Reitor recebe pauta de reivindicações de servidores técnico-administrativos em greve

26/04/2024 17:36

Reitor recebeu a pauta local de reivindicações dos servidores (Fotos: Luís Carlos Ferrari/Secom)

O reitor Irineu Manoel de Souza e integrantes da Comissão de Interlocução com o comando de greve reuniram-se nesta sexta-feira, 26 de abril, com servidores Técnico-administrativos em Educação (TAEs). Os servidores entregaram ao reitor um conjunto de reivindicações que denominaram de “pauta local” da greve. Ao receber o documento, no final da reunião, o reitor afirmou que a gestão da Universidade vai se debruçar sobre a pauta e dará retorno o mais brevemente possível.

 

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Reitor da UFSC manifesta posição contrária à judicialização da greve dos TAES

27/03/2024 18:41

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, vem a público esclarecer questões relacionadas a medida judicial com impacto sobre a greve de servidores técnico-administrativos lotados no Hospital Universitário (HU) Professor Polydoro Ernani de São Thiago.

Na terça-feira, 26 de março, após reunião do Conselho Universitário, o reitor reuniu-se em seu gabinete com o superintendente do hospital, Spyros Dimatos, em busca de informações sobre a decisão judicial que determina o retorno ao trabalho de parcela dos trabalhadores em greve. O gestor do HU relatou ao reitor que, desde o início da greve nacional dos TAES, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) acompanha a situação de todos os hospitais universitários sob sua administração para avaliar o impacto da paralisação sobre o atendimento à população.

O HU faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e é prestador de serviços à Secretaria de Saúde do Estado, que repassa cerca de 80% dos recursos orçamentários do hospital. Assim, a Secretaria de Saúde reporta diretamente à Ebserh nacional, em Brasília, toda situação que tem impacto no atendimento de pacientes.

O reitor esclarece que a ação judicial questionando a greve partiu da Ebserh-Brasília e não foi iniciativa do superintendente do HU. Essa afirmação é reforçada pela notícia de que a Ebserh entrou também com ação judicial contra a greve dos TAES que trabalham no hospital universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Essas informações e esclarecimentos foram levados pelo reitor ao comando da greve, durante reunião realizada nesta quarta-feira, 27 de março.

O professor Irineu reafirmou à categoria que a Reitoria da UFSC não concorda com a judicialização da greve e neste sentido criou uma comissão de interlocução com a categoria para tratar de temas urgentes e essenciais ao funcionamento da Universidade. Essa comissão já realizou diversos encontros com representantes dos TAES. A Reitoria, segundo Irineu, entende que os servidores do Regime Jurídico Único (RJU) que trabalham no hospital não são subordinados à Ebserh – no caso da UFSC, não houve cessão de servidores à referida empresa.

Por entender que estas questões devem ser encaminhadas e resolvidas por meio do diálogo e da negociação, o reitor informou aos servidores que levará a questão da greve à comissão de Hospitais Universitários da Andifes, da qual faz parte. Ele também se comprometeu a entrar em contato diretamente com a presidência nacional da Ebserh para informar sobre a situação da UFSC e apelar para a negociação da greve.

 

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Reitor e pró-reitores participam de audiência pública com estudantes da UFSC

25/03/2024 17:19

Audiência pública foi realizada na Sala dos Conselhos (Fotos: Maykon Oliveira/Agecom/UFSC)

O reitor Irineu Manoel de Souza, pró-reitores e gestores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participaram nesta segunda-feira, 25 de março, de audiência pública convocada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). A audiência, realizada na Sala dos Conselhos, foi solicitada pelos discentes para discussão de diversas demandas relacionadas à greve dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) e outras questões relevantes para o movimento estudantil.

Após uma fala inicial dos representantes do DCE, Mariah de Moraes e Lucas Rigoli, o professor Irineu relatou que participou na quarta e quinta-feira da semana passada de uma reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na qual estiveram presentes representantes de entidades sindicais dos TAEs (Fasubra) e dos docentes das universidades (Andes e Proifes).

O reitor informou aos presentes que foi criada no âmbito da Reitoria uma comissão de interlocução com o comando de greve dos TAEs, para tratar de questões urgentes e essenciais ao funcionamento da Universidade. Após um breve relato sobre os encaminhamentos realizados em questões como matrículas e validações, formaturas, funcionamento das clínicas de odontologia, situação dos estagiários do Colégio de Aplicação e formação de um gabinete emergencial para tratar de permanência estudantil, o reitor passou a palavra aos pró-reitores e demais gestores.

A pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro, informou que neste momento está ocorrendo o processo de matrículas, que deve ser encerrado até o dia 11 de abril. Ela disse que existem matrículas dependentes de análise pelas comissões da Política de Ações Afirmativas e outras represadas nas coordenações de curso. E anunciou a decisão da Prograd de não realizar novas chamadas de alunos aprovados. Dilceane demonstrou preocupação com a ocupação das vagas nos cursos, que está abaixo do esperado.

O professor George Luiz França, coordenador de Educação Básica da Prograd, acrescentou que o Colégio de Aplicação está funcionando no momento em sistema de rodízio de suspensão de turmas. Ele disse que foi realizada uma reunião com os estagiários do CA na quinta-feira para tratar das demandas apresentadas por eles, incluindo maior clareza das atribuições deles nos Termos de Estágio.

Apoio à permanência

Reitor e integrantes da gestão apresentaram informações e responderam perguntas dos estudantes

Sérgio Leandro da Silva, diretor de Validações da pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), afirmou que existem ainda pouco mais de 300 validações pendentes, sendo cerca de 160 para ingresso no primeiro semestre. Mesmo com a maioria dos servidores do setor em greve, ele disse esperar concluir mais 57 validações para ingresso no primeiro semestre. As validações são necessárias para conclusão do processo de matrícula e posterior solicitação de benefícios assistenciais pelo estudante.

A professora Simone Sampaio, da pró-reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae), manifestou concordância com a criação do gabinete emergencial reivindicado pelos estudantes. Ela explicou a impossibilidade da adoção de medidas alternativas emergenciais no caso de fechamento do Restaurante Universitário. De acordo com a professora Simone, a manutenção dos Restaurantes Universitários da UFSC teve um investimento de R$ 25,4 milhões em 2023, recursos provenientes do orçamento geral da universidade – as verbas do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) são usadas, na UFSC, para o pagamento de bolsas e auxílios.

Na sequência, a palavra foi repassada ao público presente à audiência, formada principalmente por estudantes e TAEs. Os estudantes apresentaram questionamentos sobre o funcionamento da Biblioteca Universitária (BU), e sobre os prazos para o ajuste excepcional de matrículas, entre outras. O professor João Luiz Martins, diretor-geral do gabinete do reitor, explicou que o espaço de estudos da BU permanece aberto e que não haverá cobrança de multa por atraso na devolução de livros durante o período da greve. A professora Dilceane afirmou que o Calendário Acadêmico aprovado pelo Conselho Universitário contemplou dois períodos para ajuste de matrícula on-line e mais um período para ajuste excepcional, antes do início do semestre.

Em outra rodada de perguntas, os estudantes questionaram sobre o calor nas dependências do Restaurante Universitário, a situação do curso de Serviço Social e as iniciativas da Reitoria em relação à recomposição orçamentária da UFSC.

O reitor Irineu Manoel de Souza explicou a difícil situação enfrentada pelas universidades em relação a recursos – na UFSC, o déficit previsto nas contas este ano está na casa dos R$ 35 milhões. Ele ressaltou também a redução no número de servidores, com muitos cargos extintos e falta de atratividade em razão dos baixos salários. De acordo com o reitor, a Universidade tem hoje 325 contratos ativos para a manutenção de diversos serviços.

O professor Irineu também relatou as iniciativas no âmbito da Andifes em busca da recomposição orçamentária, que incluem reuniões com os ministérios da Fazenda, Planejamento e da Gestão e Inovação, além de encontros com as bancadas parlamentares. A Andifes agora solicitou reunião diretamente com o presidente Lula para tratar desta questão.

 

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