Reitoria UFSC

A empresa terceirizada responsável pelos serviços de portaria no campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revogou as demissões de trabalhadores que haviam sido anunciadas em junho. A decisão foi comunicada à Universidade durante reunião, na manhã desta terça-feira, 4 de julho, entre representantes da empresa com o reitor Irineu Manoel de Souza, o diretor do gabinete, João Luiz Martins, o pró-reitor de Administração, Vilmar Michereff Junior e o secretário de Segurança Institucional, Leandro de Oliveira.

A solução foi encaminhada após uma reunião realizada na tarde da última segunda-feira no gabinete da Reitoria, com a presença do reitor, de lideranças sindicais, representantes de movimentos estudantis, trabalhadores terceirizados, a equipe do Gabinete da Reitoria e representantes da empresa D&L. Após intenso debate, ficou acertado que a empresa faria um novo estudo sobre a demissão dos trabalhadores.

A questão das demissões envolveu a comunidade universitária. Na reunião do Conselho Universitário realizada em Joinville, em 27 de junho, representantes discentes convocaram para uma manifestação em solidariedade aos trabalhadores demitidos. O Sindicato de Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (Sintufsc), servidores e estudantes da Universidade participaram da mobilização contra as demissões, que foram revogadas na negociação com a Reitoria.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esclarece, em decorrência da paralisação de funcionários terceirizados responsáveis pelo serviço de portaria em Florianópolis, que não deu causa ao atraso no salário desses trabalhadores. Os procedimentos administrativos exigidos em contrato para pagamento a que faz jus a empresa contratada – tais como documentações e comprovações de regularidade trabalhista – estão pendendentes por omissão da empresa. A Universidade aguarda a apresentação de documentos exigidos por lei por parte da contratada, sem os quais não é possível liberar os recursos para pagamento. Apesar de não ser a responsável pelo atraso, a Universidade tem ciência do impacto dessa situação junto aos trabalhadores e à comunidade universitária e está exigindo que a empresa solucione o problema e apresente os documentos necessários ao correto andamento do contrato, além de regularizar o pagamento dos salários dos trabalhadores.