Gestão da UFSC cumpre agendas em Brasília, entre os assuntos o PAC das Universidades

24/10/2025 11:19

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, participa da reunião do Conselho Pleno da Andifes. Fotos: Andifes

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, cumpriu agendas oficiais em Brasília (DF), nos últimos dias 22 e 23 de outubro, com reuniões na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e na Secretaria de Educação Superior (SESu), do Ministério da Educação (MEC).

Na tarde desta quarta-feira (22), o reitor esteve no MEC para uma reunião agendada com o secretário de Educação Superior, Marcus Vinicius David, no Gabinete da SESu. Deste setor, também participaram da reunião a chefe de Gabinete, Marina Monteiro; o assessor Edson de Souza Almeida; e o diretor da Divisão de Formação Especializada (Difes), Juscelino Pereira Silva. Na ocasião, foram discutidos aspectos estratégicos do PAC das Universidades, incluindo prioridades de investimento, infraestrutura acadêmica e de pesquisa, e ações para fortalecimento da rede federal de ensino superior. Também se pautou a questão orçamentária e os novos cargos para servidores docentes e técnicos-administrativos em Educação.

A passagem pela sede da Andifes integrou a agenda do reitor em Brasília, onde participou da 183ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno, realizada entre os dias 22 e 23. O evento tradicionalmente reúne reitores(as), vice-reitores(as), parlamentares e especialistas para debater temas de relevância para a gestão e o futuro das universidades federais, com destaque para a inclusão, acessibilidade, financiamento e o uso de novas tecnologias.

Seminário Temático “Inclusão e Acessibilidade de Pessoas com Deficiência nas Universidades Federais” abriu a programação, com uma mesa temática moderada por Sonia Lopes Victor, vice-reitora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e relatada por Cassia Turci, vice-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre as palestrantes estavam Arlete Marinho Gonçalves, coordenadora do Colégio de Gestores de Núcleos de Acessibilidade das Universidades Federais (Conacessi/Andifes); Francéli Brizolla, vice-reitora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Lucélia Cardoso Cavalcante, vice-reitora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); e Sandra Nogueira, coordenadora-geral de Extensão (SESu/MEC). Após as palestras, interações e encaminhamentos, encerrou-se o primeiro dia de atividades.

O segundo dia da reunião teve a participação da deputada federal Dandara Tonantzin (PT/MG), que apresentou o Projeto de Lei nº 760/2025, voltado à recomposição orçamentária das universidades federais. Na sequência, foi firmado um Termo de Cooperação Técnica entre o MEC, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Andifes para a realização da Pesquisa Nacional sobre o Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes das Universidades Federais. O documento foi assinado por Marcus Vinícius David (secretário de Educação Superior), Ulysses Teixeira (diretor de Avaliação do Inep) e José Geraldo Ticianeli (presidente da Andifes). A pesquisa fornecerá dados atualizados sobre o perfil estudantil, fundamentais para aperfeiçoar as políticas de assistência e permanência no ensino superior público federal.

A pauta da reunião também incluiu inovação tecnológica e transformação digital. O diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Lisandro Granville, apresentou o Programa Nexus, voltado à expansão da conectividade e da infraestrutura digital nas universidades federais. O diretor da Anatel, Octavio Pieranti, abordou iniciativas conjuntas para ampliar o acesso à internet de alta velocidade e reduzir desigualdades regionais.

Outros temas incluíram defesa institucional e políticas afirmativas. O procurador da Advocacia-Geral da União (AGU), Jezihel Pena Lima, apresentou ações voltadas ao enfrentamento da violência contra as universidades federais, reforçando o compromisso com a integridade das instituições públicas. Já Anna Carolina Venturini e Maria Aparecida Chagas, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), discutiram a implementação da política de cotas em concursos públicos para docentes.

“Para a gestão da UFSC, estar na Andifes e na Secretaria de Educação Superior não é apenas acompanhar o debate, é influenciar decisões que viram resultados no nosso dia a dia”, afirmou o reitor Irineu. “Essa presença nos permite defender as prioridades que impactam nossos campi, assegurar recursos e novos cargos, estabelecer metas de acessibilidade e conectividade e alinhar diretrizes para o uso responsável de tecnologias. Participar dessas agendas garante que a voz da UFSC esteja representada, oportunizando entregas concretas para nossa comunidade acadêmica e para a sociedade catarinense.”

Com informações da: Andifes

Rosiani Bion de Almeida | Divisão de Imprensa do GR
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

Tags: AndifesInclusão e Acessibilidade de Pessoas com DeficiênciaSESU/MECUFSC

Reitores esperam suplementação de R$ 1,75 bilhão no orçamento das universidades

17/02/2023 11:25

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, espera que a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) anuncie no mês de março como será a distribuição dos recursos de uma suplementação orçamentária prometida pelo governo federal. Existe a expectativa de que essa suplementação seja de R$ 1,75 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão seriam destinados para a rubrica de custeio e R$ 250 milhões direcionados às verbas de capital, para investimentos em obras nas universidades.

Reitores com a Secretária de Educação Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho (Foto: Divulgação)

O reitor esteve em Brasília participando da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do evento no Palácio do Planalto em que foram anunciados os reajustes das bolsas de pós-graduação, de iniciação científica e de permanência. Ele aproveitou a viagem para uma reunião na Sesu, onde foi abordada a questão da instalação do curso de Medicina em Curitibanos, e encontro com servidores dos setores técnicos do MEC.

Em relação à suplementação orçamentária, o professor Irineu considera que ela poderia resolver a questão do custeio das Universidades, que tem sido uma tarefa complexa nos últimos anos. O orçamento da UFSC para 2023, elaborado no governo anterior, é menor do que o orçamento do ano passado, por isso a recomposição tem importância vital.

O valor de R$ 250 milhões para investimentos é insuficiente, na avaliação do reitor, considerando que seria dividido entre 69 universidades federais do País. Irineu observa, no entanto, que existe promessa do governo federal de retomar obras paradas, especialmente na área da Educação. A sugestão dos reitores, apresentada à secretária da Sesu, é de que os recursos sejam distribuídos de acordo com a matriz da Andifes, que leva em conta o porte das instituições.

Autonomia universitária

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou de reunião da Andifes (Foto: Divulgação)

O professor Irineu considerou histórica a participação da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na reunião da Andifes – foi a primeira vez que um ministro da área participou do encontro. Na ocasião, os dirigentes reivindicaram que o MCTI se envolva na garantia da autonomia universitária. O reitor citou que o Brasil tem grande relevância em artigos acadêmicos mas ainda é incipiente na questão de patentes. “É preciso uma reestruturação da área de ciência e tecnologia para transformar artigos em produtos e práticas”, disse o reitor.

O reajuste e ampliação do número de bolsas é visto como uma decisão muito importante do governo. A UFSC mantém várias bolsas próprias para dar conta de suas necessidades e agora existe o desafio de preservar e equiparar o valor dessas bolsas. Para isso, a Universidade avalia promover uma reestruturação do ressarcimento institucional proveniente de projetos.

Em relação ao quadro de pessoal das universidades, o reitor vê a situação como bem difícil, uma vez que os servidores estão há sete anos sem reajuste salarial. Isso está levando as universidades a perderem profissionais qualificados para as empresas, evidenciando a necessidade de recomposição dos salários e do número de servidores técnico-administrativos e docentes. De acordo com o reitor, a solução passa pela abertura de novos concursos, com a reativação de alguns cargos, como o de intérpretes e tradutores de Libras.

O professor Irineu ressalta a importância de garantia da autonomia universitária, para que essas instituições possam cumprir o seu papel de transformar a sociedade. Ele reconhece que há um compromisso forte do governo federal com a autonomia, principalmente de garantia da posse dos dirigentes escolhidos pela comunidade universitária.

Veja os principais trechos do relato do reitor:

 

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