Administração Central inicia ciclo de reuniões sobre segurança e festas na UFSC

02/09/2022 09:00

Entidades da UFSC reunidas em conversa sobre segurança do campus. Foto: Robson Ribeiro / Agecom UFSC

A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Célia dos Passos, recebeu nesta terça-feira, 30 de agosto, no Auditório Goiabeira, do Centro de Cultura e Eventos, representantes dos diferentes setores da comunidade universitária para apresentarem demandas, discutirem soluções e dar início às tratativas que objetivam atualizar a Resolução que regulamenta os eventos e festas dentro do campus universitário da Trindade, em Florianópolis.

Estiveram presentes a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), Leslie Chaves, a secretária de Aperfeiçoamento Institucional (Seai), Luana Renostro, a integrante do Departamento de Gestão de Resíduos Sólidos (CGA/UFSC), Branda Vieira, o coordenador de Segurança Institucional (SSI), Clóvis Chaves, o Diretor do Departamento Administrativo e de Assuntos Estudantis (DeAE), Diogo Félix, a diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), Bernadete Quadro, a diretora do Departamento de Cultura e Eventos (DCEVEN), Andrea Búrigo e a integrante da Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA/UFSC), Anna Cecília Petrassi. A vice-reitora e os representantes de cada pró-reitoria ouviram as demandas dos acadêmicos e debateram o panorama atual. 

Também participaram representantes dos estudantes indígenas da Universidade, Laura Parintintin, Simoniel Patté e Suzani Fonseca, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Luís Travassos, Francisco Machado e Antônio Fiori Os estudantes indígenas relataram apreensão sobre questões de segurança na moradia estudantil indígena da UFSC, por conta dos eventos noturnos recorrentes no campus que geram grande afluência de pessoas externas à instituição. Laura destacou que a realização das festas próximas à moradia prejudicam o desempenho acadêmico dos indígenas, causam perturbação do sossego e afetam a segurança dos alunos que transitam pelo local e que residem no alojamento. 

“As festas começam às 21h. A gente tem protocolos de convivência na moradia. A partir das 22h30 apagamos todas as luzes para podermos dormir e ir de manhã para a aula. A maioria dos nossos estudantes fazem cursos na área da Saúde, estudam em período integral. Como vamos conseguir ir para a aula de manhã se passamos a noite inteira acordados com o barulho? Daí ao final do semestre, além de todas nossas dificuldades, muitos reprovam”, afirmou a estudante.

A Administração Central esclareceu que não é contra a realização de eventos estudantis, porém ressaltou que é preciso criar uma regulamentação para a viabilização das confraternizações, de modo a garantir a integridade do público e também dos alunos que residem na moradia universitária, conhecida como Maloca. A Resolução em vigência que versa sobre o tema dos eventos foi elaborada em 2009 e carece de atualizações.

Uma das alternativas levantadas foi a possibilidade de promover, aos finais de semana, durante o dia, atividades artísticas, culturais e gastronômicas como feiras, festivais musicais, de dança e artesanato na região do “laguinho” do campus Florianópolis, que atualmente concentra as reuniões e festas espontâneas com a presença de pessoas de toda cidade, não apenas de estudantes da UFSC.

“A nossa conduta, atualmente, enquanto segurança é de dispersar as pessoas para evitar a formação de aglomerações e a falta do controle, já que não temos um espaço destino para isso, como por exemplo um ginásio, com número controlado de pessoas e horário”, explicou o coordenador de segurança da UFSC, Clóvis Chaves. A vice-reitora, Joana, falou sobre a complexidade da situação, que envolve diversos atores sociais, e a importância de iniciar com urgência tratativas que envolvam a comunidade e agentes públicos municipais, estaduais e federais. “Talvez não tenhamos uma resposta concreta. Mas precisamos fazer e ir avaliando o que funciona e o que não funciona, para que possamos ter uma UFSC saudável, uma convivência segura”, reforçou. 

Ao fim do encontro, a vice-reitora firmou o compromisso de nos próximos dias, dialogar com a Prefeitura de Florianópolis, Secretaria de Cultura do município, Guarda Municipal (GMF), Ministério Público Federal (MPF), além de representantes da Central Única das Favelas (CUFA) e do Instituto Vilson Groh.

(Robson Ribeiro/Estagiário Secretaria de Comunicação/UFSC)

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