Hospital Universitário inaugura Laboratório de Simulação Clínica

06/11/2025 17:04

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), inaugurou nesta terça-feira (4/11) o novo Laboratório de Simulação Clínica, desenvolvido em parceria com o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC. O espaço foi estruturado com equipamentos e manequins de simulação adquiridos especificamente para atividades de ensino e treinamento em saúde, e sua adequação foi viabilizada por meio da colaboração entre as duas instituições.

Após a solenidade, foram realizadas demonstrações práticas dos novos equipamentos, com transmissão em tempo real do laboratório para o público presente no auditório e para convidados que acompanharam o evento de forma on-line.

Simulação clínica como filosofia de cuidado

A gerente de Ensino e Pesquisa do HU, Jane da Silva, destacou que o novo ambiente representa um marco no aprimoramento das práticas de ensino voltadas à formação e capacitação de profissionais de saúde. “A simulação clínica não é apenas uma ferramenta didática, mas uma filosofia de cuidado e segurança. Nesse ambiente, alunos, residentes e profissionais podem aprender fazendo, se permitir errar, refletir e repetir até o aperfeiçoamento, tornando-se mais ágeis, preparados e responsáveis”, afirmou.

Jane destacou ainda que a implantação do laboratório teve início em 2022, com o planejamento e a aquisição dos equipamentos pelo HU e foi concluída com o apoio de diferentes setores e do CCS. A iniciativa contou com a colaboração de docentes, profissionais e técnicos da Gerência de Ensino e Pesquisa, com suporte institucional da direção do Centro e do colegiado executivo do hospital.

Parceria fortalece o ensino e a pesquisa

O superintendente do HU-UFSC, Spyros Cardoso Dimatos, enfatizou o caráter estratégico da parceria entre o hospital e o CCS. “Esse projeto vem sendo construído há mais de três anos e se concretiza hoje com o investimento de R$ 258 mil em simuladores e manequins. Essa estrutura estará disponível a todos os docentes e estudantes da universidade, reforçando o papel do HU como hospital de ensino e campo de formação para cerca de 800 estudantes de graduação e 200 residentes”, disse.

Ele também anunciou que, em breve, terão início as obras do novo Centro de Estudos do HU-UFSC, em parceria com o CCS e o Departamento de Clínica Médica.

Integração entre ensino e assistência

O diretor do CCS, professor Fabrício de Souza Neves, ressaltou que a iniciativa representa um avanço na integração entre ensino e assistência. “Esse ensino de simulação vai complementar o aprendizado com o paciente real, que já ocorre no hospital. Faltava um espaço prévio para a prática controlada e segura, e agora o temos. É um bonito avanço, fruto da união de esforços para superar desafios em benefício da formação dos estudantes e da qualidade do atendimento à população”, afirmou.

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, destacou que a inauguração reforça o papel do HU-UFSC como hospital de ensino. “Precisamos cada vez mais fortalecer o trabalho conjunto entre o CCS e o Hospital. Esse é um passo importante para consolidar o HU como um hospital-escola de excelência, referência tanto no atendimento ao SUS quanto na formação de profissionais qualificados”, afirmou.

Organização e funcionamento do novo espaço

Durante o evento, a fisioterapeuta e instrutora do laboratório, Ana Carolina Starke, apresentou o funcionamento do espaço e explicou o processo de reserva e utilização. Segundo ela, o laboratório terá uma agenda disponível no Portal de Ensino da UFSC e contará sempre com um instrutor responsável do HU-UFSC para garantir o uso adequado dos simuladores, que são equipamentos de alto custo e exigem cuidados específicos.

O novo Laboratório de Simulação Clínica do HU-UFSC está preparado para atender diferentes níveis de complexidade, desde simulações de suporte básico de vida até cenários de alta fidelidade com manequins computadorizados e atores simulando situações clínicas reais. O objetivo é proporcionar um ambiente de aprendizado seguro, realista e colaborativo, que contribua para a formação de profissionais de saúde mais qualificados e comprometidos com a segurança do paciente.

Sobre a Ebserh

O HU-UFSC faz parte da Rede Ebserh desde março de 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Fonte: gov.br

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Professor(a): saiba como solicitar a Carteira Nacional Docente do Brasil

20/10/2025 10:33

Professores de todo o país podem solicitar a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB) por meio do sistema Mais Professores, do Ministério da Educação (MEC). A CNDB é um documento de identificação destinado aos professores da educação pública e privada. Ela tem validade de dez anos, é gratuita e aceita em todo o território nacional. Podem solicitar o documento professores de todos os níveis e etapas da educação.

Com o documento, os docentes poderão ter acesso facilitado aos descontos garantidos para a categoria, como meia-entrada em cinemas, teatros e shows, e a novos benefícios exclusivos do programa Mais Professores para o Brasil — entre eles, cartões de crédito com condições especiais, desconto de 15% em hotéis, além de benefícios e vantagens do #TôComProf, que reúne lojas físicas, e-commerce e serviços de várias categorias. Para ser elegível, é preciso que o docente tenha Cadastro de Pessoa Física (CPF) em situação regular junto à Receita Federal e esteja em exercício da atividade docente em instituição de ensino.

Confira o passo a passo para solicitar a CNDB

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Seminário nacional sobre educação de surdos reúne lideranças e gestores públicos

01/10/2025 16:19

O seminário nacional A Formação de Professores para Atuar na Educação Bilíngue de Surdos ocorreu nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. O evento representou um marco para a educação de surdos no Brasil, ao reunir, pela primeira vez, gestores federais, estaduais e municipais, pesquisadores, representantes da comunidade surda e educadores, entre eles pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Com o objetivo de discutir os desafios e as perspectivas da formação de professores para a educação bilíngue de surdos no Brasil e em Santa Catarina, o seminário também buscou elaborar proposições a partir de debates públicos com agentes do campo educacional. A organização esteve sob a responsabilidade da deputada estadual Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesc, que mediou, no primeiro dia, uma mesa-redonda sobre o cenário catarinense, com a participação da UFSC e de outras instituições públicas. No segundo dia, os professores e pesquisadores da UFSC, Marianne Rossi Stumpf, Ronice Müller de Quadros e Dionísio Schmitt, conduziram o seminário com foco na perspectiva histórica.

A programação incluiu palestras de especialistas, como Patrícia Luiza Ferreira Rezende-Curione, diretora de Educação Bilíngue de Surdos do Ministério da Educação (MEC), e mesas protagonizadas pela comunidade surda e a apresentação de experiências exitosas de Santa Catarina e de outros estados. Representantes de instituições como a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), a Associação de Surdos da Grande Florianópolis (ASGF) e a Associação de Surdos da Região de Laguna (Assul), além de gestores surdos em cargos públicos, marcaram presença no encontro.

Santa Catarina destacou-se no evento por suas iniciativas pioneiras, como o curso de Letras Libras da UFSC, referência nacional na formação de professores, e o Campus Palhoça Bilíngue do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), único da rede federal com essa característica. Além disso, o estado conta com escolas especializadas, programas de apoio consolidados e experiências exitosas em diversos municípios.

Durante o seminário, a professora Ronice Quadros abordou as conquistas da comunidade surda e a importância de se avançar ainda mais. Ela celebrou o protagonismo de lideranças surdas em espaços de destaque e ressaltou as transformações sociais e culturais que levaram ao reconhecimento e à valorização da língua de sinais. “Hoje nós temos uma mudança de consciência. Nós temos um crescimento, um avanço da sinalização”, afirmou.

Ronice enfatizou a necessidade de “fortalecer essa educação desde a base” e destacou a tecnologia como uma aliada no processo de inclusão e empoderamento da comunidade surda. “A tecnologia está aqui, está posta. Nós precisamos aceitá-la e trabalhar com isso, trabalhar usando essa ferramenta. É um ganho surdo.” Ao rememorar os desafios históricos, ela comparou o período do oralismo, que restringia o uso da língua de sinais, a um “momento obscuro” e destacou os avanços proporcionados por legislações como a Lei de Libras (2002) e o Decreto 5626 (2005), que abriram caminhos para a regulamentação da educação bilíngue e a formação de professores.

Ronice também ressaltou a importância do contato com outras línguas de sinais, como a língua de sinais internacional, e reforçou a ideia de um mundo plurilíngue e conectado. Encerrando sua fala, deixou uma mensagem de esperança: “Passamos por momentos obscuros, sim, mas hoje nós temos a luz. Que vocês sintam essa luz, que vocês vejam essa luz e levem com vocês.”

Dionísio Schmitt, outro palestrante do seminário, revisitou a história da educação de surdos em Santa Catarina, destacando o papel central de Francisco, conhecido como Chiquito, na criação da Associação de Surdos de Santa Catarina nos anos 1950. Dionísio ressaltou o impacto do trabalho pioneiro de Francisco, que mapeou a comunidade surda, criou redes de apoio e disseminou a língua de sinais. “Se ele não estivesse nesse momento da história desenvolvendo todo o trabalho que desenvolveu, nós não estaríamos aqui”, afirmou.

Ele também relembrou a criação da primeira escola para surdos em Florianópolis, liderada por Francisco, e os desafios enfrentados com o surgimento do Instituto de Audição e Terapia da Linguagem (Iatel), que defendia o método oralista. Apesar das dificuldades, Francisco foi responsável por criar as bases que fortaleceram as associações e os movimentos surdos ao longo das décadas.

Dionísio destacou ainda o papel das instituições de ensino superior, como a UFSC e a Udesc, na formação de professores e na valorização da Libras. Ele relembrou a criação do primeiro curso de Letras Libras do Brasil, fruto de uma luta coletiva, e a importância de polos de educação bilíngue em cidades como São José, Joinville e Chapecó. “Antes não havia nenhum curso de Letras Libras. A reitoria aceitou a nossa proposta e foi criado então o primeiro curso de Letras Libras do Brasil”, disse.

O seminário também serviu para refletir sobre o papel das associações de surdos na conquista de direitos e na criação de políticas públicas. Dionísio lembrou o movimento de 2005, quando associações, instituições de ensino e a comunidade surda se reuniram em frente à Alesc para lutar por formação de professores e pela difusão da língua de sinais. Para ele, as associações foram essenciais para abrir caminhos e consolidar as conquistas celebradas hoje.

Ambos os palestrantes reforçaram a importância de revisitar o passado para reconhecer os desafios superados e celebrar as conquistas históricas. O seminário foi encerrado com um chamado à continuidade da luta por uma educação inclusiva e bilíngue, que valorize a língua de sinais e amplie as oportunidades para as futuras gerações da comunidade surda.

 Assista ao seminário na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

 

 

Tags: AlescCCEDeonísio SchmittEducação Bilíngue de SurdosFormação de ProfessoresLuciane CarminattiMarianne Rossi StumpfMECRonice Müller de QuadrosUFSC

Reitoria da UFSC participa de agenda estratégica em Brasília para futuro das IFES

22/08/2025 15:28

Nos dias 20 e 21 de agosto de 2025, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou, em sua sede em Brasília (DF), a 182ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno. O evento contou com a participação de gestores(as) de todo o país, incluindo o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, e a vice-reitora, Joana Célia dos Passos, para debater temas estratégicos relacionados ao futuro da educação superior no Brasil. Entre as pautas destacaram-se a Política Nacional de Educação Superior (PNEDS), o orçamento das universidades federais e uma proposta de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil.

O primeiro dia do evento (20) teve início, às 14h, com o Seminário Temático sobre a Política Nacional de Educação Superior. Após a abertura, uma mesa-redonda reuniu especialistas como Lúcia Pellanda, diretora de Desenvolvimento Acadêmico da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC); Jacques Marcovitch, professor da Universidade de São Paulo (USP); Lia Rita Azeredo Bittencourt, vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Luiz Cláudio Costa, reitor do Centro Universitário IESB; e a deputada federal Ana Cristina de Lima Pimentel. A discussão girou em torno da necessidade de atualização da política educacional, cujo último documento formal data de 1968, para enfrentar os desafios contemporâneos da educação pública.

Os debates abordaram questões como orçamento, autonomia universitária e a resistência à inovação, além de explorar as oportunidades trazidas pela Inteligência Artificial (IA). Houve consenso sobre a importância de as universidades federais liderarem esse processo de transformação, repensando currículos, metodologias de ensino e estratégias de comunicação com a sociedade. Além disso, destacou-se a relevância de indicadores de impacto, que vão além de métricas quantitativas, para evidenciar o valor social das instituições e, assim, garantir financiamento adequado.

A deputada federal Ana Pimentel enfatizou a necessidade de aproximação com o Congresso Nacional para fortalecer pautas relacionadas à educação superior. Pimentel alertou sobre o desafio de aprovar medidas progressistas em um cenário de aumento desproporcional das emendas parlamentares, o que compromete a lógica de funcionamento do Estado e impacta diretamente as universidades públicas. Segundo ela, é essencial reforçar o papel das universidades no debate sobre a democratização da educação.

A professora Lúcia Pellanda (SESu/MEC) reforçou a importância de uma construção coletiva para a PNEDS. Pellanda mencionou que o processo teve impulso a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), em 2021, e visa estabelecer diretrizes e indicadores alinhados aos objetivos constitucionais e legais da educação. Também apresentou áreas temáticas como financiamento, acesso, permanência, pesquisa e extensão, além de incluir temas emergentes como inovação pedagógica, IA e mudanças climáticas.

O professor Jacques Marcovitch (USP) destacou a diferença entre métricas de “resultado” e “impacto”. Enquanto o resultado refere-se ao produto de atividades acadêmicas, avaliado pelos pares, o impacto reflete os efeitos econômicos, sociais, ambientais e culturais dessas atividades, medidos pelos beneficiários. O docente criticou o foco excessivo no monitoramento de insumos e processos, em detrimento de resultados e impactos, defendendo a necessidade de as universidades prestarem contas à sociedade por meio de indicadores qualitativos.

A professora Lia Rita Bittencourt, vice-reitora da Unifesp, compartilhou sua experiência ao migrar de uma visão baseada em métricas quantitativas para uma abordagem mais orientada ao impacto. Ela sugeriu formas de medir o impacto do ensino, como o envolvimento de egressos; da pesquisa, por meio de parcerias extra-acadêmicas e mudanças em políticas públicas; e da extensão, considerando o engajamento comunitário. Lia também ressaltou a importância de considerar as especificidades regionais e o porte das instituições na avaliação de impacto, sublinhando a colaboração entre universidades públicas paulistas no uso estratégico de dados.

O professor Luiz Cláudio Costa, ex-secretário da SESu e ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), apresentou um panorama sobre a evolução da IA, desde sua concepção até avanços recentes, como o lançamento do ChatGPT (2022). Dentre as suas projeções, a IA irá transformar profundamente, em poucos anos, o setor educacional. Costa argumentou que o modelo atual de universidades pode dar lugar a instituições que priorizem a certificação de habilidades, em vez de currículos extensos e rígidos. Ele sugeriu que o Brasil invista em IA setorial, voltada ao SUS ou à rede federal de ensino, em vez de competir globalmente no desenvolvimento de IA geral. Por fim, destacou que essa tecnologia deve ser uma aliada dos professores, mas alertou para desafios como vieses discriminatórios e a plataformização da educação.

O seminário culminou em um consenso sobre a urgência de uma política de educação superior que seja protagonista, flexível e orientada ao impacto social, integrando tecnologias emergentes sem perder o foco no desenvolvimento humano e na democratização do acesso ao conhecimento. As discussões serão sistematizadas e servirão de base para os próximos passos na elaboração da PNEDS, com um seminário mais amplo programado para setembro deste ano.

Ainda no dia 20, às 18h30, ocorreu um encontro entre reitoras e vice-reitoras e a ministra de Estado das Mulheres, Márcia Lopes, na sede do ministério. O diálogo reforçou a importância de parcerias entre instituições de ensino e o governo para a promoção de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e ao fortalecimento da educação superior.

Encontro entre reitoras e vice-reitoras e a ministra de Estado das Mulheres, Márcia Lopes (segunda da dir. p/ esq.). Foto: Divulgação

A programação do dia seguinte (21) começou com a apresentação de Lisandro Granville, novo diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Em seguida, novamente a ministra Márcia Lopes participou de um diálogo, abordando ações conjuntas para ampliar a participação feminina no meio acadêmico e em posições de liderança. A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, pontuou a necessidade de revisar a legislação que tipifica a violência política contra mulheres. Durante sua passagem pela SESu/MEC, Joana Célia também levou projetos relacionados à acessibilidade, IA, ações afirmativas e diversidade, além do II Seminário Nacional de Gestão em Ações Afirmativas para a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).

No período da tarde, os debates se voltaram aos desafios e prioridades financeiras das universidades federais, com a presença de Marcus Vinicius David, secretário de Educação Superior (SESu/MEC); Aline Pereira Leal, coordenadora-geral de Planejamento e Orçamento das Instituições Federais de Educação Superior (CGPO/Difes/SESu); e Evandro Rodrigues de Faria, coordenador do Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Orçamento das IFES (Forplad).

Encerrando o evento, foi apresentada uma proposta de cooperação entre as universidades federais e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, com a participação de representantes da OPAS. A iniciativa visa fortalecer a pesquisa, a formação acadêmica e o impacto social das universidades no campo da saúde pública.

Acompanhe o debate na íntegra:

 

Rosiani Bion de Almeida | SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

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Diploma Digital, desenvolvido na UFSC, passa a ser obrigatório no Brasil

22/07/2025 16:22

Desde 1º de julho de 2025, a emissão de diplomas digitais tornou-se obrigatória para todas as instituições de ensino superior no Brasil, públicas ou privadas, conforme determinação do Ministério da Educação (MEC). Esse novo formato substitui o diploma em papel, que continua válido apenas para documentos emitidos antes dessa data. Os diplomas impressos emitidos após essa mudança não possuem valor jurídico, servindo apenas como cópias simbólicas. A obrigatoriedade será estendida para os cursos de pós-graduação stricto sensu e certificados de residência em saúde a partir de janeiro de 2026.

O diploma digital oferece diversos benefícios, como maior segurança contra fraudes, agilidade no processo de emissão e redução de custos com impressão e logística. Para os estudantes, o formato digital facilita o acesso ao documento, que pode ser armazenado e transportado em diferentes dispositivos. Além disso, a equivalência jurídica entre os diplomas físicos e digitais é garantida, desde que o documento siga as diretrizes da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e contenha o certificado digital e o carimbo de tempo.

As instituições de ensino superior devem emitir os diplomas digitais no formato XML, organizando os dados de forma acessível para sistemas e usuários. O acesso ao diploma é disponibilizado em ambiente restrito nos sites das instituições, mediante consulta com um código de validação. Para verificar a autenticidade de um diploma digital, o MEC oferece uma ferramenta online no site oficial (https://verificadordiplomadigital.mec.gov.br/diploma).

Pioneira na emissão de diplomas digitais no Brasil

Antes da obrigatoriedade no âmbito nacional, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) destacou-se como pioneira na emissão de diplomas digitais no Brasil. Em 15 de março de 2019, a UFSC realizou sua primeira formatura com diplomas no formato digital, tornando-se a primeira instituição do sistema federal de ensino superior a implementar a tecnologia, em conformidade com as Portarias nº 330/2018 e nº 554/2019 do MEC.

A tecnologia utilizada foi desenvolvida internamente pela UFSC, por meio do Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC) e da Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC). Com essa inovação, os diplomas digitais passaram a incluir um QR Code que redireciona para a URL oficial (diplomas.ufsc.br), permitindo o acesso ao registro visual e ao arquivo XML do documento. O processo também eliminou etapas manuais, integrando-se totalmente às bases de dados acadêmicos da Universidade.

O professor Jean Everson Martina, do LabSEC, destacou que os diplomas digitais emitidos pela UFSC são interoperáveis, permitindo que uma instituição seja responsável pela emissão e outra pelo registro, com assinaturas independentes. Além disso, o método desenvolvido reduziu significativamente a burocracia administrativa e trouxe maior sustentabilidade ao processo.

O reitor da UFSC na época, Ubaldo Cesar Balthazar, enfatizou a importância simbólica dessa inovação, que simboliza um avanço tecnológico e administrativo para a Universidade e para a sociedade. Ele destacou que o diploma digital contribui para a redução do fluxo de trabalho, minimiza a burocracia e promove a sustentabilidade, alinhando-se com a missão da UFSC de ser uma instituição inovadora e comprometida com o meio ambiente.

Com esse pioneirismo, a UFSC desempenhou um papel essencial na modernização do sistema de emissão de diplomas no Brasil, servindo de modelo para outras instituições de ensino superior no país.

Com informações de:

UFSC emite primeiro diploma digital do Brasil

Diploma digital passa a ser obrigatório no Brasil: entenda o que muda

 

Coordenadoria de Imprensa do GR / SECOM
imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: Diploma DigitalLabSECMECSeticUFSC
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