UFSC subscreve Carta-Manifesto à COP30; vozes da ciência pelo futuro do planeta

06/11/2025 14:48

Resultado das reflexões do V Planeta.Doc Conferência, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em setembro de 2025, a Carta-Manifesto à COP30 reúne propostas e ideias de cientistas e pensadores do Sul Global, buscando caminhos para uma mudança biocêntrica baseada na valorização dos bens comuns, na inovação e na cooperação. Este e-book, que será enviado à Presidência da COP30, conta com o apoio de entidades como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a UFSC e outras instituições de ensino superior.

A Carta-Manifesto é, sobretudo, um chamado à ação coletiva frente à urgência da crise climática. O texto reflete um pensamento vivo e plural, nascido das discussões realizadas durante os painéis do encontro, e reafirma o papel central da ciência, da cultura e da educação como motores de transformação rumo a uma nova civilização ecológica. Aberta pelo sociólogo mexicano Enrique Leff, uma das maiores autoridades em ecologia política, a Carta é um mosaico de contribuições éticas, científicas e culturais que busca articular respostas concretas para os desafios climáticos globais.

O documento conta com a participação de nomes de destaque, como a ativista canadense Maude Barlow, reconhecida mundialmente pela sua luta pelo direito humano à água, o economista Ladislau Dowbor e o diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do MMA, Marcos Sorrentino. Além disso, a UFSC é representada por um grupo de renomados professores e pesquisadores, entre eles Paulo Horta, especialista em Biologia Marinha; Luiz Fernando Scheibe, geólogo e referência em Gestão de Recursos Hídricos; Jacques Mick, pró-reitor de Pesquisa e Inovação; Rafael Devos, antropólogo e pesquisador do Coletivo CANOA; Belinda Cunha, pesquisadora em Racionalidade Jurídica e Ambiental; João Rivelino Rezende Barreto, da etnia Tukano, doutor em Antropologia Social; Clarissa Stefani Teixeira, Diretora de Inovação; Helena Flávia Naspolini, especialista em energias renováveis; Alessandra Larissa Fonseca, pesquisadora em educação ambiental marinho-costeira; Milena Veiga, coordenadora do Centro de Inovação InPETU Hub; e Antonio Carlos Wolkmer, especialista em Sociologia Jurídica e Direitos Humanos.

A Carta aborda temas fundamentais como regeneração do solo, organização urbana, ciclo da água, participação social, proteção dos oceanos, direito ambiental, saúde planetária e governança dos bens comuns. Cada participante do V Planeta.Doc Conferência elaborou uma declaração que compõe o documento final, evidenciando a diversidade de perspectivas e a busca por soluções transformadoras.

O texto integral da Carta-Manifesto está disponível no site planetdoc.org e permanece aberto à subscrição pública, permitindo que universidades, organizações e cidadãos se unam ao movimento e ampliem o alcance do manifesto.

Acesse a Carta na íntegra e subscreva por meio deste link.

Mais informações no site: planetdoc.org

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Planeta.Doc convida docentes e turmas da UFSC para sessões e projetos na plataforma

21/10/2025 15:58

Planeta.Doc convida professores(as) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e suas turmas a integrarem a 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental, disponível gratuitamente em todo o Brasil pela plataforma planetdoc.org. Às vésperas da COP 30, evento que ocorrerá em Belém do Pará em 2025, a iniciativa busca ampliar o debate socioambiental nas universidades, utilizando o cinema como ferramenta de reflexão, sensibilização e mobilização diante dos grandes desafios contemporâneos.

A plataforma vai além de um acervo: conecta cinema, ciência e comunidade, oferecendo acesso gratuito a mais de 300 filmes e documentários socioambientais. As obras contemplam temáticas como crise climática e desastres ambientais; justiça social e territorial; povos originários e saberes ancestrais; biodiversidade e ciência; educação, saúde planetária e culturas populares.

Como participar?

Docentes podem selecionar um filme da plataforma para exibição e debate em sala de aula, promovendo atividades interdisciplinares. As sessões presenciais podem ser agendadas por meio de planilha online, disponível neste link, na qual é possível indicar a data desejada.

Além das exibições, a plataforma disponibiliza um espaço para publicação de oportunidades em projetos de extensão, pesquisa, voluntariado e engajamento social, permitindo que estudantes assistam aos filmes e se conectem diretamente a ações promovidas por suas instituições. Para publicar projetos, docentes podem acessar a área de oportunidades e se inscrever gratuitamente como parceiros.

O acesso ao catálogo está disponível em www.planetdoc.org. O cadastro na rede socioambiental Planetadoc Redes pode ser realizado em https://redes.planetdoc.org/cadastro, onde é possível criar conta como usuário ou entidade para integrar a Rede Planetdoc, conforme a área de membros da plataforma. Para a UFSC, o agendamento de sessões com turmas pode ser feito pelo link acima indicado.

A organização informa que há suporte para monitoria e mediação de debates nas datas agendadas, com o objetivo de fortalecer o diálogo entre ciência e sociedade e potencializar o cinema como agente de transformação.

Mais informações: planetadoc.com

Tags: COP-30Planeta.DocUFSC

Voluntário(a) no Planeta.Doc: ‘mundo diferente não pode ser criado por pessoas indiferentes’

13/10/2025 11:49

O Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.Doc convida estudantes e professores da UFSC a participarem como voluntários(as) nas ações do festival, que ocorrem até 6 de dezembro. A iniciativa integra cinema, educação e sustentabilidade, com foco em engajar a comunidade universitária em atividades de formação, mobilização e difusão de conteúdos socioambientais.

Plataformas do festival

  • planetdoc.org: mais de 300 filmes socioambientais gratuitos.
  • Planeta na Escola: conteúdos e recursos pedagógicos voltados a educadores.

Objetivo

Ampliar o alcance das Sessões Educativas, envolvendo docentes e discentes para potencializar o impacto das exibições e ecoar a mensagem rumo à COP30, em prol de um futuro mais justo e sustentável.

Áreas de atuação para voluntariado

  • Exibições e produção.
  • Comunicação e mobilização.
  • Sessões educativas e mediação.

Participe e faça parte da rede que transforma o cinema em ferramenta de ação e mudança.

Inscrições pelo formulário disponível neste link

 

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10ª edição do Festival Planeta.doc abre espaço para participação de professores e turmas de alunos

09/10/2025 17:58

Festival Planeta.doc convida professores e turmas de alunos a participarem da 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc. Por meio da plataforma planetdoc.org, a ação disponibiliza um espaço virtual que reúne uma seleção das melhores produções audiovisuais sobre temáticas ambientais do Brasil, com cerca de 300 filmes que podem ser acessados gratuitamente até 31 de dezembro de 2025.

Para participar desta edição, o(a) interessado(a) deve escolher um filme da plataforma para exibição e debate com sua turma, promovendo uma atividade interdisciplinar e engajada, além de agendar a sessão presencial preenchendo a planilha com a data desejada.

Mais do que um acervo de filmes, a plataforma planetdoc.org oferece uma conexão entre cinema, ciência e comunidade, oferecendo documentários e filmes socioambientais, que abordam temas como: crise climática e desastres ambientais, justiça social e territorial, povos originários e saberes ancestrais, biodiversidade e ciência, educação, saúde planetária e culturas populares.

A plataforma é voltada a estudantes universitários, pesquisadores, educadores, organizações não governamentais, coletivos e startups de impacto, conectando cinema, ciência e comunidades com a oferta de filmes documentais, experiências de transformação e oportunidades reais de engajamento em projetos de extensão e de voluntariado. Nela estarão também disponíveis as palestras e ted-talks gravados durante o V Planeta.doc Conferência, que foi realizado entre 22 e 25 de setembro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

>> Planeta na Escola

Junto com o festival, está sendo relançada também a plataforma Planeta na Escola (planetanaescola.com), que é voltada para professores e estudantes da Educação Básica. A plataforma oferece filmes selecionados com temas socioambientais e diversos espaços virtuais para envio de produções próprias. A nova versão traz recursos interativos e uma rede social dedicada a professores e ambientes para colaboração entre educadores. A plataforma Planeta na Escola tem integração com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em temas contemporâneos como clima, água, alimentação, cultura de paz e justiça social. Escolas e professores podem se inscrever gratuitamente em www.planetanaescola.com.

>> Publicação de projeto de extensão

A plataforma também oferece um espaço para professores e universidades divulgarem oportunidades em projetos de extensão, pesquisa, voluntariado e engajamento social. Os estudantes podem assistir a um filme e, em seguida, se conectar diretamente a ações concretas promovidas por suas instituições.

Tags: Festival Internacional de Cinema SocioambientalPlaneta.DocSecarteUFSC

Reitoria da UFSC participa de conferência que entregará carta-manifesto à COP30

26/09/2025 15:22

Vice-reitora da UFSC fala na Conferência Regional da Grande Florianópolis. Foto: Marcos DElboux

A Conferência Regional da Grande Florianópolis, com o tema “Construindo Contribuições Autodeterminadas para a Ação Climática”, reuniu autoridades, pesquisadores e movimentos sociais na noite de quinta-feira, 25 de setembro, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Trindade. Integrada ao festival Planeta.Doc, a etapa teve como foco consolidar propostas que serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para ocorrer em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro deste ano.

A iniciativa é promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), presidida pelo deputado Marcos José de Abreu (Marquito/PSOL), com apoio da Escola do Legislativo e da Câmara dos Deputados, representada pelo deputado federal Pedro Uczai (PT). Esta foi a quarta de cinco conferências regionais realizadas em Santa Catarina — já passaram por Lages, Joinville e Criciúma. A última etapa ocorrerá em Chapecó, no dia 3 de outubro de 2025, e o relatório final com as propostas consolidadas será apresentado na Alesc em 20 de outubro.

Ao final dos debates, os participantes aprovaram uma carta-manifesto a ser encaminhada à coordenação da COP30. O documento consolida declarações individuais de cientistas e ativistas presentes em uma síntese coletiva, buscando refletir a pluralidade de vozes da conferência e servir como chamado da ciência diante da crise socioambiental. “Foi uma noite de manifestações impactantes sobre a conjuntura local, os perigos da especulação imobiliária, o ecocídio e suas conexões com problemas globais. Nosso desafio agora é sintetizar esse saber em um documento final e levar essas contribuições para os debates em Belém”, afirmou o deputado Marquito.

Entre os presentes estavam o teólogo e escritor Leonardo Boff; a vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos; a coordenadora de mobilização da Presidência da COP, Luciana Abade; a jornalista e documentarista Monica Linhares, diretora-geral do Planeta.Doc; a cientista cidadã Rosa Maria Miranda; a fundadora e diretora-executiva do Clima de Política, Beatriz Pagy; o coordenador de Advocacy da Plataforma CIPÓ, Murilo Parrino Amatneeks; o reitor da Udesc, José Fernando Fragalli; a vice-reitora do IFSC, Ana Paula da Silveira; o reitor do IFC, Rudinei Kock; o professor Paulo Horta, além do deputado federal Pedro Uczai.

As conferências regionais buscam mobilizar a sociedade catarinense na construção de propostas alinhadas ao Mutirão Global pelo Clima, da COP30, articulando academia, poder público, setor privado e organizações civis. “Queremos envolver diferentes setores para apresentar propostas concretas de enfrentamento à crise climática”, observou Marquito.

Em sua fala, a vice-reitora Joana Célia dos Passos defendeu que a transição climática no Brasil precisa ser também social e territorialmente inclusiva. “Pensar o território brasileiro na sua totalidade significa incluir nos projetos de desenvolvimento todos aqueles grupos que historicamente ficaram à parte”, afirmou, listando “a população indígena, os ribeirinhos, os extrativistas, os quilombolas, a população negra, os camponeses, as periferias urbanas, as pessoas com deficiência, as pessoas LGBTQIAPN+”. Para ela, não há como discutir a emergência climática sem a participação ativa desses sujeitos.

Auditório da Reitoria da UFSC ficou lotado para a conferência regional

Joana vinculou a agenda climática às urgências urbanas de Florianópolis e de outras cidades brasileiras. “Quando vivemos em um país que ainda não tem saneamento básico, em que vemos o engordamento das praias no nosso litoral, a ausência do poder público e as placas de ‘vende-se’ espalhadas pela nossa ilha, temos noção do que estamos vivendo e do que ainda enfrentaremos.” Ao destacar o papel da ciência, ressaltou que a UFSC conduz pesquisas voltadas à mitigação e à adaptação climática. Entre os exemplos, citou o Veleiro ECO, o Laboratório de Energia Verde, a Coordenadoria de Gestão Ambiental e a Sala Verde. Anunciou, ainda, o lançamento, em breve, de um satélite para monitoramento de queimadas no Brasil, ferramenta que permitirá antecipar respostas a eventos extremos. “A UFSC está na agenda da COP30”, reforçou, destacando a presença de pesquisadoras e pesquisadores da universidade em painéis e estudos na conferência.

Representando também o movimento negro, a vice-reitora sublinhou que “Santa Catarina possui 23% de população negra, 29 territórios quilombolas e 21 territórios indígenas. Por isso é um Estado que resiste”. Para Joana, debater autodeterminação e ação climática é resistir “a um modelo cada vez mais excludente” que avança sobre o território, impulsionado por marinas, grandes projetos e empreendimentos imobiliários. “Se a gente não se manifestar, se a gente não pautar essas questões, seremos engolidos”, alertou, convocando a sociedade a manter a mobilização e a resistência.

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

 

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