UFSC no rol de homenageados na Alesc pelos 60 anos do profissional de Administração

25/09/2025 12:14

A servidora da UFSC e administradora Camila Pagani (2ª à esq.) representou a Universidade na homenagem aos 60 anos do profissional de Administração. Foto: Agência AL

Em celebração aos 60 anos da regulamentação da profissão de Administração no Brasil, a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) realizou, na noite desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, um Ato Parlamentar Solene proposto pelo deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), que reuniu autoridades, profissionais e representantes da sociedade civil. A programação incluiu homenagens a personalidades e instituições, entre elas o Conselho Regional de Administração de Santa Catarina (CRA-SC) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Na abertura foi exibido um vídeo institucional que, nas palavras de apresentação, lembrou que “a administração está presente em praticamente todos os momentos do nosso dia”, enfatizando o papel do profissional que “lidera, transforma e inspira” e que, “a cada estratégia e a cada conquista”, faz a diferença. O material contextualizou o marco legal de 9 de setembro de 1965, quando a Lei nº 4.769 “cria os Conselhos Federal e Regionais de Administração”, definindo a profissão e seu sistema de fiscalização.

Administrador por formação, Minotto sublinhou que a homenagem “tem um significado ainda mais especial” por reafirmar a importância da Administração “para o desenvolvimento do nosso país, do nosso estado e do nosso município”. Destacou que, hoje, o administrador “é muito mais do que um gestor de recursos”: é “um articulador de soluções, um promotor de sustentabilidade e um líder capaz de inspirar equipes e gerar um impacto social positivo”. Ao citar o ecossistema catarinense, valorizou a formação de excelência, “com destaque para a ESAG”, e concluiu reafirmando o compromisso com “uma administração pública mais eficiente, com empresas mais éticas e inovadoras e com uma sociedade mais justa, organizada e participativa”.

O contexto histórico do ensino de Administração no Brasil também foi resgatado no plenário. Em referência às origens, registrou-se que a necessidade de mão-de-obra qualificada e a profissionalização do ensino ganharam força a partir da década de 1940, em consonância com o processo de industrialização iniciado nos anos 1930. Os primeiros resultados institucionais ocorreram em 1945, com a criação dos cursos universitários de Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, quando “as atividades de direção e orientação […] haviam atingido um nível de maior complexidade”, exigindo formação especializada. Ressaltaram-se, ainda, os papéis da Fundação Getúlio Vargas e da FEA-USP, cuja atuação “marcou o ensino e a pesquisa de temas econômicos e administrativos” e influenciou a posterior expansão dos cursos de Administração. Nesse percurso, a Lei nº 4.769/65, ao tornar o exercício “privativo dos bacharéis em Administração Pública ou de Empresas”, ampliou o campo de trabalho e consolidou a identidade profissional.

Camila Pagani, servidora da UFSC. Foto: Divulgação

Na etapa de homenagens, entre os agraciados esteve a UFSC, representada pela servidora e administradora Camila Pagani, que recebeu a distinção em nome do reitor, Irineu Manoel de Souza. Falando em nome dos homenageados, a ex-presidente do CRA-SC (1989–1993), Evanir Dário rendeu tributos às lideranças históricas e às entidades formadoras. Evanir rememorou o movimento que antecedeu a regulamentação, desde a década de 1930, citando a atuação do Departamento de Administração Pública, da FGV, da Escola Nacional de Administração Pública e da Associação Brasileira dos Técnicos de Administração, até a promulgação da Lei nº 4.769, cujo relatório no Congresso, como lembrou, foi do “eminente professor baiano Alberto Guerreiro Ramos”.

Ao tratar da história catarinense, Evanir situou a criação do CRA-SC como fruto de uma mobilização que envolveu “universidades, professores, administradores e alunos”, destacando a sessão solene no Palácio Cruz e Sousa, no fim de 1982, que “dava a consolidação da criação do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina”. Em tom de memória e gratidão, citou nomes pioneiros, sublinhando a dedicação de quem “arregimentava as fichas de inscrição” quando Santa Catarina ainda estava vinculada ao estado do Paraná.

Evanir também destacou o papel dos professores formados em programas de pós-graduação e convênios — “FGV no Rio de Janeiro e também os Estados Unidos, no acordo MEC–USAID” — que retornaram para fortalecer a docência e a pesquisa nas universidades catarinenses. Evidenciou contribuições técnicas relevantes, como a construção de agendas dos Fóruns Internacionais de Administração, discutindo “o que era o Mercosul e a integração da Latino-América” e, depois, “alianças estratégicas: construindo a sociedade do futuro”.

Sobre o presente e o futuro da profissão, Evanir sinalizou a amplitude do sistema — “mais de 500 mil administradores” registrados e “quase 2 milhões” de estudantes em cursos ligados à área — e elencou desafios contemporâneos: “o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas”, o “ambiente globalizado e instável”, a “responsabilidade social e corporativa”, a “pressão por inovação” e a busca do “equilíbrio entre a valorização do capital humano e o uso da tecnologia”. Em tom de princípio, reafirmou valores “que não podemos esquecer no exercício do dia a dia”: ética, honestidade, responsabilidade, dedicação, comprometimento e transparência — aos quais “acrescentaria ainda a capacitação constante”.

Assista à homenagem na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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Academia Catarinense de Ciências Agronômicas empossa professora da UFSC Rosete Pescador

24/09/2025 12:08

Rosete Pescador, professora da UFSC. Foto: Divulgação

A professora Rosete Pescador, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e diretora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será empossada na Academia Catarinense de Ciências Agronômicas (ACCA) em cerimônia marcada para a tarde de 26 de setembro, no auditório da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Florianópolis.

Ao assumir a Cadeira de número 11 da ACCA, a segunda academia científica estadual dedicada à Agronomia no Brasil, a professora Rosete reafirmou seu “compromisso com a ciência, com a formação de profissionais de excelência e com a construção de uma agricultura mais justa, sustentável e inovadora para Santa Catarina e o Brasil”.

Fundada em 2024, a ACCA tem como objetivo integrar ciência e inovação ao desenvolvimento agropecuário catarinense. Entre suas metas, destacam-se o aumento da produtividade de forma sustentável, a promoção do uso racional de insumos, o fortalecimento da organização social rural e a contribuição para a segurança alimentar.

Para a professora Rosete, “a criação da ACCA representa um avanço institucional para a área em Santa Catarina, fortalecendo redes de ciência e inovação no setor agropecuário e incentivando iniciativas semelhantes em outros estados”. Ela também destaca que, no contexto histórico da ciência catarinense, “a criação da UFSC, em 1960, e da Academia Catarinense de Ciências, em 1975, foram marcos fundamentais para consolidar um ambiente propício à formação de gerações de pesquisadores e à promoção da cooperação interdisciplinar”.

Rosete ressalta ainda os desafios enfrentados pelas academias científicas na contemporaneidade, como sustentabilidade, transformação digital, financiamento e inclusão social. Para ela, essas questões são cruciais para atender às demandas de uma agricultura moderna, alinhada às necessidades da sociedade e do meio ambiente.

Trajetória profissional

Rosete Pescador é uma destacada especialista em Agronomia e Fitotecnia no Brasil, com uma trajetória acadêmica e de pesquisa de relevante impacto, especialmente nas áreas de fisiologia vegetal, biotecnologia e conservação de recursos genéticos. Atualmente, integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais e do curso de Agronomia no Departamento de Fitotecnia do CCA da UFSC, e atua como Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2.

Graduada em Agronomia pela UFSC em 1990, Rosete concluiu o mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1993, com uma pesquisa inovadora sobre o cultivo in vitro de embriões de Laranjeira Cipó (Citrus sinensis Osb.) e padrões isoenzimáticos. Em 2004, obteve o doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (USP), investigando embriogênese, hormônios, aminoácidos e carboidratos. Sua carreira docente teve início na Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), onde atuou por 16 anos (1995-2010), ministrando disciplinas em Fisiologia e Biotecnologia Vegetal, além de colaborar com o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Na UFSC, também exerceu a função de diretora do CCA entre 2021 e 2024 e leciona disciplinas como Sementes nos cursos de Agronomia e Zootecnia.

Sua produção científica é centrada na fisiologia do crescimento e desenvolvimento vegetal, com ênfase na propagação in vitro, criopreservação de recursos genéticos e estudos sobre fotossíntese. Suas linhas de pesquisa incluem desenvolvimento vegetal, morfogênese in vitro, embriogênese, organogênese e cultura de tecidos. Entre os projetos de maior relevância que coordena, destacam-se iniciativas voltadas à conservação de espécies nativas da Mata Atlântica, como orquídeas e bromélias, por meio de protocolos de micropropagação massal e criopreservação. Desde 2014, lidera também projetos que desenvolvem tecnologias sustentáveis para a cadeia produtiva do bambu no sul do Brasil. Sua pesquisa explora ainda o papel dos carboidratos em espécies tropicais como moduladores de processos fisiológicos e indicadores de respostas a estresses ambientais. Outros projetos notáveis incluem a quantificação de carbono em biomassa arbórea e a recuperação de ambientes fluviais na bacia do Rio Itajaí-Açu.

Além de sua contribuição à pesquisa, Rosete colabora como revisora de artigos para importantes periódicos nacionais, como a Revista Brasileira de Fruticultura e a Pesquisa Agropecuária Brasileira. Sua atuação acadêmica abrange áreas como Fisiologia de Plantas Cultivadas, Produção de Mudas, Crescimento e Desenvolvimento Vegetal, e Anatomia Vegetal. Dedicada à formação de novos profissionais, recebeu homenagens significativas de formandos em Agronomia, sendo escolhida como Paraninfa em 2012 e Nome de Turma em 2011, evidenciando seu compromisso com o ensino e o desenvolvimento de talentos na área.

ACCA

A ACCA é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, voltada ao desenvolvimento e progresso da Agronomia e da Engenharia Agronômica no estado. Por meio de eventos, publicações, projetos de pesquisa e outras iniciativas voltadas ao fortalecimento do setor, a academia congrega profissionais, acadêmicos, entidades e instituições do setor.

Entre seus compromissos estão:
• atuar em parceria com instituições de ensino superior, pesquisa científica e tecnológica, extensão rural, conselhos profissionais, entidades de classe e órgãos governamentais;
• promover, preservar, divulgar e publicar produções técnico-científicas de seus acadêmicos;
• organizar e apoiar eventos que ampliem o nível de conhecimento e inovação dos engenheiros agrônomos;
• incentivar o aperfeiçoamento do ensino agronômico e a preservação da memória dos profissionais que marcaram a história da Agronomia catarinense.

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

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Fórum da UFSC promove audiência pública sobre política institucional de formação docente

23/09/2025 14:59

Fórum das Licenciaturas UFSC promove audiência pública para discutir a política institucional de formação docente. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom

No segundo dia do Fórum das Licenciaturas da UFSC, em 23 de setembro, uma audiência pública foi promovida no período da tarde para discutir a proposta de política institucional de formação inicial e continuada de professoras/es da Universidade. O evento, mais uma vez com auditório lotado, reuniu docentes, técnicos, estudantes de licenciatura e outros membros da comunidade acadêmica com o objetivo de debater as diretrizes e o texto-base da política, que permanece em consulta pública até o dia 10 de outubro.

A audiência foi conduzida pelos especialistas Carolina Cherfem, Jocemara Triches, Maria Helena Michels e Ivandro Carlos Valdameri. A abertura feita pela professora Jocemara sublinhou a relevância do tema para a universidade e para a formação docente: “é uma alegria ver este auditório cheio para discutir um tema tão essencial. Estamos aqui para construir coletivamente uma política institucional que fortaleça a formação docente em nossa instituição”.

Durante o debate, integrantes do Fórum das Licenciaturas relataram o histórico de construção do documento e os desafios enfrentados ao longo do processo. O servidor Ivandro enfatizou as dificuldades vividas durante a pandemia de Covid-19 e o impacto das resoluções federais na configuração dos cursos de licenciatura. Ele ressaltou que, nesse contexto, instituições que já tinham políticas institucionais consolidadas conseguiram lidar melhor com as pressões externas. “As universidades que tinham uma política de formação docente consolidada conseguiram se posicionar frente às mudanças impostas pelo governo federal e pelo mercado. Foi isso que nos motivou a construir algo sólido aqui na UFSC”.

A professora Carolina detalhou as etapas de elaboração do texto da política, destacando o esforço coletivo das comissões envolvidas. Ela ressaltou que o documento passou por revisões criteriosas, incluindo análises comparativas das resoluções de 2015, 2019 e 2024. “Analisamos cada detalhe dessas normas para garantir que a nossa política seja representativa e adequada às necessidades da nossa universidade, sem perder de vista os princípios fundamentais da educação pública”, lembrou.

Entre os temas mais discutidos, a organização curricular dos cursos de licenciatura foi um dos destaques. A proposta prevê uma divisão em quatro núcleos principais: formação específica, formação pedagógica, estágio e extensão. Segundo Carolina, a intenção é promover uma formação integrada, que relacione teoria e prática de maneira coerente. Ela também defendeu a manutenção das práticas como componente curricular (PCCs), mesmo diante das mudanças estabelecidas pelas diretrizes nacionais. “As resoluções mais recentes tendem a separar teoria e prática, mas acreditamos que os PCCs são essenciais para garantir uma formação mais completa e articulada”, explicou.

O estágio, por sua vez, foi outro ponto sensível do debate. A comissão propôs que as 400 horas de estágio dos cursos de licenciatura comecem a partir da terceira ou quarta fase, em oposição à ideia de iniciar desde a primeira, como sugere a resolução nacional de 2024. Ivandro argumentou que antecipar o estágio pode comprometer a formação dos estudantes, que ainda não teriam uma base teórica consolidada para refletir sobre a prática docente. “Precisamos garantir que os estágios sejam momentos de reflexão e prática fundamentada, e não apenas uma resposta a exigências pragmáticas”, enfatizou.

A professora Jocemara também chamou atenção para a inclusão de disciplinas obrigatórias voltadas à educação especial e à educação para diversidade, como relações étnico-raciais, gênero e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo ela, essas disciplinas são fundamentais para preencher lacunas na formação dos futuros professores. “É inadmissível que nossos estudantes concluam os cursos de licenciatura sem uma discussão aprofundada sobre educação especial e interseccionalidade. Essas questões precisam estar presentes de forma robusta em todos os currículos”, reforçou.

A extensão universitária também foi um tema amplamente discutido e criticado, especialmente quanto à maneira como é abordada nas diretrizes nacionais. A comissão defendeu que as atividades de extensão sejam realizadas tanto em espaços escolares quanto em não escolares, promovendo projetos educativos e formativos que incentivem a participação ativa dos estudantes. A professora Carolina destacou a possibilidade de integrar programas como o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) às atividades de extensão, como estratégia para valorizar e ampliar a formação prática.

Relatos sobre os desafios enfrentados pelas licenciaturas noturnas e fora da sede da UFSC também foram trazidos à audiência. Entre as dificuldades mencionadas estavam a falta de infraestrutura adequada, secretarias fechadas e problemas na articulação com as redes de ensino básico. Os participantes reforçaram a necessidade de maior apoio institucional para garantir condições adequadas de permanência e formação, especialmente para estudantes que, em sua maioria, conciliam trabalho e estudo.

Ivandro encerrou sua participação evidenciando que a política institucional de formação docente vai além de um conjunto de normas, sendo uma verdadeira declaração de intenções da UFSC para fortalecer a formação de professores. “Esta política é uma expressão do nosso compromisso com a educação pública, com a autonomia universitária e com a construção democrática. Certamente, cada um de nós faria um texto diferente, mas o espírito coletivo e democrático permeou todas as etapas deste processo”, salientou.

A audiência pública foi concluída com a abertura para sugestões e contribuições dos participantes, que ainda podem ser enviadas por meio do site do Fórum das Licenciaturas. A versão final do documento será submetida à Câmara de Graduação e ao Conselho Universitário (CUn), que decidirão sua aprovação.

 

Assista aos debates do segundo dia na íntegra:

Mais informações pelo e-mail forum.licenciaturas@contato.ufsc.br

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Fotos: Gustavo Diehl | Agecom

Tags: CEDFórum das LicenciaturasProgradUFSC

Conasamba 2025 discute na UFSC, dia 27, futuro do carnaval

23/09/2025 13:33

A Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba) convida para a mesa de debates “As instituições públicas, a Universidade, os Institutos Federais e o poder público na construção do maior espetáculo da terra — Reunião GT Carnaval do Ministério da Cultura (MinC)”. A iniciativa será realizada no sábado, 27 de setembro de 2025, das 14h às 17h, no Auditório Guarapuvu, do Centro de Cultura e Eventos Luiz Carlos Cancellier de Olivo, campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

A atividade integra a programação do Congresso Nacional das Escolas de Samba (Conasamba) 2025, que ocorrerá entre os dias 26 e 28 de setembro no campus da UFSC, reunindo lideranças do samba, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e representantes de escolas de samba de todo o país. Em continuidade aos debates iniciados em 2024 – quando discutiu-se “a Escola de Samba que queremos” -, a edição 2025 é inspirada no princípio Sankofa, símbolo ancestral da África Ocidental que conclama a aprender com o passado para projetar futuros possíveis. As inscrições estão abertas e podem ser feitas neste link.

Com esse horizonte, a mesa propõe refletir sobre:

  • O papel das universidades e dos institutos federais na pesquisa, formação e inovação para o carnaval
  • A articulação entre poder público, cultura e economia criativa na valorização do samba em todos os territórios, para além dos megaespetáculos do Rio de Janeiro e de São Paulo
  • Políticas públicas, financiamento, preservação de memória e salvaguarda das tradições das escolas de samba
  • Estratégias de cooperação interinstitucional para qualificação de processos, trabalho e geração de renda no ciclo do carnaval

O Conasamba 2025 conta com apoio institucional da UFSC, da Prefeitura Municipal de Florianópolis, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), do Governo do Estado, do Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), além do patrocínio do Sebrae.

Serviço

Evento: Mesa de Debates – As instituições públicas, a Universidade, os Institutos Federais e o poder público na construção do maior espetáculo da terra – Reunião GT Carnaval do MinC
Data e horário: sábado, 27 de setembro de 2025, das 14h às 17h
Local: Auditório Guarapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, campus Trindade, em Florianópolis
Integra: Conasamba 2025 (26 a 28 de setembro)

 

Tags: Auditório GarapuvuConasambaFenasambaJoana Célia dos PassosMinistério da CulturaUFSC

Representantes da UFSC participam da abertura do Festival Paralímpico em São José

22/09/2025 12:57

Representantes da UFSC participaram da abertura do Festival Paralímpico, em São José. Fotos: Divulgação

No sábado, 20 de setembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, marcou presença na abertura oficial da 2ª edição do Festival Paralímpico 2025. O evento foi realizado no Ginásio Nadir Morelli, pertencente à Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José (SC).

Representantes da UFSC também estiveram presentes na cerimônia: a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceanne Carraro; o diretor do Departamento de Esporte, Cultura e Lazer, Humberto Roesler Martins; o vice-diretor do Centro de Desportos (CDS), Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo; além das coordenadoras do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, professora Gabriela Fischer e a doutoranda Silvia Simoni.

A edição de Florianópolis faz parte de uma ação nacional que ocorre simultaneamente em mais de 100 cidades, com o objetivo de promover a vivência esportiva de crianças, adolescentes e jovens de 7 a 23 anos em modalidades paralímpicas. Participaram do evento alunos de diversos centros da FCEE, da Orionópolis, além de estudantes da rede regular de ensino e das APAEs de Florianópolis, São José e Biguaçu.

A programação do Festival incluiu oficinas em três modalidades paradesportivas, realizadas em formato de rodízio: basquete em cadeira de rodas, vôlei sentado e bocha paralímpica. Além disso, o evento ofereceu apresentações culturais, demonstrações de parataekwondo e paradança. Nos espaços externos ao ginásio, como o campo, o estacionamento e a sala de Educação Física, foram realizadas atividades de paraskate, equoterapia e showdown. Para complementar a experiência, food trucks e mais apresentações culturais estiveram disponíveis ao público.

“Acreditamos que o esporte é uma das mais poderosas ferramentas de transformação social. Ele promove inclusão, fortalece a autoestima e abre caminhos para o desenvolvimento humano. Apoiar iniciativas como o Festival Paralímpico reafirma o compromisso da UFSC com a construção de uma sociedade mais inclusiva, acessível e igualitária. É uma honra para a Universidade fazer parte de projetos que mostram o potencial do esporte para unir pessoas e superar barreiras”, destacou o reitor Irineu Manoel de Souza.

O Festival Paralímpico é uma iniciativa promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em parceria com a UFSC, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, a Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis, a FCEE, a Coordenadoria das Pessoas com Deficiência da Prefeitura Municipal de Florianópolis, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), a Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef) e a Associação Catarinense de Esportes Acessíveis (Acesa).

As atividades do evento foram abertas com uma performance de dança realizada pelo Grupo da FCEE, seguida por uma demonstração de parataekwondo. Após o início das oficinas, os participantes foram organizados em grupos para as atividades esportivas. O encerramento contou com a entrega de kits de lanche, uma vivência de paradança, jogo de handebol em cadeira de rodas, e apresentações culturais.

Centro de Referência Paralímpico 

Desde o ano passado, a UFSC funciona como um Centro de Referência Paralímpico Brasileiro. Por meio da parceria com o CPB, a Universidade oferta práticas de atletismo, natação e goalball. As aulas são gratuitas e contemplam todos os níveis de treinamento – desde a iniciação esportiva até a preparação de atletas de alto rendimento, que competem em eventos estaduais, nacionais e internacionais. O projeto é aberto a pessoas com deficiência física, visual e intelectual – as mesmas categorias de deficiência elegíveis para os Jogos Paralímpicos.

Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas.

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

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