, ou seja, mais lentamente e com maior consumo de gás. Já água de menos pode levar o equipamento ao superaquecimento, danificando-o. A rede de água que abastece os panelões, atualmente formada por canos para água quente, está sendo substituída por canos de metal de maior dimensão. Com isso, espera-se evitar problemas de pressão hidráulica e garantir o bom funcionamento dos equipamentos.

 

Uso intensivo e altas temperaturas comprometeram o piso sob os panelões (Foto: Divulgação)

Trabalhadoras capricham na limpeza dos equipamentos da cozinha

Cozinha do RU manipula diariamente toneladas de alimentos, para produzir e servir até 11 mil refeições ao dia

Leia mais sobre o RU da Trindade:

Notícias da UFSC

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Egressos da UFSC vão atuar em cargos no Governo Federal

23/02/2023 14:50

Ao menos oito egressos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram nomeados para desempenhar cargos na Administração Federal, durante o mês de janeiro, em Brasília. Das oito funções atribuídas pela nova gestão, sete serão dirigidas por mulheres. Além de representantes no recém-criado Ministério dos Povos Indígenas (MPI), ex-alunos da instituição foram convidados para exercer cargos nas pastas da Saúde, Desenvolvimento, Planejamento, Direitos Humanos e Pesca e Aquicultura. Uma docente da Universidade também vai atuar em um grupo de Defesa da Democracia formado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Momento crucial para os povos indígenas

 

Ana Patté, Assessora Especial de Assuntos Parlamentares no Ministério dos Povos Indígenas.  Foto: Aquivo Pessoal

No Ministério dos Povos Indígenas (MPI), além das egressas Joziléia Kaingang – que será Chefe de Gabinete – e da Secretária de Direitos Ambientais e Territoriais Indígenas, Kerexu Yxapyry, a indígena Ana Patté, do Povo Laklãnõ-Xokleng, vai atuar na pasta como Assessora Especial de Assuntos Parlamentares. Ela fará interlocução direta com estados e municípios brasileiros, especialmente aqueles que contam com comunidades indígenas, para definir papéis, traçar metas e facilitar demandas de atendimento a essa população. 

“A gente está em um momento crucial em que devemos atender a demanda dos povos indígenas que estão na base sofrendo com o retrocesso que aconteceu nos últimos anos, sem demarcação de terra indígena, invasão pelo minério, pelo garimpo, pelo madeireiro ilegal e pelo uso inadequado de agrotóxicos nas terras indígenas. Essa nova gestão da Presidência tem acolhido e trazido os povos indígenas para o seu governo para mostrar que nós temos a capacidade de estar ocupando esses espaços, porque ninguém melhor para falar sobre os povos indígenas do que nós mesmos”, destaca.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, entre 2011 e 2015, Ana foi aluna de uma das primeiras turmas do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena. Ela conta que o processo de construção do curso foi feito em conjunto com a Universidade, uma vez que ainda não existiam povos indígenas dentro do ambiente acadêmico. Assim, os estudantes os trouxeram para a instituição, que sediou o III Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI), em setembro de 2015. Por isso, para ela, “foram essenciais, não só as aulas em si, mas também a nossa presença dentro da Universidade para mostrar que era uma universidade, mas que realmente não estava sendo diversa para mostrar a riqueza dos povos indígenas em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul”. 
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Tags: #UFSC #egressos #cargos #governofederal #universidade

Reitores esperam suplementação de R$ 1,75 bilhão no orçamento das universidades

17/02/2023 11:25

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, espera que a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) anuncie no mês de março como será a distribuição dos recursos de uma suplementação orçamentária prometida pelo governo federal. Existe a expectativa de que essa suplementação seja de R$ 1,75 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão seriam destinados para a rubrica de custeio e R$ 250 milhões direcionados às verbas de capital, para investimentos em obras nas universidades.

Reitores com a Secretária de Educação Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho (Foto: Divulgação)

O reitor esteve em Brasília participando da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do evento no Palácio do Planalto em que foram anunciados os reajustes das bolsas de pós-graduação, de iniciação científica e de permanência. Ele aproveitou a viagem para uma reunião na Sesu, onde foi abordada a questão da instalação do curso de Medicina em Curitibanos, e encontro com servidores dos setores técnicos do MEC.

Em relação à suplementação orçamentária, o professor Irineu considera que ela poderia resolver a questão do custeio das Universidades, que tem sido uma tarefa complexa nos últimos anos. O orçamento da UFSC para 2023, elaborado no governo anterior, é menor do que o orçamento do ano passado, por isso a recomposição tem importância vital.

O valor de R$ 250 milhões para investimentos é insuficiente, na avaliação do reitor, considerando que seria dividido entre 69 universidades federais do País. Irineu observa, no entanto, que existe promessa do governo federal de retomar obras paradas, especialmente na área da Educação. A sugestão dos reitores, apresentada à secretária da Sesu, é de que os recursos sejam distribuídos de acordo com a matriz da Andifes, que leva em conta o porte das instituições.

Autonomia universitária

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou de reunião da Andifes (Foto: Divulgação)

O professor Irineu considerou histórica a participação da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na reunião da Andifes – foi a primeira vez que um ministro da área participou do encontro. Na ocasião, os dirigentes reivindicaram que o MCTI se envolva na garantia da autonomia universitária. O reitor citou que o Brasil tem grande relevância em artigos acadêmicos mas ainda é incipiente na questão de patentes. “É preciso uma reestruturação da área de ciência e tecnologia para transformar artigos em produtos e práticas”, disse o reitor.

O reajuste e ampliação do número de bolsas é visto como uma decisão muito importante do governo. A UFSC mantém várias bolsas próprias para dar conta de suas necessidades e agora existe o desafio de preservar e equiparar o valor dessas bolsas. Para isso, a Universidade avalia promover uma reestruturação do ressarcimento institucional proveniente de projetos.

Em relação ao quadro de pessoal das universidades, o reitor vê a situação como bem difícil, uma vez que os servidores estão há sete anos sem reajuste salarial. Isso está levando as universidades a perderem profissionais qualificados para as empresas, evidenciando a necessidade de recomposição dos salários e do número de servidores técnico-administrativos e docentes. De acordo com o reitor, a solução passa pela abertura de novos concursos, com a reativação de alguns cargos, como o de intérpretes e tradutores de Libras.

O professor Irineu ressalta a importância de garantia da autonomia universitária, para que essas instituições possam cumprir o seu papel de transformar a sociedade. Ele reconhece que há um compromisso forte do governo federal com a autonomia, principalmente de garantia da posse dos dirigentes escolhidos pela comunidade universitária.

Veja os principais trechos do relato do reitor:

 

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