Audiência na UFSC debate política pioneira para estudantes indígenas e quilombolas

21/08/2025 09:38

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou, no dia 20 de agosto de 2025, audiência pública para debater a minuta da Política Institucional para o Ingresso e a Permanência de Estudantes Indígenas e Quilombolas. As contribuições ao documento serão recebidas até 31 de agosto na plataforma Participa + Brasil, onde a versão integral do texto está disponível. O evento ocorreu no Auditório da Reitoria, a partir das 14h, e foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da TV UFSC.

A discussão abordou a importância da institucionalização das Ações Afirmativas, destacando a necessidade de apoio acadêmico, financeiro e social para os estudantes indígenas e quilombolas. Durante o encontro, foram apresentados os princípios, diretrizes e concepções da minuta, além das responsabilidades institucionais das pró-reitorias e secretarias, os critérios de ingresso e validação da autodeclaração, e as estratégias de apoio pedagógico e assistencial. A audiência enfatizou a colaboração e o protagonismo dos próprios estudantes da UFSC na construção da política, considerada uma iniciativa pioneira entre as universidades brasileiras.

O evento foi conduzido pelas pró-reitorias de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) e de Permanência e Assuntos Estudantis (PRAE). O debate foi mediado pelas assistentes sociais Bárbara Nobrega (Proafe), Juliane Pasqualeto (Proafe) e Maria do Rosário de Lima Oliveira (PRAE), que também representaram o Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração da proposta.

Na abertura do evento, a pró-reitora Simone Sobral Sampaio (PRAE) nomeou os 21 povos indígenas e quilombolas presentes na UFSC, destacando o impacto transformador que a presença desses grupos tem na universidade pública, ao promover a chamada “justiça epistêmica”. Segundo ela, essa prática exige o reconhecimento de saberes igualmente potentes para compreender a vida, o mundo e construir relações sociais mais igualitárias. Simone ressaltou que, embora a política represente um avanço significativo, ela é apenas um passo em uma luta contínua e em constante evolução.

A diretora de Ações Afirmativas e Equidade Marilise Sayão (Proafe) fez questão de registrar, em sua fala, que os estudantes indígenas e quilombolas são protagonistas na história das Ações Afirmativas na UFSC. Para Marilise, são os estudantes que impulsionam reflexões diárias dentro da instituição. A simples aprovação de um programa não é suficiente, e reforçou que são as ações contínuas de enfrentamento e luta que garantem a permanência e o pertencimento. A diretora também destacou que a UFSC possui 17 anos de Ações Afirmativas, com reserva de vagas para indígenas e quilombolas desde o início, antes mesmo da implementação da legislação nacional. Ela afirmou que uma nova política representa um avanço crucial, ao ir além do acesso e buscar uma permanência com qualidade e pertencimento, rompendo com a lógica de uma “permanência universal” que historicamente favoreceu apenas grupos hegemônicos.

A minuta da política, lida e debatida durante a audiência, contempla princípios como o combate ao racismo institucional, a valorização da pluralidade étnica e cultural, o reconhecimento dos valores ancestrais e a proteção dos conhecimentos quilombolas. Além disso, garante o consentimento livre, aviso e informado das comunidades envolvidas. O documento detalha as responsabilidades institucionais para promover a permanência desses estudantes, incluindo ações como ampla divulgação de vagas, formas específicas de ingresso, validação rigorosa da autodeclaração étnico-racial e a oferta de suporte pedagógico e assistencial. Também estão previstos auxílios financeiros, como bolsas e autorizações no Restaurante Universitário, além da criação de moradias específicas, como o alojamento estudantil indígena. O texto ainda orienta que o ensino, a pesquisa e a extensão da Universidade considere as especificidades culturais e linguísticas dos povos indígenas e quilombolas, valorizando a oralidade como forma de transmissão de conhecimento. As iniciativas previstas abrangem desde a Educação Básica, no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e no Colégio de Aplicação (CA), até os níveis de Graduação e Pós-Graduação.

Após a leitura da minuta, foi aberto espaço para manifestações orais dos participantes, que puderam apresentar sugestões e reflexões sobre cada título do documento e da política como um todo.

Atualmente, a UFSC conta com 187 estudantes indígenas e 55 estudantes quilombolas, conforme dados da PRAE. A construção da minuta foi resultado de um processo colaborativo iniciado em 2022, com a formação de um GT que realizou 59 reuniões e envolveu 75 participantes, entre os quais 40 estudantes indígenas e quilombolas e 31 servidores da Universidade, entre técnicos-administrativos e professores

Assista à audiência na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: Ações afirmativasaudiência públicaComitê Institucional de Ações AfirmativasIndígenas e QuilombolasPraeproafeUFSC

UFSC sedia exposição ‘Salim Miguel: 100 Anos’ até 12 de setembro

19/08/2025 13:09

Exposição “Salim Miguel: 100 anos” está aberta ao público até 12 de setembro, no térreo do Centro de Cultura e Eventos da UFSC

Na noite desta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, foi inaugurada a Exposição “Salim Miguel: 100 Anos”, uma homenagem à vida e obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira e catarinense contemporânea. O evento apresenta documentos, fotografias, manuscritos e objetos pessoais do autor, permitindo ao público compreender a amplitude de sua contribuição cultural. A visitação, gratuita e aberta à comunidade, estará disponível até 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no andar térreo do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A cerimônia de abertura reuniu os filhos de Salim Miguel, Sônia e Paulo Sérgio, o reitor Irineu Manoel de Souza, o chefe de Gabinete Bernardo Meyer, a secretária de Cultura, Arte e Esporte (SecArte) Eliane Debus, e o coordenador do Departamento Artístico Cultural (DAC) Oto Henrique Bezerra da Silva Leonardo Pinto. O público presente pôde prestigiar a exposição que destaca o legado de Salim Miguel para a cultura brasileira e a relevância de sua obra.

A secretária de Cultura, Arte e Esporte da UFSC, Eliane Debus (E), e os filhos de Salim Miguel, Sônia e Paulo Sérgio. Foto: Divulgação

A secretária Eliane Debus abriu a exposição relembrando as ações já realizadas, iniciadas em janeiro de 2024, no aniversário de Salim Miguel. A primeira foi a instalação de uma placa comemorativa na Editora da UFSC (EdUFSC), em reconhecimento à contribuição do autor, que dedicou oito anos de trabalho à instituição, ajudando, inclusive, na coleta de recursos para a construção de sua sede. Desde então, diversas iniciativas foram planejadas, como o II Festival Literário, que homenageou Salim Miguel com uma programação abrangente, incluindo exposições fotográficas, mostras cinematográficas e a reedição de suas obras pela EdUFSC.

Eliane destacou que o festival e a publicação das obras já foram concluídas, mencionando que o romance “Primeiro de Abril: narrativas da cadeia” tornou-se leitura obrigatória no Vestibular da UFSC. A mostra fílmica está programada para começar em setembro deste ano, no Teatro Carmen Fossari. Entre os filmes destaques da mostra, estão os que Salim Miguel atuou como roteirista. A secretária também ressaltou o trabalho de Zeca Pires na recuperação do áudio do filme “O Preço da Ilusão”, do qual apenas oito minutos estão preservados. Eliane encerrou sua fala agradecendo à família de Salim Miguel pelo apoio e pela dedicação na organização das imagens e registros históricos do autor.

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza (E), participou da abertura da exposição. Foto: Divulgação

Em seguida, Paulo Sérgio expressou sua gratidão à UFSC pelas comemorações do centenário de seu pai. Ele evidenciou o desejo de que todas as obras de Salim Miguel sejam disponibilizadas em breve, e acessíveis como o livro “Primeiro de Abril: narrativas da cadeia”.

Encerrando os discursos, o reitor Irineu Manoel de Souza enalteceu o papel de Salim Miguel como escritor, artista e figura essencial para a cultura catarinense e brasileira. Ele classificou a homenagem como um “tributo necessário e justo”, confirmando o impacto do autor na promoção da leitura entre os jovens. Irineu também parabenizou toda a equipe envolvida no evento e reforçou o compromisso da Universidade em preservar a memória e o legado de grandes personalidades como Salim Miguel, cuja trajetória continua a inspirar gerações.

Salim Miguel

Nascido no Líbano em 1924, Salim Miguel chegou ao Brasil com apenas três anos de idade e viveu grande parte de sua vida em Santa Catarina, onde construiu uma das carreiras mais notáveis da literatura brasileira. Autor de mais de 30 livros, ele se destacou como romancista, contista, cronista, ensaísta, crítico literário, jornalista, editor e roteirista. Entre suas obras mais conhecidas estão “NUR na Escuridão”, “A Voz Submersa”, “Primeiro de Abril: narrativas da cadeia” e “Nós”, esta última publicada pela Editora da UFSC um ano após sua morte em 2016 e selecionada como leitura obrigatória para os vestibulares da UFSC e Udesc.

Figura central da cena cultural brasileira, Salim Miguel foi um dos líderes do Grupo Sul, movimento que marcou Florianópolis entre 1947 e 1958. Ao lado de sua esposa, Eglê Malheiros, escreveu o argumento e o roteiro do primeiro longa-metragem catarinense, “O Preço da Ilusão”. Como jornalista, destacou-se na revista Manchete e como crítico literário no Jornal do Brasil nas décadas de 1970 e 1980.

Durante o regime militar, Salim Miguel foi preso em 1964, experiência que desenvolveu o romance “Primeiro de Abril: narrativas da cadeia”, eleito o melhor romance do ano em 1994 pela União Brasileira de Escritores. Além disso, recebeu prêmios importantes ao longo de sua carreira, como o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, e o Prêmio Zaffari & Bourbon. Em 2002, foi homenageado com o título de Doutor Honoris Causa pela UFSC.

Salim também deixou uma marca significativa como gestor cultural. Como diretor da Editora da UFSC entre 1983 e 1991, tornou-se em referência nacional. Em 1993, assumiu a superintendência da Fundação Franklin Cascaes, onde contribuiu para a criação de uma política cultural para Florianópolis. Sua memória é preservada em espaços como a Sala de Leitura Salim Miguel, no Hospital Universitário da UFSC, e o Espaço Eglê Malheiros & Salim Miguel, no Centro de Florianópolis.

Mais informações: salimmiguel100anos.com.br

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: Centro de Cultura e EventosExposiçãoSalim MiguelSecarteUFSC

Vice-reitora destaca em seminário a violência política de gênero no espaço universitário

19/08/2025 10:03

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), por meio da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, sediou, nos dias 6 e 7 de agosto, o Seminário Internacional de Observatórios da Violência contra a Mulher. O evento teve como um de seus objetivos promover uma reflexão propositiva sobre como os observatórios podem colaborar para fortalecer as políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher.

A relevância do tema foi destacada por dados alarmantes apresentados na abertura: o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que, em 2023, 1.467 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, o maior número registrado desde a criação da Lei Maria da Penha. Em Santa Catarina, a taxa foi de 1,5 mortes por 100 mil mulheres, superando a média nacional. Em 2024, os números de violência de gênero continuaram crescendo, com o registro de 87.500 vítimas de estupro e estupro de vulnerável, 1.492 feminicídios (dos quais 63,6% das vítimas eram mulheres negras e 64% foram mortas dentro de casa por parceiros ou ex-parceiros), além de 747.683 casos de ameaça contra mulheres.

Um dos destaques do seminário foi a mesa-redonda de abertura, intitulada “Dados e Políticas Públicas em Prol das Mulheres: Transformando Decisões para um Futuro Mais Justo”, mediada por Cibelle Farias, vice-coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher de Santa Catarina. A participação da professora Joana Célia dos Passos, vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), chamou atenção por sua análise aprofundada sobre a violência política de gênero no contexto acadêmico.

Joana Célia dos Passos, que também é pesquisadora e ativista feminista e antirracista, iniciou sua fala ressaltando a importância de “nomear essas violências”. Segundo ela, a universidade, como parte da sociedade, também reproduz violências estruturais, incluindo o patriarcado, discriminações, xenofobia e racismo, que se manifestam em diferentes níveis hierárquicos.

A vice-reitora enfatizou que “a universidade é uma síntese da sociedade brasileira”, e que as mulheres em posições de poder dentro dessas instituições podem “assegurar direitos para outras mulheres”. Contudo, ela alertou que nem todas as mulheres em cargos de poder têm esse compromisso, citando exemplos de lideranças que não adotam uma postura de defesa dos direitos femininos.

Ao abordar a violência política de gênero em espaços universitários, Joana Célia dos Passos destacou diversas formas de manifestação:

  • Assédio sexual e moral: que afeta predominantemente mulheres negras, indígenas e LGBTs.
  • Descredibilização do trabalho de pesquisadoras: evidenciada pela predominância de homens nas referências bibliográficas e pela menor obtenção de financiamento para estudos conduzidos por mulheres.
  • Sub-representação em cargos de poder: apesar de serem maioria entre estudantes e professoras, as mulheres representam apenas 30% das reitoras e vice-reitoras no Brasil.
  • Violência online e perseguição: com aumento de denúncias após a implementação de protocolos de atendimento, que incluem desde “nudes” até xingamentos.
  • Masculinização de áreas do conhecimento: citando departamentos da UFSC que não possuem nenhuma mulher docente, o que dificulta a atração de meninas para áreas de exatas e tecnologia.

A vice-reitora compartilhou resultados preliminares de um estudo que vem conduzindo com reitoras e vice-reitoras de universidades federais, revelando um sentimento de “deslegitimação no exercício do cargo” e um “processo de isolamento institucional e falta de condições adequadas para o pleno exercício da função”. Ela também destacou a persistência da narrativa de que as mulheres “nunca estão prontas para os cargos”.

Para enfrentar esses desafios, Joana Célia propôs o fortalecimento de políticas de equidade de gênero nas universidades, a criação de canais seguros para denúncias de assédio e discriminação, a promoção da representatividade de mulheres e grupos LGBT+ em cargos de decisão, e a educação da comunidade acadêmica sobre violência de gênero e intersexualidades.

Durante sua apresentação, ela também exibiu o “Guia de Direitos diante da Violência Política contra Mulheres”, produzido em parceria com o Ministério das Mulheres, e destacou a necessidade de expandir a legislação atual, que hoje se limita a cargos eletivos, para abranger outras formas de violência política.

Encerrando sua participação, Joana Célia dos Passos citou a poetisa Conceição Evaristo, deixando uma mensagem de resiliência e força feminina:

“A noite não adormece nos olhos das mulheres, há mais olhos que sono, pois ecoam as vozes de nossas bisavós, avós, mães e tias.”

O seminário reforçou a necessidade de ações articuladas entre todos os poderes e a sociedade civil para garantir a segurança e os direitos das mulheres. A mensagem de Joana Célia dos Passos foi enfática: é preciso enfrentar a violência em todos os seus âmbitos, inclusive no acadêmico.

Assista ao seminário na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: AlescJoana Célia dos PassosSeminário Internacional de Observatórios de Violência contra a MulherUFSC

Painel Interativo redefine a Gestão de Compras na UFSC

15/08/2025 13:25

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Pró-Reitoria de Administração (PROAD), alcançou um marco significativo com o lançamento do Painel de Gestão de Compras em 2024. Desenvolvido a partir de tecnologias de Business Intelligence (Power BI), uma plataforma que transforma dados brutos em análises visuais e interativas, a solução proporciona maior eficiência e transparência nos processos de compras da instituição.

O painel atende a três pilares: Planejamento, Gestão e Transparência. A ferramenta de gestão é fruto de um trabalho iniciado em 2015, quando o Departamento de Compras (DCOM) implementou um calendário consolidado para organizar as demandas. Em 2017, foram criadas listas de itens em planilhas online, que ajudaram a consolidar as necessidades das unidades da UFSC, fornecidas como base para os processos licitatórios.

Entre 2019 e 2021, a automatização dos pedidos de compras trouxe avanços significativos. As listas passaram a ser importadas para o Sistema de Compras e Licitações (SCL), permitindo a criação automática de pedidos de compra e o controle de saldos das atas de registro de preços. Nesse modelo, as unidades inserem suas demandas em planilhas on-line, que são analisadas e consolidadas pelo DCOM antes de serem transformadas em processos de compra. Em 2022, o controle dos saldos das unidades foi incorporado diretamente ao SCL, reduzindo a necessidade de intervenção manual e aumentando a segurança nas emissões de empenho.

Quatro visões principais estruturam o painel: Planejamento, que apresenta dados consolidados sobre as compras planejadas por toda a UFSC; Licitação, que mostra os valores estimados nas pesquisas de preços e as reduções obtidas durante as negociações da licitação; Execução, que fornece informações sobre o percentual de acionamento das atas de registro de preços; e Processos Administrativos, que acompanham os processos autuados para a apuração de supostas irregularidades e descumprimentos por parte de fornecedores.

Em 2023, os esforços se concentraram na revisão e consolidação de processos e dados, ajustando procedimentos para garantir maior confiabilidade nas informações. Esse trabalho culminou no lançamento do Painel em 2024, centralizando e organizando informações anteriormente fragmentadas em relatórios diversos. Agora, essas informações estão disponíveis de forma visual e interativa, alinhadas às diretrizes do Observatório UFSC.

A versão inicial do painel foi criada pelo servidor do DCOM, Fábio Frozza, com o apoio de colegas do Departamento e da PROAD. Na gestão atual, o sistema foi ampliado, passando a contar com mais três módulos, e reúne dados de diversas fontes, como o SCL, sistemas administrativos da UFSC, planilhas internas e o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI).

A consolidação do painel trouxe um dado relevante: constatou-se que apenas 30% de todas as atas de registro de preços criadas na UFSC são executadas. Segundo o pró-reitor Vilmar Michereff Junior, isso se deve tanto à redução orçamentária quanto à falta de um planejamento mais eficiente. Essa realidade, segundo o gestor, reforça “a importância de monitorar as demandas de capacidade de execução, otimizando recursos humanos e administrativos”.

Michereff explica que os próximos passos incluem a ampliação do uso do painel pelas unidades da UFSC, a apresentação da ferramenta aos gestores, o aprimoramento da visão de Execução e a integração ao Plano de Contratações Anuais (PCA). Além disso, poderá ser usado para definir e acompanhar indicadores do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

O Painel de Gestão de Compras representa um avanço significativo na Administração Pública. “Além de ser uma ferramenta de controle interno, promove a transparência, permitindo que a comunidade universitária acompanhe os processos de forma clara e acessível. Trata-se de um marco na modernização da gestão da Universidade, que reafirma seu compromisso com a eficiência e a inovação nos processos administrativos”, ressalta o pró-reitor.

Mais informações no site da Proad.

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: Painel de Gestão de ComprasPró-Reitoria de AdministraçãoPROADUFSC

UFSC é novamente premiada como a Universidade mais lembrada na região

15/08/2025 12:58

Fotos: Agência J Somensi. Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conquistou o prêmio Top of Mind 2025 como a universidade mais lembrada pela população da Grande Florianópolis. A premiação, promovida pela NSC Comunicação, ocorreu na noite desta quinta-feira, 14 de agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), e contou com a presença de lideranças e representantes de diversas instituições. O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, representou a Universidade na cerimônia.

Realizado há 30 anos, o Top of Mind reconhece os nomes e marcas mais presentes na memória dos catarinenses, abrangendo diferentes setores da economia e da sociedade. Na categoria “Universidade/Faculdade”, o prêmio foi resultado de uma pesquisa espontânea, onde os(as) entrevistados(as), sem receber opções prévias de resposta, foram convidados(as) a apontar o nome da universidade ou faculdade que mais lembravam.

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza

O reitor Irineu Manoel de Souza destacou a importância do reconhecimento: “Ser, mais uma vez, reconhecida como a instituição mais lembrada pela sociedade é motivo de grande orgulho e reflete o impacto transformador das nossas ações na vida das pessoas e na realidade ao nosso redor. Este prêmio reafirma nossa relevância para Santa Catarina e para o Brasil, consolidando-nos como um patrimônio coletivo e uma referência em ensino, pesquisa e extensão. Há mais de seis décadas, temos impulsionado a produção de ciência e tecnologia, além de contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado, sempre com o compromisso inabalável de oferecer uma educação pública, gratuita e de excelência.”

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

Tags: Grande Florianópolismarca mais lembradaNSC ComunicaçãoTop of Mind 2025UFSC