Reitores esperam suplementação de R$ 1,75 bilhão no orçamento das universidades

17/02/2023 11:25

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, espera que a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) anuncie no mês de março como será a distribuição dos recursos de uma suplementação orçamentária prometida pelo governo federal. Existe a expectativa de que essa suplementação seja de R$ 1,75 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão seriam destinados para a rubrica de custeio e R$ 250 milhões direcionados às verbas de capital, para investimentos em obras nas universidades.

Reitores com a Secretária de Educação Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho (Foto: Divulgação)

O reitor esteve em Brasília participando da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do evento no Palácio do Planalto em que foram anunciados os reajustes das bolsas de pós-graduação, de iniciação científica e de permanência. Ele aproveitou a viagem para uma reunião na Sesu, onde foi abordada a questão da instalação do curso de Medicina em Curitibanos, e encontro com servidores dos setores técnicos do MEC.

Em relação à suplementação orçamentária, o professor Irineu considera que ela poderia resolver a questão do custeio das Universidades, que tem sido uma tarefa complexa nos últimos anos. O orçamento da UFSC para 2023, elaborado no governo anterior, é menor do que o orçamento do ano passado, por isso a recomposição tem importância vital.

O valor de R$ 250 milhões para investimentos é insuficiente, na avaliação do reitor, considerando que seria dividido entre 69 universidades federais do País. Irineu observa, no entanto, que existe promessa do governo federal de retomar obras paradas, especialmente na área da Educação. A sugestão dos reitores, apresentada à secretária da Sesu, é de que os recursos sejam distribuídos de acordo com a matriz da Andifes, que leva em conta o porte das instituições.

Autonomia universitária

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou de reunião da Andifes (Foto: Divulgação)

O professor Irineu considerou histórica a participação da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na reunião da Andifes – foi a primeira vez que um ministro da área participou do encontro. Na ocasião, os dirigentes reivindicaram que o MCTI se envolva na garantia da autonomia universitária. O reitor citou que o Brasil tem grande relevância em artigos acadêmicos mas ainda é incipiente na questão de patentes. “É preciso uma reestruturação da área de ciência e tecnologia para transformar artigos em produtos e práticas”, disse o reitor.

O reajuste e ampliação do número de bolsas é visto como uma decisão muito importante do governo. A UFSC mantém várias bolsas próprias para dar conta de suas necessidades e agora existe o desafio de preservar e equiparar o valor dessas bolsas. Para isso, a Universidade avalia promover uma reestruturação do ressarcimento institucional proveniente de projetos.

Em relação ao quadro de pessoal das universidades, o reitor vê a situação como bem difícil, uma vez que os servidores estão há sete anos sem reajuste salarial. Isso está levando as universidades a perderem profissionais qualificados para as empresas, evidenciando a necessidade de recomposição dos salários e do número de servidores técnico-administrativos e docentes. De acordo com o reitor, a solução passa pela abertura de novos concursos, com a reativação de alguns cargos, como o de intérpretes e tradutores de Libras.

O professor Irineu ressalta a importância de garantia da autonomia universitária, para que essas instituições possam cumprir o seu papel de transformar a sociedade. Ele reconhece que há um compromisso forte do governo federal com a autonomia, principalmente de garantia da posse dos dirigentes escolhidos pela comunidade universitária.

Veja os principais trechos do relato do reitor:

 

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UFSC lança no Colégio de Aplicação editais de incentivo às mulheres na ciência

13/02/2023 14:37

Turma do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação (Fotos: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Uma apresentação para a turma do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação foi a forma adotada pela gestão da UFSC para lançar oficialmente importantes iniciativas que visam estimular o envolvimento de meninas e mulheres com a ciência.

Um grupo formado majoritariamente por mulheres foi responsável pela apresentação: a vice-reitora Joana Célia dos Passos; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro; a pesquisadora Camila Pagani, da Coordenadoria Administrativa e Financeira da Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) e a professora Miriam Pillar Grossi, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG). Elas estavam acompanhadas do professor George Luiz França, coordenador de educação básica da Prograd e professor do Colégio de Aplicação.

A escolha da turma do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação para lançamento dos editais não foi casual: é a turma da estudante Rosa Maria Miranda, que se notabilizou após descobrir sete asteroides em um programa da Nasa. Rosa Maria tornou-se uma entusiasta da divulgação científica.

As iniciativas divulgadas pelo grupo aos alunos são o lançamento do edital do Prêmio Mulheres na Ciência 2023, que chega à terceira edição; uma chamada para apoiar o financiamento de projetos de pesquisa e inovação liderados por professoras e um edital com o objetivo de apoiar a política de Iniciação Científica para o Ensino Médio desenvolvida pela UFSC.

Além disso, professora Joana Célia dos Passos anunciou uma parceria com o IEG para a criação de um programa de longo prazo para estimular o engajamento de meninas do Ensino Médio em carreiras de informática, tecnologia, engenharias, física e matemática. Essas carreiras, designadas pela sigla STEM, ainda têm pouca participação feminina.

“Queremos ampliar o papel das mulheres na produção do conhecimento”, disse a professora Joana. O professor George lembrou aos estudantes que, agora no Ensino Médio, eles também poderão se engajar em projetos de pesquisa. E a professora Mirian Grossi destacou que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) também tem um prêmio para a categoria Ensino Médio.

Leslie Chaves, Miriam Grossi, Rosa Maria Miranda, Joana Célia dos Passos e Dilceane

Estudantes conheceram iniciativas da UFSC para incentivo à participação das mulheres na ciência

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Fortaleza reabre ao público com música e teatro: “função múltipla da UFSC”, diz reitor

12/02/2023 21:09

Dona Bilica e Banda Cucamonga se apresentam na Capela.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, em Florianópolis, reabriu à visitação neste domingo, 12 de fevereiro, com música e teatro. A Dona Bilica, personagem da cultura local, atraiu o público até a Capela da fortificação para contar causos da Ilha de Santa Catarina e foi acompanhada da Banda Cucamonga. O evento foi organizado pela Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A fortaleza abre todos os dias, das 8h30 às 18h30. Visite o site da CFISC para mais informações.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa passou recentemente por obras de restauração e requalificação, projetadas e executadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A UFSC é a gestora do monumento, assim como administra a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones – todas na baía norte da Grande Florianópolis.

Para marcar a reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, houve uma cerimônia com presença do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza. “É um momento de bastante alegria para nossa Universidade. Um momento de paz e reestruturação. Também é um momento de valorização da arte, da cultura e do esporte”, discursou o reitor.
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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: UFSC lança ações para equidade

10/02/2023 14:20

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lança na próxima segunda-feira, 13 de fevereiro, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) e da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), três editais de estímulo à participação de mulheres e meninas nas ciências. Os documentos serão apresentados às 9h, na sala de aula do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação (CA), no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis, onde estuda Rosa Maria Miranda, jovem que descobriu sete asteroides a partir de um programa da NASA em 2022.

Os editais são:

  • Edital do Prêmio Mulheres na Ciência 2023, que premia mulheres da UFSC por suas carreiras científicas.
  • Chamada para apoiar o financiamento de projetos de pesquisa e inovação de professoras, com valor superior a R$ 1 milhão, para busca da equidade.
  • Formulação de uma política institucional da UFSC para estimular a entrada de estudantes do Ensino Médio nas carreiras científicas.

O lançamento é, também, uma forma de registrar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data criada pela Unesco e celebrada neste sábado, 11 de fevereiro. Os detalhes dos editais serão divulgados na segunda-feira.

Confira o vídeo da vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, em homenagem às mulheres e meninas cientistas:

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Fórum de Reitores das Instituições Públicas de SC retoma atividades

03/02/2023 11:53

Reitores das instituições públicas de educação superior de Santa Catarina reuniram-se no gabinete da Reitoria da UFSC (Foto: Robson Ribeiro / Secretaria de Comunicação da UFSC)

Os reitores das universidades Federal de Santa Catarina (UFSC), do Estado de Santa Catarina (Udesc), Federal da Fronteira Sul (UFFS) e dos institutos federais Catarinense (IFC) e de Santa Catarina (IFSC) reuniram-se na tarde desta quinta-feira, 2 de fevereiro, para retomar os trabalhos do Fórum de Reitores de Instituições Públicas de Educação Superior de Santa Catarina.

O Fórum iniciou as atividades em 2013, quando os então dirigentes máximos encaminharam ações relacionadas a pautas e problemáticas comuns das instituições de ensino sediadas em Santa Catarina. Porém, os trabalhos foram paralisados há cerca de cinco anos. A proposta é tornar o Fórum de Reitores uma iniciativa permanente, que vá além das atuais gestões das instituições. 

A retomada dos trabalhos foi iniciativa do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, e da vice-reitora, Joana Célia dos Passos. “É importante que as instituições tenham uma atuação integrada em defesa da universidade pública”, ressaltou Irineu. “Quanto mais nós estreitarmos as relações, ficará mais fácil enfrentar os nossos desafios, que são enormes e diários”, disse.

“Nós potencializamos o desenvolvimento das regiões onde estamos inseridos. E isso pode ser ampliado se discutirmos conjuntamente questões estratégicas”, acrescentou a vice-reitora Joana. Ela salientou também a importância de se olhar para a atuação das instituições considerando o território catarinense como um todo.

O reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior, enfatizou a pertinência da articulação entre as instituições, em especial após os ataques difamatórios sofridos pelas universidades e institutos federais nos últimos anos. “Precisamos defender as instituições e a educação como bem público”.

O reitor da UFFS, Marcelo Recktenvald, frisou que as instituições têm as suas especificidades dentro do ecossistema de educação, tecnologia e inovação e hoje enfrentam desafios que não estavam postos poucos anos atrás, tal como o preenchimento de vagas. Ele defendeu a busca de interlocução com outras instituições da área de educação do Estado.

Dilmar Baretta, reitor da Udesc, sugeriu que haja articulação entre as instituições com vistas à participação em editais de fomento à pesquisa e inovação e propôs a elaboração de uma agenda conjunta de conversas com integrantes do governo estadual e da Fapesc. Ele também propôs que as instituições compartilhassem os seus planos estratégicos. “Podemos colaborar mutuamente em questões de expansão e autonomia”.

A reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, ressaltou a importância de investir os recursos públicos em instituições públicas e destacou a capilaridade alcançada pelos institutos e universidades de Santa Catarina. Ela também propôs envolver nos debates do Fórum as pró-reitorias de Ensino, para avaliar o impacto da oferta de cursos semelhantes numa mesma região do Estado.

Entre as pautas que deverão ser discutidas conjuntamente entre as cinco instituições estão sistemas de ingresso, permanência estudantil, gestão de pessoas, oferta de cursos e disciplinas, colaboração técnica, mobilidade e busca de emendas parlamentares, entre outros. O Fórum será coordenado pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, com a reitora do IFC, Sônia Regina Fernandes, como vice-coordenadora. A ideia é que os encontros presenciais sejam semestrais, com reuniões on-line quando necessário.

 

Por Ana Paula Lückman e Luís Carlos Ferrari | Jornalistas do IFSC e da UFSC

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