Reitor apresenta à Ebserh dificuldades enfrentadas pelo Hospital Universitário da UFSC
O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve reunido na quarta-feira, 26 de outubro, em Brasília, com a direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU). No encontro, o reitor discutiu novamente a situação difícil enfrentada pelo Hospital Universitário, com falta de médicos e suspensão de atendimentos.
Participaram do encontro o presidente da autarquia, Oswaldo de Jesus Ferreira, o vice-presidente Antonio Alves da Rocha, o diretor de gestão de pessoas, Rodrigo Augusto Basrbosa e a assessora de Planejamento da Diretoria de Atenção à Saúde, Elizabeth Queiroz.
O reitor destacou no encontro que a situação mais complicada do Hospital é a da Pediatria. O Departamento de Ensino de Pediatria da UFSC, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) encontrou-se recentemente com o reitor e relatou que os alunos do curso de Medicina estão com dificuldades de fazer as aulas práticas da disciplina, por falta de profissionais. “Além de a comunidade ser prejudicada, pela falta de atendimento médico, os alunos da UFSC também estão enfrentando dificuldades”, disse o reitor. De acordo com Irineu, o Centro de Ciências da Saúde criou uma comissão envolvendo vários Departamentos para estudar medidas visando restabelecer os atendimentos no HU.
O gestor da UFSC também apresentou à diretoria da Ebserh os documentos de três auditorias realizadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de Santa Catarina, em que a entidade aponta problemas na operação do Hospital e reforça a necessidade de contratação de médicos.
O presidente da Ebserh, segundo relato do reitor, se comprometeu a fazer a contratação dos profissionais necessários, mas novas admissões só poderão ocorrer a partir do dia 2 de janeiro de 2023. Profissionais já aprovados em outros concursos, que poderiam ser contratados antes deste prazo, não têm se apresentado quando convocados. O problema apontado nestes casos é que o salário de médico pago pela Ebserh é considerado baixo e não atrai esses profissionais.