Fórum das Licenciaturas reúne mais de 200 pessoas no Auditório do EFI da UFSC. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC
Mais de duzentas pessoas lotaram o Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), marcando a maior plenária já promovida pelo Fórum das Licenciaturas. A abertura deste relevante espaço de diálogo e proposição de políticas para a formação docente ocorreu na tarde desta segunda-feira, 22 de setembro, com o evento se estendendo até terça-feira (23). A programação inclui conferências, mesas-redondas e uma audiência pública. O tema central, “Os sentidos da prática na formação de professoras/es: entre a práxis e o pragmatismo”, norteia os debates com o objetivo de fortalecer e reconfigurar as políticas educacionais, ao mesmo tempo que explora os desafios e as possibilidades da prática docente em diferentes cenários.
A mesa de abertura foi conduzida pela coordenadora do Comitê Gestor do Fórum das Licenciaturas da UFSC, Carolina Cherfem. Entre os participantes, estavam o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; a pró-reitora de Graduação e Educação Básica (Prograd), Dilceanne Carraro; o coordenador de Educação Básica, George Luiz França; a professora emérita e secretária-geral da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope/SC), Leda Scheibe; e o diretor do Centro de Ciências da Educação (CED), Hamilton de Godoy Wielewicki. (mais…)
Representantes da UFSC participaram da abertura do Festival Paralímpico, em São José. Fotos: Divulgação
No sábado, 20 de setembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, marcou presença na abertura oficial da 2ª edição do Festival Paralímpico 2025. O evento foi realizado no Ginásio Nadir Morelli, pertencente à Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José (SC).
Representantes da UFSC também estiveram presentes na cerimônia: a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceanne Carraro; o diretor do Departamento de Esporte, Cultura e Lazer, Humberto Roesler Martins; o vice-diretor do Centro de Desportos (CDS), Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo; além das coordenadoras do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, professora Gabriela Fischer e a doutoranda Silvia Simoni.
A edição de Florianópolis faz parte de uma ação nacional que ocorre simultaneamente em mais de 100 cidades, com o objetivo de promover a vivência esportiva de crianças, adolescentes e jovens de 7 a 23 anos em modalidades paralímpicas. Participaram do evento alunos de diversos centros da FCEE, da Orionópolis, além de estudantes da rede regular de ensino e das APAEs de Florianópolis, São José e Biguaçu.
A programação do Festival incluiu oficinas em três modalidades paradesportivas, realizadas em formato de rodízio: basquete em cadeira de rodas, vôlei sentado e bocha paralímpica. Além disso, o evento ofereceu apresentações culturais, demonstrações de parataekwondo e paradança. Nos espaços externos ao ginásio, como o campo, o estacionamento e a sala de Educação Física, foram realizadas atividades de paraskate, equoterapia e showdown. Para complementar a experiência, food trucks e mais apresentações culturais estiveram disponíveis ao público.
“Acreditamos que o esporte é uma das mais poderosas ferramentas de transformação social. Ele promove inclusão, fortalece a autoestima e abre caminhos para o desenvolvimento humano. Apoiar iniciativas como o Festival Paralímpico reafirma o compromisso da UFSC com a construção de uma sociedade mais inclusiva, acessível e igualitária. É uma honra para a Universidade fazer parte de projetos que mostram o potencial do esporte para unir pessoas e superar barreiras”, destacou o reitor Irineu Manoel de Souza.
O Festival Paralímpico é uma iniciativa promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em parceria com a UFSC, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, a Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis, a FCEE, a Coordenadoria das Pessoas com Deficiência da Prefeitura Municipal de Florianópolis, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), a Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef) e a Associação Catarinense de Esportes Acessíveis (Acesa).
As atividades do evento foram abertas com uma performance de dança realizada pelo Grupo da FCEE, seguida por uma demonstração de parataekwondo. Após o início das oficinas, os participantes foram organizados em grupos para as atividades esportivas. O encerramento contou com a entrega de kits de lanche, uma vivência de paradança, jogo de handebol em cadeira de rodas, e apresentações culturais.
Centro de Referência Paralímpico
Desde o ano passado, a UFSC funciona como um Centro de Referência Paralímpico Brasileiro. Por meio da parceria com o CPB, a Universidade oferta práticas de atletismo, natação e goalball. As aulas são gratuitas e contemplam todos os níveis de treinamento – desde a iniciação esportiva até a preparação de atletas de alto rendimento, que competem em eventos estaduais, nacionais e internacionais. O projeto é aberto a pessoas com deficiência física, visual e intelectual – as mesmas categorias de deficiência elegíveis para os Jogos Paralímpicos.
Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas.
Rosiani Bion de Almeida | SECOM
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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou, nos dias 19 e 20 de setembro de 2025, o III Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com o tema “PIBID e escola pública na formação de professores”. O evento, que ocorreu na sexta-feira e no sábado, teve início na noite do dia 19, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A cerimônia de abertura contou com uma apresentação musical do Coral Cantoria, formada por crianças do Colégio de Aplicação (CA), que encantaram o público presente.
Com o objetivo de socializar as atividades dos subprojetos do PIBID e dar visibilidade às experiências dos bolsistas de diferentes licenciaturas, o seminário destacou a parceria entre licenciandos, professores da educação básica e do ensino superior, promovendo uma articulação entre ensino, pesquisa e extensão nas escolas catarinenses. A mesa de abertura foi composta pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, pela pró-reitora de Graduação e Educação Básica (Prograd), Dilceanne Carraro, pela coordenadora institucional do PIBID/UFSC, Gabriela Furlan Carcaioli, e pela diretora do Departamento de Integração Acadêmica e Profissional (DIP), Renata Goulart Castro.
A professora Gabriela Furlan iniciou sua fala agradecendo aos colaboradores, ao apoio financeiro da CAPES e às parcerias com as secretarias estaduais e municipais de educação. Ela destacou a relevância nacional do PIBID, criado em 2008 com o objetivo de inserir os licenciandos no cotidiano escolar e contribuir para a formação de futuros professores. Ressaltou que o programa, na UFSC desde 2010, consolidou-se como um referencial na formação docente, apresentando os seguintes números: 15 subprojetos aprovados, 18 núcleos, 506 bolsas distribuídas – sendo 432 para licenciandos e 54 para professores supervisores –, além da atuação em sete cursos de licenciatura, abrangendo nove municípios e 36 escolas de educação básica. Entre essas escolas, destacam-se uma quilombola, quatro indígenas e duas localizadas em áreas rurais, evidenciando o compromisso com a diversidade.
Gabriela também enfatizou os desafios enfrentados pelo PIBID, que sofre oscilações de investimento conforme o governo em exercício. Contudo, o edital de 2024 foi um marco para garantir a implementação de 80 mil bolsas em todo o país, fortalecendo o programa. Ela defendeu que esse número ainda é insuficiente diante da demanda nacional e destacou a campanha “Amplia PIBID”, que com maior alcance do programa poderá atender um maior número de licenciandos.
O reitor Irineu Manoel de Souza, em sua intervenção, destacou a importância do seminário para a educação pública e a formação de professores, ressaltando que, apesar das dificuldades financeiras e de infraestrutura, a UFSC se mantém como uma das melhores universidades do Brasil e da América Latina graças à força de sua comunidade. Para ele, o seminário representa uma oportunidade de aproximação entre a universidade e as redes de ensino estadual e municipal, além de promover reflexões sobre o papel da escola pública no processo formativo das licenciaturas. Irineu reforçou que o maior patrimônio da universidade são as pessoas, e que a UFSC deve continuar com iniciativas conjuntas que fortaleçam a educação pública e a formação de professores para todo o país.
Após as falas de abertura, a professora Carmem Zeli de Vargas Gil, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ministrou a palestra “Formação docente e tecnologias digitais: desafios e perspectivas para o campo educacional”, abordando temas de grande relevância para o contexto educacional contemporâneo.
No sábado, as atividades seguiram no Espaço Físico Integrado (EFI), com uma programação diversificada que incluía rodas de conversa sobre os subprojetos do PIBID, o momento “Café com Prosa” e o espetáculo “Circo Químico”, apresentado pelos bolsistas do curso de Licenciatura em Química da UFSC, do campus de Blumenau.
Rosiani Bion de Almeida | SECOM
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Brasília foi o endereço da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), realizada entre os dias 15 e 19 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Sob o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, a conferência marcou seu retorno ao cenário político e social do país após sete anos de intervalo, reunindo cerca de 1.700 delegados, 200 convidados, 50 observadores e 45 expositores. Entre os convidados estava a vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Célia dos Passos, que, além desta agenda, cumpriu outro compromisso estratégico: o Encontro Nacional das Cátedras UNESCO no Brasil, ocorrido no dia 16. A presença da vice-reitora nos dois eventos está diretamente ligada à sua atuação na coordenação da Cátedra Antonieta de Barros: Educação para a Igualdade Racial e Combate ao Racismo, e como integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) do Governo Federal.
Realizada de forma conjunta entre governos e sociedade civil, a conferência reafirmou seu caráter estruturante para o avanço das políticas de promoção da igualdade racial no Brasil. Mais que um fórum de debates, a 5ª CONAPIR é espaço de construção de consensos, acolhimento da diversidade e fortalecimento do papel democrático da população negra e de outros segmentos étnico-raciais e culturais na formulação de políticas públicas. Ao mobilizar milhares de representantes em todo o país, o encontro se apresenta como um marco na busca por um Brasil mais justo, plural e comprometido com a superação das desigualdades históricas.
A 5ª CONAPIR envolveu diferentes etapas preparatórias, com eventos municipais e estaduais, somadas às conferências temáticas – voltadas a povos quilombolas, indígenas, ciganos, comunidades de matriz africana, juventude e população negra LGBTQIA+. Também houve contribuições por meio de etapas livres, abertas a organizações sociais e entidades públicas, e de uma etapa digital hospedada na plataforma Brasil Participativo, que permitiu maior representatividade nas propostas. Ao final desse percurso, ideias e recomendações foram reunidas para serem analisadas e debatidas na etapa nacional.
Durante a programação em Brasília, os delegados se dividiram em Grupos de Trabalho, Plenárias de Eixos e Xirês de Discussão, proporcionando momentos de análise técnica, diálogo político e de valorização cultural. As discussões foram organizadas a partir de três grandes eixos – Democracia, Justiça Racial e Reparação – que detalham desde estratégias para o fortalecimento da pauta racial no Legislativo e superação do racismo ambiental até políticas voltadas à saúde, educação, segurança pública e reparação de direitos.
Entre os objetivos da conferência estão a formulação de propostas monitoráveis para a implementação de ações de reparação e justiça racial, a atualização de marcos legais, o fortalecimento do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR), além da criação de mecanismos de memória que garantam a continuidade das deliberações. Também está entre as metas dialogar com legislações internacionais e enfrentar as formas contemporâneas de racismo, discriminação racial e xenofobia.
A abertura contou com apresentação cultural e um painel inicial sobre o tema central. Na terça-feira (16), nove Grupos de Trabalho simultâneos foram constituídos. As plenárias de eixos ocorreram ao longo do dia 17 e, na quinta-feira (18), a conferência realizou a Plenária Luiza Bairros, voltada à leitura e aclamação de propostas, encerrada com a solenidade “De Zumbi à Igualdade Racial como Política de Estado: um tributo à história e à construção do Brasil dos brasileiros”. O evento terminou na sexta-feira (19), com um painel de balanço, lançamento de iniciativas institucionais, a leitura do “Manifesto Sankofa: retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro” e um cortejo cultural de encerramento.
“Após sete anos, o governo brasileiro volta a se reunir com a sociedade civil para traçar diretrizes e metas para a igualdade racial”, reitera a professora Joana Célia dos Passos. Para ela, a conferência “é o lugar de transformar compromisso em ação, construindo políticas públicas capazes de enfrentar as desigualdades e promover reparação, justiça social e econômica”.
Encontro das Cátedras UNESCO no Brasil
Na segunda agenda em Brasília, a professora Joana participou do Encontro das Cátedras UNESCO no Brasil, realizado em 16 de setembro, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com o tema “Conectando Saberes, Fortalecendo Impactos”, o evento foi promovido pela UNESCO no Brasil e reuniu representantes de diversas instituições acadêmicas e de pesquisa com o objetivo de fomentar a cooperação internacional e o fortalecimento das Cátedras no país.
A programação teve início pela manhã, com a Sessão de Abertura Institucional, que contou com as presenças de Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da UNESCO no Brasil; Tatiana Teixeira, secretária-geral da Comissão Nacional do Brasil para a UNESCO; e o embaixador Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa (Itamaraty). Na sequência, foi promovido o painel “O Brasil que pensa o mundo: o papel dos think tanks públicos na formulação de visões estratégicas no G20, BRICS e além”, com destaque para a participação de Luciana Servo, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Durante a tarde, as atividades foram organizadas em Mesas Temáticas Simultâneas, estruturadas em formato de rodas de conversa. Os debates foram divididos em áreas programáticas de Educação; Ciências Naturais e Ciências Humanas e Sociais; Cultura; e Comunicação e Informação. Além disso, a pesquisadora Carolina Schenatto da Rosa realizou uma apresentação que incorporou as discussões. O encerramento do evento foi marcado por uma sessão plenária intitulada “Caminhos para o fortalecimento das Cátedras no Brasil”, voltada à definição de temas prioritários para atuação conjunta no biênio 2026–2027.
A Cátedra UNESCO Educação para Igualdade Racial opera desde 2023 e foi criada a partir da Cátedra Antonieta de Barros, da UFSC, coordenada pela professora Joana e vinculada ao Gabinete da Reitoria da UFSC. Este trabalho tem sido uma referência nacional na promoção de estudos, pesquisas e debates sobre educação para a igualdade racial e combate ao racismo. Estruturada como uma rede interinstitucional, a iniciativa contribui diretamente para a formação de profissionais qualificados e para a produção de conhecimentos comprometidos com a transformação social.
As Cátedras UNESCO, por sua vez, são uma iniciativa das Nações Unidas para promover a cooperação internacional entre instituições de ensino superior em diferentes partes do mundo. Seu objetivo é compartilhar conhecimentos, fortalecer capacidades institucionais e fomentar o desenvolvimento de pesquisas, ensino e extensão, sempre com o foco na igualdade, na democratização do meio acadêmico e na formulação de políticas públicas. Atuando de forma interdisciplinar e colaborativa, as Cátedras trabalham em parceria com Organizações Não-Governamentais (ONGs), fundações e entidades dos setores público e privado, ampliando o impacto de suas ações.
Assista a conferência na íntegra:
Rosiani Bion de Almeida | SECOM
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A 10ª edição do Experimenta – Rufaros Tambores: O Samba Vai Passar, evento que reúne manifestações artísticas, culturais e esportivas em diferentes espaços da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), começa na próxima segunda-feira, 22 de setembro. A programação se estende até domingo, 28 de setembro, com mais de 50 atrações gratuitas e abertas ao público.
O Experimenta oferece produções audiovisuais, exposições, espetáculos teatrais, apresentações musicais, oficinas, literatura, esportes e manifestações urbanas. Inspirada no samba, a edição deste ano celebra a diversidade cultural brasileira por meio de uma das expressões artísticas que marcam a identidade nacional. O evento é uma promoção da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE/UFSC).
As atividades, oficinas e ações que exigem inscrição prévia estão disponíveis no site oficial do evento – algumas delas possuem número limitado de vagas, preenchidas por ordem de inscrição.
Concurso fotográfico
A programação também inclui o concurso fotográfico O Guardião do Experimenta, voltado à comunidade universitária – discentes, trabalhadores terceirizados e servidores. As melhores imagens registradas durante o evento receberão premiações não monetárias. O edital para participar está disponível aqui.
Parceiros
Nesta edição, o Experimenta acolhe ainda o Congresso Nacional do Samba (Conasamba), maior congresso de Carnaval do país, organizado pela Federação Nacional das Escolas de Samba e pela Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (LIESF). O encontro será realizado entre 26 e 28 de setembro.
Outro destaque é a conexão do evento com o Planeta.Doc, que será realizado na UFSC entre 22 e 25 de setembro, reunindo 50 especialistas em temas ambientais. O encontro resultará em uma carta-manifesto a ser apresentada (COP 30), em novembro, na capital do Pará, Belém.