Dia das Mulheres: “O fato de eu estar nesse lugar tem inspirado meninas”, conta vice-reitora

08/03/2023 10:37

Em uma gestão que tem como meta a paridade de gênero, Joana Célia dos Passos garante: “Eu não me sinto só”

Em 5 de julho de 2022, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passou a ter como vice-reitora uma mulher negra, ativista, reconhecida internacionalmente por sua atuação. Joana Célia dos Passos atuou, até sua nomeação, como diretora do Centro de Ciências da Educação (CED) da universidade. Participou da criação da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad) durante a gestão de Luiz Carlos Cancellier. Professora por quase 40 anos, sendo 29 no ensino superior, ela é mestra e doutora em Educação pela UFSC. As relações raciais na América Latina foram o tema de pós-doutorado de Joana na Universidad Autónoma de México (Unam). Exerceu a docência no Departamento de Estudos Especializados em Educação e nos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e Pós-Graduação Interdisciplinar de Ciências Humanas (PPGICH).

Cerimônia de posse de Joana Célia dos Passos como vice-reitora da UFSC Foto: Stefani Ceolla/Apufsc

Joana tem ampla experiência na concepção e execução de políticas públicas para a educação. Coordenou, por exemplo, a formulação de políticas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para trabalhadores e trabalhadoras rurais, e atuou como consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) na formulação de políticas de EJA.

É esta visão de mundo, que perpassa questões de gênero e de raça, que Joana trouxe para a gestão da UFSC. “Como vice-reitora, nesses oito meses da nossa gestão, eu tenho acompanhado, participado e contribuído com a formulação das políticas gerais da UFSC. Isso significa dizer que não estou atuando somente nas perspectivas das questões de gênero, e isso é muito importante. Porque o olhar que eu trago para a gestão, nas diferentes ações, se orienta por esse meu pertencimento de gênero e racial. Eu tenho feito essas ponderações em todos os momentos”, afirma.

Nesse espaço, Joana garante: “Eu não me sinto só”. Ela explica: “Tem um conjunto de mulheres que integram o primeiro escalão da gestão por conta da paridade de gênero que estabelecemos como meta. tem muitas mulheres que estão atuando para fazermos uma universidade na perspectiva das mulheres”.
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UFSC participa de reunião do Programa de Combate à Desinformação do STF

02/03/2023 10:24

Encontro de parceiros do Programa de Combate à Desinformação do STF foi no plenário da 1ª turma (Fotos: Divulgação STF)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) marcou presença na reunião do Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF), realizada na segunda-feira, 27 de fevereiro, na sede do tribunal, em Brasília. No encontro, convocado pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, a Corte lançou o projeto “STF na Escola”. Também foram apresentadas ações das entidades parceiras do STF no programa e planejadas futuras ações. Lançado em agosto de 2021, o Programa de Combate à Desinformação do STF conta atualmente com 56 instituições parceiras, das quais 22 são universidades.

A UFSC tornou-se parceira do Supremo no começo do ano de 2022, representada pela Comissão de Confiabilidade Informacional e Combate à Desinformação no Ambiente Digital (Cidad). Inicialmente vinculada à Biblioteca Universitária, a Cidad transformou-se posteriormente em um projeto de extensão multiinstitucional (UFSC e Udesc). O coordenador de Imprensa do Gabinete da Reitoria e integrante do Cidad, jornalista Luís Carlos Ferrari, representou o reitor Irineu Manoel de Souza no encontro. “A Universidade Federal de Santa Catarina tem se colocado de maneira inequívoca em defesa da democracia e das instituições. Para tanto, faz-se necessário combater a desinformação e garantir o acesso da sociedade a informações confiáveis. A comunidade universitária tem muito a contribuir nas iniciativas de combate à desinformação”, afirma o reitor.

Ministra Rosa Weber ressaltou importância do combate à desinformação para preservação da democracia

A ministra Rosa Weber fez a saudação aos presentes na abertura da reunião. Na sua fala, ela referiu-se como “Dia da Infâmia” ao 8 de janeiro de 2023, no qual vândalos golpistas atacaram as instituições democráticas do Brasil, causando grande depredação nos prédios dos Três Poderes da República. A sede do Supremo foi a edificação mais atacada, porém a ministra enfatizou que os criminosos não lograram êxito em afetar as atividades administrativas e jurisdicionais do STF. O ano judiciário do Supremo foi iniciado na data prevista, em 1º de fevereiro, embora o prédio esteja até hoje passando por restaurações e reformas.

De acordo com a ministra, a data do encontro tem forte simbolismo, pois aconteceu próxima do aniversário de 132 anos da promulgação da primeira Constituição Republicana do Brasil, em 1891. O STF exerce relevante papel na defesa do Estado Democrático de Direito, destacou a presidente da Corte, mas nos últimos anos passou a ser alvo de práticas que buscavam minar a credibilidade do Judiciário. Decisões do tribunal foram deturpadas, distorcidas ou simplesmente inventadas. “O 8 de janeiro mostrou o quão prejudicial para a democracia são a desinformação, propagação de notícias falsas e os discursos de ódio”, afirmou Rosa Weber.

STF na Escola

O projeto STF na Escola, lançado no âmbito do Programa de Combate à Desinformação, tem como objetivo aproximar a Corte de crianças e jovens. Servidores e voluntários farão visitas a escolas para levar informações corretas sobre o STF, através de cartilhas, palestras e concursos de redação. Pesquisa recente citada no evento demonstrou que apenas 29% das pessoas conheciam o significado da sigla STF e só 16% sabiam citar o que diz a Constituição. A ministra Rosa Weber convidou as entidades parceiras a colaborarem na replicação do STF na Escola nos estados.

Outra iniciativa do Tribunal para se tornar mais conhecido da sociedade é o site STF com você.

 

 

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Reitor faz visita ao presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis

01/03/2023 14:39

Reitor foi convidado pelo presidente da Câmara para falar ao plenário (Fotos: Edio Helio Ramos/Assessoria de Imprensa da Câmara de Florianópolis)

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini, recebeu em seu gabinete, nesta terça-feira, 28 de fevereiro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e o chefe de Gabinete, professor Bernardo Meyer. Na visita de cortesia do reitor, foram mencionadas possíveis parcerias entre a Universidade e o Legislativo municipal. Participou do encontro no gabinete o irmão do vereador, Lucas Cobalchini, que é estudante da UFSC.

O professor Irineu mencionou questões muito importantes da Universidade e que estão recebendo atenção da gestão, como as cerca de seis mil vagas não ocupadas em diversos cursos. De acordo com o reitor, cerca de 65% dos estudantes que ingressam atualmente na UFSC são oriundos de famílias com baixa renda, que enfrentam dificuldades de permanência. Esse novo perfil dos estudantes representa um desafio para a manutenção e ampliação das políticas de assistência estudantil. O professor Irineu também informou sobre o avanço das tratativas para implantação do curso de Medicina no campus da UFSC de Curitibanos.

O presidente da Câmara colocou-se à disposição para apoio institucional à Universidade, mencionando que a pauta da educação não deve ser politizada, por tratar-se de algo que beneficia a todos. Ele informou que há um projeto tramitando na Câmara de Vereadores de rebatizar a Rua Antônio Edu Vieira, que está passando por obras de revitalização, com o nome do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier.

João Cobalchini também apresentou o projeto de criar, na Câmara, o Balcão da Cidadania, para oferecer serviços diversos ao cidadão, tais como confecção de documentos, cursos de capacitação profissional, elaboração de currículos e serviços de defensoria pública. O professor Bernardo Meyer afirmou que a Universidade poderia colaborar com o projeto, especialmente nos cursos de capacitação oferecidos pela Escola do Legislativo e em relação à defensoria pública, além de apoio técnico aos vereadores na elaboração de projetos.

Após a visita, o reitor foi convidado pelo presidente para fazer uma visita ao plenário, onde ocorria uma sessão. O reitor fez uma rápida fala onde ressaltou as iniciativas da UFSC de se aproximar da sociedade, incluindo não apenas órgãos públicos mas também entidades do setor produtivo e da sociedade civil. A presença do reitor na Câmara foi saudada por alguns vereadores, que aproveitaram para apresentar demandas que envolvem a Universidade. A visita foi encerrada com uma entrevista do reitor à TV Câmara.

João e Lucas Cobalchini entregaram presente ao reitor

Veja entrevista do reitor à TV Câmara:

 

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Professora Joana é conferencista de seminário internacional sobre ações afirmativas

28/02/2023 11:04

Professora Joana participou de mesa de abertura do seminário internacional (Foto: Divulgação)

A professora Joana Célia dos Passos, vice-reitora da UFSC, está participando do Seminário Ações Afirmativas no Brasil e na América Latina, promovido pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi uma das conferencistas da mesa de abertura do evento na segunda-feira, 27 de fevereiro, que tratou do tema “Ações afirmativas numa perspectiva comparada: América Latina”.

Nesta terça-feira, dia 28, o professor e pesquisador da UFSC Marcelo Tragtenberg participa da mesa “Acesso e Permanência e Egressos em Instituições Federais de Ensino Superior”.

De acordo com a professora Joana, o seminário tem como objetivo analisar o andamento das políticas de Ações Afirmativas no Brasil e também reunir pesquisadores da América Latina no intuito de construir estratégias coletivas voltadas para o ensino superior na região. “As ações afirmativas são a maior política de democratização da universidade na história do ensino superior brasileiro”, ressalta a vice-reitora.

O seminário tem participação de representantes de diversas universidades brasileiras e de instituições do México, Guatemala, Peru e Uruguai. “Ao mesmo tempo que cada país da América Latina tem as suas particularidades e processos sociais complexos e distintos, nós observamos diversos aspectos que nos aproximam, em virtude do processo de racialização e do racismo estrutural que impõe uma subalternidade para negros e indígenas”, diz a professora Joana. O evento dedica-se a análises, estudos e formulação de políticas acerca dessas desigualdades.

Na mesa que teve participação da professora Joana, houve uma discussão a partir de dados comparados entre os países, para analisar as desigualdades. “A UFSC tem um papel muito importante neste seminário”, acrescenta ela. A vice-reitora apresentou o que já foi construído na UFSC nestes sete meses e meio de gestão e afirma que houve grande receptividade às mudanças promovidas para ampliar a inclusão e a permanência de negros, indígenas e quilombolas na Universidade.

Até quarta-feira, 1º de março, serão abordados ainda os temas “Debates no Congresso Nacional, discursos e debate público sobre ações afirmativas”; “Ações afirmativas para quilombolas” e “Ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu”.

O evento tem transmissão ao vivo no YouTube

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RU Trindade: melhorias proporcionam segurança aos trabalhadores, economia e fortalecimento à permanência

24/02/2023 13:49

Limpeza é uma das últimas etapas para volta do funcionamento do RU da Trindade (Fotos: Henrique Almeida / Agecom)

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC.

“A necessária manutenção do RU é salutar ao serviço de alimentação para todos e todas estudantes da UFSC e reforça o nosso compromisso com a permanência estudantil”, declara a Pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, professora Simone Sobral Sampaio.

O RU da Trindade, o maior do sistema de restaurantes universitários da UFSC, é vital para o funcionamento do campus e também uma das principais estruturas da política de permanência estudantil. Em pleno funcionamento, o RU chega a produzir e servir 11 mil refeições num único dia. O número de estudantes isentos de pagamento nos restaurantes universitários da Universidade chega a 4.690 e a grande maioria destes usa o RU da Trindade.

As obras incluem pintura total da cozinha, substituição da instalação hidráulica para suprimento de água dos panelões, troca do piso que fica sob os panelões, além de consertos e limpeza em calhas de drenagem. Destas melhorias, a mais significativa foi a substituição do piso. O material refratário apropriado para este tipo de pavimento não foi encontrado em Santa Catarina e teve que ser trazido de São Paulo.

O novo piso sob os caldeirões, de blocos cerâmicos refratários, é adequado para suportar altas temperaturas

Os trabalhos de reforma foram coordenados pela Prefeitura Universitária (PU). Durante a interrupção do funcionamento do RU da Trindade, a comunidade universitária foi atendida no restaurante do Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado no bairro Itacorubi. Estudantes com cadastro na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) receberam auxílio-transporte para deslocamento até o local.

As melhorias realizadas são muito importantes para a segurança dos trabalhadores da cozinha, destaca Maria das Graças Martins, diretora do RU. De acordo com ela, desde a inauguração do novo prédio da UFSC nunca havia sido feita uma reforma no piso da área dos panelões. O salão de refeições do RU foi inaugurado em novembro de 2011, mas a cozinha onde está atualmente instalada começou a funcionar em fevereiro de 2012.

O atual prédio do RU da Trindade recebeu o nome de Edite Erotides do Nascimento, em homenagem a uma das primeiras cozinheiras do restaurante universitário, já falecida. Na época da inauguração, foi saudado por oferecer 1.500 lugares, mais que o dobro das instalações então existentes. O RU servia cerca de 7 mil refeições por dia, mas a demanda já era crescente. A cozinha estava equipada com oito caldeirões, sendo seis de 500 litros e dois com capacidade para 100 litros.

Uso intensivo

Panelões têm capacidade de 500 litros

A cozinha do RU dispõe atualmente de sete panelões, que fazem jus ao nome: cada equipamento tem capacidade para 500 litros. Neles são preparados vários tipos de alimentos, desde leguminosas (feijão, lentilha) arroz, macarrão e até carnes e legumes. Junto com chapas, fritadeiras e fornos combinados – que tanto assam e cozinham como fritam alimentos – os panelões possibilitam a preparação de toneladas de alimentos todos os dias. É necessário que os panelões estejam funcionando bem para que o RU possa preservar os horários das refeições.

Os primeiros panelões do RU foram comprados em 2011 e, após uma grande manutenção realizada em 2013, foram usados quase ininterruptamente – em período de aulas, o RU funciona de segunda a segunda, servindo duas refeições ao dia. Com o tempo, essas peças essenciais à cozinha do RU apresentam desgastes. Até mesmo o ambiente em que estão instalados necessita, de tempos em tempos, alguma reforma ou melhoria.

Os panelões são como minicaldeiras a vapor, explica Jean Alves Vieira, técnico em mecânica e chefe do setor de manutenção do RU. Trata-se de um sistema de gás-vapor, em que a panela propriamente dita (câmara de cozimento) não é aquecida diretamente pelo fogo do gás. O equipamento é um grande cilindro metálico de paredes duplas e espaçadas nas laterais e uma espécie de tanque no fundo. Esse tanque é abastecido com água, que sob o calor dos queimadores de gás se transforma em vapor. O vapor se distribui de maneira uniforme no fundo da panela e também nas paredes laterais, tornando o processo de cozimento mais uniforme e eficiente.

O controle da água é essencial no processo. Água em excesso significa que o alimento vai “cozinhar em banho-maria”, ou seja, mais lentamente e com maior consumo de gás. Já água de menos pode levar o equipamento ao superaquecimento, danificando-o. A rede de água que abastece os panelões, atualmente formada por canos para água quente, está sendo substituída por canos de metal de maior dimensão. Com isso, espera-se evitar problemas de pressão hidráulica e garantir o bom funcionamento dos equipamentos.

 

Uso intensivo e altas temperaturas comprometeram o piso sob os panelões (Foto: Divulgação)

Trabalhadoras capricham na limpeza dos equipamentos da cozinha

Cozinha do RU manipula diariamente toneladas de alimentos, para produzir e servir até 11 mil refeições ao dia

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