UFSC participa de reunião do Programa de Combate à Desinformação do STF

02/03/2023 10:24

Encontro de parceiros do Programa de Combate à Desinformação do STF foi no plenário da 1ª turma (Fotos: Divulgação STF)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) marcou presença na reunião do Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF), realizada na segunda-feira, 27 de fevereiro, na sede do tribunal, em Brasília. No encontro, convocado pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, a Corte lançou o projeto “STF na Escola”. Também foram apresentadas ações das entidades parceiras do STF no programa e planejadas futuras ações. Lançado em agosto de 2021, o Programa de Combate à Desinformação do STF conta atualmente com 56 instituições parceiras, das quais 22 são universidades.

A UFSC tornou-se parceira do Supremo no começo do ano de 2022, representada pela Comissão de Confiabilidade Informacional e Combate à Desinformação no Ambiente Digital (Cidad). Inicialmente vinculada à Biblioteca Universitária, a Cidad transformou-se posteriormente em um projeto de extensão multiinstitucional (UFSC e Udesc). O coordenador de Imprensa do Gabinete da Reitoria e integrante do Cidad, jornalista Luís Carlos Ferrari, representou o reitor Irineu Manoel de Souza no encontro. “A Universidade Federal de Santa Catarina tem se colocado de maneira inequívoca em defesa da democracia e das instituições. Para tanto, faz-se necessário combater a desinformação e garantir o acesso da sociedade a informações confiáveis. A comunidade universitária tem muito a contribuir nas iniciativas de combate à desinformação”, afirma o reitor.

Ministra Rosa Weber ressaltou importância do combate à desinformação para preservação da democracia

A ministra Rosa Weber fez a saudação aos presentes na abertura da reunião. Na sua fala, ela referiu-se como “Dia da Infâmia” ao 8 de janeiro de 2023, no qual vândalos golpistas atacaram as instituições democráticas do Brasil, causando grande depredação nos prédios dos Três Poderes da República. A sede do Supremo foi a edificação mais atacada, porém a ministra enfatizou que os criminosos não lograram êxito em afetar as atividades administrativas e jurisdicionais do STF. O ano judiciário do Supremo foi iniciado na data prevista, em 1º de fevereiro, embora o prédio esteja até hoje passando por restaurações e reformas.

De acordo com a ministra, a data do encontro tem forte simbolismo, pois aconteceu próxima do aniversário de 132 anos da promulgação da primeira Constituição Republicana do Brasil, em 1891. O STF exerce relevante papel na defesa do Estado Democrático de Direito, destacou a presidente da Corte, mas nos últimos anos passou a ser alvo de práticas que buscavam minar a credibilidade do Judiciário. Decisões do tribunal foram deturpadas, distorcidas ou simplesmente inventadas. “O 8 de janeiro mostrou o quão prejudicial para a democracia são a desinformação, propagação de notícias falsas e os discursos de ódio”, afirmou Rosa Weber.

STF na Escola

O projeto STF na Escola, lançado no âmbito do Programa de Combate à Desinformação, tem como objetivo aproximar a Corte de crianças e jovens. Servidores e voluntários farão visitas a escolas para levar informações corretas sobre o STF, através de cartilhas, palestras e concursos de redação. Pesquisa recente citada no evento demonstrou que apenas 29% das pessoas conheciam o significado da sigla STF e só 16% sabiam citar o que diz a Constituição. A ministra Rosa Weber convidou as entidades parceiras a colaborarem na replicação do STF na Escola nos estados.

Outra iniciativa do Tribunal para se tornar mais conhecido da sociedade é o site STF com você.

 

 

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Reitor faz visita ao presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis

01/03/2023 14:39

Reitor foi convidado pelo presidente da Câmara para falar ao plenário (Fotos: Edio Helio Ramos/Assessoria de Imprensa da Câmara de Florianópolis)

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini, recebeu em seu gabinete, nesta terça-feira, 28 de fevereiro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e o chefe de Gabinete, professor Bernardo Meyer. Na visita de cortesia do reitor, foram mencionadas possíveis parcerias entre a Universidade e o Legislativo municipal. Participou do encontro no gabinete o irmão do vereador, Lucas Cobalchini, que é estudante da UFSC.

O professor Irineu mencionou questões muito importantes da Universidade e que estão recebendo atenção da gestão, como as cerca de seis mil vagas não ocupadas em diversos cursos. De acordo com o reitor, cerca de 65% dos estudantes que ingressam atualmente na UFSC são oriundos de famílias com baixa renda, que enfrentam dificuldades de permanência. Esse novo perfil dos estudantes representa um desafio para a manutenção e ampliação das políticas de assistência estudantil. O professor Irineu também informou sobre o avanço das tratativas para implantação do curso de Medicina no campus da UFSC de Curitibanos.

O presidente da Câmara colocou-se à disposição para apoio institucional à Universidade, mencionando que a pauta da educação não deve ser politizada, por tratar-se de algo que beneficia a todos. Ele informou que há um projeto tramitando na Câmara de Vereadores de rebatizar a Rua Antônio Edu Vieira, que está passando por obras de revitalização, com o nome do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier.

João Cobalchini também apresentou o projeto de criar, na Câmara, o Balcão da Cidadania, para oferecer serviços diversos ao cidadão, tais como confecção de documentos, cursos de capacitação profissional, elaboração de currículos e serviços de defensoria pública. O professor Bernardo Meyer afirmou que a Universidade poderia colaborar com o projeto, especialmente nos cursos de capacitação oferecidos pela Escola do Legislativo e em relação à defensoria pública, além de apoio técnico aos vereadores na elaboração de projetos.

Após a visita, o reitor foi convidado pelo presidente para fazer uma visita ao plenário, onde ocorria uma sessão. O reitor fez uma rápida fala onde ressaltou as iniciativas da UFSC de se aproximar da sociedade, incluindo não apenas órgãos públicos mas também entidades do setor produtivo e da sociedade civil. A presença do reitor na Câmara foi saudada por alguns vereadores, que aproveitaram para apresentar demandas que envolvem a Universidade. A visita foi encerrada com uma entrevista do reitor à TV Câmara.

João e Lucas Cobalchini entregaram presente ao reitor

Veja entrevista do reitor à TV Câmara:

 

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Professora Joana é conferencista de seminário internacional sobre ações afirmativas

28/02/2023 11:04

Professora Joana participou de mesa de abertura do seminário internacional (Foto: Divulgação)

A professora Joana Célia dos Passos, vice-reitora da UFSC, está participando do Seminário Ações Afirmativas no Brasil e na América Latina, promovido pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi uma das conferencistas da mesa de abertura do evento na segunda-feira, 27 de fevereiro, que tratou do tema “Ações afirmativas numa perspectiva comparada: América Latina”.

Nesta terça-feira, dia 28, o professor e pesquisador da UFSC Marcelo Tragtenberg participa da mesa “Acesso e Permanência e Egressos em Instituições Federais de Ensino Superior”.

De acordo com a professora Joana, o seminário tem como objetivo analisar o andamento das políticas de Ações Afirmativas no Brasil e também reunir pesquisadores da América Latina no intuito de construir estratégias coletivas voltadas para o ensino superior na região. “As ações afirmativas são a maior política de democratização da universidade na história do ensino superior brasileiro”, ressalta a vice-reitora.

O seminário tem participação de representantes de diversas universidades brasileiras e de instituições do México, Guatemala, Peru e Uruguai. “Ao mesmo tempo que cada país da América Latina tem as suas particularidades e processos sociais complexos e distintos, nós observamos diversos aspectos que nos aproximam, em virtude do processo de racialização e do racismo estrutural que impõe uma subalternidade para negros e indígenas”, diz a professora Joana. O evento dedica-se a análises, estudos e formulação de políticas acerca dessas desigualdades.

Na mesa que teve participação da professora Joana, houve uma discussão a partir de dados comparados entre os países, para analisar as desigualdades. “A UFSC tem um papel muito importante neste seminário”, acrescenta ela. A vice-reitora apresentou o que já foi construído na UFSC nestes sete meses e meio de gestão e afirma que houve grande receptividade às mudanças promovidas para ampliar a inclusão e a permanência de negros, indígenas e quilombolas na Universidade.

Até quarta-feira, 1º de março, serão abordados ainda os temas “Debates no Congresso Nacional, discursos e debate público sobre ações afirmativas”; “Ações afirmativas para quilombolas” e “Ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu”.

O evento tem transmissão ao vivo no YouTube

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RU Trindade: melhorias proporcionam segurança aos trabalhadores, economia e fortalecimento à permanência

24/02/2023 13:49

Limpeza é uma das últimas etapas para volta do funcionamento do RU da Trindade (Fotos: Henrique Almeida / Agecom)

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC.

“A necessária manutenção do RU é salutar ao serviço de alimentação para todos e todas estudantes da UFSC e reforça o nosso compromisso com a permanência estudantil”, declara a Pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, professora Simone Sobral Sampaio.

O RU da Trindade, o maior do sistema de restaurantes universitários da UFSC, é vital para o funcionamento do campus e também uma das principais estruturas da política de permanência estudantil. Em pleno funcionamento, o RU chega a produzir e servir 11 mil refeições num único dia. O número de estudantes isentos de pagamento nos restaurantes universitários da Universidade chega a 4.690 e a grande maioria destes usa o RU da Trindade.

As obras incluem pintura total da cozinha, substituição da instalação hidráulica para suprimento de água dos panelões, troca do piso que fica sob os panelões, além de consertos e limpeza em calhas de drenagem. Destas melhorias, a mais significativa foi a substituição do piso. O material refratário apropriado para este tipo de pavimento não foi encontrado em Santa Catarina e teve que ser trazido de São Paulo.

O novo piso sob os caldeirões, de blocos cerâmicos refratários, é adequado para suportar altas temperaturas

Os trabalhos de reforma foram coordenados pela Prefeitura Universitária (PU). Durante a interrupção do funcionamento do RU da Trindade, a comunidade universitária foi atendida no restaurante do Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado no bairro Itacorubi. Estudantes com cadastro na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) receberam auxílio-transporte para deslocamento até o local.

As melhorias realizadas são muito importantes para a segurança dos trabalhadores da cozinha, destaca Maria das Graças Martins, diretora do RU. De acordo com ela, desde a inauguração do novo prédio da UFSC nunca havia sido feita uma reforma no piso da área dos panelões. O salão de refeições do RU foi inaugurado em novembro de 2011, mas a cozinha onde está atualmente instalada começou a funcionar em fevereiro de 2012.

O atual prédio do RU da Trindade recebeu o nome de Edite Erotides do Nascimento, em homenagem a uma das primeiras cozinheiras do restaurante universitário, já falecida. Na época da inauguração, foi saudado por oferecer 1.500 lugares, mais que o dobro das instalações então existentes. O RU servia cerca de 7 mil refeições por dia, mas a demanda já era crescente. A cozinha estava equipada com oito caldeirões, sendo seis de 500 litros e dois com capacidade para 100 litros.

Uso intensivo

Panelões têm capacidade de 500 litros

A cozinha do RU dispõe atualmente de sete panelões, que fazem jus ao nome: cada equipamento tem capacidade para 500 litros. Neles são preparados vários tipos de alimentos, desde leguminosas (feijão, lentilha) arroz, macarrão e até carnes e legumes. Junto com chapas, fritadeiras e fornos combinados – que tanto assam e cozinham como fritam alimentos – os panelões possibilitam a preparação de toneladas de alimentos todos os dias. É necessário que os panelões estejam funcionando bem para que o RU possa preservar os horários das refeições.

Os primeiros panelões do RU foram comprados em 2011 e, após uma grande manutenção realizada em 2013, foram usados quase ininterruptamente – em período de aulas, o RU funciona de segunda a segunda, servindo duas refeições ao dia. Com o tempo, essas peças essenciais à cozinha do RU apresentam desgastes. Até mesmo o ambiente em que estão instalados necessita, de tempos em tempos, alguma reforma ou melhoria.

Os panelões são como minicaldeiras a vapor, explica Jean Alves Vieira, técnico em mecânica e chefe do setor de manutenção do RU. Trata-se de um sistema de gás-vapor, em que a panela propriamente dita (câmara de cozimento) não é aquecida diretamente pelo fogo do gás. O equipamento é um grande cilindro metálico de paredes duplas e espaçadas nas laterais e uma espécie de tanque no fundo. Esse tanque é abastecido com água, que sob o calor dos queimadores de gás se transforma em vapor. O vapor se distribui de maneira uniforme no fundo da panela e também nas paredes laterais, tornando o processo de cozimento mais uniforme e eficiente.

O controle da água é essencial no processo. Água em excesso significa que o alimento vai “cozinhar em banho-maria”, ou seja, mais lentamente e com maior consumo de gás. Já água de menos pode levar o equipamento ao superaquecimento, danificando-o. A rede de água que abastece os panelões, atualmente formada por canos para água quente, está sendo substituída por canos de metal de maior dimensão. Com isso, espera-se evitar problemas de pressão hidráulica e garantir o bom funcionamento dos equipamentos.

 

Uso intensivo e altas temperaturas comprometeram o piso sob os panelões (Foto: Divulgação)

Trabalhadoras capricham na limpeza dos equipamentos da cozinha

Cozinha do RU manipula diariamente toneladas de alimentos, para produzir e servir até 11 mil refeições ao dia

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Egressos da UFSC vão atuar em cargos no Governo Federal

23/02/2023 14:50

Ao menos oito egressos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram nomeados para desempenhar cargos na Administração Federal, durante o mês de janeiro, em Brasília. Das oito funções atribuídas pela nova gestão, sete serão dirigidas por mulheres. Além de representantes no recém-criado Ministério dos Povos Indígenas (MPI), ex-alunos da instituição foram convidados para exercer cargos nas pastas da Saúde, Desenvolvimento, Planejamento, Direitos Humanos e Pesca e Aquicultura. Uma docente da Universidade também vai atuar em um grupo de Defesa da Democracia formado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Momento crucial para os povos indígenas

 

Ana Patté, Assessora Especial de Assuntos Parlamentares no Ministério dos Povos Indígenas.  Foto: Aquivo Pessoal

No Ministério dos Povos Indígenas (MPI), além das egressas Joziléia Kaingang – que será Chefe de Gabinete – e da Secretária de Direitos Ambientais e Territoriais Indígenas, Kerexu Yxapyry, a indígena Ana Patté, do Povo Laklãnõ-Xokleng, vai atuar na pasta como Assessora Especial de Assuntos Parlamentares. Ela fará interlocução direta com estados e municípios brasileiros, especialmente aqueles que contam com comunidades indígenas, para definir papéis, traçar metas e facilitar demandas de atendimento a essa população. 

“A gente está em um momento crucial em que devemos atender a demanda dos povos indígenas que estão na base sofrendo com o retrocesso que aconteceu nos últimos anos, sem demarcação de terra indígena, invasão pelo minério, pelo garimpo, pelo madeireiro ilegal e pelo uso inadequado de agrotóxicos nas terras indígenas. Essa nova gestão da Presidência tem acolhido e trazido os povos indígenas para o seu governo para mostrar que nós temos a capacidade de estar ocupando esses espaços, porque ninguém melhor para falar sobre os povos indígenas do que nós mesmos”, destaca.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, entre 2011 e 2015, Ana foi aluna de uma das primeiras turmas do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena. Ela conta que o processo de construção do curso foi feito em conjunto com a Universidade, uma vez que ainda não existiam povos indígenas dentro do ambiente acadêmico. Assim, os estudantes os trouxeram para a instituição, que sediou o III Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI), em setembro de 2015. Por isso, para ela, “foram essenciais, não só as aulas em si, mas também a nossa presença dentro da Universidade para mostrar que era uma universidade, mas que realmente não estava sendo diversa para mostrar a riqueza dos povos indígenas em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul”. 
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